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[Sailor Moon] Na Cabeça, No Coração - Capítulo 1, escrita por Anita

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Título: Na Cabeça, No Coração
Capítulos: 1 2 3 4 5 6 7 8
Autora: Anita
Fandom: Sailor Moon
Gênero: Comédia romântica
Classificação: 12 anos
Status: completa!
Resumo: Tsukino Usagi / Chiba Mamoru. Usagi percebe que Mamoru está ferido no ombro, tal como aquela pessoa se ferira no dia em que Sailor Venus apareceu. Mais tarde, ouve da boca de Zoisite uma confirmação. E agora os dois precisam cooperar para salvar de uma ameaça misteriosa uma famosa trupe de teatro, que Usagi muito admira.

Notas Iniciais:
Estou experimentando usar os honoríficos aqui, mas não estou muito certa sobre os corretos. Peço desculpas pelos eventuais erros.
Esta fic obedece ao universo do anime clássico, ele é situado logo após a primeira aparição da Sailor Venus e antes da Usagi saber quem é o Tuxedo Kamen.
Esta história conterá uma trupe fictícia chamada Harotsuka, qualquer fato relatado é pura ficção, mas eu me inspirei em um grupo especializado em musicais que realmente existe chamado Takarazuka Kagekidan. Por outro lado, os dados fornecidos não serão fidedignos.

Sailor Moon não me pertence, não luro nada com isto.



Olho Azul Apresenta:
Na Cabeça,
No Coração


Capítulo 1 – A Agenda Secreta de Mamoru

  Raros eram os dias em que Usagi conseguia encontrar Mamoru de maneira saudável, sem incluir um tombo, uma batida ou um arremesso de objeto pesados. Tão raros que ela pôde apenas olhar abobalhada quando estava saindo do salão de jogos e seus olhos encontraram os dele.

  Mamoru Chiba era o típico sujeito intragável, talvez o pior homem que ela já houvesse conhecido — e seu trabalho secreto como Sailor Moon já lhe havia assegurado conhecer seres bem desprezíveis, capazes de matar. Melhor retirar o que dizia, Mamoru não seria capaz de matar ninguém, certo? Ele parecia bravo no momento, uma veia saltitando em sua testa contraída numa carranca. Talvez fosse sim capaz de matar. E não era ela, já que ele Mamoru percorria todo o ambiente do salão com o olhar.

— Ei, cabeça de vento, você viu o Motoki por aí?
— Pra sua informação, Mamoru-san — ela acentuou o honorífico para fazer seu ponto —, eu tenho um nome e estaria com mais vontade de te ajudar se você o usasse.

  Baixando a vista para ela, Mamoru exibiu um sorriso de escárnio.

— Usagi-chama — ele também acentuava o honorífico exagerado, como se precisasse disso para fazer seu próprio ponto —, você teria visto meu grande amigo, Motoki?
— É uma surpresa descobrir que sabe como me chamo — ela disse. Divertia-se com a expressão impaciente do outro enquanto ela tomava tempo para pronunciar cada palavra. — Mas não tive a felicidade de encontrar o Motoki-niisan ainda. — Ela devolveu um sorriso mais ácido que ele lhe havia tornado e acrescentou: — Ele não vem hoje.

  O desapontamento misturou a algo parecido a raiva no rosto de Mamoru, e ele virou o rosto para observar o outro lado da rua.

— Não me diga que está com problemas com... — ela deixou a voz morrer e a substituiu por um gesto indicando dinheiro.

  Usagi mesmo não sabia se estava brincando sobre ou não, pois Mamoru realmente parecia preocupado como se houvesse agiotas perigosos vigiando aquela conversa. Não ajudava sua imaginação fértil notar, com aquele movimento, que ele parecia machucado no ombro.

  Quando ela decidiu experimentar tocar o local supostamente ferido — se ele gritasse agudo como nos filmes, não haveria dúvidas! —, Mamoru virou-se brusco para trás e resmungou algo indecifrável. Sua vista apontava certamente para um casal despedindo-se na saída de um restaurante-lanchonete. A mulher devia já ter mais de trinta anos e era bastante alta, portando uma postura invejável, tinha o cabelo castanho abaixo do queixo e agora colocava sobre o rosto óculos escuros pretos. À sua frente, um rapaz de cabelos negros e altura semelhante curvava-se cerimonioso em despedida, a expressão grave atraía a curiosidade de Usagi sobre o que poderia ter acontecido.

  Ao menos, não pareciam nem de perto com agiotas.

— Então, seu tipo são mulheres mais velhas, é? — Usagi brincou, acertando o braço de Mamoru com o ombro para lhe chamar a atenção. — Mas olha, acho que essa já tem partido. E que partido!

  Mamoru contraiu-se, aumentando as suspeitas de estar lesionado de alguma forma.

