Autora: Andréia Kennen
Fandom: Naruto
Gênero: Drama, Ecchi, Hentai, Lemon, Mistério, Orange, Romance, Suspense, Universo Alternativo, Yaoi, Yuri
Status: Completa
Classificação:
Resumo: Quatro jovens de classe alta, amigos de infância, decidem desfrutar ao máximo dos prazeres da vida, utilizando-se de suas belezas, riquezas e juventude; e para isso, não medirão pudores ou consequências. Contudo, até mesmo no pervertido jogo da sedução, corre-se o risco daquele elemento surpresa aparecer: o amor. Será que eles saberão lidar com esse sentimento com a mesma maestria que dominam a arte do sexo? Confiram! [Fic +18. Yaoi. Yuri. Hentai. Lemon. Orange. UA. Terminada. Prólogo + 11 capítulos + Epílogo. (mesmo estando terminada seu comentário é importante!. Personagens principais: Naruto/Sasuke/Sakura/Ino.
Promiscuous
Capítulo 10 - Meet Me Halfway
Revisado por Blanxe
“Você pode me encontrar no caminho, bem no limite
É lá que esperarei por você
Eu estarei prestando atenção, noite e dia.
Levei meu coração ao limite, e é onde eu ficarei
Não posso ir além disso oooooh
Eu te quero tanto, é o meu maior desejo”
– Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente, a criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc); Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo... (1)
A voz do professor de História, Hatake Kakahi, se propagava na sala de aula silenciosa, enquanto ele andava de um lado a outro, gesticulado e explicando as causas que motivaram a Segunda Guerra Mundial.
Naruto, que estava com os cotovelos apoiados sobre a mesa e o queixo sobre as mãos, tentava, mas não conseguia assimilar uma palavra sequer que saía da boca do homem à frente do grupo. Sua mente estava presa na cadeira vazia ao seu lado. Ouvira dos colegas e do próprio irmão de Sasuke, que ele havia deixado a escola. Por isso, não esperava mesmo vê-lo ali, contudo, não conseguia evitar a preocupação.
O loiro, nunca desejara antes, que a aula terminasse logo. Ansiava por ir procurar o professor de Educação Física e ter notícias do amigo, tanto, que sentia suas entranhas revirando dentro de si.
Em menos de vinte quatro horas, sentia que sua vida tinha dado uma grande guinada, mesmo não saindo do lugar. Descobrira que seus pais viveram uma história de amor e desilusão juntos. Ainda não conseguia ordenar todos os fatos em sua cabeça, mas sabia que, quando estivesse frente a frente com Sasuke, saberia qual atitude tomar.
Mas porque estava sendo tão difícil encontrá-lo?
O jovem Uzumaki estava tão compenetrado e preso em seus próprios pensamentos, que não percebeu que era observado pelo quarteto de amigos: Kiba, Shikamaru, Chouji e Gaara. O grupo havia decidido dar uma lição no Uchiha pelo mal que ele fizera ao loiro, contudo, resolveram que manteriam segredo sobre a retaliação, ou acabariam tendo problemas.
Todavia, o rapaz ruivo demonstrava uma evidente inquietação, ao balançar a caneta entre os dedos, enquanto observava a feição preocupada do seu primo; fazendo-o crer, que ele já sabia sobre o desaparecimento de Sasuke. Além disso, temia pelas condições físicas do Uchiha. Preso naquele lugar sem água e sem comida? E se ele não conseguisse se soltar? E se algum bicho venenoso o picasse?
Não que Gaara se importasse com o bem estar de uma pessoa como o Uchiha, mas tinha certeza que se algo ruim acontecesse a ele, era Naruto quem sofreria. Havia se decidido, daria um jeito de ir vê-lo; precisava ter certeza que ele tinha conseguido escapar e estava bem.
...
Itachi só teve os primeiros tempos de aula naquela manhã. Assim, antes de dar o sinal para o intervalo do almoço, ele deixou a escola às pressas; tinha um rumo certo: o bar Taka.
Enquanto dirigia, continuava ligando no celular do irmão, mas a única resposta que obtinha, era da gravação irritante da secretária virtual. Para o desespero não tomá-lo, se prendera em uma hipótese: que o caçula deveria ter enchido a cara e estava adormecido na cama com alguma vadia. Se fosse isso, o acordaria na pancada, só pela audácia de fazê-lo dormir preocupado.
