Autora: Andréia Kennen
Fandom: Naruto
Gênero: Drama, Ecchi, Hentai, Lemon, Mistério, Orange, Romance, Suspense, Universo Alternativo, Yaoi, Yuri
Status: Completa
Classificação:
Resumo: Quatro jovens de classe alta, amigos de infância, decidem desfrutar ao máximo dos prazeres da vida, utilizando-se de suas belezas, riquezas e juventude; e para isso, não medirão pudores ou consequências. Contudo, até mesmo no pervertido jogo da sedução, corre-se o risco daquele elemento surpresa aparecer: o amor. Será que eles saberão lidar com esse sentimento com a mesma maestria que dominam a arte do sexo? Confiram! [Fic +18. Yaoi. Yuri. Hentai. Lemon. Orange. UA. Terminada. Prólogo + 11 capítulos + Epílogo. (mesmo estando terminada seu comentário é importante!. Personagens principais: Naruto/Sasuke/Sakura/Ino.
Promiscuous
Capítulo 7 – Stereo Love
Revisado por Blanxe
“Quando você vai parar de quebrar meu coração?
Não quero ser outro a pagar pelas coisas que nunca fiz.
Não vá! Não vá!
Pare, meu amor! Eu odeio vê-lo chorar!
Seu sorriso é uma linda mentira...
Mas posso corrigir todas as mentiras”
– Quê?! – Sasuke inquiriu, assustado, admirando o casal a sua frente.
– Isso que ouviu. Nós iremos pagar os adicionais que o seu irmão impôs, por isso, temos o direito de pedir o que quisermos, e no momento é isso que queremos: um strip-tease.
“Maldito, Itachi!!” – Sasuke resmungou para si mesmo, tentando conter um pouco do nervosismos que lhe aflorava. “Era o que me faltava! Ter que ficar rebolando e me requebrando, enquanto arranco as roupas na frente de dois velhos babões! Mas que diabo!”
– Hatake... Eu não sei se isso é conveniente... – de repente, o homem moreno, que tinha uma cicatriz de um corte no nariz e os cabelos espetados presos no alto da cabeça, falou em um tom receoso.
– Ah, Iruka. É o nosso presente. Tá querendo desistir?
Sasuke juntou as sobrancelhas, fixando os olhos no casal, mas principalmente, no moreno. Não soube identificar o motivo, talvez, fosse algo apenas para exasperar sua raiva, mas sentiu uma imensa necessidade de provocar o que chamou mentalmente de: “ukezinho de merda”. Ver a insegurança que estava, claramente, estampada naquela face, era fascinante. Ele nem o vira sem roupas e já estava morrendo de medo de ver seu homem babando em alguém muito mais jovem e muito mais atraente.
Sentiu vontade de sorrir; porém, só os interrompeu, pedindo:
– Oi... coloquem a música.
– Viu? Será apenas um showzinho particular, Iruka. Relaxe e aproveite.
O homem de pele clara e cabelos acinzentados - que usava uma máscara hospitalar que encobria a boca -, amparou o rosto do outro ao seu lado com ambas às mãos, abaixou a máscara e depositou na boca dele um breve beijo, para em seguida, sair da cama em um salto, indo ligar o aparelho de som.
Aquele que ficara na cama, desviou os olhos do rapaz que ainda vestia o uniforme escolar, estancado a sua frente. Fora professor das séries iniciais de Sasuke Uchiha; seu marido, Hatake Kakashi, ainda era professor de história e Literatura dele. Por isso, era complicado para si, aceitar aquela ideia tão facilmente.
Quando seu amado lhe dissera que teria uma surpresa no dia do aniversário da união deles, não imaginava que ele traria um garoto de programa, e muito menos, que esse era um colegial. Estava certo que os dois viviam conversando sobre saírem da rotina e experimentarem algo inovador... Mas aquilo nunca lhe passara pela cabeça! Não conseguia imaginar-se dividindo seu homem com aquele garoto que, além de muito mais jovem, era infinitamente mais belo que si...
Logo, aquele som rítmico que parecia ter acordes indianos encheu os ouvidos de Sasuke, ainda mais, quando a voz feminina da cantora em inglês vociferou de forma suave o trecho:
“When you're gonna stop breaking my heart?”
“Quando você vai parar de machucar meu coração?”