— É uma mulher. As duas são — corrigiu com o tom nada engajado na brincadeira.
— Sério? — Usagi abriu a boca para observar o "homem" de cabelo preto. — Mas ele é tão charmoso! Poderia estar no SMAP ou coisa assim! Não, acho que ele tem mais idade pro Arashi, né? — acrescentou, decidindo que o "homem" era mais novo alguns anos que a mulher de cabelo castanho. — Mas se é mulher e bonita assim, devia ser modelo. Ou do Harotsuka!

  Ela havia sem querer acertado de novo o braço de Mamoru. Novamente contraído, Mamoru virou-se para Usagi e riu fraco. Cansado...

— Não sabe o que é o Harotsuka? — perguntou ela, querendo acreditar que aquela expressão era somente confusão e não de uma dor em razão do descuido dela. — Não é desses grupos enormes de menina com voz esganiçada, não! — pontuou Usagi, gesticulando exagerada. Parte de si sentia orgulho de poder se exibir como conhecedora algo tão mais cultural que boy bands como o Arashi e o SMAP. — Elas são de um teatro que só tem mulheres, incluindo para os papéis masculinos! — E apontou para a mulher, ex-homem, que já havia partido e agora virava a esquina, possivelmente em direção à estação de trem.

  Mamoru, contudo, não estava prestando atenção, pois atravessou a rua quando ela estava pronta a explicar como essas atrizes dedicavam anos da vida para ficarem ainda mais atraentes que homens de verdade, como ele próprio — óbvio, Usagi iria deixar claro que não o considerava seu tipo, que ele só não era feio.

  Perda dele que não ficara para ouvi-la admitir algo tão embaraçoso. Ou lucro dela. Ainda assim, que cavalheiro largaria uma jovem falando sozinha no meio da rua? Fosse uma atriz de Harotsuka, onde elas recebem educação dignas de uma herdeira da alta sociedade, ele ao menos fingiria estar interessado e aí se despediria com um beijo nas costas de sua mão.

  Eca! Usagi abraçou-se tremendo. Por que diabos ia querer que Mamoru lhe beijasse a mão? Virou os olhos e decidiu segui-lo. Podia ter sido trocada pela mulher de cabelo castanho, mas ela faria barulho e delataria tudo. Amiga ou não de alguém de Harotsuka, com aquela postura, a mulher com certeza vinha de uma educação que não ia permitir tamanho absurdo.

— Vou te queimar antes de você ter chance, Mamoru! — anunciou quando pisou a calçada. — Ela vai saber de todas as vilanias que me faz passar, começando por essa de me deixar sozinha ali!

  Usagi parou com a boca ainda aberta. Mesmo por trás dos óculos escuros, era perceptível o olhar curioso que a mulher lhe lançava.

— É sua namorada, Chiba-kun? — ela perguntou com um gesto para os dois.

  Fosse um concurso de rapidez, os dois teriam empatado ao negar aquela pergunta.

— Esta é somente a conhecida de um amigo, Sakamoto-san.

  A explicação de Mamoru, porém, soava estranha para Usagi. Mesmo enquanto ele falava, o tom denunciava saber ele ter aumentado demais a distância de sua relação. Ao mesmo tempo, como mais explicar? Esta é a garota que vive batendo em mim e a quem eu vivo xingando?

  A mulher, quem ele chamara de Sakamoto, assentiu com um sorriso nos lábios que deixou Usagi alerta. Ela também havia percebido o tom, mas entendera tudo errado. Antes que houvesse tempo para ser corrigida, os olhos de Sakamoto despontaram alarmados para o ombro de Mamoru.

— Chiba-kun, seu casaco! — ela se aproximou com a mão levantada para tocar o blazer verde que parecia o favorito de Mamoru. Mas parou no meio do caminho. — É um machucado. Por isso estava andando estranho desde mais cedo, né?

  Mamoru olhou de volta, a expressão culpada traindo a negativa que parecia prestes a tentar dizer.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Havia tanto para Usagi olhar no apartamento de Mamoru, enquanto ele trocava a camisa e limpava de novo seu machucado, que ela custou a ouvir a mulher chamá-la. Usagi voltou do corredor até a sala onde ambas haviam sido deixadas e desculpou-se com um gesto de cabeça.

— Estava me perguntando se você mora por aqui.
— No apartamento dele? — Usagi indagou sem se importar com o próprio tom enojado.

  A mulher... Sakamoto era o nome dela! Sakamoto sorriu divertida e balançou a cabeça.

— Quis dizer, se mora por esta vizinhança.
— Ah! — disse animada com uma razão para abrir a porta da sacada. Acenou que Sakamoto a seguisse e apontou para um grupo de casas a algumas quadras à direita. — Ih, acho que é mais pra lá! — corrigiu, mudando o dedo para uma direção a noroeste do prédio. — Espera, pra onde fica o templo Hikawa? — entortou a boca enquanto espremia os olhos à procura da casa da Rei.

  Ouviu Sakamoto rir.

— É que eu nunca vim na casa do Mamoru, fiquei meio perdida.
— É mesmo? E não se sente fora de lugar no apartamento de um homem solteiro?
Nah! — Usagi fez uma careta e balançou a mão com desdém. — É só o Mamoru — disse deixando implícito o adjetivo "babaca" em suas palavras.

