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[Naruto] Promiscuous - Capítulo 4, escrita por Andréia Kennen

Capítulos: Prólogo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Epílogo
Autora: Andréia Kennen
Fandom: Naruto
Gênero: Drama, Ecchi, Hentai, Lemon, Mistério, Orange, Romance, Suspense, Universo Alternativo, Yaoi, Yuri
Status: Completa
Classificação:
Resumo: Quatro jovens de classe alta, amigos de infância, decidem desfrutar ao máximo dos prazeres da vida, utilizando-se de suas belezas, riquezas e juventude; e para isso, não medirão pudores ou consequências. Contudo, até mesmo no pervertido jogo da sedução, corre-se o risco daquele elemento surpresa aparecer: o amor. Será que eles saberão lidar com esse sentimento com a mesma maestria que dominam a arte do sexo? Confiram! [Fic +18. Yaoi. Yuri. Hentai. Lemon. Orange. UA. Terminada. Prólogo + 11 capítulos + Epílogo. (mesmo estando terminada seu comentário é importante!. Personagens principais: Naruto/Sasuke/Sakura/Ino.

Promiscuous

Capítulo 4 – La plata

Revisado por Blanxe

“Quanto vale o Show?

Quanto vale o amor?

Quanto vale então fazer das tripas coração?

Quanto vale o som?

Quanto vale a dor?

Quanto vale a culpa e um pouquinho de atenção?”

La Plata - J-Quest

Em frente ao Hospital de Tóquio, Ino andava nervosa de um lado a outro. O cabelo desordenado, as mãos apertando uma na outra, o rosto com a maquiagem borrada, além das olheiras profundas embaixo dos olhos.

Pôs o pé direto novamente na entrada do local e sentiu um arrepio; o recolheu. Era impossível. Se lhe dissessem que ela não resistiu? Sacolejou a cabeça negativamente. Não podia pensar aquilo, definitivamente. Se caso algo do tipo tivesse acontecido, daria cabo da sua própria vida também.

Como explicar o que sentia?

Nem ela mesma tinha ideia. Era algo confuso e perturbador. Seu coração quase parou ao presenciar diante dos olhos a possibilidade de perder Sakura para sempre. Nunca havia pensando na morte antes, afinal... Ricos pensam na morte?

E se já a tivesse perdido?

Amava Sakura. Não como amiga, tão pouco como irmã, todavia, jamais tivera coragem de se declarar. Quando trocavam selinhos ou até beijos mais profundos, precisava se segurar para não beijá-la de forma insana. Quando se banhavam juntas, era a primeira a sair do banho para evitar a tentação de tocar nos seios dela. E, por mais que transasse com um cara atrás do outro, - com intento de conter seus desejos impuros por ela -, em nenhum momento conseguira amenizá-los. A realidade era que, estes só aumentavam.

Fingia interesse por Sasuke, mas na verdade, sentia inveja dele por tocar e ter aquilo que sempre almejou. Realmente ficou perplexa ao presenciar a coragem do Uchiha em tomar Naruto na frente delas. Foi um incentivo e tanto! Naquele momento, até ficou feliz, pois se ele – que era o namorado de Sakura – tinha feito algo do tipo, ela também teria a chance de ter uma situação daquelas com a colega.

Porém...

“Tudo saiu do controle por causa daquele demente do Uzumaki! Que paspalho! Por que não agiu como um homem e surrou o Sasuke, indo se resolver com ele bem longe delas?”

Retirou o vidro de calmante da bolsa e acabou derrubando mais comprimidos do que necessitava na palma da mão, foi devolvê-los ao frasco e acabou derrubando estes e o recipiente no chão. Esbravejou, batendo aos braços ao longo do corpo.

– Saco! – chutou o frasco pra longe.

– Oi, gatinha! Quer ajuda? – um cara que passava na rua de bicicleta mexeu consigo. Nem fez questão de olhá-lo. Já era noite. Não podia ficar vagando na frente do hospital feito um fantasma. Decidiu largar mão dos remédios e determinada, ultrapassou o portão do prédio com passos apressados.