Contudo, o Uchiha mais velho sabia que, por mais que Sasuke fosse festeiro, ele não costumava passar a noite fora de casa. Exceto nos fins de semana. Estava angustiado e aquilo também não era normal. Acelerou o veículo, aumentando a velocidade, precisava chegar do outro lado da cidade logo.
Depois de meia hora no trânsito, o professor estacionou em frente ao bar, e, a primeira coisa estranha que notou ali, foi um caminhão de mudanças. Desceu rapidamente e adentrou o corredor sujo que levava ao interior do estabelecimento, perguntando para os carregadores que passavam, aonde encontraria a dona, porém, ninguém sabia lhe dizer.
Ao entrar no recinto em si, o moreno notou que este estava praticamente vazio, no entanto, havia um rapaz de cabelos esbranquiçados, que não usava o uniforme da companhia de mudança, e ainda dava ordens, direcionando os carregadores.
– Levem aquelas mesas também.
Itachi aproximou-se dele.
– Com licença, a dona do estabelecimento, por favor?
Suigetsu, ao ouvir a pergunta, respondeu sem dar atenção.
– Estamos de mudança, amigo, não atrapalhe.
– Mas eu preciso falar com a dona.
– Ah, que saco! A Karin não está, meu! O que é? – perguntou mal educado, voltando-se para o homem e só então, admirou-se daquele semblante tão conhecido. Sentiu um frio apertar o estômago. Aquela pessoa à sua frente era idêntica ao Uchiha.
– Eu quero saber do meu irmão, o nome dele...
– Não o vimos.
– Você nem sabe de quem estou falando! – Itachi gritou, começando a se irritar com aquela pessoa petulante.
– Não precisa, meu! – Suigetsu retrucou no mesmo tom - Eu nunca vi duas pessoas se parecerem tanto. Seu irmão é o Sasuke, não é?
– Isso. – afirmou, mais calmo. – Mas ele não voltou pra casa ontem à noite e um conhecido nosso disse que ele veio pra cá. Como ele não esteve aqui? Explique-se direito! – o moreno exigiu, crispando os punhos com força, não escondendo seu nervosismo.
– Oh, cara! Não vem ficar nervosinho aqui não. Não sou babá de ninguém, nem sou obrigada a saber de...
Antes do empregado do Taka dar continuidade em sua fala, Itachi segurou as duas mãos dele e o empurrou na parede, fazendo-o bater as costas. Prendeu os braços dele acima da cabeça e encostou seu corpo ao dele, roçando sua boca em um dos ouvidos do empregado e, entre os dentes cerrados, sussurrou:
– Eu não sou bonzinho como meu otouto, muito menos, uma pessoa dotada de paciência. Então, me dê respostas, antes que eu comece a esmurrar sua cara.
O coração do sócio de Karin disparou. Mas, o que mais lhe irritou fora saber que a aceleração não se dera por causa da ameaça. Afinal, por trabalhar em um lugar como aquele, vivia sendo ameaçado por bêbados, namorados ciumentos, cobradores, entre outros. O problema fora a forma que ele estava agindo, nunca fora prensado por um homem daquele jeito. Além do que, nunca tivera interesse no sexo oposto em sua vida. Muito menos, quando este falava que iria quebrar a sua cara. Mas aquela voz, murmurada ao pé do ouvido, o corpo dele encostado ao seu, acabou o excitando e o fez sorrir.
– Tom de patrão...
Itachi encostou-se mais ao corpo do rapaz, roçando o joelho entre as pernas dele.
– Não estou achando graça.
– Cara, não faz isso! Eu tô ficando de pau duro.
– Você gosta?
– De homem me roçando? Tá doido! Me solta!
– Não é o que isso aqui tá me falando... – o moreno soltou uma das mãos e a levou até o membro do outro, apertando-o sobre a calça de couro preta que ele vestia e observou o rosto do rapaz ficar vermelho. – Será que é mais fácil eu conseguir a informação que eu quero assim... – o moreno desceu o zíper da calça dele e começou a apalpar o membro, enquanto lambia a lateral do rosto do empregado de Karin.
