Autora: Andréia Kennen
Fandom: Naruto
Gênero: Drama, Ecchi, Hentai, Lemon, Mistério, Orange, Romance, Suspense, Universo Alternativo, Yaoi, Yuri
Status: Completa
Classificação:
Resumo: Quatro jovens de classe alta, amigos de infância, decidem desfrutar ao máximo dos prazeres da vida, utilizando-se de suas belezas, riquezas e juventude; e para isso, não medirão pudores ou consequências. Contudo, até mesmo no pervertido jogo da sedução, corre-se o risco daquele elemento surpresa aparecer: o amor. Será que eles saberão lidar com esse sentimento com a mesma maestria que dominam a arte do sexo? Confiram! [Fic +18. Yaoi. Yuri. Hentai. Lemon. Orange. UA. Terminada. Prólogo + 11 capítulos + Epílogo. (mesmo estando terminada seu comentário é importante!. Personagens principais: Naruto/Sasuke/Sakura/Ino.
Promiscuous
Capítulo 6 – Did it Again
Revisado por Blanxe
Você é como um daqueles caras...
O tipo com um olhar delirante.
Mas eu disse: "Hei, que inferno!
Será que pela primeira vez vou andar do lado selvagem?!”
Você estava tão cheio de si...
Mas que maldição! Mesmo assim, era tão atraente!
No dia seguinte, na mesa do café da manhã da família Uzumaki, o homem mais velho, que até então estava entretido no folhear do jornal, abaixou o impresso ao sentir a mão da mulher apertando levemente sua coxa sob a mesa. Ao fitá-la, ela lhe apontou com a cabeça o filho, que estava com os hashis parados no caminho da boca fazia algum tempo.
Naruto, mesmo tendo engolido a primeira porção de arroz, sentia esta engasgada na sua garganta. As lembranças das palavras carregadas de mágoas ditas pela voz combalida da amiga de infância na noite passada, ainda retumbavam em sua mente:
“Eu me enganei completamente com Sasuke, Naruto. Ele falou na minha cara que desejava me ver morta. Eu saí tão desesperada de dentro do bar naquela noite, que não prestei atenção na rua. Você também, Naruto. Tem que se afastar dele, antes que se machuque...”
Pai e mãe trocaram olhares de preocupação. O homem dobrou o jornal e o largou de lado na mesa, apanhando sua xícara de café, elevando-a até a boca pra tomar um gole, em seguida, voltou a repousá-la no pires e, tentando soar casual, inquiriu o loiro mais jovem:
– Sem fome, meu filho?
– Ah... - Naruto pareceu despertar do transe, devolvendo os hashis à mesa. Empurrou a tigela de arroz pra longe de si e, olhando para a mãe, que preparara o café com tanto carinho, desculpou-se: – Okaasan, eu realmente estou sem apetite, gomenasai?
– Meu amor, se não está com fome, não precisa se esforçar. Seu pai lhe dará dinheiro pra comprar algo no refeitório da escola.
– Filho, se a Sakura está bem, eu não entendo o motivo de você continuar ostentando essa feição tão preocupada. – o homem retirou a carteira do bolso do paletó, apanhou algumas notas altas e as pôs sobre a mesa, de frente ao filho. - Está acontecendo algo mais que queira nos acrescentar? – o empresário quis saber, guardando a carteira novamente.
Porém, o filho apenas inspirou profundamente, fitando as notas em cima da mesa. Tinha pais maravilhosos, que sempre se esforçaram para lhe dar do bom e do melhor. Por isso, temia magoá-los. Sabia muito bem o quanto o pai torcia por seu namoro com a Sakura; e o quanto ele desaprovara quando Sasuke começou a sair com ela. “Isso não é atitude de amigo, Naruto! Não é!” o pai lhe disse naquela ocasião, mais revoltado do que ele próprio. Desde então, o seu otou-san passou a gostar menos do amigo e enumerar - sempre que podia - seus defeitos.
Contudo, por mais que tentasse acreditar em tudo de ruim que era dito sobre Sasuke, as lágrimas dele do dia anterior, lhe convenciam do contrário. Talvez o colega de infância estivesse um tanto confuso, afinal, perdeu os pais muito cedo, vivia aos atritos com o irmão e, mesmo sendo o cara mais popular da escola, não atraía amizades verdadeiras e sim, pessoas com interesse em se destacarem ao custo de sua fama. Além disso, nem a quem ele escolheu amar o retribuía...
Sentiu os ombros pesarem.
Suspirou densamente, erguendo os olhos para o pai que se levantara da mesa para apanhar as chaves do carro no quadro anexo à parede.
– Vou deixá-lo na escola. – o homem anunciou, desistindo de obter alguma resposta.
– Querido... – de repente a mãe se interpôs na frente do marido. – Você tem uma reunião de negócios importante hoje. – ela o lembrou. – Deixe que hoje me encarrego de levar nosso filho.
– Vocês não precisam se incomodar. Eu posso ir de bicicleta.