Não iria pensar, nem respirar, só assim conseguiria entrar neste. Mas, ao chegar à porta de vidro - que se abriu automaticamente - deu meia volta e refez o caminho de onde viera. Estava ficando louca. Por mais que tentasse era inútil. Detestava hospitais. Pessoas de brancos então? Causavam-lhe pavor!

Foi quando a voz conhecida - vinda de dentro do prédio - chamou por seu nome e a fez estancar.

– Ino-chan?!

– Haruno-san! – exclamou exaltada, voltando-se para a mãe da amiga e indo de encontro a esta, abraçando-a.

– Que bom que veio, querida. – a mulher disse, correspondendo ao abraço. - Estava começando a ficar preocupada.

Ino manteve o abraço apertado na mãe da amiga e, pelo comprimento simpático desta, deduziu que Sakura só poderia estar bem. Afinal, qual mãe conseguiria ser tão atenciosa se a filha estivesse à beira da morte? Certo, talvez a sua mãe, sim. Mas a da Sakura, não. Ela era uma mãe exemplar, daquelas que usava com frequência a frase “eu só quero melhor pra você, meu amor”.

Assim, poucos minutos depois de ser arrastada por Haruno-san para dentro do quarto de Sakura, Ino se viu diante do que menos queria ver na vida: o leito da garota que amava, onde esta repousava cheia de aparelhos, tubos e fios.

– Oh, Deus! Ela está horrível, Haruno-san! – foi a primeira cosia que exclamou, debruçando-se sobre a colega.

– Filha, cuidado com os aparelhos. – advertiu a mulher, assustada com o gesto de Ino.

– Por que ela está cheia de fios?! O que são essas coisas? Ela não é um robô! Sakura-chan, flor, tá me ouvindo? Acorda! – ela a chamava, apalpando de leve o rosto dela. - Sou eu, Ino! Eu quero falar com você... Eu tenho algo muito importante pra te dizer! – a menina declarou, enquanto as lágrimas rolavam em seu rosto.

– Minha filha, não se debruce desse jeito.

– Não, Haruno-san! Ela não acorda! O que deram pra ela tomar? E por que ela está tão magra! Que inveja! Pelo menos do corpo... – a garota comentava, totalmente confusa. - Mas o rosto... por que está tão roxo e inchado?

– Ino-chan, não grite. – a senhora Haruno advertiu, novamente. - Os enfermeiros virão chamar nossa atenção. Eu sei como deve ser difícil, mas precisa se controlar, por favor.

– Não, não, não, não! – a menina puxava o ombro de volta pra si, conforme a mãe da amiga segurava-o, tentando retirá-la de cima da filha. - Ei, Flor! Tá me ouvindo? – ela insistia na pergunta, enquanto acariciava o rosto de Sakura. - Quer parar de me zoar e abrir esses olhos verdes, droga?! Para de brincadeira, Sakura-chan! Você precisa de uma maquiagem urgente, eu tô falando sério! Oh, Deus! Haruno-san, por que ela não acorda?!

– Ino...

A mãe sentiu o coração apertar. Entendia o desespero de Ino. Acabou por sentir receio de lhe contar o real estado da filha.

– Ela está dopada?! – a menina quis saber. – Eu vou chamar um médico! – anunciou ela, avançando em direção da porta do quarto.

Mas a senhora Haruno impediu, apanhando a mão dela:

– Ino-chan! – enfim, conseguiu fazê-la parar e olhá-la. – Filha... – a mulher continuou, chamando-a carinhosamente, apertando a mão menor, firmemente, entre as suas. – Sakura está em coma. – anunciou. - Os médicos não têm previsão de quando ela irá voltar.

– Não... – a loira puxou sua mão de volta, sentindo um arrepio lhe tomar. – Não pode! Eles precisam fazer alguma coisa pra ela acordar. – ela voltou-se para o leito da colega e sacolejando o corpo inerte pelos ombros, gritou: - SAKURA, ACORDA! SEUS INCOMPETENTES, FAÇAM A MINHA AMIGA ACORDAR, AGORA! – esbravejou, totalmente fora de si.

