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[Sailor Moon] Na Cabeça, No Coração - Capítulo 6, escrita por Anita

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Título: Na Cabeça, No Coração
Autora: Anita
Fandom: Sailor Moon
Gênero: Comédia romântica
Classificação: 12 anos
Status: em andamento
Resumo: Tsukino Usagi / Chiba Mamoru. Usagi percebe que Mamoru está ferido no ombro, tal como aquela pessoa se ferira no dia em que Sailor Venus apareceu. Mais tarde, ouve da boca de Zoisite uma confirmação. E agora os dois precisam cooperar para salvar de uma ameaça misteriosa uma famosa trupe de teatro, que Usagi muito admira.

Notas Iniciais:
Esta história apresenta uma trupe fictícia chamada Harotsuka, qualquer fato relatado é pura ficção, mas eu me inspirei em um grupo especializado em musicais que realmente existe chamado Takarazuka Kagekidan. Por outro lado, os dados fornecidos não serão fidedignos. Afinal, o grupo é meu e eu faço o que quero!
E Sailor Moon não me pertence, não lucro nadinha com isto. Vale ao menos um comentário, né???


Olho Azul Apresenta:
Na Cabeça,
No Coração


Capítulo 6 — Aflição

  Com diligência, Mamoru varreu todos os cacos de vidro da televisão, da mesa, de dois porta-retratos, de um vaso ou qualquer coisa semelhante, pois Usagi não encontrou nenhuma planta ali, e de incontáveis copos e pratos. Era o maior estrago que ela já havia presenciado dentro da casa de alguém. Fosse o quarto dela, provavelmente estaria chorando todo o perdido em vez de devolver a seu lugar aquilo que apenas estava deslocado.

— Tem certeza de que não quer ajuda? — ela insistiu.
— Já estou terminando.

  Viu-o abaixar-se de novo para juntar os últimos cacos sobre a pá, um pó cristalino que ela mal enxergava embora sentasse tão próxima.

  Ele a havia abraçado mais cedo. Seu apartamento destruído àquele ponto, e Mamoru havia corrido para abraçá-la à asfixia por um longo tempo. Após o choque inicial e o incômodo da sensação desconhecida, Usagi começou a pensar demais. Em como ele era forte — não que conhecesse frequentemente como era o abraço de um homem para lembrar e comparar —, em como ele era quente, em como ele tremia, em como fazia seu coração bater incerto, se feliz ou se esmagado pelo desespero que o abraço lhe transmitia.

  Desespero... os olhos vermelhos que a encararam quando Mamoru a soltou. Soltar era um verbo repentino demais, pois Usagi sentiu-se deslizada para longe.

— Acho que terminei, pode andar se quiser — ele disse, levantando-se do chão e reunindo os dois sacos de lixo. — Bem, ainda tem a televisão. Mas com ela nesse estado... — Ele parou de falar, seu rosto focando-se em algo além da carcaça do aparelho. — Já está tarde, é melhor eu andar contigo até sua casa. — Olhou para o relógio no pulso. — São mais de nove da noite... devíamos ter feito isso primeiro.
— É você quem tem que ir — Usagi disse, sua voz um pouco rouca. — Aquele homem vai voltar agora que sabe onde mora.

  Mamoru balançou a cabeça.

— Ele já sabia antes. Creio que não vá tentar mais nada assim, já que não funcionou.
— Se isso em Harotsuka é culpa do Dark Kingdom tá aí porque andaram um pouco ocupados.
— Mais um motivo por que você precisa voltar pra casa. Zoicite pareceu tão obcecado comigo que não a percebeu desta vez, mas na próxima...
— Agora você está sendo o cabeça de vento aqui. — Usagi levantou-se do sofá, o barulho estranho de seu sapato contra a madeira do chão ecoava pelo apartamento esvaziado. — É você quem ele quer. Eu não tenho cristal nenhum. Vai só ficar deitado esperando? Não é por menos que anda com essas olheiras. Nem eu dormiria assim... e olha que meu sono é bem pouco voluntário.

  Assentindo, Mamoru recolheu os sacos e pegou suas chaves.