– Nem pensar. – o pai foi enérgico na resposta. – Com essa onda estranha de assaltos e sequestros, não quero você andando uma distância tão longa de bicicleta.
– Pai, é de dia! Que bandido idiota vai sequestrar alguém durante o dia? A escola nem é tão longe assim.
– Hoje em dia não existe horário para que os crimes ocorram, Naruto. A nossa família é muito conhecida, eu não quero você correndo riscos desnecessários. O carro da sua mãe, assim como o meu, é blindado; ela te leva.
– Não será incomodo nenhum pra mim, meu amor. – a mãe garantiu, com seu sorriso gentil e acolhedor, tentando assim, por fim na discussão.
Naruto soltou os ombros, a verdade era que, chegar à escola, acompanhado da mãe, era algo constrangedor para um garoto da sua idade. No entanto, não tinha como dizer isso diretamente para Kushina Uzumaki; a mãe era o ser mais doce que conhecia no mundo, e falar-lhe aquilo poderia feri-la desnecessariamente. Também, sabia que não conseguiria argumentar com o exagero demasiado do pai.
Assim, após se despedirem, seu otousan saiu em sua Toyota Hilux preta, enquanto a mãe e ele saíram da garagem de Pajero prata.
...
Depois de alguns quilômetros, Kushina parou em um semáforo, aproveitando para observar o filho, que fitava o vidro da janela. Naruto depois que entrara na adolescência, amadurecera rapidamente. Antes, era um garoto hiperativo, lhe dava muito trabalho, não parava dentro de casa, estava sempre no quintal fazendo arte. Não imaginara que um dia ele se tornaria um jovem sério.
Percebeu, também, que essa mudança ocorrera depois que ele se tornara amigo de Sasuke e Sakura. Antes, seu pequeno loiro tinha dificuldade em fazer amizade, o fato de ele ter traços diferentes da etnia local, o fazia ser o “estrangeiro”, mesmo ele tendo nascido no Japão. Todavia, quando Naruto passou a andar na companhia de um oriental - que acima de tudo era popular - e de uma das garotas mais bonita do colégio, começou a ser visto com outros olhos.
“Hoje, ele é um garoto tão popular quanto seus amigos. No entanto, é mais sério e não lembra em quase nada, a criança energética que fora na infância.”, a mãe pensou consigo mesma, voltando à direção do veículo, ao perceber o sinaleiro aberto. “Mesmo assim estou preocupada, Naruto não costuma ostentar esse semblante tão deprimido por muito tempo. Por mais que esteja incomodado com algum problema, ele sempre dá um jeito de sorrir e dizer que ‘tudo vai ficar bem...’”
Foi pensando nisso que a mulher ruiva se propusera a levá-lo no colégio. Há alguns dias ela desejava falar com o filho, e sua intuição de mãe dizia que aquele era o melhor momento. Por isso, deu seta para estacionar, mesmo faltando duas quadras para chegarem ao destino.
Ao parar o veículo e perceber o olhar de incompreensão do loiro sobre si, respondeu tranquilamente:
– Sei que não deve ser nada interessante para um adolescente chegar à escola na companhia da mãe, por isso, você pode seguir daqui a pé. – ela respondeu-lhe, antes mesmo que ele expusesse sua dúvida.
Naruto sorriu satisfeito. Diferente do pai, a mãe era capaz de compreender suas necessidades de adolescente.
– A senhora é um anjo, mãe.
– Mas vou querer meu beijo. – ela negociou, apontando para a própria bochecha.
Naruto sorriu abertamente e a beijou estalado na face, em seguida, apanhou sua mochila que estava no chão entre suas pernas, tencionando descer do carro, mas antes de destravar a porta deste, a mãe o chamou:
– Meu amor, posso alugar seus ouvidos um pouquinho?
– Hã? – Naruto se voltou pra ela, dando-lhe atenção. – Claro, Okaasan.
– Sei que seu pai e você são mais amigos. Afinal, são homens, se entendem melhor. Mas, às vezes, falta no homem um pouquinho da sensibilidade feminina para perceber algumas coisas. Seu pai vê tudo de forma muito categórica e objetiva. Porém, eu sinto, meu anjo, que não é só a questão da Sakura que o está perturbando. Você e o Sasuke não estão se falando há algum tempo. Pra ser mais precisa, desde aquele dia que você chegou tarde da noite e... Devido ao acidente da jovem Haruno, um dia depois, seu pai acabou esquecendo-se da conversa que teria para saber o que gerou a discussão entre você e o Uchiha. Mas eu não me esqueci.
– Mãe... – Naruto deixou seu corpo pesar e afundar-se no estofado novamente, enfadado com aquela história.
– Seu pai acha que vocês não estão se falando por causa da Sakura. – a mulher prosseguiu, sem dar importância ao ar de chateação do filho. - Mas o meu pressentimento de mãe diz que não é só por causa dela. Você está sofrendo, Naruto. Seja lá o que aconteceu entre você e o Sasuke, isso está te ferindo. Vocês se gostam desde muito pequenos. Amor e amizade caminham juntos. Além do que, mesmo seu pai não gostando do Sasuke, pra mim, ele é só um menino que teve pouca sorte na vida e já sofreu muito pra alguém com tão pouca idade.