Foram necessários vários plantonistas, enfermeiros e seguranças do local para deterem a crise histérica da jovem Yamanaka, e, depois de muito custo, conseguiram contê-la e sedá-la.

...

Enquanto isso, na residência Uchiha...

Sasuke vestiu somente a cueca e deitou-se rapidamente embaixo do edredom, depois que o irmão lhe dissera – por cima – os detalhes mais importantes da conversa que tivera com Naruto. Pelo menos, o suficiente para não divergirem.

Precisava também interpretar um ar adoentado e depressivo. Pigarreou, para arranhar as cordas vocais e assim, provocar uma sonoridade rouca na voz, como se tivesse tido uma recente crise de tosse.

Não demorou muito e as batidas na porta fizeram seu coração acelerar tanto, que teve a impressão que este sairia pela boca. Suspirou profundamente para regularizar o nível de ansiedade e assim pronunciou-se com uma voz vacilante:

– En- Entre...

Naruto, ao ouvir a voz baixa e fraca do amigo lhe permitindo a entrada, pôs a mão na maçaneta, porém, ficou detido por alguns segundos; ainda tinha dúvidas do que iria fazer. Havia pensado em tudo o que seu professor lhe dissera, além de ter revisado vários momentos entre ele e amigo no passado. Não lhe agradava nada a ideia de ser gay, no entanto, já tinha sido forçado a experimentar a sensação de ser um e não podia simplesmente omitir o que sentira ao ser possuído pelo colega. Fora, a o orgasmo mais extraordinário que já tivera, mesmo, levando em consideração que sempre se esforçava para lhe propiciar o melhor em suas seções de masturbação.

“Sasuke me contaminou com sua promiscuidade.” - O loiro pensou, apertando a bolota da maçaneta com força, ouvindo Sasuke repetir o “entra” agora em um tom mais elevado. Era certo que ele estava fingindo debilidade. Sasuke não é o tipo de cara que fica deprimido por qualquer coisa, muito menos, por uma garota que não amava.

Talvez, fosse egoísmo seu querer que o colega de infância lhe possuísse novamente, enquanto a amiga – a qual amava – encontrava-se hospitalizada em estado grave. “Eu só queria que as coisas fossem mais simples...” ele refletiu, sentindo o nervosismo aumentar.

Naruto, de repente, teve seus pensamentos cortados ao sentir a maçaneta lhe fugir dos dedos e a porta se descerrar, mostrando-lhe um Sasuke seminu e de olhar aflito.

– Eu... pensei que... havia desistido de me ver e tivesse ido embora. – ele se explicou.

Naruto desviou os olhos do semblante exaltado do amigo e engoliu em seco. Não fazia ideia de por onde começar.

– Naruto... eu... eu... – Sasuke tomou a iniciativa de se justificar, mas parecia não encontrar a palavras certas para isso. Afinal, fora uma besteira atrás da outra: a aposta, o envolvimento desnecessário com a Sakura, o acidente desta, e ainda... ter transado com o melhor amigo, mesmo este não permitindo.

Porém, o moreno não conseguiu ordenar uma sequência dos pedidos na sua cabeça e acabou que a confusão o fez sentir uma dor latente na testa. Levou a mão até o local e, franzindo quase toda a face, massageou a região que doía.

– Posso entrar? – Naruto perguntou, fazendo-o erguer os olhos negros para si.

– Claro. - Sasuke respondeu, saindo da porta e sentando-se na cama.

Naruto adentrou o cômodo e encostou na porta atrás de si. Correu os olhos rapidamente pelo quarto do colega. Fazia tempo que não entrava ali, no entanto, ainda era muito parecido com que se lembrava: a porta de madeira branca que levava ao banheiro, a outra que levava ao armário de roupas, o jogo de hometeather acoplado nas prateleiras na parede, o chão todo acarpetado, a televisão de plasma em um tripé de frente a cama de casal, uma cômoda com alguns porta-retratos e os vários pôsteres de carros – a paixão do amigo – forrando as paredes.

