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[Naruto] Redenção - Epílogo, escrita por Andréia Kennen

Capítulos: Prólogo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Epílogo
Autor: Andréia Kennen
Fandom: Naruto
Gênero: Drama, Lemon, Mistério, Romance, Suspense, Terror, Tragédia, Universo Alternativo, Yaoi
Classificação: 18 anos

Status: Completa
Resumo: Sinopse: Japão, 1890, transição do período Edo para Era Meiji, um jovem brilhante e recém formado investigador é incumbido de um caso estranho em um povoado afastado do grande centro urbano do país. Descrente da causa que estava motivando a série de assassinatos no tal vilarejo, ele segue para o local, certo de que iria desmascarar algum falsário psicopata, e ganharia, enfim, seu lugar de destaque na policia da capital. Contudo... Queria o destino que o mal que aterrorizava aquela região, não fosse uma mera crendice popular. [ItaNaru. Shota. Yaoi. + 18. Drama. Terror. Suspense. Sobrenatural. Lemon.]

Redenção

Revisado por Blanxe

Epílogo

“Sou oriundo duma raça caracterizada pelo vigor da fantasia e pelo ardor da paixão.”

(Leonor – Edgar Allan Poe)

Kakashi bateu na porta da pousada onde Itachi estava morando, mas como não foi atendido, por isso, decidiu usar a chave reserva que ele lhe dera. Itachi havia pedido para deixar os documentos da nova investigação assim que terminasse de juntá-los, já era de manhã e a claridade invadia o ambiente devido às cortinas descerradas. Entrou no quarto, após deixar os sapatos na soleira da porta, mas a pasta de papéis foi ao chão assim que o único olho do instrutor do Uchiha deparou-se com o corpo despido e deitado de bruços no leito no centro daquele quarto.

Após alguns segundos e recobrado do susto, o homem moveu-se, aproximando-se do leito desarrumado. Pendeu o pescoço para o lado e analisou a curva das costas do corpo do jovem na cama. Ele ressonava alto, embalado em um sono profundo, tanto que a saliva corria pela boca e umedecia a fronha do travesseiro. Mas Kakashi ficou impressionado fora com a beleza do corpo exposto. O loiro havia crescido muito naqueles anos, agora os traços masculinos eram mais evidentes; os músculos dos braços se acentuaram, as coxas e panturrilhas exibiam uma carne mais tenra, o pescoço era revestido por uma pelugem loira, os ombros largos, a curva das costas e o volume arredondado do traseiro, eram partes convidativas ao deleite.

Kakashi aproximou-se um pouco mais, hipnotizado pela beleza do jovem. Havia despertado também o gosto pelo sexo oposto depois que passou a morar com Iruka, mas o moreno estava longe de exalar tanto fascínio como o loiro na cama. Sua mão seguiu quase que automaticamente em direção daquela pele, não conseguindo conter a tentação de tocá-la e sentir a textura. Contudo, parou, quando o nariz do adormecido — que despertara antes dele —, farejou o ambiente, certamente, captando o cheiro diferente. Kakashi deteve-se com a mão no ar, pressentindo que havia feito uma besteira. Os olhos claros se abriram e o jovem virou-se, elevando o torso rapidamente. Aproximou-se do rosto do homem que usava um tapa-olho e continuou farejando. Segundos depois, a boca do belo rapaz se abrira em um sorriso que exibiram uma fileira de dentes pontiagudos monstruosos. Os orbes azuis transparentes ganharam uma tonalidade avermelhada e as pupilas foram diminuindo até se tornarem um risco, dando a ele o aspecto canino. Kakashi foi tomado por um pavor desmedido, tentou se afastar dando passos para trás e fechou o olho quando viu que o loiro iria avançar.

Porém, algo havia acontecido. Foi empurrado para o chão e ao reabrir o único olho viu Itachi diante de si, segurando o próprio braço que mostrava um ferimento de mordida. O garoto, ao perceber a troca, soltara imediatamente do braço de Itachi. Sua expressão havia voltado ao normal, estampada de preocupação.