Naruto fez um bico com os lábios, juntou suas sobrancelhas loiras e pensou um pouco no que a mãe estava tentando lhe dizer. Concordava com ela em partes.
– Ele o considera muito, filho. – ouviu ela dar continuidade. – Lembro-me certa vez, em que você estava doente e não podia receber visitas. Ele ficava lá em casa comigo o tempo todo, inventando coisas pra me ajudar, só pra passar mais tempo ali e saber da sua melhora. Sempre que tinha uma brecha, ele me perguntava graciosamente: “ele vai ficar bem né Uzumaki-san? Amanhã, não é?”.
Naruto ficou mais contemplativo ainda, tentando buscar o fato mencionado na sua mente, porém, a frase seguinte da mãe, fez um frio percorrer sua barriga:
– Ele o ama, meu amor.
Naruto fechou os olhos e engoliu em seco. Aquelas palavras ecoaram em sua mente lhe causando certa tontura. Até sua mãe acreditava naquilo?
– Tente considerar esse amor dele por você, antes de se afastar, Naruto. – ela ponderou, fazendo-o abrir os olhos e retomar a atenção. - Seja lá qual for o erro que Sasuke cometeu, tente relevar pelo que foram no passado. Lembrei-me de outra situação agora, mas poderia ficar o dia inteiro lembrando-me de muitas. Teve uma vez, quando ele chegou pra chamá-lo pra jogar basquete e você estava na casa da Haruno, em um tom muito triste, ele disse: “Sabe, senhora Uzumaki, queria ser a Sakura somente por um dia, só pra que o Naruto pudesse gostar mais de mim do que dela...”
– Isso é algo bem idiota... – Naruto resmungou, forçando um sorriso.
– E não é? – a mãe lhe confirmou. - Mas ele só disse isso porque realmente sentia falta de você. Sasuke sempre sentiu ciúmes de dividi-lo, meu anjo. Pra mim, isso se chama amor. De amigos, de irmão, de algo mais, não sei e também não importa.
– Mãe... – Naruto sentiu o rosto esquentar. – Somos homens, por favor, não insinue certas coisas, é constrangedor.
Ela sorriu ainda mais gentilmente.
– Vou lhe contar um segredo, mas antes disso, erga sua mão direita e jure: jamais vou contar isso pra ninguém, nem sobre a pior das torturas.
Naruto ergueu a mão e assentiu:
– Eu juro.
– Seu pai já gostou de um homem, antes de amar a mim. – a revelação fez Naruto arregalar os olhos.
– Está brincando, Okaasan?
– Bem que eu gostaria.
– E diz isso com tanta tranquilidade assim?! Quem é essa pessoa?
– Segredo de estado. – ela afirmou, ainda sorrindo-lhe gentilmente. - Mas, isso não impediu seu pai de amar novamente; e amar uma garota, no caso, eu. O amor não escolhe faces, meu filho. Ele se manifesta das formas mais inesperadas. Então, se seu melhor amigo o ama, não o faça sofrer por isso.
Naruto sentiu um calor se condensando na região abaixo dos seus olhos, era certeza: deveria estar vermelho como um pimentão. Consultou o display do celular e confirmou: já estava na hora.
– Conversamos mais depois, Okaa. Eu tenho que ir, senão vou me atrasar. Eu te amo. – ele a beijou novamente no rosto e desceu do carro, após fechar a porta, sorriu pra ela, na janela. –Eu preferia ter morrido sem saber desse segredo do papai.
– Ah, eu aposto que ele também preferiria. – respondeu, reflexiva. Porém, logo deu de ombros. - Mas, às vezes saber de algo desse porte, pode vir a ajudá-lo no futuro, né? – ela lhe piscou, dando partida no veículo. – Venho te pegar?
– Eu volto sozinho.
– Certo, desde que seu pai não desconfie. Te amo. Almoce! – ela jogou um beijo no ar e, dando seta para esquerda, entrou na avenida, e logo, o veículo foi ganhando velocidade, até desaparecer.
...
Naruto suspirou. De alguma forma, o bate-papo com a mãe havia lhe animado um pouco, além do que, o fizera tomar uma decisão: conversar seriamente com Sasuke. Começou a caminhar em direção a entrada do colégio e, ao atravessar o portão, uma voz o fez parar.
– Uzumaki?
Naruto ouviu o chamado, reconhecendo de imediato o dono daquela voz, por mais que não conversassem muito, virou-se e confirmou quem era.
– Oi, Sabaku. – cumprimentou o ruivo, com um sorriso claramente forçado.
Não era que Naruto não simpatizasse com Sabaku Gaara - seu primo por parte de mãe - a verdade era que, não gostava muito do jeito que ele - com aqueles olhos intensamente verdes - o encarava.