– O Sensei disse que você não estava bem e que está se sentindo culpado pelo que aconteceu com a Sakura. - Naruto falou, sem retirar os olhos das imagens. - Ele também disse que ela havia terminado com você, é verdade?

– Naruto eu sei o quanto a amava...

– Amo. – fez questão de corrigi-lo.

– Certo, o quanta a ama. Você também não tem ideia do quanto eu o...

– Sasuke? – Naruto o interrompeu, não querendo ouvir o que ele tinha a dizer, então, lhe afirmou: - Não me importo.

– Não se importa com o quê?

Os olhos claros do jovem Uzumaki se mantiveram nas paredes. Era como se tentasse ver nas figuras das potentes máquinas, um ponto de equilíbrio e assim, alimentar a coragem que precisava para vociferar o que tinha em mente.

– Naruto, me responde. – pediu Sasuke, não se contentando com o silêncio e o olhar disperso do amigo.

Afinal, o loiro lhe parecia pensativo demais, e isso o estava incomodando. “O que está passando por sua cabeça, Naruto?” Sasuke seu auto-inquiriu, percebendo as esferas azuis vagarem pelo ambiente e, enfim, repousarem sobre si com um ar inexpressivo. Foi só então que pôde sentir o quanto ele estava magoado. Contudo, o que ouviu a seguir sim, o deixou totalmente aturdido:

– Você quer transar, de novo?

– Q- q- q- quê? – a boca do moreno se entreabriu, em choque.

– Você ouviu. – Naruto foi categórico.

– Mas que pergunta é essa?

– Quer? Não quer? – Naruto insistiu, deixando Sasuke ainda mais confuso.

Era óbvio que queria. Tudo bem que estava cansado, sentia o corpo dolorido da maldita tarde com o Orochimaru, mas ter Naruto era o que mais desejava em sua vida, e para amá-lo novamente era capaz até de...

Matar?

“Mas porque ele está me perguntando isso? É muito suspeito! O que meu irmão disse a mais que o fez me desejar tão rapidamente? Itachi camuflou algo, é certo. Não deveria ter confiado a ele a missão de conquistar o loiro para mim. Fazê-lo comer na palma da minha mão, hein? Não é bem isso que estou sentindo, está me parecendo ao contrário...”

– Não me quer mais? – a voz do loiro interrompeu, mais uma vez, seus pensamentos.

– Claro que quero! – Sasuke respondeu, levantando-se energizado. – Tudo, tudo que mais desejava na vida era tê-lo. Naruto, eu o... eu o...

– Me ama? – O loiro completou, com indiferença, a confissão que parecia tão difícil para Sasuke.

– É... – o outro confirmou, desalentado.

– Ama um homem?

– Que eu saiba o coração está preso aqui no peito, não é? – o Uchiha apontou para si. - Ele não enxerga cor, idade, sexo... Estou errado?

Sasuke sentiu um tremor. Havia algo de errado no olhar de Naruto. Não pareciam com os olhos 'inocentes' que conhecia. Era um olhar firme, determinado. Talvez... frio.

– Quer me beijar?

A pergunta fez Sasuke sentir uma nova pontada lhe atingir na boca do estômago.

“Beijá-lo?”, repetiu-se em pensamento.

Experimentar o beijo dele era outro dos seus desejos mais insanos.

Porém, havia ausência de sentimento naquelas perguntas. “Quer transar?”, “Quer me beijar?” . Eram questionamentos secos, vazios.

Seu peito se comprimiu e a dor condensou ao concluir: Naruto o estava castigando. Tinha certeza daquilo.

Sasuke inspirou e espirou calmamente; proferindo a resposta em forma de novas perguntas:

– Se eu disser que quero? Que quero te beijar, que quero transar com você. O que vai fazer?

– Vou beijá-lo e vou deixar que faça o que quiser com meu corpo novamente.