  Novamente, Sakamoto riu. Fazia-o bem baixo, mas o som emitido parecia sincero, diferente da risada de escárnio que Mamoru soltaria caso a ouvisse.

— É uma bela vista — Sakamoto falou com o olhar no horizonte. — Eu até moro em um prédio bem alto assim, mas não sou daqui. Sempre que paro pra ver a janela, eu me sinto hipnotizada com as luzes de Tóquio piscando.
— É mesmo, você soa como alguém do Oeste agora que mencionou! — Usagi comentou com certeza.

  Vinham conversando em termos formais, por isso, o único indicativo seria a entonação de Sakamoto. Mesmo assim, o sotaque era tão discreto que apenas ouvindo a confissão que Usagi reparara.

— Sim, eu nasci em Hyogo e, até ano passado, vivi toda minha vida por ali, exceto por umas estadas a trabalho aqui por Tóquio.
— E agora seu sotaque do Oeste fica tão óbvio — notou Usagi com uma gargalhada. — Mas você veio há muito tempo?
— Há quase um ano, acho que não é muito.
— Como eu nem tinha notado, achei que já estava há mais de dez por aqui.
— Creio que isso seja bom — disse Sakamoto, ainda distraída com todo o bairro que se estendia debaixo da sacada de Mamoru. — Não se sente insegura aqui às vezes?

  Usagi devolveu uma expressão confusa.

— Eu nunca tinha vindo aqui, Sakamoto-san.
— Digo, em Tóquio — ela corrigiu com calma, seus olhos retornando da vista.

  Agora que ela estava sem os óculos, Usagi notava que Sakamoto parecia um pouco mais perto dos quarenta anos, com linhas de expressão formando em torno dos olhos quase redondos e também dos lábios. Embora se aprofundassem sempre que sorria, Usagi não se sentia imparcial com o charme que a mulher exalava. Devia ser sua postura? Ou as palavras, sempre tão apropriadamente posicionadas?

— Desde que me mudei, tenho ouvido algumas notícias de monstros. Nunca os vi ao vivo, mas sempre que mostram na tevê, sinto-me dentro de uma peça de teatro.
— As Sailor Senshi sempre irão nos proteger! — exclamou mais rápido que o natural.
— Sailors? — Sakamoto franziu a testa

  Usagi mordeu o próprio lábio. Os estragos pelos ataques e suas testemunhas não costumavam descrever sua aparição e muito menos as chamavam assim com muita frequência. Não era impossível que alguém as conhecesse, mas soava pouco natural.

— Aquelas meninas que lutam contra eles, usando uniforme de marinheiro? É isso que você quer dizer?
— Isso! — Usagi suspirou. Pelo tom da outra, ela culpava sua ignorância no fato de ser de fora, embora suas atividades como senshi provavelmente tenham começado depois que Sakamoto se mudara.
— E você já as viu? Digo, pessoalmente. Tem tão pouca foto nos jornais delas.
— Claro! — disse sem pensar, apenas para se arrepender de novo. — Digo, não foi muito de perto nem nada assim — titubeou.
— Eu não ficaria tão empolgado para encontrar pessoas que só aparecem num momento de perigo, Sakamoto-san. — Mamoru havia retornado com uma camisa preta, uma escolha de cor que preocupava Usagi mais que suas indiscrições.

  Sakamoto voltou a olhar para longe, assentindo distraída.

— Bem, sinto muito pela demora, mas já podemos ir para o último compromisso. — Mamoru olhou o relógio no pulso. — E seria melhor nos apressarmos — complementou com a expressão culpada antes de andar até a mesa próxima à saída e sacudir um molho de chaves.

  Enquanto esperavam o elevador, Usagi estudou novamente o ombro de Mamoru. Era difícil explicar a ele por que aquilo a incomodava tanto, quando nem ela mesma compreendia aquela tensão. Ainda assim, arriscou perguntar:

— O que aconteceu, afinal? — E apontou para o braço, este parecia um pouco mais encolhido que o outro.
— Eu caí da moto — Mamoru respondeu bem quando a porta do elevador se abriu.
— Nossa, devia ter mais cuidado.
— Sim — resumiu-se a dizer, apertando o térreo.
— Não seria melhor você só me acompanhar até o táxi, Chiba-kun? Com um machucado desses, deveria estar deitado, dando tempo ao seu corpo.
— Sinto muito, mas preciso me certificar de haver tudo em seu camarim. Como estou cobrindo o trabalho de seu assistente para um conhecido, não quero dar margem a problemas.

  Usagi sentiu a orelha levantar-se sozinha.

— Camarim? — indagou admirada. — Tipo o que as estrelas usam?

  Rindo, Sakamoto assentiu.