Sasuke sentiu um frio lhe atormentar o estômago. Sua mente pareceu viajar ao encontro daquela pessoa, fechou os olhos, enquanto deixava-se embalar pelo ritmo daquela melodia que, mesmo sendo dançante, era tão suave que o fazia sentir vontade de flutuar. Enfiou os dedos no nó da gravata do uniforme e o desatou, enquanto movimentava seu quadril de um lado a outro.
Nem se importou mais com quem o estava assistindo, apesar de ter ouvido os passos pesados do seu professor voltando para a cama de casal. Largou a gravata no chão. Passou a desabotoar lentamente a sua camisa, os olhos ainda cerrados; aquele som fazia sua mente perder-se em um espaço que não era onde estava... Viu-se caminhando em uma paisagem árida, sob um céu azul e repleto de nuvens brancas... Logo sua camisa foi ao chão, levou as suas duas mãos à nuca e passou a massageá-las, para em seguida, descê-las acariciando o tórax...
O casal à frente estava estático. Não conseguiam acreditar no que viam. Os olhos do professor Hatake moviam-se conforme as mãos do jovem se moviam no corpo dele, viu os dedos habilidosos adentrarem pelo cós da calça baixa e subir novamente pela barriga. Se não tivesse com seu rosto encoberto pela máscara que usava, devido ao seu problema alérgico, ficaria evidente a saliva que se acumulava em sua boca.
Sasuke Uchiha era um ser divino, sem sombras de dúvidas. Mesmo ele movimentando-se de forma tão suave, conseguira excitá-lo. Seus orbes crispados, as mãos que dançavam em seu corpo estimulando a ele próprio, fizeram-no imaginar-se ali, colado ao corpo dele dançando naquele mesmo compasso sinuoso. O seu desejo ascendeu-se rapidamente, sentia o membro já ouriçado dentro na calça, lambeu os lábios abaixo da máscara e a ansiedade lhe consumiu.
Assim que a música ganhou uma batida mais rápida, Sasuke abriu a calça, passando a mover seus ombros e quadril quase como se estivesse dançando sozinho em uma pista de uma boate qualquer da cidade. A peça social do uniforme, por ser confeccionada em um tecido fino e leve, começou a escorregar sozinha pelas pernas do jovem, até alcançar o chão. Está, foi chutada para o lado, restando assim, somente a última peça: a cueca.
O coração do professor Kakashi acelerou-se quando viu Sasuke enfiar os dedos por dentro da boxer preta; virar de costas e então, abaixá-la, deixando as nádegas brancas amostra.
“Que bunda perfeita!” ele exclamou em pensamento, não contendo a própria euforia. “A cintura também é perfeita! As costas são perfeitas...”, o homem mais velho teve que engolir a saliva antes que esta escorresse pelo canto da boca.
Foi quando a música terminou e a hipnose em qual parecia estar preso se rompeu, que a mente do professor despertou, fazendo-o lembrar-se do parceiro que estava ao seu lado. Entortou o pescoço para ver qual fora a reação dele e acabara encontrando-se com um par de olhos entornando lágrimas, só então, se auto-recriminou ao ter certeza que havia feito uma grande besteira.
– Iruka, doushite?
– Você está encantado por ele, Kakashi! – o outro esbravejou, fungando alto e choroso. - Você nem se mexeu! Nem lembrou que estou aqui!
– Mas... Meu amor... Como não? Ele é só o nosso presente.
– É um presente pra você, Kakashi! Ele é perfeito! Eu nunca serei tão lindo assim. Sinto-me tão rebaixado, tão humilhado... – as lágrimas escorreram com força no rosto moreno do professor.
– Oh, Iruka! Não faz isso...
Sasuke virou-se para os dois, encobrindo seu membro com as duas mãos em forma de concha. Apesar de “ouvir” o casal discutindo, não conseguia assimilar o teor da briga, mas imaginava que era por sua causa. Era um destruidor de corações? De lares? Era um monstro que deveria ser retrato com asas em forma de mãos gigantes nas costas, olhos vermelhos e dentes de javali?
Sim, essa deveria ser sua real forma.
Afinal, para quê lhe servia tanta beleza externa? Se esta não era o suficiente para encantar, enfeitiçar e fazer salivar a pessoa que realmente lhe interessava? Se tal beleza só servia para atiçar os desejos de garotas fúteis e escandalosas, de velhos doentes e de casais de meia idade com crise no casamento?
O Uchiha suspirou.