Os dois se conheceram ainda pequenos, estudaram juntos no jardim de infância em uma instituição de alto luxo. Contudo, seus pais compartilharam da mesma ideia: colocarem os filhos em uma escola mais comum, para que não crescessem com o ego enaltecido.
Mas partilhavam de muitas outras coisas em comum: ambos eram filhos únicos. Os pais eram estrangeiros e empresários. Os status de suas famílias eram praticamente os mesmos. Ambos já foram muito discriminados por terem suas raízes fora do país, e a aparência diferente dos nativos.
Porém, mesmo dividindo tantos pontos semelhantes, ele – Gaara - e o seu melhor amigo Sasuke, não se davam bem e viviam se estranhando pelos corredores da instituição. Motivo pelo qual os primos nunca se tornaram mais próximos.
Naruto acreditava - antes de saber dos sentimentos de Sasuke por si - que o amigo não gostava do ruivo devido ao fato dele ser gay. Afinal, todos sabiam que ele e o chinês, Rock Lee, assumiram um romance. Os dois namoraram por dois anos, ouviram muitos deboches preconceituosos e, mesmo depois de conseguirem o respeito que desejavam, Lee teve que se mudar de país por causa do trabalho do tio, o que já fazia um ano. Desde então, Gaara ficou mais sozinho, passando a cercar o parente, com intenção de ter alguém mais próximo pra conversar.
– Fiquei sabendo que a Haruno tá melhor. – Gaara, de repente, interrompeu seus pensamentos. – Isso quer dizer que você está se sentindo melhor também?
– É... – Naruto respondeu, ajeitando a alça da mochila no ombro, evidentemente incomodado.
Foi quando o barulho de um ronco exagerado de motor - o qual conhecia muito bem - fizera seu estômago revirar. Não demorou muito e os suspiros e risinhos eufóricos das garotas que ainda entravam, fizeram-no ter certeza de quem era.
– Lá vem seu dono. – cochichou Gaara, claramente irritado, fazendo menção de se retirar, porém, foi impedido.
– Espera. – Naruto segurou o antebraço do garoto, franzindo as sobrancelhas para o que ele tinha dito. – O que você tá falando, primo?!
Porém, a atenção centrada do rapaz que acompanhavam a marcha meticulosa de Sasuke que vinha entrando, fizeram os dois ficarem em silêncio.
– Olhem, é o Uchiha Sasuke! Ele voltou! – uma das muitas admiradoras do moreno, falou em tom alto.
Sasuke, que estava com o uniforme da escola e óculos escuros no rosto, fez questão de esbarrar no ombro de Gaara ao passar por ele. O jovem de cabelos vermelhos cerrou os punhos, irritado com a atitude do moreno e decidiu retrucar:
– Ei, Uchiha! Não olha pra onde anda?!
– Chooto... – Naruto pediu pra Gaara, com medo de que acontecesse uma briga, igual a que houve no dia anterior entre o amigo e o irmão. Não queria que mais ninguém fosse ferido por Sasuke.
O Uchiha não voltou de imediato para certificar-se de quem o chamava. Primeiro, retirou os óculos do rosto, escorreu os dedos entre as franjas, jogando-as para trás, e olhou de um lado a outro, como se não soubesse de onde viera a voz que falou consigo. Então, deu meia volta e contemplou os dois parados perto do portão. Após contorcer os lábios, replicou com desdém:
– Ah, foi mal, eu não te vi. – após dizer isso, enganchou as hastes dos óculos na camisa, deu as costas para os primos e continuou andando, até que algumas garotas o cercaram, para lhe fazerem perguntas sobre a Haruno, o que era de um falso interesse, já que estas queriam mesmo era ter alguma atenção dele.
Naruto observou o parente manter o cenho franzido, enquanto encarava as costas de Sasuke, como se quisesse avançar em cima dele.
– Qual é seu problema com o Sasuke? – chamou a atenção do ruivo, querendo entender o motivo daquele olhar de ira.
– Meu problema com o Sasuke? – o garoto repetiu a pergunta, incrédulo no que ouvia, já que estava claro que não era ele o provocador ali; e fixando seu olhar nos azuis a sua frente, respondeu firmemente: - Não tenho nada contra ele, Naruto. Tá certo que o tom arrogante dele me enoja, mas isso nem me incomoda tanto assim. O que eu não gosto, é o fato dele querer monopolizar sua amizade.
– Do que você tá falando?
– Que ele não é homem o suficiente pra assumir que te quer. Provavelmente, pra não perder a fama de gostosão que tem com as garotas. – o garoto declarou, tentando ser conciso. – Além disso, fica metendo medo nos que querem se aproximar, rosnando que nem o cachorro louco.
– Quê? – Naruto entreabriu os lábios, ímpio. - Que merda é essa que você tá falando, Gaara?
– Que ele é louco por você e morre de ciúmes. Até mesmo de mim, que sou seu primo, até mesmo da Haruno... Qualquer um, Naruto! Você é quem nunca percebeu.
– Ah, chega! – o jovem Uzumaki deu as costas para o primo, porém, agora fora a vez dele ter o braço agarrado por Gaara e ser impulsionado de volta para ele.