― Itachi-nii-san!

― Calma... ― o Uchiha pediu, tranquilo, afagando os cabelos do loiro que se ajoelhara diante dele. ― Você só me chama assim quando está apavorado, não é? Eu estou bem. ― ele garantiu, fazendo mais um afago na cabeleira loira e arrumando a manga do yukata para esconder o ferimento que apesar de arder de forma sem igual, logo estaria cicatrizado. ― Venha, Kakashi-san. Vamos até a varanda. E você, vista alguma coisa.

O Uchiha viu o garoto fazer um bico, contrariado, mas que na concepção do mais velho sempre o deixava mais gracioso e saiu para a varanda após abrir a porta de correr, voltando de onde viera.

Kakashi não esperou nem mais um segundo, catou os papeis que trazia nas mãos e haviam se espalhado pelo chão de forma afoita e evitando olhar para o garoto, mesmo sentindo que ele o seguia com aqueles olhos famintos, seguiu Itachi. Após fechar a porta, recostou-se nela, ainda com o coração desenfreado no peito e a respiração arfante.

― O que foi aquilo, Itachi? ― perguntou, vendo o afilhado acomodar-se no chão de madeira, apanhar o fumo preso no alongador e levá-lo a boca, sugando-o vagarosamente. Itachi não respondeu, apenas direcionou sua atenção para o jardim da pousada à sua frente, o pequeno lago de carpas e o bambu que batia em uma pedra, ressoando aquele som apaziguador.

A paz do ambiente era contrastante com o nervosismo que Kakashi sentia. Mas Itachi parecia tranquilo, por isso, o homem relaxou os ombros e aproximou-se com os papéis, sentando-se perto dele.

― Desculpe-me. ― o moreno pediu de repente, estendendo a mão para que o homem lhe entregasse a pasta. ― Esqueci-me de alertá-lo para não se aproximar de Naruto quando ele dorme; seus instintos estão mais aflorados nesse momento e ele perde o controle e a consciência, e ataca quando sente cheiros com os quais não está familiarizado.

― Eu percebi! — Kakashi exclamou, entregando a pasta para Itachi. — Mas ele ainda não reconhece o meu cheiro?

Itachi sorriu discretamente.

― Até reconhece... ― ele bateu o alongador do cigarro em um pequeno suporte quadrado, o qual usava para despejar as cinzas e o apoiou ali, para folhear o que fora entregue. ― Mas o problema é que você se aproximou demais. Ele ainda é arisco.

― Achei que já o tivesse domado.

― Ele não é um bicho para que eu faça isso.

― Desculpe. Eu não quis...

― Eu entendi.

― Outra coisa, ele precisa dormir sem roupas?

― Ele sente muito calor. Ainda tem a impaciência de uma criança. Além disso, ele acha que estando sem roupas, é mais fácil de ter aquilo que deseja.

O rosto do homem fumegou ao idealizar em sua mente aquilo que Itachi falava de forma despretensiosa e pigarreou, para si mesmo, tentando recompor seus pensamentos e evitar o ardor em sua face que provavelmente a tingiria de rubro e denunciaria sua imaginação fértil.

― Melhor falarmos de trabalho... — ele propôs.

― Também acho. ― concordou o moreno, do seu jeito inexpressivo, enquanto avaliava os documentos que lhe foram entregues.

― Estou tendo dificuldades nesse caso. O casal eram pessoas influentes. A mulher e o segundo marido foram mortos por vários tiros. A filha mais velha do casal, nove anos, levou um tiro no ombro. O menino, sete anos, é o único que não foi ferido, mas está em estado de choque e não consegue dizer nada. A arma do crime é de defesa pessoal do dono da casa, estão levantando a hipótese de que foi o garoto, pois a arma estava caída perto dele quando os vizinhos entraram. Talvez, ele tenha algum transtorno mental ou...

― Os filhos são adotados. ― Itachi de repente falou, enquanto olhava as fotos tiradas na cena do crime; o tom de espantosa afirmação, que fez Kakashi duvidar se ele estava lhe perguntando ou não.