“Sinto que minha existência não tem sentido algum... Só vou me deixar ser usado, até que um dia essa casca apodreça e não chame atenção de mais nada, além de moscas varejeiras! Ou quem sabe eu tenha sorte e consiga partir desta vida pra outra logo...”
– Sasuke? Sasuke?
O Uchiha despertou ao ouvir o chamado do professor, que amparava o outro no peito. Sentiu uma vontade bizarra de sorrir. Afinal, fora exatamente o que deduzira: insegurança do “Ukezinho” provocada por sua extrema exuberância.
– Hm? – respondeu, sem pretensão nenhuma de fazê-lo.
– Pode ir. Sinto por ter tomado seu tempo.
– Não me importo, desde que me paguem.
– Vou pagar só pelo strip-tease, pode ser? Afinal, não fizemos nada.
– Ah, tá! E meu tempo, como é que fica? A questão não é o que faço ou deixo de fazer, a questão é o tempo que vocês me tomaram. Eu cobro por hora, então me paga proporcional ao tempo que estou aqui.
– Put...
– Paga logo, Kakashi! E deixe-o ir. – esbravejou o marido.
– Hai, hai... Wakatta, né? – o homem tirou as notas da carteira na cômoda e entregou para o jovem. – Arigato, por nada?
Sasuke que já havia se vestido rapidamente, apanhou o dinheiro das mãos do sensei e saiu, sem dar mais nenhuma palavra. Já sabia aonde iria arrumar algo que lhe fizesse esquecer aquela agonia irritante dentro do peito.
– O bar sujo da Karin...
...
- Por que temos que nos intrometer, se o assunto não é nosso? – Shikamaru, que era sempre a favor da análise imparcial e contra brigas desnecessárias, foi o primeiro a se manifestar contra a ideia de Kiba de retaliação a Sasuke Uchiha. Afinal, aquele parecia um problema que envolvia muito mais do que fora exposto.
– É simples, Shikamaru. Primeiro: Sasuke é um tremendo idiota! – Kiba rosnou, ao lembrar-se da pose altiva que o Uchiha ostentou, enquanto confessava ser o canalha que era. - Segundo: você ouviu o que ele disse no vestuário? Ele fodeu o Naruto à força! Até onde eu saiba, isso é estupro, cara! E a Haruno? Você ouviu o que ele falou da Haruno? Vamos deixar que ele saia impune depois de machucar dois dos nossos amigos e ainda rir da nossa cara, ao praticamente, nos chamar de idiotas por não termos percebido?!
– Mesmo que queiram fazer algo... Acho que já é tarde. – a voz mansa de Sai chamou atenção do grupo de colegas de sala.
O encontro naquele parque fora marcado pelo próprio Kiba, que não se conformara com que ouvira do Uchiha no final da aula de Educação Física. Além de Shikamaru e Sai, estava ali, o mais corpulento do grupo, Chouji, que até o momento preferira não se manifestar, já que se via ocupado, detonando um saquinho de chips. Havia ainda um quinto elemento, que concordara em dar apoio à vingança, mas que só apareceria mais tarde.
– Do que ‘tá falando, Sai?! – Kiba grunhiu entre os dentes.
Sai era outro que não agradava o Inuzuka em nada. Os trejeitos esquisitos do desenhista e seu timbre suave e ao mesmo tempo obsceno, o incomodavam e muito. Porém, ele seria de grande ajuda para fornecer informações sobre os Uchiha, já que este não escondia de ninguém, a relação que tinha com o irmão mais velho de Sasuke.
– Estou dizendo que, mesmo que queiram fazer algo contra o Sasuke-kun, não o encontrarão mais na escola. – Sai respondeu, diante dos olhares curiosos sobre si - Ele desistiu do colégio. – acrescentou.
– Quê?! – os três exclamaram em uníssono.
– Para quê ele vai precisar trabalhar, não é gente? – Chouji se manifestou pela primeira, ainda mastigando as batatas secas. - Acho que para vender o corpo não precisa ter muita instrução.
– Ele é mesmo um babaca... – Shikamaru resmungou.
– Quem te contou isso? Foi o sensei? – Kiba o inquiriu, desconfiado da notícia.
– Ele mesmo.
– Como é que tem coragem de se misturar com esses nojentos, Sai?!
– O Itachi é muito diferente do Sasuke. Ele se preocupa com o irmão.
– Pra mim parecem tudo farinha do mesmo saco, afinal, se ele se preocupasse mesmo, impediria o irmão de fazer tanta merda, não é?