— Mas não é nada demais, eu o compartilho com outras atrizes.
Atrizes? — Tornou estarrecida para a direção de Mamoru. — A Sakamoto-san é uma atriz?
— Peço desculpas, agora noto que nunca nos apresentamos. — Sakamoto curvou o corpo. — Eu me chamo Nao Sakamoto, e só estou fazendo umas pontas em um drama. Na verdade, pode me chamar de Nao-san. Confesso que me sinto estranha porque nunca me chamam pelo sobrenome.
— Nao Sakamoto soa tão como o nome de uma atriz!

  Antes que houvesse chance para uma resposta, a porta do elevador abriu-se no hall dos elevadores do prédio. Mamoru saiu automaticamente, como se não fizesse parte do grupo, apenas para se lembrar de estar acompanhado com uma virada de cabeça repentina para aguardar as duas.

— Usagi-chan, não era? — Sakamoto... Nao perguntou após presenciar a cena. — O que acharia de nos acompanhar até o set de filmagem? Só não tem muito para ver do meu camarim.
— Sim! Eu aceito! Não tem problema nenhum!

  Sakamoto sorriu e desta vez parecia haver algo mais por trás do gesto.

— Com uma pequena condição — ela acrescentou, o indicador direito levantado.
— Qualquer coisa! Quer que eu faça o trabalho do Mamoru?
— De jeito nenhum, se for assim, é melhor ninguém ir — ele interveio, os olhos apenas parcialmente atentos aos táxis na rua. — Ela comeria a comida antes de chegar à mesa.
— Não era essa a tarefa que eu tinha em mente — Nao explicou divertida. Então, gesticulou na direção de Mamoru. — Gostaria que voltasse para casa com ele.
— Quê? — Usagi perguntou distante e aturdida.
— Tenho medo de ele decidir mudar de rumo pelo caminho e não ir descansar. Poderia se assegurar por mim de deixá-lo em casa, por favor?

  Usagi olhou Mamoru fazer sinal que Nao entrasse no táxi, e esta espichou a cabeça para fora.

— Vamos, Usagi-chan? Posso tentar conseguir o autógrafo de um rapaz do Johnny's que participa da filmagem. O que acha?
— Já tinha me ganhado quando disse camarim, Nao-san! — ela respondeu, pulando para o banco ao lado de Nao antes que Mamoru o fizesse.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Após depositar sua última ficha na máquina, Usagi inspirou fundo e retornou ao jogo. Antes houvesse calculado melhor seus gastos do dia, mas não ouvira que hoje apenas haveria aula até o almoço. Agora ela estava sem o que fazer e sem dinheiro para jogar mais até a hora da reunião convocada por Rei.

  Ademais, desde que conhecera pessoalmente a Sailor V, ou Sailor Venus, como ela dizia preferir, tornou-se difícil controlá-la ali na máquina. Ficava pensando como seria controlar um avatar de si mesma. Bem, com a fama que a Sailor Moon vinha alcançando, logo Usagi conheceria o exato sentimento. Por enquanto, restava-lhe imaginar e...

— Droga! — Bateu com os pulsos contra a barra de controle do videogame, as palavras de GAME OVER piscavam sadicamente com mais intensidade que o de sempre agora que não tinha fundos para comprar mais fichas. Ia chutar a máquina para descarregar a ira, mas ouviu a voz de Motoki conversando ao longe. — Salva pelo gongo — disse, dando leves palmadas no controle.

  Com as quase duas horas que ainda precisava enrolar até a reunião, poderia gastá-las fofocando com Motoki. Era sua intenção quando rumou ao balcão e lá também encontrou Mamoru.

  Juntou um pouco de força na mão e mirou no ombro dele.

— Ai! — Mamoru reclamou, o rosto contorcido sem ainda resquício de raiva.
— Então, não melhorou, é? — Embora não o tivesse atingido com força, estava arrependida.
— Com pancadas assim, não vai nunca — agora sim seu tom transparecia o aborrecimento.
— Melhorou o quê?

  Usagi e Mamoru voltaram-se para um Motoki confuso.

— Não foi nada — disse Mamoru.

  Mas Usagi já estava pronta para explicar:

— Ele caiu da moto. Olhe só, justo o certinho do Mamoru foi cair da moto e ralar o ombro. Anteontem tava sangrando a blusa dele toda.
— Mas não foi nada — ele insistiu por entre os dentes.

  Com a sobrancelha carregada, Motoki fitou o ombro em questão.

— Se é o que diz... — disse por fim.
— E você, por que tá me olhando? — Mamoru perguntou, afastando-se de Usagi.

  Ela não conteve o sorriso cheio de intenções.

— Sabe, a Nao-san disse que eu poderia visitar o set sempre que você fosse lá.
— Usagi-chan já conhece a Sakamoto-san? — Motoki perguntou com o tom misto entre divertido e curioso. Ele segurou um tecido do lado saudável de Mamoru e o balançou fazendo beiço. — Eu mesmo ainda não a vi. Fiquei com ciúmes, Mamoru-chan!
— É que ele quer a Nao-san só pra si. Mas a Nao-san conhece tanta gente bonita e famosa que nunca daria bola pra um pirralho desses. — Usagi gargalhou, dando um tapa nas costas de Mamoru. — Foi mal — disse ao percebê-lo se contrair de dor e recolheu a mão como se pudesse descartar a arma do crime.
— E ainda quer que eu te leve? — ele perguntou com a testa enrugada, os olhos quase saltando.
— Nossa, calma, calma... eu só esqueci.
— Ele vai buscá-la daqui a pouco — interrompeu Motoki, o olhar mandando uma mensagem de vingança para Mamoru, provavelmente ou por não lhe haver contado sobre o machucado ou por não lhe haver apresentado a Nao.