– Ei, ei, ei, pare! Isso é nojento! Os carregadores vão entrar e nos ver! Meu, me solta! Eu não curto homem, não! Me solta!
– Então fale!
– Ele passou aqui, tá legal. – confessou. - Falou com a Karin. Aí tinha uns doidos detonando o carro dele lá na rua. Então, o Sasu saiu pra brigar com os caras, e bem... quando chegamos lá, não tinha mais nada!
– Como assim “doidos” detonando o carro dele? Você viu o rosto dos caras?
– Não vi, meu! Eu estava aqui dentro, um dos clientes que chegou falando que tinha um Honda prata sendo pinchado lá na frente, aí eu subi, chamei o Sasuke, ele desceu correndo. Depois, não voltou mais. A gente achou que ele tinha ido embora.
– Tem certeza que é só isso?! – Itachi perguntou, apertando o membro dele com mais força.
– Ai, ai! Solta meu pau! Cara, isso dói!
– Suigetsu-san? - um dos carregadores falou atrás de Itachi. – Te- terminamos... – O homem que tinha aparência de ser um senhor em torno dos quarenta, gaguejou ao ver os dois rapazes, praticamente se agarrando.
– Tá, tá! Eu já tô indo! Me espera lá fora! E não deixa ninguém mais entrar aqui.
– Ha- hai.
Itachi tirou a mão de dentro da calça do empregado do bar, e afastou-se dele, vendo-o escorregar as costas na parede até sentar no chão, segurando o pênis que ficara para fora da calça e massageando-o com cuidado, percebendo o quanto este estava ereto.
– Minha nossa, como isso dói... – reclamou, respirando com dificuldade. - Será estou cortando pro outro lado?
Porém, Suigetsu não teve mais resposta, viu aquele homem altivo lhe dar as costas e sair sem dizer mais nada. Tentou acalmar a excitação, mas não conseguiu, acabou deixando-se embalar pelo ritmo da masturbação até alcançar o êxtase.
Sorriu e limpou o gozo das mãos no lado interno da camisa, para então, voltar a guardar o membro, agora murcho, dentro da calça.
– Se meu velho descobre que fiquei assim por causa de outro cara... “Filho, você pode ser ladrão, vagabundo, qualquer coisa nessa vida, menos boiola!” Ha,ha! Malditos Uchiha. Pior que foi realmente prazeroso conhecê-lo, nii-san...
...
Na cabana...
Sasuke finalmente despertara. O calor escaldante do lado de fora, incomum para época do ano, foi um dos fatores que o fizera acordar. Sua cabeça rodopiava não permitindo discernir direito onde estava. Depois de algum tempo tentando acostumar-se com as dores nos músculos e na cabeça, conseguiu abrir os olhos.
Já havia percebido que sua boca estava vedada e as mãos presas nas costas. Também notara que suas roupas estavam no lugar e não sentia nenhuma dor a mais que denunciasse que havia sido agredido ou violentado. Tudo que sentia era efeito da má posição, em qual dormira e da bendita ressaca.
Seja lá quem fosse os engraçadinhos que haviam feito aquilo com ele, tiveram a intenção só de lhe pregar um susto e não feri-lo de verdade. Achou seus agressores patéticos e, se não fosse a boca vedada, gargalharia. Porém, suas condições não eram tão boas assim para cair na risada. Estava preso em algum moquifo fora da área urbana. Deduzira isso, pois não ouvia barulho de nada, a não ser, pássaros cantando. Além do que, aquele lugar cheirava a madeira podre.
Percebeu que estava algemado. Nem ia gastar suas energias fazendo força para se soltar; seu pulso era bem maior que as argolas metálicas que o prendia. Só conseguiria soltar-se dali com uma chave. Fora que, já estava suando horrivelmente, e se continuasse perdendo líquido daquele jeito iria desidratar.
Respirou profundamente, tentando manter a calma. Era um castigo. Ficaria ali por quanto tempo? Sentia vontade urinar, de beber água... E mesmo o odor horrível do lugar não fora capaz de tirar seu apetite, seu estômago resmungava a falta de alimento desde a hora do almoço do dia anterior.