Sai - que estava sentado nas costas do banco de concreto do parque - guardou sua prancheta de desenho na bolsa que carregava transpassada no peito e se levantou. O sol já estava se pondo, não tinha mais claridade suficiente para continuar seus esboços e também, aquela conversa já o tinha enchido.
– Se quiserem encontrá-lo, é só irem até o bar Taka, no distrito dezessete, o mesmo onde a Sakura foi acidentada. Essa é a minha contribuição. Não vou participar do restante, porque ele ainda é o irmão do cara com quem estou saindo, e quero continuar saindo. – o rapaz de pele pálida deu as costas para o grupo e se despediu. – Até.
– Matte, Sai!
– Deixe-o ir, Kiba. – Shikamaru pediu. - Ele não vai ser de grande ajuda mesmo. Como ele disse, já fez a parte dele. Expõe logo seu plano, vamos ver o que você tem em mente.
- Na verdade, é aí que você entra Shikamaru... Estava contando com você pra elaborar um plano, já que é o mais esperto de nós três. Se vamos armar uma retaliação, não podemos deixar pistas, ou teremos problemas. Você é o cara certo pra isso.
– E o Gaara? Ele não disse que ajudaria?
– Disse que ‘tá na casa do Naruto, mas assim que resolvermos o que faremos, é só darmos um toque e ele vem correndo.
– Certo, então vamos trabalhar!
Kiba sorriu abertamente, mostrando o par de caninos avantajados. Estava contente que Shikamaru havia decidido ajudá-los. Agora tinha certeza que iriam planejar uma vingança à altura.
...
Enquanto isso, os primos Gaara e Naruto - que haviam acabado de sair do Hospital, onde foram visitar Sakura - vinham conversando pelas ruas nas proximidades do prédio, tranquilamente.
– Então, você vai morar com o Lee? – o loiro inquiriu o ruivo, com um olhar surpreso.
– Exatamente isso. Ele está na academia de polícia de Londres faz um ano. Eu vou ingressar em alguma faculdade de lá também e, assim, vamos morar juntos.
– Né, Gaara?
– Hm?
– Você não se sente estranho? Está dizendo que vai viver com um homem, igual a você?
– E o que é que tem?
– Ué, como o que é que tem? Não tá na cara?! Será que não pensa no futuro, em casar e construir uma família? Ter filhos?
– Eu posso construir uma família ao lado do Lee. Quando quisermos filhos e estivermos preparados para isso, iremos adotar.
Naruto elevou às mãos nos cabelos e bagunçou seus fios em seu sinal típico de confusão. Por que não conseguia acreditar que a coisa era tão simples como todos apontavam?
– Mesmo assim, Gaara! Não é normal! Além do que, filhos adotados, não são filhos verdadeiros!
– Eu não me... – Gaara se interrompeu ao ouvir o barulho de SMS chegando ao seu celular, retirou o aparelho do bolso da calça e leu a mensagem no display. Sorriu discretamente ao saber que Kiba já havia aprontado tudo. Voltou a guardar o aparelho e esquecendo-se até sobre o que estava falando, avisou ao primo: - Tenho que ir, Naruto.
– Ué, achei que você fosse comigo lá para casa?
– Seu pai já deve estar em casa, não é? Eu não gosto do jeito que o tio Minato me olha. Você sabe, ele parece meio homofóbico.
– Te garanto que não é isso... – Naruto afirmou, lembrando-se da fala da mãe sobre o pai ter tido uma paixão gay na juventude.
– De qualquer forma, tenho um trabalho de grupo para desenvolver, acabaram de me lembrar.
– Ah, sou ka... – Naruto abriu um grande sorriso para o primo. – Okay! Nos vemos na escola!
– Naruto, só uma coisa...
– Hm?
– Eu pensei que o Uchiha gostasse mesmo de você. Por isso eu fiz aquilo hoje de manhã, tentando obrigá-lo a falar a verdade sobre os sentimentos dele. Mas descobri que me enganei. O Sasuke é um tremendo otário. Não é o melhor cara pra você. Esqueça-o.
– Quê?! Pare de falar como se eu tivesse a fim do Sasuke, Gaara!! – Naruto esbravejou, deixando o rubor pigmentar suas bochechas. – Eu o considero só um amigo... – o loiro continuou, abaixando o volume da voz. - Eu sei que ele fez um monte de besteiras. Mas a mamãe me fez pensar sobre as atitudes dele. O Sasuke sempre esteve do meu lado desde quando chegou ao condomínio, sempre se preocupou comigo, cuidou de mim, fizemos muitas coisas juntos... Eu acho que não posso, simplesmente, condená-lo pelos erros que ele cometeu agora, sem considerar o que ele foi para mim antes.