  Fosse qual fosse o motivo, o claro objetivo se concretizou. Mamoru parecia pronto a evaporar, tão quente parecia sua cabeça com aquela conversa.

— Mais um pouco, eu desisto e quero ver você arrumar outro assistente de confiança — Mamoru disse cruzando os braços.
— Um amigo teve que viajar a trabalho — Motoki explicou a Usagi. — E pedi ao Mamoru pra substituí-lo de assistente.
— E por que não me chamou? — Usagi perguntou francamente desapontada.
— Você é muito nova pra isso.
— E seria demitida no primeiro dia — acrescentou Mamoru, soando menos aborrecido. — Sem contar que ia se perder, quebrar os equipamentos, deixar o staff louco... E tire o cavalo da chuva, a Nao-san não conhece tanto assim os atores. A maior parte de suas cenas é com gente menos famosa que ela.

  Usagi deu de ombros.

— Aposto que ela conhece muita gente famosa, sim. A gente não a viu naquele dia com uma menina que tá no Harotsuka?
— Aquele musical? — perguntou Motoki curioso. — Tem tanta gente lá, ninguém é realmente famoso.
— Pra vocês, não é! — Usagi insistiu.
— Isso é fantasia sua — Mamoru disse ríspido, mas com uma nuance de escárnio. — Até eu te dizer, essa sua cabecinha de vento achava que ela era um homem. Não pôde dizer nem o sexo, imagine o nome ou o nível de fama.

  Ao ouvir sobre aquela confusão, Motoki não conteve um riso que durou por um tempo. Usagi encolheu-se envergonhada. Na verdade, havia esquecido que não passava de suposição sua aquela moça com a Nao ser do Harotsuka e não era um fato confirmado.

— É que elas são muitas... é difícil identificar na lata — argumentou com a voz baixa.
— E todas iguais — completou Mamoru em tom de quem concordava.

  Usagi estava já assentindo feliz por havê-lo convencido, quando notou o que ele realmente havia dito. Puniu-o com um pontapé.

— Peça um favor e chute a pessoa, é sempre um método eficaz — Mamoru comentou sem demonstrar haver sentido o golpe. Em vez disso, olhou para o relógio e estalou a língua. — Droga, tenho que ir ou não chego à casa dela na hora.

  Ele pegou a pasta que havia deixado sobre o balcão e se despediu de Motoki. Quando chegou à porta de entrada do salão, porém, voltou-se para trás e buscou Usagi com o olhar.

— Você não queria vir?
— Sim, sim, sim! — Usagi se juntou a ele, dando pulos literais tamanha sua empolgação.
— Vamos de trem até lá; pague sua passagem. E não perca tempo na bilheteria!
— Ai, que chatão que você é; eu tenho meu passe — disse, já revirando a bolsa da escola atrás de seu cartão.

  Se houvesse usado as moedas no bolso de seu uniforme, não teria percebido seu comunicador chamando...

— Droga... — resmungou para o maldito comunicado, sabendo que seu passeio nos sets do drama e seu encontro escrito nas estrelas com o ator principal, com quem ela viveria um lindo romance, teriam que esperar.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

— O que ele está olhando tanto, afinal? — Mars perguntou irritada, não pela primeira vez.

  Se havia algo que Usagi detestava mais que detenção e reuniões, era ter que batalhar youma. Acima de youma, ultimamente, encontrava-se aquela figura os observando com uma expressão entre atenta e entediada.

— Deve estar esperando aquele amigo da última vez — Jupiter comentou também atenta aos movimentos de Zoicite enquanto as quatro seguiam aplicando golpes no monstro que havia aparecido pouco antes da hora marcada para a reunião.

  Usagi bufou antes de lançar sua tiara sobre a criatura.

— Ele não vai cair, não?
— Tá atrasada pra ver novela, é? — Mars indagou em tom de implicância. — Esqueceu que ainda temos algo a conversar no templo?

  Sim, ela estava inquieta. Havia conseguido permissão de Mamoru para acompanhá-lo até a gravação e, quando estava pronta a segui-lo, Luna a chamara para aquela batalha. Ela nem sequer precisava estar ali, aquele monstro parecia o mesmo de sempre. Ademais, o último cristal arco-íris já havia sido encontrado.

— E se o atacarmos? — Usagi perguntou, repentinamente sua raiva estava direcionada a Zoicite. —Podíamos fazê-lo refém e exigir uma troca pelos cristais!

  A risada de Zoicite as interrompeu.