Lembrou-se de Itachi. O irmão iria esmurrá-lo por dormir fora de casa sem avisá-lo. De repente, algo o animou. Talvez o mais velho já estivesse a sua procura.
“Não... Itachi? Ele não liga. Sabe que gosto de farra. No mínimo deve estar pensando que estou dormindo com alguma vadia!”, o moreno pensou consigo mesmo.
Mas de repente, algo mais importante passou por sua mente, fazendo seu coração disparar: “Meu bebê? Como será que está meu carro?! Filhos da puta! Acabaram com a lataria... lá vai o dinheiro que consegui... Ainda terei que fazer programas dobrados pra consertar tudo. Isso... se os malditos não levaram o bebê com eles. Não, não quero nem pensar nisso, se não vou chorar e acabarei perdendo mais líquido...”
Sasuke balançou a cabeça, recostando-a no tronco, tentando manter a calma.
“E o Naruto? Por que não consigo parar de pensar nele, mesmo nessa situação? Com certeza ele também não deve ter sentido minha falta... Merda! Pra quê ter um coração se ele só presta pra doer desse jeito?! Que merda! Esqueça-o, Sasuke! Esqueça-o, seu merda! Fraco! Estúpido! Ridículo! Idiota!!”
Sasuke estava tão revolto em seus pensamentos que nem percebera o pequeno e brilhante objeto caído no chão, próximo de si.
...
Ao entrar em casa com a mãe; a vizinha Kushina e amiga Ino, Sakura abriu um grande sorriso para a enorme faixa pendurada com balões no hall da casa, onde estava escrito: “Seja bem vinda ao lar, nossa querida Flor”. O pai, que era um homem de negócios e que vivia viajando, veio lhe abraçar.
– Otou-san? Não deveria estar no trabalho? – ela perguntou, desvencilhando dos braços do pai, e sorrindo para ele, com os olhos lacrimejando.
– As minhas visitas foram sempre muito rápidas quando você estava no hospital, devido ao meu trabalho corrido. Por isso, pedi dez dias de férias antecipadas a partir de hoje, anjo. Quero curtir o renascimento da minha pequena Sakura.
– Pai... – ela limpou as margens dos olhos com a ponta dos dedos. – Sou sua Sakura, sim. Mas já não sou tão pequena mais.
– Para mim, você sempre será pequena, anjo. Os pais nunca estão preparados para admitirem que seus filhos cresceram e não precisam mais deles.
Ino que esperava à porta, de repente, sentiu algo comprimir seu peito. Lembrou-se que também não via seu pai há algum tempo e quando se falavam ao telefone, era sempre o básico: “Como está?”, “Precisa de alguma coisa, dinheiro, roupas?”... Sentiu vontade de falar com ele.
Mas logo, seus pensamentos mudaram de rumo, pois o senhor Haruno - após à recepção calorosa a filha – anunciou ao quarteto feminino que ele seria o responsável pelo almoço daquele dia, que todas as garotas poderiam descansar e “tricotar”, enquanto ele assumia a cozinha.
As mulheres concordaram de imediato. Kushina e a mãe Haruno, seguiram o caminho da sala, enquanto as duas meninas subiram para o piso superior da residência.
Ao entrar no quarto, a primeira coisa em que Sakura bateu os olhos, foram nos porta-retratos sobre sua cômoda. Eram vários registros de momentos felizes com os amigos, com os pais, com a Ino... Largou a bolsa, - que carregava no ombro -, na cama e apanhou uma das fotos, onde Sasuke estava no centro; Naruto no canto esquerdo e ela no direito.
Sorriu tristemente.
“Não sinto nenhum remorso mais dentro de mim, Sasuke. Mas eu não vou permitir que você faça o Naruto sofrer...” – de repente, ela sentiu um braço vir por cima do seu ombro e retirar a foto das suas mãos.
– Eu sinto ciúmes em te ver admirando uma foto em qual eu não esteja no meio.
Sakura sorriu, voltando-se para loira e abraçando-a.
– Só estava pensando.
– Esqueça-os um pouco. Naruto e Sasuke vão se acertar, da mesma forma que nós nos acertamos.
– Você acha mesmo, Ino? Acredita que pode existir algo entre eles? – Sakura perguntou, erguendo seus olhos para encarar os azuis da namorada.