O loiro ergueu os olhos que fitavam os próprios pés e encarou o semblante sério do primo a sua frente.
– Não quero acreditar que o que eu sinto por ele seja... essa coisa de amor gay. Acho isso muito estranho ainda. No entanto, confesso que sinto algo, é verdade. E esse algo me faz querer perdoá-lo e tentar resgatá-lo, antes que ele adentre mais esse mundo em que ele vive...
Gaara abriu um sorriso discreto para o parente loiro e apertou um dos ombros dele, vendo-o fazer uma careta.
– Você é uma pessoa boa de verdade, Naruto. Por isso, eu afirmei que não merecia alguém tão corrompido como o Uchiha. Mas... se você acha que consegue purificar aquela alma que, na minha opinião, nem um pastor consegue salvar, vá em frente. Faça-o, antes que seja tarde.
– Como assim “tarde”?
– O Uchiha vive fazendo coisas erradas. Um dia alguém vai se irritar tanto com isso, que vai dar um corretivo nele... – Gaara parou de repente, percebendo que havia falado demais. – Bem, eu tenho mesmo que ir. Nos vemos na escola.
– Hai! – Naruto acenou para o primo que já havia dado as costas para si, e corria em direção de um táxi que parara mais à frente.
O loiro ficou pensativo por um instante, havia algo de suspeito na fala de Gaara.
– Sasuke... – o loiro sussurrou, fazendo um sinal para o próximo táxi que viu; ao adentrar o veículo, pediu para o homem tocar para o residencial onde morava. Iria ver o amigo. Estava tendo um mau pressentimento.
...
Sasuke entornava o terceiro copo de uísque, afundado em uma poltrona, enquanto observava a mulher de óculos de aros escuros, preparando o que havia pedido. Os dois estavam na suíte dela, que ficava no piso superior do bar.
– Tá pronto. – ela anunciou, batendo as mãos uma na outra, limpando os vestígios do pó branco que ficou em seus dedos. Ao elevar-se, passou a desabotoar a blusa branca que vestia, largando a peça do lado ao terminar e, em seguida, abaixar a saia preta, ficando apenas com o lingerie de renda vermelha.
Ainda de bota, marchou pelo piso de taco, requebrando o quadril em direção do rapaz que havia se voltado para a janela assim que ela passou a se despir; parou diante dele e ergueu uma das pernas, apoiando salto fino no braço da poltrona. Ela curvou o corpo para frente, escorando o cotovelo na coxa levantada, em uma pose muito insinuativa. Mesmo estando toda amostra para o jovem sentado, não conseguiu tomar para si os olhos negros que estavam fixos no vidro.
– Tem certeza que uma mulher, com o meu corpo e a minha pele, não é mais interessante que a rua lá fora?
Sasuke apenas moveu a mão que segurava o copo, para elevá-lo até a boca e tomar mais um grande gole da bebida quente.
– Não vim aqui para isso... – ele murmurou, mantendo-se passivo.
– Se não quiser fazer por vontade própria, então eu pago... – ela negociou, retirando o rolo de dinheiro que tinha guardado no sutiã e jogando-os na cara de Sasuke, fazendo as notas se espalharem em torno deles. – É assim que funciona agora, não é? Ou será que você está gostando mais de dar do que receber?
– VADIA! – Sasuke levantou-se, agarrando-a pelo pescoço e empurrando-a até bater as costas dela na parede. Mas ao contrário do que imaginou, ao invés de reclamar, a viu sorrir. – Você gosta de provocar, né, Piranha? – resmungou, soltando do pescoço dela e indo até a mesa onde ela largara o papelote com a droga.
– Vai devagar, Sasuke! – ela avisou, aproximando-se ao vê-lo cheirando todo o produto. – Eu fiz para nós dois.
– Foda-se! – ele a empurrou. – Deita logo na merda dessa cama! Vou dar o que você quer! Te foder e fazê-la engolir o impropério que acabou de latir...