Mais uma vez ele lhe respondeu austero e emendou:

– Mas desta vez, com um detalhe importante: a minha permissão.

– Por quê?

– É o que você quer.

– Mas não parece ser o que você quer. – rebateu, se cansando daquela conversa.

– Sasuke, eu não vou deixar você ferir mais ninguém por esse sentimento nojento que sente por mim. – Naruto explicou. - Principalmente, a mulher que eu mais quero bem nesse mundo. Então, se quer me ter, vá em frente, me tenha. Se tiver forças ainda, pois... – o loiro espichou os olhos para analisar as marcas roxas que o colega tinha no pescoço e em parte dos braços e do tórax. – Esses chupões espalhados por toda sua pele parecem bem recentes, não? Talvez não esteja tão debilitado quanto o Sensei disse. Acho que anda afogando as mágoas bem ao seu estilo pelo que percebo. Com quem? A vadia dona daquela espelunca?

Naruto finalmente abriu seu sorriso ao ver a feição de perplexidade que o amigo desenhara em sua face; mais encorajado, prosseguiu:

– Parece assustado? Tipo... Sem saber o que fazer ou como reagir... Sensação chata, eu sei... – o loiro lhe afirmou com um tom carregado de ironia.

– Você quer mesmo que eu acredite nesse seu amor, Sasuke? – Naruto perguntou, forçando uma nova risada. Ao acalmá-la, acrescentou: - Ainda mais, depois de descobrir que você é a pessoa mais imunda que já conheci. Sinceramente, a única coisa que consigo enxergar em você agora, meu amigo, é sujeira. E o pior, você está louco para me sujar também.

Doía. Tudo que Sasuke conseguiu sentir foi dor. Uma dor profunda, angustiante, lacerante. Era a dor de ser humilhado, rebaixado. E tudo por quê? Por ter deixado se entregar por aquele maldito sentimento chamado amor?

Sentiu as margens dos seus olhos queimarem e prendeu o lábio inferior entre os dentes. Estava sendo afrontado pelo rosto mais angelical da face da Terra? A tensão que o invadiu fez com que tivesse vontade de esmagar Naruto, e quem sabe assim, fazer aquela dor louca desaparecer ao dar cabo do seu causador.

Ninguém insultava daquela forma Sasuke Uchiha.

Avançou em Naruto com uma fúria fora do comum e o empurrou contra a parede, não se preocupando se o baque iria feri-lo ou não.

– Desgraçado! – esbravejou. - Veio até aqui pra me humilhar, não é, Naruto?! Acha que pode brincar com os meus sentimentos assim?! – urrou, forçando-se para segurar o pranto que queria descer.

– E você? – Naruto perguntou, ainda mantendo-se impassível. - Acha que pode brincar com os sentimentos e da Sakura-chan como brincou?

– Está se vingando por ela?! Por aquela vagabunda?

Naruto franziu ainda mais o cenho, as mãos de Sasuke apertavam com tanta força os seus ombros que quis gritar, mas se conteve. Ainda não era o suficiente, não estava satisfeito, precisava provocá-lo mais, cutucar sua ferida, tirar toda sua sanidade. Então, começou a rir desmedidamente.

– Do que está rindo? – a sua ação causou resultados.

– Essa sensação é engraçada. – explicou. - Agora eu sei por que você gosta tanto de humilhar quem te ama, quem te deseja... É engraçado, Sasuke. Ver o quanto a pessoa pode se tornar patética por outra, é engraçado. Era isso que sentia quando via a Sakura jogada aos seus pés? Sentia-se “o” cara não, é? – Naruto concluiu, voltando a rir.

– VOCÊ QUER MORRER?!! – Sasuke o bateu com força contra a parede, mais uma vez.

Naruto fechou os olhos, sentindo as dores do baque se misturando com uma vertigem, mas moveu a cabeça de um lado a outro tentando repor a estabilidade no lugar. Havia planejado humilhar Sasuke, mas a verdade era que estava se excitando com cada nova e impulsiva reação dele. Quando sentiu a respiração quente dele roçar seus lábios, a situação piorou, e tornou-se mais incontrolável quando o corpo dele encostou-se ao seu. Manteve os olhos fechados, mas não reteve os arrepios que invadiram seu corpo e arfou.