– Posso te provar o quando àquele pitboy é doente por você. – ele garantiu, aproximando-se do loiro.
– Ei, ei, espera aí, Sabaku, cara... – o loiro deu uns passos para trás, na medida em que o outro dava passos em sua direção, olhando-o daquele jeito mortiço, os lábios entreabertos, como se estive cheio de desejos.
O coração de Naruto disparou. Olhou para os lados e notou que algumas pessoas já haviam parado pra tentar descobrir o que estava acontecendo entre eles, espionando-os aos cochichos. Engoliu em seco.
– Gaara, porque tá me olhando assim?
– Só quero te provar o quanto estou certo...
Naruto sentiu um crescente frio no estômago quando o ruivo venceu totalmente a distância entre seus corpos e tocou seu rosto. E, antes que pudesse recuar do intento deste, ele o beijara na boca, na frente de pelo menos, um terço do colégio.
O rosto do loiro corou violentamente, enquanto ouvia os comentários das pessoas que se aglomeravam entorno deles fazendo todos os tipos de comentários.
– Vejam meninas! – uma garota apontou eufórica. – Meninos se beijando, que kawai!
– Minha nossa! Uzumaki Naruto e Sabaku Gaara?! Essa eu não esperava. – uma das meninas ao lado de Sasuke comentou, fazendo uma cara de nojo.
– É, parece que o Sabaku já se esqueceu do Lee e tá partindo pra outro. – outra fez questão de intensificar a maldade, dando um risinho de lado.
Porém, diferente do que o primo ruivo deduzira, Sasuke – aparentemente - não deu importância aos murmúrios que se seguiram, muito menos, voltou para confirmar a cena. Apenas cerrou os punhos com força e continuou caminhando, com as garotas ainda em seu encalço.
Naruto empurrou Gaara e limpou a boca com as costas das mãos, esbravejando:
– Que merda você pensa que está fazendo, Sabaku?!
O ruivo, um tanto confuso, olhou para a direção onde Sasuke seguia, em seguida, olhou o primo limpando a boca, então franziu as sobrancelhas.
– E- eu achei que ele fosse...
– Baka! – Naruto o interrompeu. – O problema não é ele se declarar para mim, se é isso que você tá tentando fazer! O problema sou eu! Eu é que não consigo entender essa droga toda! E ainda você faz isso! – o loiro levou as mãos na cabeça, puxando os fios loiros em sinal de desespero.
– Quer dizer que o cachorro raivoso...
– É, ele fez um bando de besteira. Incluindo dizer que tá afim de mim... – Naruto confirmou, diminuindo cada vez mais o tom da voz.
– E você?
– O que você queria, Gaara? Que eu corresse para os braços dele e aceitasse esse bando de esquisitice! Ainda por cima ele fez tudo errado! Fez uma merda atrás da outra... A Sakura-chan... acabou se machucando... Não foi só o sentimento dela que ele feriu, ela ficou tão desesperada com o término do namoro que sofreu um acidente. Além do que, o Sasuke é um mentiroso!
– Naruto, é melhor se acalmar. Quer conversar sobre isso na sua casa?
– Hã?
– Olha, eu sou mais experiente. Eu posso te ajudar entender melhor o que tá rolando...
– Eu não sou como você e nem como o Sasuke!
– Tá, dizer isso da boca pra fora não vai adiantar... Você não precisa convencer a mim, e sim, a si mesmo.
Naruto abaixou a guarda por um instante e, após respirar fundo, concordou:
– Certo... Mas agora vamos, a aula já deve ter começado...
Gaara só assentiu, e os dois seguiram.
...
Enquanto isso, no Hospital de Tókio, Ino penteava o cabelo da amiga enferma. Percebera também que Sakura estava com um semblante um pouco melhor naquela manhã, o que a animou também.
– Depois que sairmos daqui, vamos varar a noite em uma balada! – ela anunciou com seu jeito entusiasmado de sempre.
Sakura sorriu discretamente, enquanto sentia as cerdas da escova, desgrenhando seus fios rosa e alisando-os. Estava muito feliz por saber que pelo menos no quesito “amigos verdadeiros” tinha feito as escolhas certas. Ino e Naruto eram muito melhores do que poderia esperar.
A mãe falara que Ino demorou muito para aparecer, porém, ela justificara o motivo: pavor de hospital. Mas, que esta vencera a fobia e, desde então, começou a passar dia e noite ali do lado dela. Já Naruto, vinha todos os dias, mesmo quando nem podia vê-la. Muito diferente da pessoa que escolhera para amar...
Fez uma careta de dor ao sentir um puxão mais brusco.
– Ai, Ino! Devagar! – reclamou. - Ficar deitada por muito tempo deixou meu cabelo horrível, não é mesmo?
– Nada que uma boa hidratação não resolva depois. Estou puxando com muita força? – Ino perguntou, preocupada, parando a escovação.
– Não se preocupe, pode continuar, só vai mais devagar.