A loira balançou os ombros, indiferente.
– Eu não sei, e sinceramente, não quero saber. A única pessoa no mundo que me importa no momento, tá aqui, diante de mim... – Ino acarinhou o rosto perfeito da garota que amava, e admirou-se de vê-la sorrindo pra si.
– Obrigada, Ino...
Sakura sentiu o coração palpitando mais forte no peito, provavelmente, devido ao abraço, do carinho em seu rosto, das palavras tão doces de Ino. Tinha que concordar: ela era uma bela galanteadora e se fosse um menino, seria difícil uma garota resistir aos seus encantos. Sorriu ainda mais, sentindo uma vontade crescente de beijá-la ganhando seu íntimo, cerrou os orbes verdes vagarosamente e, entreabrindo os lábios, aproximou-se do rosto dela.
O coração de Ino espancou o peito. Sakura estava tomando a iniciativa de beijá-la? Não pensou duas vezes, fechou também seus olhos claros e seguiu de encontro à boca que lhe era oferecida, tomando-a com doçura na sua.
No início, o beijo foi terno; mas calma, era algo que Ino não conseguia manter, o frio que sentia em seu estômago, espalhava injeções de adrenalina por todo seu corpo. Logo, ela abraçou a rosada com vontade, forçando sua língua a adentrar a boca que era sua, tornando o beijo quente e intenso.
Do lado de fora do quarto, Kushina e a senhora Haruno, subiam as escadas, conversando distraidamente.
– Eu não sei como você consegue manter esse corpo tão esbelto, Kushina. – a mãe de Sakura se admirava, carregando uma pilha de roupas limpas e dobradas. – Eu vivo no regime, e não consigo emagrecer um grama sequer!
– Olha, eu sou ao contrário... – a ruiva a informou. – Por mais que eu coma, eu não consigo engordar.
– Ai, que inveja!
A vizinha ruiva sorriu, observando a outra empurrar a porta do quarto da filha, que já estava entreaberta.
– Vou deixar as roupas limpas da Sakura para elas arrumarem no guarda-roupa, depois vamos até...
Mas a mãe de Naruto não ouviu a continuação da frase, só percebeu as roupas que a amiga carregava despencar dos braços dela direto para o chão.
– Haruno? – Kushina aproximou-se, colocando a mão sobre o ombro da mulher. Mas não teve tempo de ver o que ela vira, pois teve que amparar o corpo que veio caindo em sua direção. – Deus do céu, Haruno, está passando mal?!
– Okaasan?! – gritou Sakura, desvencilhando-se de Ino e indo ao socorro da mãe.
– Eu vou chamar o seu pai, Sakura! – Ino passou pelas três no chão e disparou escada abaixo.
Sakura dava tapinhas de leve no rosto da mãe.
– Okaasan? Você está bem?
– Não, não, eu vi coisas, não vi, minha filha? – ela apanhou a mão de Sakura e apertou entre as suas, mostrando que ela já havia recobrado a consciência. – Você e Ino não estavam se beijando como um homem e uma mulher se beijam, não é?
– Mãe... – Sakura suspirou, trêmula. Não podia mentir, nem esconder aquilo por mais tempo. Logo seus pais iriam saber. Então, era melhor que fosse naquele instante. Ela olhou para a vizinha da mãe, que estava atrás dela, amparando-a, e percebeu no olhar firme desta, um certo apoio; era a força que precisava para confessar. Assim, o fez: - Estávamos nos beijando, mãe. Eu e a Ino decidimos assumir um namoro...
– O quê?! – o pai da jovem, que chegara a tempo de ouvir aquela confissão, olhou desesperado para a loira ao seu lado e, em seguida, para a filha no chão. – Yamanaka e Sakura... – o homem, que usava o avental rosa da mulher e um pano amarrado na cabeça, pois as mãos na cintura e franziu as sobrancelhas, exigindo: - Eu quero uma explicação, agora.
...
Naruto procurou por Itachi depois da aula e descobrira que ele já havia ido embora. Apressou-se em voltar para casa, mas foi interceptado pelos amigos, que o chamaram para treinar. Fato que provocara estranhamento no loiro, afinal, não era os mesmos que estavam de cara virada consigo por ter sido beijado pelo o primo na entrada da escola no dia anterior?