Sasuke forçou seu ventre ao do loiro, roçando suas ereções uma na outra. Passou a língua pela extensão do pescoço, até alcançar a orelha, então, pôde ouvi-lo soltar um gemido entrecortado dos lábios e sussurrou:

– Está louco pra ser comido novamente e fica fazendo doce.

– Eu já disse que sim, não disse? Foi uma das primeiras coisas que te falei, Sasuke. – Naruto o lembrou.

O moreno sorriu de lado, esfregando seu busto nu contra o peito do loiro, escorreu as mãos pela lateral do corpo, enfiando-as por dentro da pólo listrada de branco e laranja que Naruto vestia. Subiu riscando com suas unhas a pele bronzeada, enquanto elevava o tecido para descobrir o tórax todo. Observou os mamilos rosados já despontados e, com a boca entreaberta, se aproximou e deslizou a ponta úmida da língua maliciosamente em cima do botão, que se ouriçou ainda mais.

– Ahhh... – Naruto resmungou, ainda de olhos fechados.

O moreno gostou daquela reação. Passou a lamber o mamilo com mais vontade, dedicou-se a um e depois ao outro, para em seguida, descer a língua pela barriga até encontrar o cós da calça.

Naruto, que já não conseguia conter a excitação, o ajudou; desatou o cinto, abriu a calça jeans e a desceu até os joelhos, segurou o membro excitado e o direcionou na direção da boca de Sasuke, falando-lhe:

– Vai em frente.

Sasuke ergueu os olhos para fitar Naruto e aquele par de azuis revoltados sobre si, mas hesitou.

– Não. – negou, decidido, levantando-se. – Vamos fazer isso na cama. – sugeriu, aproximando-se dos lábios do loiro para tentar beijá-lo, porém, Naruto desviou da boca dele, virando o rosto para o lado. Isso assombrou Sasuke.

– Nem adianta me olhar assim, Sasuke! Não tô a fim de ficar trocando beijos melosos com você!

– Mas quer sexo?

– Isso mesmo: sexo. – Naruto afirmou, encarando-o - Não é nisso que você se diz tão bom?

Sasuke abriu a boca para dar uma resposta, mas, novamente, não encontrou as palavras, assim, voltou a fechá-la. Vencido, inspirou mais uma vez e voltou a ficar de joelhos; segurou o falo exposto de Naruto entre seus dedos e, depois de umedecer os lábios, abocanhou o membro, passando a sugá-lo com avidez.

Deu o melhor de si. Primeiro, lambendo bem toda a extensão deste, tanto na parte inferior como nas laterais e em cima. Na sequência, enfiou a ponta da língua no pequeno orifício estimulando a glande. Até que o engoliu totalmente, alisando-o com a língua, enquanto chupava. Sentiu Naruto buscar apoio na parede, as pernas dele tremiam ao mesmo tempo em que empurrava seu quadril contra sua boca.

Sasuke usou a saliva que escapou pelos cantos da sua boca, para umedecer dois dos seus dedos e introduzi-los devagar na pequena abertura anal que mostrava-se acesa ao abrir e fechar de acordo com o ritmo da suas sugadas.

Naruto não se preocupou em manter o pudor e passou a gemer alto e descompassado, como se fizesse questão de que quem estivesse por perto, ouvisse o que estava acontecendo.

Sasuke, por sua vez, já não aguentava suportar sua própria excitação, ainda mais por ouvi-lo tão despudorado e entregue aos desejos do corpo. Logo, o sêmen de Naruto espirrou com força para dentro da sua boca; se esforçou em engolir tudo, até a última gota do líquido. Ao terminar, passou as costas da mão esquerda na boca e afastou-se, sentando-se no chão.