– Hai! - a loira sorriu, retomando a tarefa. – Sabe que nem havia reparado o quanto seu cabelo estava comprido.
– Pois é, vim deixando crescer desde àquela vez que decidimos cortar, lembra?
– É... Eu lembro. – Ino desfez o sorriso. – Você ouviu uma conversa do Sasuke e do Naruto, não foi? O que eles falaram que te fez decidir aquilo? Eu não lembro.
– O cabelo do Naruto estava crescendo e o Sasuke falou que ele precisava cortar... Que baka eu sou. Imaginei que aquilo fosse uma indireta pra mim, e você ainda me acompanhou na loucura de querer cortar.
– Depois os dois riram pra caramba de nós, não foi?
– Eu fiquei tão envergonhada... Que decidi que nunca mais deixaria o cabelo curto novamente.
– Mas eu até que gostei. E estou pensando sinceramente em cortar os meus novamente.
Sakura sorriu. Sabia que a amiga estava tentando animá-la.
– Sabe de uma coisa, Ino?
– Hm?
– Eu nunca havia reparado o quanto Naruto é bonito. – ela disse, apertando o lençol que cobria suas coxas. – Ele sempre foi apaixonado por mim, sempre foi meu melhor amigo. Era ele quem eu deveria ter escolhido desde o começo...
A jovem Yamanaka parou de vez a escovação e, com um semblante mais sério, fitou os fios rosa que haviam ficado presos nas cerdas da escova. Começou a retirar estes, com certa irritação, pensando o quanto a amiga era idiota.
– Ino? Você não concorda?
“Claro que não, sua baka! Como posso concordar com uma burrice dessas! Naruto e Sasuke se amam!” – Ino pensou, jogando os fios na lixeira e deixando a escova sobre a cômoda.
Então, saiu detrás da amiga e ficou parada diante daqueles orbes verdes tão interrogativos.
Sakura não entendeu o que viu; a loira estava com um semblante contraído, o rosto levemente vermelho e os olhos cintilando, como se fosse começar a chorar a qualquer momento. Então a viu abrir um grande sorriso e dizer:
– Você acha que se eu cortar os cabelos... – ela de repente lhe falou, buscando o longo rabo de cavalo e trazendo-o para frente do corpo. – Será que posso ficar mais parecida com o Naruto?
– Quê?
– Não acha? – perguntou, com um tom levemente sarcástico. – Já que se fosse para eu parecer com o Sasuke a transformação seria um pouco mais radical.
– Ino, o que você tá falando? - Sakura perguntou, deixando formar um vinco entre suas sobrancelhas, realmente confusa.
Porém, não teve tempo da colega responder, pois ouviram algumas batidas na porta e logo a mãe Haruno surgiu, trazendo consigo, uma nova visita.
– Meninas, com licença. A senhora Uzumaki está aqui.
– Ah... sua nova sogra. – Ino sussurrou, devolvendo os cabelos loiros para trás, fazendo Sakura se sobressaltar, então, após cumprimentá-las, dizendo que iria comprar algo para comer, a loira deixou o quarto.
Sakura ouviu o cumprimento da mãe de Naruto, recebeu as flores que ela lhe trouxe, mas não conseguiu assimilar o que ela lhe falava. Seu coração estava batendo mais acelerado. Fora impressão sua, ou a amiga estava tentando lhe dizer que queria ficar parecida com um dos garotos que ela gostava, só para lhe agradar?
“A Ino...? Não, isso seria estranho demais!”
– Filha? – a mãe a chamou, apertando o ombro dela. – A Kushina está lhe fazendo uma pergunta.
– Ah, gomenasai, Uzumaki-san? Eu me distraí por um minuto.
– Eu percebi, anjo. Só perguntei como está se sentindo?
Sakura sorriu gentilmente e respondeu:
– Melhor. Arigato, Uzumaki-san.
...
Naruto não passara uma manhã agradável. Após o ocorrido na entrada do colégio, o único comentário que se ouvia era do possível envolvimento dele com o primo. Além disso, Sasuke o ignorara durante os primeiros horários de aula, o que alguns assimilaram ao acontecido. Chegara ouvir - quando estava no refeitório - que o Uchiha não estava falando consigo, pois não curtia amizade com garotos gays. O que o fazia rir, internamente, da redundância da informação.
Chegado ao último tempo de aula - Educação Física –, o professor Itachi dividiu os meninos em dois grupos para jogarem basquete, enquanto as meninas se dividiram em dois times para jogar futebol.
Naruto e Sasuke acabaram no mesmo time. Porém, diferente do que acontecia sempre, onde ele e o amigo dividiam as melhores jogadas e faziam as garotas suspirarem, Sasuke escolhera como novo parceiro Kiba. E, após ter seu pedido de “passe a bola” ignorado pela décima vez, mesmo estando dentro da linha do garrafão, decidiu sair da quadra e sentar-se no banco vazio dos reservas. O que foi notado pelo professor, que o seguiu.
– Já se cansou, campeão? – Itachi perguntou, sentando-se ao lado dele.