— Vamos — disse, apontando para a saída. — Eu parto pra Kansai amanhã, e Zoicite já fez a festa dele por hoje. É só uma noite.
— Tá decidido! — Usagi sorriu com orgulho da própria ideia. — Faça suas malas, que você vem comigo.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Após deixarem os sacos de lixo nos fundos do prédio de Mamoru, no local designado para a coleta seletiva, Usagi passou a detalhar instruções de como chegar à sua casa.

  Mal haviam chegado à primeira esquina quando ele parou de andar.

— Melhor eu só ficar em algum hotel perto da estação. Sabe, me levando será toda sua família em perigo.

  Entendendo que havia lógica naquelas palavras, Usagi tentou sopesar o correto a fazer. Mamoru poderia ser o Tuxedo Kamen, mas este nunca demonstrarem ter poderes muito extraordinários. Seu raciocínio, seus reflexos eram acima do padrão, mas, em matéria de poderes, uma rosa ou mil não se mostravam úteis por si próprias. Não que ela fosse expor assim essa desconfiança, mas ele não podia nunca ter parado para medir suas limitações, né? Mamoru era a pessoa mais crítica que já conhecera.

— Sailor Moon tá sempre de olho lá em casa — disse ela, piscando de leve para comprovar como confiava naquelas palavras.
Sempre é um exagero e basta um minuto para Zoicite... — Mamoru parou, desistindo do que iria falar e disse: — Com que desculpa vai me explicar pros seus pais, hein?
— Meu pai vai trabalhar até bem tarde hoje, sextas às vezes são assim. É só minha mãe, e você a convence com um sorriso simpático. Eu te ensino no caminho. — Mostrou a língua.

  Após mais alguns quarteirões, eles alcançaram a parte residencial do bairro e, enfim, a casa de Usagi, já com as luzes do andar inferior apagadas.

  Estranhando sua mãe não estar assistindo novela na sala, Usagi entrou cautelosa. Havia se esquecido de avisar que chegaria tarde, mas desde seu novo trabalho de meio período combatendo o mal, o comportamento já se tornara um hábito. Não estaria em maus lençóis justo hoje que precisava da boa vontade dela, né?

— Mãe? — chamou, escapando-lhe uma nuance de histeria ao final da palavra. — Acabei de chegar...
— Tá descansando! — ouviu seu irmão gritar do andar de cima. Ele nem se dera ao trabalho de sair do quarto. — Ela tá gripada e descansando, você que se vire!
— Valeu pelo amor fraternal, também senti sua falta, irmãozinho! — ela respondeu, o rosto queimando por Mamoru haver presenciado mais um aspecto falho de sua vida, quando seu próprio irmão mais novo não lhe oferecia nem as boas-vindas.

  Espiou pelo canto do olho que Mamoru não pareceu se importar, nem mesmo rir. Em vez disso, percebeu-o mexer os pés.

— Você realmente não deve perturbar sua mãe com um estranho. — Ele ameaçou virar o corpo em direção à saída.

  Agindo rápido, Usagi segurou-lhe o pulso com firmeza.

— Vamos só comer primeiro, porque faz horas... parece é que faz anos desde aquele seu almoço. E até onde me lembro, eu já estava mesmo te devendo uma janta, né?

  Mamoru suspirou, não aparentando qualquer ânimo com a oferta de comida. Contudo, ele acatou com a cabeça e começou a retirar os sapatos. Era difícil não sorrir com aquela pequena vitória contornando a óbvia vontade dele de fugir dali.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Após deixar a louça que sujaram para Mamoru lavar — nada mais justo quando ela havia se dado ao trabalho de fazer uma sopa de missô e ainda servido a mesa para ele, pois sua mãe apenas deixara pronto o que ela e seu irmão comeriam —, Usagi escapou da cozinha até um canto distante da casa para se comunicar com as amigas. Sua única missão de relatar a Yuuki e a Nao sobre a ida das senshi até Harotsuka havia ficado pela metade e não era bem o fracasso que a preocupava.