– Pronto pra segunda parte? – quis saber, levantando os olhos pra observá-lo. - Você está louco de vontade, eu o senti engolindo meus dedos.

Naruto sorriu. Deslizou as mãos nos cabelos e então, respirando profundamente, confessou:

– Sim... Você tem razão... Mas... – ele lhe respondera entrecortado, devido à respiração irregular. – Sensei? Você está aí? – Naruto de repente perguntou, olhando a porta.

Sasuke ficou sério e franziu o cenho para aquela pergunta. Voltou-se imediatamente para o patamar fechado e se assustou ao ouvir o barulho da maçaneta que girava, a porta ser empurrada e o irmão se revelar, cruzando os braços no peito e encostando-se de lado, no batente.

– É impossível não ouvir tanta gritaria. – respondeu o mais velho, sincero, com um sorriso leve nos lábios. – É um convite pra festa?

– Sim. – Naruto quem respondeu afirmativo, terminado de retirar a calça pelos pés e arrancando a camisa pelo alto da cabeça. Passou por Sasuke no chão e puxou a mão do mestre, fazendo-o adentrar o recinto. – É exatamente isso que quero, Sensei, convidá-lo para uma festinha. Como uma que aconteceu em um sábado desses onde ninguém era de ninguém... – ele confirmou, enlaçando o pescoço de Itachi e passando a língua de forma maliciosa no queixo dele – Eu quero ser possuído por você, Itachi-Sensei. Na cama, junto com o seu irmão.

O Uchiha mais velho abriu um sorriso largo, achando graça da expressão de choque que o caçula desenhava na tez e, sentindo-se ainda mais aceso, apertou a cintura de Naruto, concordando euforicamente em fazer parte da orgia.

– Só se for agora, Loiro. – respondeu ele, apanhando Naruto no colo e depositando-o em cima do leito do irmão. – Agora entendo porque o Sasuke chega a ser doente por você. Esses olhos, essa pele, você é simplesmente lindo.

O menor sorriu, envaidecido, com o rosto corado. E, para desespero total de Sasuke, os dois se contemplaram com olhares famintos para, em seguida, Itachi arrancar sua camisa também e debruçar-se sobre o corpo nu de Naruto na cama, selando seus lábios aos dele em um beijo envolvente e intenso.

Continua...

Momento Merchan: Meus amigos leitores, vou aproveitar pra divulgar minha nova one-shot: “Nosso jeito ninja de ser”. NaruSasu, com muito drama e um lemon inverso ao meu estilo (:D). Mas acho que vale a pena conferir. Vou esperar o comentário de vocês por lá também. =)





Notas finais do capítulo


Pois é... Essa história era pra estar beirando o fim...

Lembram que eu disse no começo que a fic se dividiria em: prólogo + cinco capítulos + epílogo?

Enfim, acho que não vou conseguir terminar tudo no próximo capítulo. 8D

Por isso, vou estendê-la mais um pouco, mas, acho que não vai ultrapassar os dez capítulos. Espero que continuem comigo até o final.

Aos amantes de ItaSasu, gomen, né? Mas não tenho a intenção de descrever os dois se pegando agora adultos. Mas, talvez eu descreva alguma lembrança do Sasu de forma mais detalhada lá pra frente. 8D.

Agora, pra quem curtiu ItaNaru em Obsessão, se preparem para o próximo chapter. Yeah! 8D~ Necessito fazer o Sasu-chan sofrer só mais um pouco. (*tremores de excitação* - *----*)

Ah! Uma das leitoras me perguntou se o Gaara vai aparecer, - e como essa pode ser a duvida de outros - a resposta é sim, ele vai.

Além da aparição de outros personagens, quando esse quarteto promíscuo retornar à escola. 8D

Agora sim, desejo um Feliz Natal a todos! Boas festas e não exagerem na comida e na bebida como eu. @___@

Antes do ano novo, devo fazer mais uma atualização.

E, em janeiro, vou pegar firme para terminar essa fanfic. 8D

Obrigada a todos pelo carinho nas reviews!

See you next! o/

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