– Só se for de ficar pedindo a bola.
– Parece que o boato de você e seu primo causaram certa revolta na galera, não foi?
– Sensei, por que você mentiu? – Naruto mudou de assunto, abruptamente, fazendo o professor se sobressaltar.
– Está falando sobre eu ter dito que Sasuke não viu a Haruno no dia do acidente?
– Hm.
O homem sorriu discretamente, voltando seus olhos para os alunos na quadra, que mesmo depois da saída de um dos colegas, agiam como se nada tivesse acontecido. Pensou na pergunta que lhe fora feita e acabou respondendo sincero:
– Como eu disse pra você ontem, somos irmãos e nos amamos do nosso jeito. Eu não suporto ver o Sasuke choramingando pelos cantos da casa por causa de outro marmanjo. Por isso, quis dar uma mãozinha. Espero que leve na esportiva...
– Não gosto de mentiras, Sensei.
– Ninguém gosta, Naruto. – o homem replicou, imediatamente. - Mas, às vezes, elas são necessárias para tentarmos ajeitar as coisas.
– E que coisas foram ajeitadas? O Sasuke nem falou comigo hoje.
– E você quer mesmo que ele fale? Pra quê? Meu irmão imagina o que você ouviu da Haruno, Naruto. O Sasuke pode ser um belo pervertido, mas não é burro. Ele tem certeza de que agora você o odeia. Então, como um bom Uchiha que é, tomou uma decisão: que vai esquecê-lo. – o professor informou, sem dar atenção a expressão de surpresa que Naruto fazia; e depois de consultar o cronômetro, ergueu-se do banco e soprou o apito que tinha pendurado no pescoço, avisando para todos na quadra: – Acabou o tempo, moçada! Chuveiro!
Itachi ouviu os resmungos de sempre, porém, dois olhares fumegantes sobre si, fizeram-no suar frio. Primeiro o de rabo de olho do seu otouto, provavelmente por estar conversando com Naruto. Em seguida, o mais direto de Sai, que até parou diante de si e cruzou os braços no peito enquanto o encarava. “Pronto, ele começou a ter crises de ciúmes...”
Tentou esboçar um sorriso ameno para o aluno-amante e lhe pediu:
– Sai, recolhe as bolas, por favor. Já vou te ajudar. – voltando-se para o loiro, que agora estava de cabeça baixa, fitando os próprios tênis, Itachi pediu: - Pro banheiro, campeão.
– Hai... – o loiro assentiu, sem ânimo algum, levantando-se e seguindo a passos lentos, o grupo que faziam uma enorme balburdia a frente.
Entrou na parte do vestiário, ainda com os pensamentos distante, seguiu até os armários, retirou as roupas e apanhou sua toalha, indo para a parte dos chuveiros como era de costume.
Mas ao entrar naquela região, o silêncio que pairou de repente, acabou fazendo-o despertar. Ergueu os olhos e viu todos os amigos cessarem a conversa e o olharem com desconfiança. Como se fizessem questão de deixar claro que ele era o assunto principal.
– Humpf! Era o que faltava, termos que dividir o banheiro com a menina que fica trocando beijinhos com o primo na frente da escola. – Kiba foi o primeiro a lançar a alfinetada, sendo apoiado pelas risadas dos demais.
– Será que o banheiro agora é misto? – ouviu a pergunta debochada, vinda de Shikamaru, que foi acompanhada de mais uma saraivada de risadas.
O rosto de Naruto avermelhou-se no mesmo instante dos comentários. Seus olhos vagaram por todos, mas os quais ele buscava, eram àqueles que poderiam lhe apoiar; desfazer aquele mal entendido.
Porém, Sasuke estava de costas, tomando seu banho, o único que nem sequer voltara-se para olhá-lo. Cerrou os punhos, sentindo o sangue fervendo nas veias. Estava se cansando de tudo aquilo. Se havia algum culpado daquela confusão, era ele.
– Sasuke, teme!! – Naruto urrou, cerrando os punhos e, deixando-se dominar pelo nervosismo, marchou pesadamente no carpete de borracha do centro das repartições, e invadiu o pequeno cubículo onde o amigo estava; assim que este se virou para ver o que estava acontecendo, desferiu um golpe certeiro na face deste, fazendo-o bater as costas na parede de mármore. – Isso é pelo que você me fez aquela noite! – sussurrou, para que os demais não ouvissem.
– Não acha um pouco tarde, Naruto?! – Sasuke disse, erguendo a face para encará-lo. Em seguida, abriu um largo sorriso e elevou a mão direita no lado onde o colega lhe acertara o golpe; fazendo uma massagem com os dedos.
– Nunca é tarde pra acertamos as contas! Mas ainda não terminei... – Naruto ergueu seu punho e, desta vez, golpeou o estômago de Sasuke, fazendo-o tossir e se debruçar.
– Cara, ele tá socando o Uchiha?!
– Alguém, chame o sensei!
– Não façam isso! – um dos colegas pediu. - Eu tô a fim de ver essa briga...