O que faremos agora? — indagou Rei, já com sua roupa de dormir e o cabelo preso no alto da cabeça. Devia estar estudando. — Não é uma ideia legal invadirmos lá às escuras.
— Mas eu já falei com a Yuuki-san! — Usagi a interrompeu com o tom choroso. — Ela até disse que podíamos todas ficar lá se não nos incomodássemos de nos apertar no quarto extra.
Claro, lembre-me de levar meu diário para todas ficarmos brincando de fazer penteados até tarde. — Ouviu Rei bufar. — Tá pensando em ficarmos todos os dias vestidas de uniforme, é?

  Dando uma risada nervosa por não haver pensado naquele detalhe, Usagi percebeu uma torrente de outras falhas na sua comunicação com Yuuki. Podia ter aproveitado a mensagem para perguntar se Nao a visitara nos bastidores e tirar da mente uma preocupação. Podia também ter perguntado se Mamoru poderia dormir no sofá da sala ou algo assim, seria outra preocupação de que se livraria.

  Quais as chances de ele fornecer o endereço do hotel onde pretendia se hospedar? Talvez pudesse prometer falar com a Sailor Moon de novo, a mesma que nem o visitara quando estavam em Tóquio iria adorar ter o trabalho de viajar para o Oeste e encontrá-lo em seu quarto... Até Usagi podia ver que a história não iria funcionar.

Você ouviu, Usagi? — Rei a chamou pelo comunicador, provavelmente depois de um longo discurso o qual ela não havia nem notado. — Disse pra cancelar logo com essa Yuuki e combinar encontrá-la assim que chegarmos. Avise para preparar tudo o que puder sobre esse coreógrafo.

  Ela assentiu ao comando, já delineando uma alternativa.

Bem, vou contar às outras. Saímos amanhã de tarde — disse Rei antes de desligar.

  Talvez Usagi devesse ter avisado logo que não as acompanharia. Mamoru comentara pretender viajar no primeiro trem bala para o Oeste, e era nesse que ela queria embarcar. Também não fazia sentido cancelar com Yuuki, bastava avisar a mudança de planos e perguntar se Mamoru e ela — não Sailor Moon — poderiam aceitar a oferta.

  Bem, mandaria mensagem depois de acertar aqueles detalhes, que Rei não teria como convencê-la do contrário.

— Usagi?

  Virou-se para encontrar Mamoru na saída da cozinha, observando-a incerto.

— Eu já estou indo — ele disse. Caminhou até onde deixara sua bolsa de viagem, mas ela o alcançou antes que se abaixasse para pegá-la.
— Olha, eu tava aqui falando para a Sailor Moon que também ia para Kansai, que ela não se preocupasse, pois você estaria contigo. — Considerou completar o teatro, dizendo estar com medo de passar a noite sozinha, mas um flash de lembrança passou por seus olhos.

  A expressão de Mamoru quando a abraçara. Era para ele estar tão bravo por ela esperar tanto tempo para dizer estar bem, mas rancor nem parecia ter passado por sua mente...

— Seu pai vai chamar a polícia só de me ver aqui a esta hora da noite. — Ele apontou para o relógio na parede da sala; passava das dez e meia.
— É, por isso é melhor corrermos logo lá pra cima — disse apressada, não se dera conta de já ser tão tarde.

  Mamoru entortou a cabeça, as sobrancelhas juntas. Em vez de perder mais tempo explicando, Usagi puxou-lhe o pulso em direção à escada.

— Vem, vem. Vamos subir!

  Ele não fez muita força para resistir enquanto ela o guiava até o quarto, talvez apenas para evitar serem ouvidos pela mãe e o irmão. Tão logo Usagi fechou a porta — seria bom se tivesse uma chave para trancar por precaução —, ele soltou o fôlego e a encarou como se houvesse perdido o juízo.

— Que foi? — Usagi fingiu não compreender a reação. — Ficou com medo de eu atacá-lo durante à noite. — Ela ofereceu um sorriso pouco angelical, mas logo perdeu a personagem e começou a gargalhar de leve, como se alguém lhe estivesse fazendo cócegas. — Meus pais não vão realmente entrar aqui até ser hora de me acordar pra escola. E adivinha: amanhã não tenho aula.
— E o Zoicite? — Como se a desafiasse, Mamoru cruzou os braços.
— Sailor Moon chega em segundos! — respondeu confiante. Afinal, somente demoraria o tempo de ela escapar para o corredor e se transformar.