— Só suas ideias para me entreter, Sailor Moon — comentou ele divertido. Então, ergueu o braço e comandou o youma a atacá-las de novo. — Força total — disse tão firme que nem mais parecia a mesma pessoa falando.
— Pulem! — comandou Mercury com urgência, provavelmente após receber as leituras da energia do monstro em seu computador.

  O golpe pareceu seguir o previsto por Mercury, atingindo o chão e arrastando as pedras por mais de cem metros até atingir uma parede. Esta partiu para revelar alguém, até então protegido ali atrás.

  Não foi somente Usagi que observou aquela visão incrédula, mas era certamente a que mais duvidava do que estava à frente de seus olhos. De quem estava ali.

— N-Nao-san? — disse sem conseguir emitir som e lançou todo o corpo até ela, antes que Zoicite ou o youma acabassem por feri-la. Sua sorte já estava zerada por parecer ilesa depois daquele impacto.

  Mas todo o impulso para saltar até Nao voltou contra o corpo peludo do youma. Ele havia detido Usagi pela cintura, a enorme mão envolvendo suas costelas sem cautela alguma. Ela fechou os olhos de dor, apertando os dedos dele para escorregar por cima enquanto suas pernas dançavam no ar.

— Sailor Moon! — suas amigas gritaram.
— Ora, temos uma civil no meio do nosso parque de diversões? — ouviu Zoicite comentar, mas não conseguia virar o corpo para ver o que ele pretendia.

  Uma rosa cortou o ar, acertando o grosso pulso do youma, que ganiu. Usagi aproveitou a distração para saltar para longe, ajoelhando de dor sobre o terreno, mas livre.

— Tuxedo Kamen! — disse antes mesmo de localizá-lo.

  Por fim, encontrou-o ao lado de Nao, segurando-a para levá-la embora.

— Não tão cedo. — Zoicite conjurou um trio de farpas de gelo, arremessando-as contra o chão onde Tuxedo Kamen e Nao estavam antes de escaparem por pouco. — E sinceramente, não precisava ter demorado tanto se arrumando agora que nos conhecemos tão bem. — Ele sorriu malicioso, fazendo Usagi engolir em seco. — Quase perdeu o melhor da festa.

  Em seguida, ele saltou para o espaço à frente de seu youma e mostrou a palma da mão.

— Que tal ser um bom menino e me dar logo seus cristais?
— Temo que este nosso compromisso tenha que ser adiado mais uma vez — Tuxedo Kamen respondeu sem alterar sua expressão grave, a mão fixa sobre o ombro de Nao.

  Zoicite levantou o indicador e o balançou.

— Pra você me dar outro bolo? Vamos decidir isto aqui mesmo.

  Ainda sem compreender aquela conversa, Usagi percebeu o olhar de Tuxedo Kamen passar por ela e por suas amigas antes de voltar ao rival.

— Temos uma audiência grande demais. — Ele apontou para o youma, o qual aparentava estar congelado tão inerte restava desde que Zoicite entrara à sua frente.
Isto o assusta? Pode deixar, não faremos nenhum mal à sua amiguinha — disse, estalando um dedo.

  No instante seguinte, múltiplas pétalas circularam o youma, que pareceu duplicar de tamanho. E então rugiu, os olhos mais raivosos que antes encontraram os das amigas de Usagi e naquela direção ele avançou, e um golpe energia causado pela transformação do monstro as atingiu antes mesmo disso.

  Zoicite sorriu.

— Basta me manter ocupado agora. Preparado?

  Ele jogou todo o corpo na direção de Tuxedo Kamen, brilhava contra o sol uma adaga em sua mão, feita de um material semelhante a gelo.

— Nao-san! — Usagi gritou. Sem qualquer plano sobre o que fazer, pulou no meio da batalha e segurou Nao nos braços, puxando-a pela mão para o mais longe que as pernas de ambas aguentassem.

  Um lado de sua barriga doía mediante o esforço repentino e, mais de uma vez, ela havia pisado errado, mas precisava afastar Nao até onde ela própria pudesse fugir em segurança. Atrás de si, sentiu o impacto contra o ar provocado por algum golpe de Zoicite.

  Olhou preocupada para Nao, mas esta assentiu de volta com confiança embora a expressão contraída dissesse o oposto. Usagi tentou apertar o passo, mas continuavam em campo aberto, alvos fáceis para Zoicite e suas criaturas. Agora que pensava melhor, deveria ter escolhido outra direção, talvez àquela altura já houvessem adentrado alguma rua entre os prédios.

— Nao-san, sinto muito... — disse antes de virar para a esquerda. Ainda dava tempo de corrigir, repetia em sua mente. Ainda dava tempo de afastar Nao. — Só mais um pouco — acrescentou ao perceber que a estava puxando cada vez mais.

  Mas chocou-se contra uma parede e as duas caíram. Usagi olhou de volta desnorteada. Não havia parede alguma à frente, mas havia sentido algo ali.