– É galera, não vamos estragar o show. Não é sempre que a gente tem diversão nessa escola.
– Esse foi pelo que você fez a Sakura... – o loiro sussurrou mais uma vez, enquanto via o amigo deslizar as costas na parede molhada, até sentar-se no chão, apertando a barriga e buscando respirar.
Apesar dos gritos dos colegas, Naruto percebeu que ninguém ousou a interromper o acerto de conta dos dois, até mesmo porque, depois do segundo golpe, ele saiu da repartição onde Sasuke tomava banho e olhou para o restante com a face contraída, decidido a descarregar, esbravejou:
– Primeiro: eu não tenho nada com o Gaara. Ele é só meu primo. Fez uma merda, sim! Mas querem saber: danem-se o que vocês pensam! O problema é meu e dele. Eu não tenho que ficar me justificando pra ninguém aqui. Por mim, podem continuar se mostrando um bando de ignorantes e machos ofendidos! Vá todo mundo pro inferno!
Naruto saiu do banheiro bufando.
Sasuke tentou levantar-se, mas precisou da ajuda do Shikamaru, que lhe fazia perguntas ao mesmo tempo em que os demais, mas só conseguiu assimilar uma delas: o que havia feito para levar aquelas pancadas, justo do cara que era seu melhor amigo.
Sentiu-se um covarde. No fundo, Naruto era bem mais forte que ele. Em nenhum momento, o amigo expusera para o grupo o motivo de sua raiva ou a razão de não estarem conversando.
“Ele poderia ter dito a verdade, ter me sujado na frente da escola toda... Porém, desde manhã, ele está aguentando sozinho os piores tipos de piadinhas e provocações...”
Sasuke, ao conseguir pôr–se de pé, molhou a cabeça embaixo do chuveiro ainda aberto. Em seguida, fechou a válvula tranquilamente e saiu da repartição com os cabelos pingando. Observou os olhares curiosos e mentalmente xingou o grupo: “bando de hipócritas”. Afinal, aqueles eram os mesmos amigos que, até então, idolatravam o Uzumaki, mesmo assim, por uma simples besteira – que nem fora gerada por ele – fizeram com que todos o menosprezasse.
E se soubessem sobre si?
Abriu novamente um grande sorriso e encarando os olhares firmes a sua frente, perguntou:
– Querem saber por que ele me bateu?
– Tá na cara. – Kiba rebateu, prontamente. - Ele é uma bicha enrustida que tá a fim do melhor amigo. Mas você deve ter dado um passa fora tão bem dado nele, que o deixou todo ofendidinho, com vontade de te socar.
Todos os garotos riram do deboche, mas para decepção de Kiba, Sasuke o contradisse:
– Ie... – negou, abrindo mais o sorriso e informando: - É ao contrário.
– O quê, Uchiha?
– Sou eu quem sempre fui louco por ele. Ainda sou. E depois do caráter que ele demonstrou aqui, esse sentimento só se reforçou. É o tipo de cara certo pra casar... - o moreno sacudiu a cabeça de um lado para o outro, fazendo as longas franjas molhadas chicotearem seu rosto, em seguida, bateu a mão na parte detrás dos fios, tentando tirar o excesso da água. - O beijo que o ruivo deu nele foi só uma tentativa frustrada de fazer a minha máscara cair diante de toda a escola, já que este sempre desconfiou do que eu sentia pelo primo. Só que ele agiu tarde demais, eu já tive o que eu queria: comi o Naruto à força, na frente da garota que ele ama. Que, aliás, é minha ex-namorada, a mesma idiota que surtou e se enfiou na frente do carro, só porque eu disse que preferia mil vezes foder com o meu melhor amigo do que com ela.
Sasuke passou pelo grupo, caminhando nu, serenamente, enquanto os olhares de perplexidade o seguiam. Mas antes de sair, voltou-se para eles, e concluiu:
– Se querem alguém para tacar pedras, o cara certo sou eu.
– Tá de zoeira, né, Uchiha? – Kiba o inquiriu, incrédulo em tudo que acabara de ouvir.
– Não. E tem mais uma coisa. Uma notícia de primeira mão. Algo que nem o Naruto sabe ainda... Eu faço programa, sou um puto profissional. Se alguém aí tiver a fim, é só entrar em contato. Já conferiram a mercadoria, certo? – ele apontou pro próprio corpo: - Garanto que não vão se arrepender... – ele afirmou, dando uma piscadela com um dos olhos e após acenar para o grupo, saiu do lugar. – A gente se vê por aí, ja ne!
Um dos garotos se debruçou no chão e vomitou.
Sasuke, ao se aproximar da saída do vestuário, já vestido e com a mochila nas costas, se deteve diante do irmão, que estava bloqueando a passagem.
– Isso significa que está dando adeus a escola? – o professor, que havia ouvido todo o discurso, quis saber.
– Antes tarde do que nunca, não é? Eu já me decidi, Itachi, vou viver daquilo que você me ensinou tão bem: o sexo.
Continua...
Notas finais do capítulo
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