Na realidade, os filhos eram adotados, mas eles tinham características dos pais adotivos, e acreditou que o afilhado não poderia deduzir aquilo só pelas fotos.

― Está me perguntando isso?

― Estou afirmando. A mulher é Katarine Satto. Ela era uma meretriz francesa, casou-se aos trinta e cinco anos com um aristocrata de Kyoto, Tenju Satto, cinquenta e cinco anos, não tiveram filhos, ao que tudo indica um dos dois não podia tê-los. Ela ficou viúva depois de quinze anos de casada, o homem morreu de uma estranha intoxicação e ela como única herdeira de suas terras transformou-se em um dos partidos mais visados da cidade. Algum tempo depois, ela casou-se novamente com Tago Anagame, dezoito anos, um rapaz ambicioso, de família pobre, mas de grande beleza. Ambos se uniram por interesse, afinal, a mulher era quase quarenta anos mais velha que ele. Os filhos eles adotaram para manter a aparência de que eram uma família normal. Não é o menino o culpado pelo assassinato, é a menina.

Kakashi entreabriu os lábios, em uma expressão de aturdimento.

― Em que está baseando isso? A menina também foi ferida.

― Veja essa foto de família... ― Itachi apontou para uma imagem onde os quatro estavam sentados em um sofá, sendo que a menina estava no colo do pai. ― Está vendo a mão esquerda dele onde está?

Kakashi apertou os olhos na direção da foto e concluiu:

― A foto está muito desfocada.

― Embaixo do vestido dela. Peça para que um perito avalie as fotos. Ela era violentada pelo ‘pai’. A mãe sabia, mas tinha ciúmes dela e nada fazia, a menina matou os dois; consciente de que havia feito algo horrível, ela entregou a arma nas mãos do irmão e pediu que a matasse, mas o garoto não conseguiu fazê-lo e disparou a arma por acidente, atingindo um ponto não vital dela. Ele só está em choque por ter visto a morte dos pais adotivos e ter quase matado a irmã por acidente.

Depois de ter terminado de arrumar os papéis em suas mãos na ordem que narrara a história, Itachi estendeu a pasta para Kakashi e voltou ao tabaco, o qual sugou vagarosamente, soltando a fumaça pela boca.

― Trouxe guarda-chuva? O vento está mudando... vai chover.

Kakashi olhou para a pasta, depois para a paisagem, percebendo o sol ainda brilhando. Então, soltou um suspiro. Se ele estava dizendo que iria chover, precisava se apressar. Desistira de tentar entender como ele deduzia toda a história e a narrava como se estivesse visualizando-a transcorrer em sua frente. Não precisava duvidar, era preciso só investigar baseando-se nas hipóteses levantadas por ele e não demoraria concluir o crime.

― Vou pedir para que examinem o corpo da garota e depois iremos interrogá-la. ― falou, levantando-se.

― Hm. ― Itachi resmungou em afirmação.

Mas, antes de ir, o mais velho vacilou em abrir a porta de correr.

― Tem certeza que posso passar por ele?

Kakashi viu aquele sorriso discreto brotar nos lábios do investigador, algo realmente raro, mas que o incomodou bastante. Afinal, Itachi estava zombando da sua falta de coragem.

― Assim que sair irei alimentá-lo. Só não se aproxime muito.

O homem suspirou novamente, mas não iria discutir. Abriu a porta, deparando-se com os olhos de Naruto diante de si. Suas pernas tremeram.

― Ita- Ita- Itachi... E- e- ele...

― Deixe-o passar, Naruto.

― Está com medo de mim, Kakashi-jii-san?! ― Naruto perguntou de um jeito debochado, achando graça do tremor dele. Aumentando o sorriso no rosto, ele aproximou o nariz da roupa dele e o farejou novamente. ― Beh! Mas eu não gosto do seu cheiro. É ruim.

― Eu realmente fico feliz em ouvir isso, Naruto. — o homem disse, ainda trêmulo. — Agora me deixe passar. Vá morder alguém com o cheiro ‘melhor’. ― ele falou, prendendo o ar no peito, como se isso fosse ajudá-lo a encolher, e passou apressadamente pelo loiro na porta, despedindo-se: ― Ja!