— O que houve? — Nao perguntou, tentando se reerguer.
— Eu só não achei nada legal esse pique-pega que vocês decidiram jogar. — Um homem apareceu onde a suposta parede invisível estava.

  Olhando para trás, onde Tuxedo Kamen e suas amigas pareciam ocupados demais até para verem que ela não havia escapado, Usagi sentiu a garganta seca.

— Você é—
— Kunzite. — O homem curvou com exagero. — Creio que já nos encontramos faz pouco tempo.
— Vocês já têm os cristais, o que mais querem? — ela demandou, lutando contra o desespero ameaçando afogá-la. Quando apenas recebeu um sorriso de escárnio — um que a fazia pensar em como nunca mais deveria chamar assim os de Mamoru —, Usagi mudou de estratégia e fez um sinal com a cabeça para Nao. — Deixe-a ir. Ela não tem nada a ver com nossa luta. Só estava no lugar errado!

  Pelo olhar de Kunzite, percebeu que era a primeira vez que ele se dava conta da presença de mais uma pessoa ali. Ele a estudou por mais um momento antes de voltar-se para Usagi.

— Não tenho nada com ela. — Mas uma espada havia surgido em sua mão, que agora a erguia com a lâmina na direção das duas. — Ela pode tentar fugir enquanto acabo com você, Sailor Moon.

  A espada baixou tão rápido — ou talvez fosse ela quem estivesse mais devagar tão cansada se sentia — que Usagi pôde apenas virar o corpo para proteger Nao e fechar os olhos.

  Quando os abriu novamente, novo milagre havia acontecido e algo acabara de laçar a espada de Kunzite, segurando-a firme como se a pessoa brincasse de cabo de guerra com ele. O próprio Kunzite chegou a olhar confuso para onde Tuxedo Kamen ainda lutava corpo a corpo com Zoicite e também para o youma, que seguia ocupado com as demais sailor senshi.

— A idade o deixou bem enferrujado, né? — perguntou a recém-chegada. Sailor Venus estalou a língua várias vezes. Então, gritou para Usagi com um tom nada parecido com o anterior: — Sailor Moon, fuja!

  Usagi pegou o braço de Nao novamente e voltou a correr para os prédios. Desta vez, viu claramente o que a detivera quando a espada de gelo de Zoicite voou bem perto de seu nariz. O mesmo apareceu e a puxou com força, segurando-a com a mão em seu pescoço enquanto usava a outra para chamar sua arma de volta.

— Cansei desta brincadeira. Hora de me passar os cristais, Tuxedo Kamen. — A lâmina passou rente ao pescoço de Usagi.
— Nao-san, cuidem da Nao-san! — ela gritou sem nem saber se haveria qualquer pessoa para atendê-la.

  Abriu os olhos, que nem notara haver apertado até ver pontinhos brilhantes na escuridão, e notou que suas amigas haviam chegado enfim.

— A Nao-san! — repetiu.
— M-mas... — Jupiter ainda argumentou.

  Contudo, foi Zoicite quem complementou o ponto de Usagi, lançando farpas de gelo na direção de Nao assim que entendeu de que se tratava o assunto.

— Vão pegar — disse ele como se tivesse acabado de arremessar uma bola para o cachorro.
— Droga! — Usagi ouviu Mars esbravejar antes de pedir ajuda para cumprir com o pedido.
— Voltaremos logo, Sailor Moon! — disse Mercury, apontando na direção que seu computador parecia exibir.
— Que bom... — O alívio de Usagi durou até a sensação da lâmina contra sua garganta tornar real. — O que quer fazer? — perguntou a Zoicite, seus olhos sem encontrar Tuxedo Kamen em lugar algum. — Ele já foi embora.
— Duvido! — Zoicite gargalhou e então chamou em voz alta. — Tuxedo Kamen, pare de blefar. Não vou me distrair, nem adianta. Sei que não fugiria. Porque agora sei quem você. Um simples homem. Nada mais que um verme de um homem que se importa sim com o que acontece a qualquer outro homem. — A lâmina se aproximou mais e Usagi sabia que já havia a arranhado embora superficialmente. — Principalmente com o que pode acontecer a esta aqui. Cansei! — Zoicite afastou a espada para tomar impulso.

  O laço de Sailor Venus salvou Usagi pela segunda vez, chicoteando contra o braço de Zoicite. Contudo, Kunzite pareceu recuperar a vantagem na batalha e derrubou Venus antes que pudesse interferir mais.

  A distração, todavia, pareceu funcionar para o plano de Tuxedo Kamen. Uma chuva de rosas afastou Zoicite ainda mais de Usagi, agora salva nos braços de Tuxedo Kamen. Ele correu a segurando, mas Zoicite já os seguia.

— Não me importa o quão covarde seja! — gritava ele raivoso. — Vou arrancar os cristais de você esta noite!

  Gentilmente devolvida ao chão, Usagi sentiu Tuxedo Kamen prender momentaneamente a respiração. Ele não reagiu mais que isso, continuando a corrida para salvá-la.