  Quando Mamoru começou a balançar a cabeça, ela correu para seu armário e retirou um futon para quando as amigas dormiam ali. Provavelmente, aquele seria o primeiro homem que deitaria sobre ele, mas não era como se não coubesse.

— É só uma noite — disse com o tom de quem já havia se cansado de uma discussão boba.

  Sabia que Mamoru tinha toda a razão de recusar. Sabia que estaria em problemas caso a mãe, sentindo-se melhor, viesse lhe dar boa noite. Sabia que ela própria não dormiria com seu coração acelerando à medida que a cama de sua visita ficava pronta.

  E por que ele estava tão quieto? Era mais fácil construir um caso em que os argumentos eram falados e não enviados por mensagem telepática enquanto Mamoru não tirava os olhos do futon.

— Só uma noite — ela se forçou a repetir. Da forma como o dizia, lembrava a mãe que tentava fazer o filho parar de chorar por causa de um monstro debaixo da cama. Com esse pensamento, decidiu acrescentar: — Eu ficaria muito mais tranquila dormindo com você aqui.

  Péssima ideia! Usagi precisava anotar que advocacia também não seria um bom plano de carreira para ela se sua concepção de uma defesa de ouro era usar uma frase tão embaraçosa.

— É só uma noite! — novamente afirmou, esperando que Mamoru não houvesse prestado atenção.
— Ainda é uma péssima ideia.

  Apesar daquelas palavras, ele ajoelhou-se sobre o piso, sentando sobre as pernas, em posição de seiza, e curvou o corpo de maneira solene.

— Agradeço sua oferta. Espero não causar problemas.

  Usagi sorriu e por pouco não conteve o impulso de abraçá-lo para comemorar aquela sua vitória. Quem diria que o dissuadiria assim? Resignando-o a um plano que até ela sabia ser doido?

— Que bom! — disse ela, no lugar. O alívio parecia transmitir-se em seu tom, pois Mamoru lhe sorriu de volta e deixou seu corpo relaxar da seiza até sentar-se ao chão.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Sentia-se um pouco culpada por suas amigas não ganharem o mesmo privilégio, mas era um alívio ter recebido uma mensagem de Yuuki Tatsu informando que ela arcaria com as despesas de sua viagem e de Mamoru — ele recusou logo que voltara do banho e ouvira o conteúdo da mensagem —, que os dois poderiam ficar quanto tempo quisessem em seu apartamento — ele também iria recusar essa parte, mas considerou melhor e pediu a Usagi que agradecesse a gentileza.

  Antes do amanhecer, quando céu ainda estava uma mescla de rosa e azul, Usagi sentiu movimento em seu quarto. Ao acordar — mais de duas horas depois, porque quem teria forças para conferir se algum ser de origem incerta como Zoicite tinha invadido quando ela parecia muito bem em sua cama e não havia sequer o som de vidro quebrando —, o futon onde Mamoru dormira estava enrolado em um canto do quarto junto às roupas de cama que utilizara.

  Medroso... nem quis arriscar um encontro com seu pai.

  Encontraram-se na estação de trem-bala e viajaram em silêncio até Osaka. Não era natural para Usagi não dizer nada, mas, além de ser muito cedo para palavras, ela não sabia sobre o que conversar. Tinha consciência de que a situação incomodava Mamoru, sentia-o inquieto a seu lado, observando-a pelo canto dos olhos.

— A Tatsu-san deixou o endereço dela? — Ele abriu um livro, que ela reconhecia ser o mesmo que carregaram por Osaka quando lá estiveram antes. — É melhor vermos logo o melhor caminho.
— Ela pediu pra alguém nos buscar. Alguém do fã-clube? Algo assim. — Usagi pensou em conferir a mensagem quando Mamoru comentou com um riso:
— Esses fã-clubes delas são meio estranhos, né? Nao-san também podia contar com as fãs pra tudo que quisesse. Mesmo se não quisesse realmente. Ela achava que parariam quando saísse lá do Harotsuka, mas só diminuiu um pouco se bem entendi.

  Usagi também riu, a tensão de antes um pouco menor.

— Soube de algo assim — disse a Mamoru.