– O Gaara nos contou que foi tudo um mal-entendido... - foi a resposta de Kiba para a dúvida do loiro.
Mesmo assim, Naruto não se convencera por completo. Achara estranho o comportamento deles, principalmente, o olhar preocupado do primo. Mas estava com pressa, precisava ver Sasuke e ter certeza de que ele estava bem; destruir aquela agonia dentro do seu peito.
– Desculpem? – o loiro pediu. - De qualquer forma, eu preciso falar com o Sasuke, tenho... algumas coisas pra resolver com ele. Amanhã eu volto ao treino do time. – avisou, dando as costas para o grupo e aumentando as passadas.
Kiba indignou-se.
– Por que você vai atrás daquele put-.... - porém, o Inuzuka não pode terminar sua fala, pois teve sua boca tampada pelas mãos de Shikamaru, que sussurrou ao pé do ouvido dele.
– Quer nos denunciar, seu idiota? A sorte é que ele está tão apressado que não te ouviu!
Após o colega resmungar abafadamente, Nara o soltou:
– Quer me matar sufocado, Shikamaru?! – rosnou, batendo o pé no chão e olhando contrariado para o colega, que enfiou o dedo no ouvido. – Eu só queria saber por que o Naruto quer tanto ir atrás daquele vadio de beira de esquina!
– Yare, yare... Que problemático... Você é escandaloso demais, Kiba. Eu já havia lhe dito uma vez: pra mim, tem mais coisas entre esses dois do que a gente sabe.
– Que merda você tá querendo dizer, Shikamaru?! Desembucha!
– Eu vou com ele. – Gaara avisou, de repente, passando pelo grupo e seguindo atrás do primo.
– Espere, Gaara! Você não vai...
PLOFT! - Chouji estourou o pacote de chips que havia terminado de comer, fazendo os outros dois sobressaltarem.
– Ele é rápido. – comentou Akimichi, de forma dispersa, notando que Gaara já alcançara o loiro.
– Choujiiiiiiiiii! – Kiba gritou, enquanto rastelava os dentes um nos outros - Eu já disse pra você não fazer isso?! Quer me matar de ataque do coração, seu gor...
Novamente, a boca de Inuzuka foi tampada pelas mãos de Nara, que suspirou enfadado.
– Acho que vou arrumar uma focinheira pra você.
...
Acompanhado do primo, Naruto foi até a casa dos Uchiha, ao chegar lá, desapontou-se ao se deparar com o lugar vazio. Gaara sugeriu que esperassem por lá mais um pouco, Naruto que já havia pensado no mesmo, só assentiu com um menear de cabeça.
Ambos sentaram-se ao pé da porta da residência e aguardaram, enquanto o sol se punha, por detrás dos prédios. Naruto sentiu sua irritação aumentar ao constatar que o telefone de Sasuke continuava dando desligado, enquanto o do seu professor, só emitia sinal de ocupado. Estava começando a pensar no pior.
O primo tentara puxar assuntos diferentes consigo, se já havia pensado no vestibular que iria prestar, ou em qual faculdade iria ingressar. Contudo, só resmungava “Hum, hum” pra todas as perguntas; não estava com paciência para bater-papo.
Gaara, ao perceber que Naruto não queria conversar, resolveu ficar em silêncio. Ainda calculava se deveria dizer ou não sobre o paradeiro Uchiha. Passou-se algum tempo e as cores alaranjadas do crepúsculo desapareceram, dando lugar ao manto negro da noite. Olhou o loiro e o viu com as duas mãos amparando a cabeça, a mochila do lado e o celular sobre ela. Não aguentava mais aquilo, decidiu falar, mesmo que tivesse o ódio eterno de Naruto, não podia deixá-lo naquela angústia terrível.
Porém, quando abriu a boca para anunciar o fato, o telefone tocou. Naruto atendeu desesperadamente. Enquanto a voz do outro lado falava, ele se levantou, colocando a mochila no ombro e fazendo um gesto para o primo segui-lo.
– Hai, hai. Tô indo, otou-san! – o loiro desligou, e a pergunta que Gaara fez em seguida, provocou o palpitar frenético do seu coração.