Naruto que havia colocado apenas uma calça de pernas curtas, acenou, os olhos estreitados e o sorriso grande no rosto. Assim que o baque da porta se fechando se fez, ele passou para varanda aproximando-se das costas de Itachi e ajoelhando-se detrás dele. Puxou a gola do quimono que o mais velho vestia, expondo a pele das costas dele, a qual farejou, aspirando o perfume que exalava.

― Hmmmm... — ele inspirou profundamente. — Esse cheiro sim é bom. ― constatou, passando a língua na região e fazendo Itachi contrair-se.

Naruto apanhou os cabelos longos que estavam pendidos em um lado do ombro de Itachi e puxou a amarra, soltando os fios cumpridos que encobriram as costas do mais velho como se fossem uma cascata negra e brilhante.

― São lindos. ― ele disse, juntando-os nas mãos e os erguendo até o nariz para aspirar o cheiro que exalavam. Então, largou-os e sorriu ao vê-los cobrir novamente as costas de Itachi.

― Pare de criancice, Naruto.

― O cheiro deles é tão bom... ― Naruto repetiu, saindo detrás do mais velho e o encurralando pela frente. ― Sua pele também cheira bem.

Os olhos de Itachi ficaram mortiços, ao mesmo tempo em que as batidas no seu peito se aceleraram. Naruto ficou de pé e retirou a calça rapidamente, mostrando novamente seu corpo nu e o membro já enrijecido. Os olhos do mais velho se estreitaram ainda mais. Era difícil não se excitar com o loiro, ele agia por impulso e conseguia mexer completamente com seus sentidos. Sobressaltou quando a boca dele tocou a lateral do seu pescoço. A língua úmida e morna correu pela região, fazendo-o respirar com dificuldade. As mãos do rapaz embrenharam-se por dentro do seu quimono, apalpando e desalinhando-o, descobrindo sua pele. Quando o peito ficou desnudo, Naruto passou a lambê-lo e mordiscar os mamilos. Continuou descendo a boca por sua barriga, depositando beijos e lambidas, até se deter no ventre, onde vasculhou os panos em busca do membro que ao ser encontrado foi abocanhado e sugado.

Itachi começou a ofegar cadenciado ao ser estimulado daquela forma. Enfiou as mãos nos cabelos loiros e os apertou, tentando manter um equilíbrio inútil. Seu corpo já começava demonstrar as reações por ter o membro estimulado tão intensamente.

Demorou um tempo até consumar o ato sexual completo com Naruto e não se arrependia em nenhum instante de ter esperado o momento certo. Já que haviam se passado dez anos, tinha apenas mais cinco para aproveitar ao lado dele. Não esperava que o tempo seria seu inimigo e passaria tão depressa.

Por ele ter consumido carne humana naquela noite, Itachi achou que Naruto precisaria ter que matar para sobreviver, mas descobriu-se enganado. O sangue que permitia que ele ingerisse de suas veias era o suficiente para mantê-lo energizado por meses ou até anos. Notara que o período que ele mais precisara do ‘alimento’ fora durante a fase de crescimento. Depois dos dezessete anos, quando finalmente consumou com ele o ato sexual, a fome do rapaz passou a ser outra...

Sempre quando Naruto se sentia necessitado, ele avançava sobre si como uma criança caprichosa em busca de saciar seu desejo. Exatamente, como estava fazendo naquele momento, sem receios, sem pudores e a qualquer hora do dia.

O ensinara apenas que deveria respeitar a presença alheia e que ele tinha que se controlar quando tivessem visita. Naruto até obedecia, do jeito dele, mas não conseguira limitá-lo em tudo; como evitar que ele dormisse sem roupas, por exemplo, causando o transtorno igual acontecera naquela manhã com Kakashi.