  Quando chegaram à estação de Osaka, lá estava uma senhora de uns trinta e poucos anos, um pouco baixa e acima do peso, os óculos com uma armação grossa não pareciam ser de grau. Ela se apresentou como vice-presidente do fã-clube e ofereceu um almoço a eles, já que era quase o meio do dia. Após recusarem a gentileza, seguiram ao carro da senhora — um bem caro para a surpresa de Usagi — e pouco tempo depois foram deixados no apartamento.

— Têm certeza de que não desejam almoçar? — Ela os olhou maternalmente, como se também dissesse que já era meio-dia e que deviam estar com fome.

  Usagi estava pronta a aceitar — arrependera-se no caminho de não o ter feito da primeira vez —, mas Mamoru adiantou-se com um gesto de mão.

— Estaremos bem, agradecemos — ele disse sem se importar com a consequente pisada que ganhara no pé. — Mas está mesmo tudo bem eu ficar aqui? Pelo que ouvi do Harotsuka, as regras sobre homens são bem rígidas e não gostaria de causar problemas à Tatsu-san.

  De onde ele teria ouvido tanta informação? Usagi de repente concluiu como era óbvio que Mamoru houvesse estudado melhor sobre os costumes da trupe desde a outra visita.

  Com as sobrancelhas contraídas ao ouvir a pergunta, a mulher lançou um olhar confuso para Usagi, como se a apontasse. Estava pronta para negar aquele engano, quando Mamoru adiantou-se mais uma vez.

— Ah, que bom que não há problema. — Ele riu de leve, sem qualquer pressa para corrigir nada.

  Ele realmente não ia corrigir o mal-entendido?

  Usagi viu-o andar até a porta com a mulher, agradecer por tudo e deixá-la sair. Sem qualquer menção de como eles dois não tinham qualquer envolvimento, muito menos um caso amoroso. Ela conteve o impulso de correr atrás para explicar, mas não o de atirar sobre ele seu chinelo de visitas.

— Que foi isso? — ele perguntou irritado.
— Eu que pergunto; ela tá achando que somos dois namoradinhos numa viagem romântica! — Era possível ele não ter notado como a senhora insinuara para os dois, né? — Pera, até a Yuuki-san pode tá pensando isso!

  Jogando de volta o chinelo — e fazendo-o pousar perfeita e suavemente sobre o chão à frente do pé descalço de Usagi — Mamoru cedeu:

— Esclarecemos assim que ela voltar. Mais importante que isso é: o que ela te disse sobre a Nao-san?

  Usagi deu-se um tapa na testa.

— Ainda não perguntei — confessou.
— Você vem de Tóquio procurá-la quando podia só ter mandado uma mensagem de celular?
— Não vim pra isso — disse com as palavras abafadas. — E a Yuuki-san está agora lá no teatro, estreando uma peça. Como posso fazer isso?
— Pergunte logo! — ele ordenou antes de voltar-se para onde deixara sua bolsa.

  Enquanto procurava a forma mais casual de perguntar sobre Nao, Usagi viu-o revirar o conteúdo de sua bagagem até retirar uma pasta. Os documentos da noite anterior.

— Enquanto isso, vamos visitar os pais dela — ele explicou, puxando uma folha de papel de sua agenda e uma caneta para copiar o endereço.

  Usagi não conteve o riso ao vê-lo abrir de novo o guia turístico e buscar um mapa com estações. Estava feliz de ter decidido vir com Mamoru, apesar das ameaças de expulsá-la do grupo que Rei lhe havia feito ao saber disso. E da bronca que Luna lhe dera por havê-la trancado fora do quarto na noite anterior. E da que levaria por tudo o mais que estava aprontando.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Após deixar a casa dos pais de Nao com uma resposta negativa, Usagi abriu seu celular e procurou-a em sua lista de chamadas recentes. Talvez ela estivesse bebendo todas com as amigas e só havia acordado agora no chão da casa de alguém. Acontecia muito em filmes, e Nao era uma adulta, podia se dar ao luxo de participar de uma festa assim.

  O nome de Yuuki Tatsu piscou na tela. Usagi aceitou a chamada, cruzando os dedos da mão livre para ela estar ligando porque havia recebido a mensagem que Mamoru lhe forçara a mandar antes. Yuuki lhe diria que Nao estava de ressaca na casa da Erika, ou algo parecido.