A dona do bar Taka, ao ser empurrada, caiu sentada na cama e fez uma cara de desaprovação. Estava certo, não era uma mulher certinha, porém, quem era o Uchiha para falar consigo daquele jeito?! Chamando-a de “Cadela”, “Piranha”, “Vadia”? Ele, com extrema certeza, não era nenhum pouco melhor que ela. Estava começando a irritar-se com a atitude arrogante dele.
“Filho da puta, hoje você me paga...”, a mulher enfiou a mão embaixo do travesseiro, como se procurasse por algo, porém o baque da porta se abrindo a fez recuar e sobressaltar assustada.
– O que significa isso, Suigetsu?!
O empregado tentou ignorar o grito da patroa e, principalmente, o fato dela estar só de roupas íntimas, então, gritou para o rapaz agachado perto de uma mesinha.
– Sasuke!! Tão detonando seu carango, cara! Vem logo!
– Como?!
...
Sasuke desceu as escadas que levava para o bar no piso inferior, cambaleando e batendo de um lado a outro nas paredes. O maldito pó que cheirara já fazia efeito, estava entrando em estado de euforia; não conseguia controlar a vontade insana de gargalhar. Atrás dele, Karin vestida com um hobby e Suigetsu tentava mantê-lo pelo menos em pé.
– Sasuke, esqueça isso!
– É, cara, volte para o quarto, você está doidão.
– Ha, ha, ha! A merda do carro não tem seguro! Ha, ha, ha! – ele gargalhava, segurando a barriga em meio à crise histérica. Não conseguia enxergar direito, eram vários flashes coloridos que lhe embaralhavam a visão, fazendo sua tontura aumentar. Atravessou a rua em um disparo, arrancando gritos de “Saia do meio da rua seu maluco!” dos motoristas que passavam perto de si no vácuo.
– Bebê! – ele gritou, abraçando a lataria pinchada do carro. - Deus do céu, você tá horrível, bebê! Ha, ha, ha, ha! – ele dizia.
Sem controlar a crise de risadas, Sasuke enfiou a mão dentro do bolso da calça em busca das chaves. Ao encontrá-la, uma mão – encoberta por uma luva de couro preta – que veio detrás dele, retirou as chaves da suas e encobriu seu rosto com um pano.
Suigetsu gritou que iria chamar a polícia, mas isso não assustou os arruaceiros. Dois caras empurraram Sasuke para o banco detrás do carro e entraram no veículo. Enquanto um entrou no banco do lado do motorista e o último, assumiu o volante. Logo, o veículo saiu cantando pneu e desapareceu na longa avenida.
– Eu vou chamar a polícia... – informou o empregado do Taka, retirando o celular do bolso, contudo, se surpreendeu ao ter seu aparelho arrancado da sua mão e lançado no meio da rua. – Ein?! Você ficou louca, Karin?! – o homem gritou ainda mais histérico, ao ver o telefone ser estraçalhado pelas rodas dos veículos que passavam na rua. – Eu fiz em vinte quatro prestações...
– Não precisa chamar os tiras, só vai me botar em mais confusão. Vai que eles decidem dar uma batida no bar e descobrem nosso pequeno comércio ilegal...
– Achei que fosse toda apaixonada e se importasse com o Uchiha.
– Humpf! – ela resmungou, rindo de lado. – Ele foi um bom cliente. Hoje em dia só me trás problemas. Se por um acaso ele sair vivo dessa, e ter o disparate de voltar aqui, barre a entrada dele. Não quero nunca mais, ver esse nojento na minha frente! – a mulher deu as costas para o empregado e entrou no estabelecimento.
Suigetsu, por sua vez, coçou a cabeça, colocou as mãos na cintura, para então, soltar um grande suspiro.
– Vai entender as mulheres... Uma hora elas amam infinitamente, outra, querem ver o cara morto. Eu hein!
...
As mãos de Itachi abaixaram o calção de Sai, deixando as nádegas brancas do amante amostra. Beijando-o intensamente, começou a direcionar dois dos seus dedos no pequeno orifício que abria e se fechava, ascendido pelo calor da excitação.
Porém, apesar da dupla parecer bem à vontade, a visita ali presente na sala com eles, não gostou nada do que estava assistindo:
– Sensei!! – Naruto esbravejou, retirando a almofada que tinha atrás de suas costas e encobrindo seu rosto. - Dá para parar de fazer isso na minha frente?!
Sai, que estava no colo do mestre, já sem blusa, apenas entortou o pescoço para o lado, tentando enxergar o rapaz atrás de si.