Naruto também o ajudava em suas investigações; prendera muito políticos corruptos usando-os como isca. Bastava alinhá-lo e apresentá-lo a esses velhos e pronto, os homens eram capazes de loucuras para tê-lo pelo menos por uma noite. Porque não eram apenas os olhos claros, o sorriso encantador, o jeito de garoto, o corpo magro, os cabelos rebeldes que despertava o interesse. A pele de Naruto além de macia, exalava um calor inebriante, sua boca tinha um gosto entorpecente e toda vez que o amava lembrava-se das palavras de Madara que lhe dissera que aquele tipo de demônio, era capaz de embevecer seu parceiro na hora do sexo, elevando-o as mais insanas sensações.

O investigador contraiu a face e prendeu os cabelos loiros entre seus dedos puxando-o com força para cima, fazendo-o largar seu órgão.

― Está usando os dentes... ― reclamou, trincando os seus próprios.

O rapaz riu divertido, lambendo os lábios e as pontas dos dedos. Itachi sabia que quando ele fazia aquilo era porque estava ansioso para ser tomado, assim, desfez o agarre nos fios e segurou o rosto de Naruto com ambas as mãos, trazendo-o para próximo do seu. Acariciou com os dedões a pele dele; admirando os lábios avermelhados, os vestígios de saliva misturadas ao pré-gozo que escapava pela boca, os olhos claros e brilhantes, a face ruborizada, a pele lisa, os mamilos ouriçados... Itachi tinha que confessar: o loiro tinha uma aparência exótica e erótica que o deixava irresistível. O Uchiha tomou os lábios dele nos seus e o beijou de forma faminta, adentrando a boca com sua língua e sentindo-o corresponder ao beijo, prendendo sua língua na dele e sorveu-a com a mesma fome que sugara seu órgão há pouco.

Quando o largou, os rostos de ambos estavam avermelhados. O garotou se levantou e, agindo independente, se posicionou sobre o colo do mais velho; segurou o pênis abaixo de si e tentou encaixá-lo na sua entrada, quando conseguiu, parou e enlaçou o pescoço do moreno.

Itachi inspirou profundamente pelo nariz e prendeu a respiração. Era difícil manter o controle quando a penetração ocorria daquela forma. Seu órgão transpassaria com dificuldade o canal apertado e contraído e chegaria ao limite, sendo esmagado pelo peso das cavalgadas sobre si. Fechou os olhos, sentindo o suor correr pela lateral do rosto quando Naruto começou a descer.

Tentou em vão respirar.

― Está ficando vermelho, Itachi-nii...

— Shhh... — o moreno pediu, calando-o com a mão sobre a boca dele. — Não me chame assim... — pediu, encarando os olhos cristalinos à sua frente. — Fale apenas meu nome. — o garoto assentiu e teve a boca descoberta para sussurrar.

— Itachi...

— Isso, Naruto. Agora se mova, ou eu... — Itachi contraiu ainda mais face ao senti-lo mexer-se, deixando todo o peso dele agir ao sentar-se em seu colo. — Ah, Naruto! — ele apanhou a cintura dele.

— Está lá no fundo. — remexeu o quadril, movimentando-se lentamente sobre o colo do mais velho, como se tentasse encaixar o membro dele na sua parte mais funda. — É tão gostoso senti-lo dentro de mim assim. Está tão duro... — Naruto expôs a ponta da língua para o mais velho, que seguiu ao encontro dela, tocando-o com a sua.

“Está tão quente...”

Beijaram-se novamente. Era sempre daquele jeito. O garoto genioso se divertia em torturá-lo de propósito. Mas não podia deixar de negar que gostava de ser torturado daquela maneira. Amar Naruto era também o alimento para deixá-lo vivo.

Os movimentos de Naruto intensificaram-se. Itachi tocou o pênis dele e passou a masturbá-lo, fazendo-o aumentar o ritmo da cavalgada sobre si, as bocas mantiveram-se grudadas, a saliva escapava pelos cantos, o ar quente deixavam as narinas. Os olhos azuis se desfocaram e o moreno sorriu, maravilhado com a beleza daquela face. Seu pênis estava sendo espremido pelas contrações do interior do loiro. Agarrou-se ao corpo dele com força e urraram com os lábios pressionados um no outro. Ficaram tensos, depois veio a sequência de espasmos e contrações musculares, um manto de calor os envolveram e, por fim, o sêmen jorrou de seus órgãos.