— Como assim onde está a Nao-san!? — Em vez de alô, uma ligação que começava com uma pergunta dessas não ajudava o otimismo de Usagi.
— Eu... — Mentalmente, tentou montar uma explicação fácil.

  Noites atrás, Yuuki havia aparecido em sua casa porque ouvira de tudo por Erika, a amiga em comum entre Nao e ela. Em momento algum, mencionara ter conhecimento de qualquer outra genie estar envolvida com o plano. Por onde começar?

Usagi-chan, por favor. — Mesmo do outro lado linha, era possível ouvir Yuuki respirar ofegante. Que situação estaria ocorrendo nos bastidores do teatro naquele momento? — Agora me diga por que está perguntando pra mim se tenho notícias da Nao-san.
— A Erika-san... — começou a dizer, mas ainda não formulara a melhor abordagem.

  Nao havia deixado implícito que não queria se envolver diretamente, mas por que desconfiar de Yuuki? Então, uma ideia lhe ocorreu: bastava repassar a responsabilidade. Devia estar sorrindo estranho, porque Mamoru a olhou com a sobrancelha levantada e esticou a cabeça em sua direção, tentando ouvir a chamada.

  Usagi deu-lhe as costas e perguntou a Yuuki:

— Será que eu poderia falar com a Erika-san?

  Silêncio. Um estalo de língua? Ou apenas uma pequena interferência? Outro estalo mais nítido.

— Ela não ouviu nada da Nao-san. Nem pelo celular conseguimos falar com ela. — Yuuki pareceu aspirar ar lentamente. — Agora me diga por que me mandou aquela mensagem, por favor.
— Não é nada assim. — Usagi forçou um riso contido. E parou logo porque podia ouvir na própria voz um resquício de histeria. — É que o Mamoru estava me perguntando se tenho falado com ela. Só isso. Como vocês duas são genies e pareceram próximas...
Eu estou no intervalo do musical.
— Oh, volte lá! Volte!
Usagi-chan...
— Tenha um bom resto de musical! — E desligou, mesmo sabendo que Yuuki ainda não estava se despedindo.

  A expressão de Mamoru quando Usagi tornou a prestar atenção a seu redor era ainda mais desanimadora que as notícias que ouvira.

— Acho que a Erika-san também não sabe de nada.
— Eu ouvi — disse ele.
— Mas se bem pesquisei, as duas são bem afastadas. Tipo, milhares de anos entre uma turma e outra. Isso é grande coisa lá.
— Mas a Tatsu-san soou preocupada para quem nem sabe que a Nao-san está envolvida.

  Queria pedir que Mamoru não declarasse algo tão óbvio.

— Ela deve ser uma pessoa muito preocupada, né? — Usagi disse. — Eu realmente não disse nada na mensagem. Só perguntei se, por um acaso, ela tinha notícias da Nao-san. Sabe, eu podia ser só uma fã comum querendo saber do meu ídolo.

  Mamoru devolveu-lhe um olhar silente por um momento e então riu. Nenhuma nuance de tensão. Na verdade, era um riso levemente irônico, de quem havia compreendido.

— Que foi? — Usagi indagou, cansada demais para interpretar piadas.
— Desculpa. — Ele limpou a garganta e pegou de novo seu guia turístico. — Só estava aqui pensando comigo. — E seguiu a caminhada deles de volta à estação de trem.
— Se tá rindo de mim por algum motivo, e eu sei que tá, vai ter que me pagar o almoço.
— Você nunca paga sua própria comida, não?
— Eu te alimentei ontem, né? Lembra? Dei casa e comida. E comida da minha mãe, não essas aí de rua. Hora de me retribuir.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Ao retornarem ao apartamento, Mamoru pegou a chave que a fã e secretária de Yuuki havia deixado com eles e pôs na fechadura. Ao girá-la, contudo, suas sobrancelhas se contraíram e seus olhos voaram até a janela fosca de Yuuki.