– Por que você não vai logo embora? Não percebeu que está nos atrapalhando?
– Eu já disse que não vou, enquanto não falar com o Sasuke!!
– Deveria ligar e marcar hora... – Sai não continuou o que iria expor, pois Itachi tapou a boca dele e cochichando o repreendeu:
– Sua boca tá muito livre, não é? Daqui a pouco vou preenchê-la com algo realmente grande pra ver se você para de falar demais... – ele disse ao aluno, no seu tom de voz mais calmo. Então, reergueu o calção de Sai e o empurrou para o lado, fazendo-o sair do seu colo.
Itachi percebeu que Naruto ainda tinha o rosto encoberto pela almofada, provavelmente, não notara a gafe do amante.
– Só estou falando a verdade... – Sai insistiu em um resmungo, emburrado por não ter o que queria.
– Que verdade, Sai? – Naruto perguntou com a voz abafada – Ainda existe mais alguma coisa que eu não saiba sobre o Sasuke?
Itachi olhou de rabo de olho para o aluno, não deixando de esconder sua evidente irritação com a indiscrição deste. Não precisou dar nenhuma palavra e o viu apanhar a camisa no chão e a recolocar.
– Pode destampar os olhos, Naruto. – Sai avisou, pegando sua mochila. – Nos vemos na escola, Sensei. – ele se despediu. – Ja ne...
Naruto expôs o rosto a tempo de ver as costas de Sai, que estava indo embora; sobressaltou com o bater da porta de saída da casa, então, voltou-se constrangido para o professor.
– Gomen, Sensei? Não queria atrapalhar...
– Crianças... – o homem de cabelos cumpridos, grunhiu. - Não importa mais. – disse, cruzando os braços e as pernas, e reclinando-se para se aconchegar melhor nas costas do sofá. – Já que o língua solta do Sai começou, eu concluo o que ele quis dizer. Está preparado para ouvir mais coisas ruins sobre meu irmãozinho tolo?
Naruto assentiu. Estava disposto a tentar ajudar Sasuke, dissessem o que dissessem.
– Sasuke abandonou a escola... – foi a primeira informação de Itachi.
Porém, Naruto não teve tempo de reagir, só de entreabrir os lábios devido a surpresa da notícia, logo, ouviu Itachi dar continuidade:
– Ele abandonou a escola pra se tornar um prostituto. Sasuke está nesse exato instante, fazendo programa, com dois caras ao mesmo tempo.
Continua...
Notas finais do capítulo
Oye, minna-san! o/
A fanfic está finalmente, chegando aos seus momentos finais. Sei que ando torturando o Sasu-chan demais, mas minha gente... no fundo, eu não sou tão má, aguardem e confiem.
Esse pode ser o antepenúltimo capítulo, então provavelmente a história terá só mais dois e o epílogo.
Gostaria de agradecer imensamente a quantidade de reviews e as recomendações que recebi na história. Estou boba, Promiscuous ultrapassou a quantidade de reviews de OF por capítulo, só não atingiu o mesmo número de acesso, OF tem recebeu até hoje 4.916 visitantes, enquanto a Promiscuous está na margem dos 2.974.
Sei lá, números nem sempre dizem muita coisa, mas para mim, significa que a história está pelo menos agradando, o que me deixa realizada como escritora.
Aproveitando da boa audiência que essa história tem, vou fazer propaganda! xD
- Obra Prima - escrita por mim - SaiNaru, +18, Canon, lemon, três capítulos, terminada.
- Thunderstruck – parceria com a Hikari-nee-chan – é tipo uma sátira, não é SasuSaku é SakuSasu, pra entenderem essa inversão de papéis, leiam a história. Está quase terminada.
Outras que estou lendo e recomendo:
- Reminiscência e Essência da Blanxe (SasuNaru, Canon, m-preg);
- Nothin Shakin (NaruSasu, canon), Hikari (ItaSasu), Hippy Hippy Fronzen Shake (SuiSasu), Higway to hell (NaruSasu) – tudo da minha blond-nee-chan, Hikari-san;
- Ambíguo da Day, Dayanemanfrere (ItaShizu e pode ter menção de outros casais);
-Travessias do Coração (vários casais yaoi) e Encontro a Promessa (SasuNaru) da Meguari-chan .
Estou lendo outras coisas também, mas aí já é de outros fandons, não vou indicar aqui, né?
*Momento propaganda cara de pau off*
Beijoooos!
See you next! o/
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