Compartilhar um orgasmo daquela intensidade era, para ambos, uma sensação indescritível.

O tempo nublou e a chuva começou a cair, trepidando na grama e no pequeno lago de carpas do lado de fora. Os dois deitaram no chão frio da varanda que logo umedeceu com o choque térmico do calor de suas peles. Itachi envolveu Naruto, que estava de costas para si, em um forte abraço, enquanto suas respirações se regulavam.

Ficaram em silêncio por algum tempo, assistindo de camarote o quadro natural à frente deles, captando com seus sentidos aguçados os pequenos micro-organismos que se movimentavam se alimentando da chuva, assim como eles reavivados pela energia do sexo. Era assim que o ciclo da vida se movimentava. Plantas sobreviviam da água, do sol e solo. Os animais, inclusive os humanos, sobreviviam se alimentando de tudo que a terra fornece, além de outras espécies. Por isso, mesmo que eles fossem metade-humano e metade-demônio, sentiam-se seres vivos pertencentes aquele ciclo, pois eles não eram diferentes, precisavam daquela energia que fluía dos corpos humanos — do sangue, da carne ou do sexo — para se manterem vivos.

Fim.

Considerações finais:

Yo, Minna! Redenção chegou ao fim depois de quase um ano e meio de vida. Confesso que vou me despedir já sentindo muitas saudades desse trabalho. T_T Acho que era por isso que estava enrolando tanto pra concluí-la, mesmo esses dois últimos capítulos estando prontos faz um tempinho.

Apesar da fic não ser do tipo popular e nem ter tantos leitores como outras, é com muito orgulho que digo que Redenção se tornou um dos meus trabalhos favoritos, assim, como é da minha revisora amada. A Blanxe sempre fez questão de declarar em meio as suas revisões o quanto era fã da história e eu agradeço muito a ela pelo incentivo e os poucos puxões de orelha. xD

Muito obrigada também aos leitores que continuaram acompanhando o trabalho e que chegaram até aqui! Apesar de não ter tantas reviews como as minhas fanfics pop, Redenção alcançou (até o momento) oito recomendações, mesmo ela não tendo nem metade das reviews que Dad’s Baby Boys tem, por exemplo. O que prova que o trabalho ficou realmente bom. Sim! Estou sendo pouco modesta agora, porque eu trabalhei duro para que a história fosse mais valorizada pelo seu enredo e conteúdo, sem ter que apelar para o fanservice, e acredito que consegui meu intento!

Estou realmente feliz com o resultado. Sabe, aquela sensação boa de trabalho bem concluído? *----*

Além, claro, do prazer que foi trabalhar esse shipper. Quem acompanha o mangá, viu que os dois se encontraram e interagiram e as cenas só serviram de inspiração e alimento para aumentar o meu amor por eles. Realmente ItaNaru é o meu fetiche pessoal. Os dois juntos são a coisa mais mordível do mundo. Puro amor. *-*

E, aproveito para dizer também, que o enredo de Redenção foi tão desafiador, inspirador e satisfatório, que ele servirá de roteiro para uma futura obra original.

Também, pretendo me focar mais nas originais do que nas fanfics. Mas não vou abandonar as fanfics de vez, só que as atualizações irão permanecer lentas.

Continuarei postando A Crise dos Sete e brevemente retomarei Os Garotos. Eventualmente, estarei postando one-shots, como a No Regrets e as fanfics de Amigo Oculto. E, claro, se a inspiração bater de repente, também apareço com alguma fanfic nova.

Os trabalhos que já estavam parados como: Os Bastidores, Aoi Sora e Análogos, continuarão sem previsão de atualizações.

Bem, é isso! Quem acompanha A Crise, vejo vocês lá, quem não acompanha, me despeço por aqui e espero encontrá-los em breve em outros trabalhos!

Muito obrigada pelo carinho!

Beijos! ;*

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