— Não abre? — Usagi perguntou. Havia aproveitado que o convencera a pagar e comera o bastante para o lanche da tarde, não sabia se estava em condições físicas de quebrar uma janela e entrar por ela.
— Pelo contrário — ele disse bem baixo, forçando-a a invadir o espaço pessoal de Mamoru. Ele não demonstrou importar-se, ouvindo atentamente... o silêncio?
— Que houv... — Usagi sentiu dois dedos cobrirem seus lábios. Aquilo não era nenhum beijo, mas a sensação de toque sobre o local a fez sentir-se um formigamento.
— Eu tinha trancado, virei duas vezes a chave. Mas a porta tá aberta.
— Ora, pode ser alguma das fãs doidas limpando a casa dela! — sugeriu apenas para receber agora a mão inteira dele sobre sua boca.

  Agora sim Usagi pôde distinguir sons. Fã, ladrão ou maníaco do Dark Kingdom, alguém estava do lado de dentro, como Mamoru temia. Olhou-o com desespero por um plano e começou a desenhar rotas de onde se esconderia para uma transformação.

  A porta escancarou-se sobre os dois, como se saltando de onde estava presa.

— Usagi-chan! Bem que ouvi vozes! — Yuuki pulou do interior do apartamento e a segurou pelos ombros. Seus olhos escuros estavam minúsculos enquanto buscava os dela. — Você já encontrou a Nao-san, né? Né?

  Havia um ensaio de lágrimas ali. Usagi teve que engolir seco antes de falar, mas acabou só balançando a cabeça.

  Mamoru guiou ambas para dentro, mas Yuuki ainda falava enquanto os dois removiam seus sapatos para porem os chinelos de visitas. Apesar de haver feito questão de memorizar as posições, era difícil distinguir qual Usagi calçara antes e qual havia sido de Mamoru com a verborragia que chovia sobre eles no momento.

— Eu liguei pra Eri-san, ela é uma amiga da Nao-san, e ela me prometeu que ia procurá-la, mas nada. E também liguei para todo mundo que eu conhecesse em Tóquio além da Eri-san, e aí a Suzuka-san me prometeu que iria correndo até a casa da Nao-san, que quando eu terminasse a segunda metade do musical, já teríamos notícia.

  Usagi assentiu ao notar que Yuuki pausara, mas seu rosto já devia ter deixado escapar que a casa em Tóquio já havia sido tentada.

— Usagi-chan... — Yuuki continuou com a voz grossa quebrando, como se dizer seu nome fosse alguma palavra mágica. — A Suzuka-san bateu nos vizinhos, mas ninguém nem sabia da Nao-san. Digo, um deles a conhece muito bem, mas não a via faz quatro dias inteiros!
— Você não tinha outro musical daqui a pouco? — Usagi indagou para mudar o assunto, repetindo-se mentalmente que pouco daquilo era novidade, que ainda não havia qualquer informação definitiva. Nao-san saíra de férias. Só isso. Muito vinha acontecido e ela resolvera espairecer sozinha.
— A Suzuka-san estava procurando o zelador do prédio... eles vão abrir o apartamento dela. — Yuuki parou de falar como se sua bateria houvesse esvaziado. Então, sentou-se sobre o sofá da sala e permaneceu parada.
— Foi uma ótima ideia, Tatsu-san.

  A voz de Mamoru pareceu despertar Yuuki como um balde de água. Ela ao menos já o tinha visto ali, certo? Lembrava-se de tê-lo permitido ficar, né? Após um instante de confusão, ela demonstrou reconhecê-lo e assentiu cautelosa.

— Vou esperar mais notícias... — ela disse, mostrando o celular na mão.
— E o seu musical? — Usagi insistiu.

  Entretanto, Yuuki deu de ombros e a ignorou mais uma vez, tornando a olhar para a tela de seu aparelho. Parecia reler mensagens antigas.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Mamoru estava certo ao sugerir que os dois saíssem mais uma vez. Só de não ter que ficar próxima a Yuuki, Usagi recuperava o otimismo. Os dois andaram em silêncio até um café e tomaram uma mesa. Era bom ele estar planejando consumir algo, já que na carteira de Usagi o dinheiro estava contado e já gastara demais indo à toa à casa dos pais de Nao.