– Encontraram o Uchiha?
– Não sei... – Naruto respondeu, disparando em uma corrida. - Meu pai só pediu pra eu ir pra casa, rápido!
Seu peito estava doendo, tinha medo do tipo de notícia que iria receber. Afinal, porque o pai não podia falar o que tinha pra dizer por telefone? Por que era necessária sua presença? Só podia ser algo ruim!
Quando entrou no terreno que levava a sua casa, o coração parecia que havia deixado o peito, e subira para a garganta. Adentrou a residência feito um tiro e foi direito para sala. A primeira coisa que viu, fez suas pernas amolecerem: o professor Itachi, sentado no sofá da sua casa com as mãos no rosto, soluçando.
Entreabriu os lábios e, antes que o pai lhe dissesse algo, não suportou mais segurar a ânsia de chorar:
– Outou-san? Itachi-sensei? O que aconteceu com o Sasuke?!
– Calma, meu filho. – o homem pediu, aproximando-se dele. – Ainda não sabemos. Itachi veio pedir minha ajuda, porque ele não sabe mais o que fazer. O Sasuke está desaparecido desde ontem...
– E- eu já procurei em todos os lugares que ele frequenta, já liguei nas emergências, nos hospitais, até no necrotério... Nada. – Itachi falava indignado, ainda com o rosto encoberto e a voz embalada por soluços do choro. – Pa- parece... que ele foi assaltado, ou sequestrado em frente ao bar Taka. Fui até polícia e notifiquei o desaparecimento, eles já começaram as buscas, mesmo assim, não temos ideia por onde começar... Estou desesperado. E, se ele já estiver...
– Não! – Naruto gritou. – Não fale isso, Itachi-sensei! O Sasuke não está morto! Ele não pode estar...
– Eu não tenho sido um bom irmão... Eu sei disso. Mas eu o amo... Amo muito... Não posso perdê-lo. Ele é a única coisa que me resta. Por favor, Minato-san, Naruto, me ajudem...
– Eu conheço um bom investigador no departamento de polícia, vou entrar em contato com ele, quem sabe ele possa nos ajudar. – o homem loiro avisou, indo em direção ao aparelho do telefone. – Agora, acalmem-se os dois. Iremos encontrá-lo e tudo fica...
– Espere, Minato-oji-san.... – Gaara interrompeu o tio, sentindo um grande frio no estômago ao ter, de repente, todos aqueles olhares preocupados sobre si, mas aquela situação já havia passado do limite e, antes que a coisa tornasse pior do que já estava, decidiu abrir o jogo: - Eu sei do paradeiro do Sasuke.
...
Minato dirigia enraivecido, cuspindo seu sermão, ao mesmo tempo em que tentava entender os motivos pelos quais aqueles adolescentes foram tão inconsequentes. Itachi, no banco ao seu lado, não assimilava nada do que era dito, o que desejava de verdade era que o vizinho falasse menos e dirigisse mais rápido.
O moreno queria chegar logo no lugar informado por Gaara e assim, ver o irmão vivo. Não se importava mais de encontrá-lo em más condições, desde que estivesse fora de risco. Apesar de que, isso poderia até ser colocado fora de questão, já que o seu aluno ruivo garantira que não haviam feito nada, além de prendê-lo em uma cabana velha.
Naruto estava decepcionado com o primo, mas procuraria entender os motivos pelos quais ele aceitara a participar daquela brincadeira de mau gosto, depois, quando tudo estivesse se acalmado. Afinal, aquela agonia em seu peito teimava em persistir, o que o estava incomodando.
Logo, sua resposta veio em sinal de luminosos vermelhos que piscavam, colorindo a grande área escura. Seu pai se calou imediatamente. De onde estavam, ainda não conseguiam ver o que acontecia a frente, mas o cheiro forte de fumaça do lado de fora, adentrou o carro, mesmo com os vidros vedados.
Depois de avançar mais alguns metros, saíram do asfalto e seguiram por uma trilha de chão batido. Minato desligou o ar-condicionado e abaixou os vidros. Os barulhos de água, de pessoas falando, de sirenes, o cheiro - agora forte - de fumaça e a visão de pequenas labaredas laranjadas crepitando no meio da escuridão fizeram o grupo todo entrar em estado de inércia.