— Pra que fugir? Enfrente-me! — ainda gritou Zoicite. Usagi espiou sobre o ombro de Tuxedo Kamen e notou que ele havia parado de segui-los. — Fuja para onde quiser, pois eu vou encontrá-lo, Mamoru Chiba!

  Sabia não haver entendido errado, mas Usagi ainda torcia para o errado ser aquele general do Dark Kingdom. Afinal, ele não podia estar certo. Todavia, a expressão de Tuxedo Kamen em nada se assemelhava a alguém que acabara de ouvir um absurdo como aquele.

  Na verdade, a expressão que Usagi encontrou ao encarar Tuxedo Kamen era... de Mamoru Chiba.

Continuará...

Anita, 03/05/2015

Notas da Autora:

Comecei esta fic faz tanto tempo, nem acredito! E só agora estou revisando... sinto muito...

Retorno com uma fic de Sailor Moon bambeando entre meu estilo mais básico e algo um pouco diferente do que já fiz. Não sei se é fato estranho a algum fã, mas a Naoko Takeuchi (a mangaka, lembra?) é muitíssimo, ou era, do Takarazuka Revue. Não é por isso que eu quis fazer esta minha versão do Takarazuka, mas o fato de tanto a Usagi quanto a Rei parecerem ser fãs também foi o que me inspirou. Por um tempo montei esta fic usando o próprio Takarazuka. Mas depois de consultar várias pessoas, acabei concluindo ser melhor criar uma versão simplificada. Até porque, se é pra eu sair explicando detalhe e detalhe, que eu fizesse algo novo para quem já conhecesse, né? Além do mais, se algum dia esta fic respirar os ares do FFN, é muito melhor que não haja qualquer perigo de eu ser acusada de fic com pessoas reais.

Além de minhas expectativas, foi ainda mais legal ver a interação da Usagi com o Mamoru numa circunstância um pouco diferente da minha de costume. Espero que gostem do que está vindo pela frente! A participação das senshi não será muito relevante, abrindo espaço para este ou aquele personagem original, e o foco estará como sempre nos meus amados UsaMamo. *_* (e na Usagi dando uma de fangirl xD ADORO ISSO!!)

Tirando isso, que todos tenham um Feliz Natal! Aguardo comentários enquanto vocês esperam eu terminar de aprontar o capítulo 2. 

E até a próxima!

2 comentários:

  1. JÁ ESTOU AMANDO TUDO!
    Não sei nem o que dizer do que eu gostei mais, mas já aprovei essa ideia de juntar duas coisas que você gosta numa só, tenho certeza que será uma ótima receita pro sucesso!
    Amei o começo, estar de volta na cabeça doida da Usagi, como eu adoro essa menina, morro de rir com as viagens, pequanas piadinhas, pedaços da personalidade dela que eu sempre me admiro em quão bem você consegue pegar.
    E O QUE FOI ESSA LUTA!!!! VIBREI AQUI!
    Você pode dizer talvez que não, mas eu me acabei com as pessoas flertando no meio do fogo cruzado. As pessoas não tem vergonha na cara mesmo! HAHAHA
    Começando por "não precisava ter demorado tanto se arrumando agora que nos conhecemos tão bem." Zoi, não digo isso com a frequência que deveria, mas te amo!
    Mesmo que depois ele tenha ficado abusado demais, kirido você tá falando com seu Master, prestenção na sua vida!
    Mas eu sendo eu não vou mentir, minha parte preferida foi a venus chamando o Kunzite de velho mesmo HAHAHAHAHAHA e amei o cuidado que vocÊ teve com a caracterização dela, flertar com o boy sim, mas a princesa salva em primeiro, segundo e terceiro lugar!
    V <3 <3 <3
    E que revelação foi essa???!!! Aposto que ela vai usar o segredo como moeda de troca pra continuar ajudando ele no trabalho civil ou coisa do tipo, já que é algo bem irresponsável, mas bem Usagi de se fazer HAHAHAHAHA.
    Amei tudo. Mal posso esperar pelo próximo capítulo <3 <3

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    Respostas
    1. Muito muito muito obrigada por comentar!! Como pode ver, você foi a primeira (e por enquanto a única :x). Essa minha ideia de juntar sailor moon com Takarazuka era bem antiga e eu a cada hora fui mudando como. Mas mesmo de usar assim personagens originais como atrizes de lá eu até já tinha pensado e fui mudando várias vezes de ideia até que um dia não me segurei mais. Tomara que goste de como ficou porque...... realmente vai ter bastante do "Harotsuka" xD Eu me segurei até notar que não adiantava mais, e aí.... a coisa se perdeu, hihihi.

      Sobre a cena final com a luta, não posso negar mesmo que deixei uns fanservices aqui e ali. Eu não resiiisto! E nossa ouvir você falando isso da minha Venus é quase receber um selo de qualidade, tô muito feliz!! ♥

      Não sei quando vou terminar de revisar o próximo capítulo, mas espero que logo, de preferência ainda este ano. Aguardarei ansiosa suas impressões sobre ele *___*

      Beijosss

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