O carro parou e Itachi saiu do mesmo feito o próprio vento, tropeçando nos próprios pés, alcançando os homens do corpo de bombeiro. Enquanto o oficial explicava o que aconteceu ali, ele tombou de joelhos, admirado do lugar despedaçado pelo fogo.
– Ouvimos de vizinhos das redondezas que estiveram aqui agora a pouco, que casais usavam esse lugar para namorarem escondidos. – o bombeiro explicava a Minato. - Provavelmente, um desses casais deve ter esquecido algo que ocasionou o incêndio, pode ter sido desde uma vela ou uma bituca de cigarro, não temos certeza.
– Há vítimas, policial?
– Ainda não sabemos, senhor. Quando chegamos o lugar estava todo em chamas, inclusive o veículo estacionado ao lado da cabana, o que nos causou estranhamento, se o casal dentro do lugar, tivesse conseguido abandoná-lo a tempo, o carro não estaria por aqui. Estamos esperando o incêndio ser contido totalmente, para começarmos a vasculhar os escombros...
Minato se voltou para o filho que havia ficado parado mais atrás.
– Naruto...
– O Sasuke não pode estar morto, pai.
– Filho, venha aqui... – o mais velho pediu, ao perceber a feição transtornada do mesmo.
As poucas chamas que brilhavam atrás do loiro mais velho, se refletiam nas pupilas claras de Naruto, dando-lhe uma cor alaranjada.
– Naruto?
– O Sasuke não pode estar morto, otou-san... – Naruto levou a mão ao peito, fechando o tecido da camisa entre seus dedos. - NÃO PODEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!
Continua...
Notas: 1. As causas da Segunda Guerra Mundial - Disponível em: http://www.suapesquisa.com/segundaguerra/ (Consulta em: 06.03.2009)
Notas finais do capítulo
Yo, minna-san! o/
Então, primeiro, a minha errata: eu havia escrito na nota final do último capítulo que este, seria o final de Promiscuous. But... foi um equívoco. Eu já tinha feito o cálculo e sabia que não daria pra fazer o final em só mais um capítulo, mas esqueci de mudar o comentário na euforia de postar logo. Entounce, perdoem a gafe. Mas esse – pelo que vocês notaram – não é o final de Promiscuous, ainda.
Bom? Ruim? Podem me jogar pedras, eu deixo. 8)
Assim, eu acho que terminarei a fic no próximo capítulo (+ o epílogo), porém, não vou dar certeza. xD E sério, eu juro que não estou enrolando por causa da boa audiência. É porque, realmente, não deu pra contar tudo o que tinha em mente, ainda.
Agradeço, infinitamente, ao caminhão de reviews e recomendações que recebo nessa história, além das MPs super fofas que alguns leitores me mandaram, me elogiando pela produção da mesma. Muito obrigada!
Eu não esperava – com já disse antes - que Promiscuous superasse Obsessão Fatal. A ficha meio que não caiu ainda. (._.) Então, não sei mais o que dizer além de agradecer ao reconhecimento. Thank you, pessoas!
Agradecimentos especiais à Dark Same e a Bru-chan, pela recomendação da fic! Thank you, girls! E a Blanxe-senpai pela betagem e por ter a paciência de me ajudar nas dúvidas que estavam martelando a cuca quanto à elaboração dos acordes finais da história. Obrigada por me suportar, Blanxe-senpai!
Alguém aí já leu Reminiscência e Essência? Façam um favor aos seus coraçãozinhos apaixonados por SasuNaru: leiam. A história é apaixonante. E depois me digam se o Hoshi não é a coisa mais perfeita do mundo? (Hoshi-kun a tia Dréinha te ama, bebê! ).
Por enquanto é isso, já falei de mais!
PS.: Só mais um aviso pra quem me acompanhar no Orkut. Essa semana minha conta foi deletada. Não foi por mim (juro) ainda estou tentando entender o que houve. Mas acho que foi alguma ação de hacker. Enfim, quando tiver uma resposta ou um novo Orkut, eu aviso para que me adicionem.
Beijos!
See you next! o/
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