— O que acha? — Mamoru indagou após permitir que ela pedisse um chocolate quente. Nada de bolos, ou ela passaria mal comendo tão cedo depois do almoço.
— Sinceramente, já sabíamos que ela tava sumida pelo menos desde ontem ou até anteontem. Pensando bem, faz mesmo dias que não recebo nada da Nao-san. — Usagi exibiu um sorriso. — Já sabíamos — repetiu.

  Mais lento do que ela desejava, Mamoru assentiu.

— E a Yuuki-san — Usagi continuava — está realmente se preocupando demais. Com tudo que há na trupe dela, eu compreendo. Mas, né... eu tava quase chorando ali com ela.

  Desta vez, Mamoru riu. Foi um som tão repentino, que ela levantou a cabeça assustada.

— Você não acha que anda rindo demais de mim? Antes, pelo menos, eu sabia com que tava implicando!
— Antes? — ele perguntou com sincera curiosidade.
— Sabe, antes da Nao-san... — Ela precisou pausar e inspirar quando mencionou aquele nome. — A gente nunca se falava assim antes dela.
— Não havia muito assunto. Nunca imaginei que justo você estaria trabalhando pra Sailor Moon.
— Justo eu, é? Valeu pelo elogio de minhas capacidades.

  Ele riu de novo.

— Tá aí! Eu tava perguntando do que você tava rindo! Não acha que tem me deixado demais no vácuo com essas piadinhas privadas? Porque o estado da Yuuki-san não era nada engraçado. Devíamos mesmo tê-la deixado assim?
— Ela precisa descansar e não o fará com duas visitas a olhando.

  Fazia sentido. Usagi pensou novamente nas reações de Yuuki, recordando-se da única vez em que a vira com Nao.

— A Nao-san deve ser muito querida por todos, né? — ela continuou. — As duas nem parecem ser amigas, e a Yuuki-san estava daquele jeito.
— Não são amigas, mas elas são próximas, sim.

  Usagi lançou-lhe um olhar cético.

— De onde tirou isso? Estávamos no mesmo musical? Sabe, a Nao-san nem perguntou da trupe, do coreógrafo. Elas não pareciam estar falando nadinha importante. Olha que a Yuuki-san é daquele jeito, sei lá, caloroso com todo mundo. — Usagi virou os olhos, mas sorriu lembrando-se de quando a conhecera. — Seria bom se ela ficasse normal depois de descansar. É triste vê-la tão apagada. Imagine se a Nao-san realmente estiver... — Não se permitiu continuar.
— Acho que a Yuuki-san sairia revirando mundos e fundos atrás dela.
— Acho que ela só ficaria trancada no apartamento e nunca mais apareceria pro musical. Você a viu hoje. Estava aterrorizada.
— Bem, é uma sensação que compreendo. — Mamoru exibiu um sorriso vago. — É o que eu faria por quem amo.

  Tinha ouvido direito? Usagi encarou Mamoru, como se para confirmar sua convicção no que acabara de insinuar e, então, permitiu um frio revirar seu estômago. Uma energia nova a invadia. A decepção que sentira ao ver Yuuki abandonar seu emprego por causa de um medo não confirmado transformou-se em empolgação.

— Ela a ama! — exclamou excitada com a descoberta. — A Nao-san é a pessoa especial da Yuuki-san!

  Mamoru riu mais uma vez, confirmando com a cabeça.

— Creio que sim.
— Precisamos proteger o amor delas, Mamoru! — Usagi disse mais firme que qualquer outra vez naquele dia. — Não podemos deixar o Dark Kingdom separá-las dessa forma. Eu não permitirei!

Já estava em pé de tanto se deixara levar. Quando voltou sua atenção para Mamoru, o olhar deste em nada se assemelhava a uma reprovação pela atitude exagerada. Ele simplesmente mantinha-se focado nela.

— Que foi? — Usagi perguntou desafiadora, como se ele houvesse reclamado em vez de a olhado daquele jeito...

Continuará...

Anita, 01/06/2015

Notas da Autora:

Nossa... Não sei que tem dado em mim ultimamente que não consigo tocar em fanfics, mas decidi que era hora de fazer o esforço e retomar o lançamento desta aqui. Desculpa pela demora. De novo e de novo e de novo. Eu mal lembrava onde tinha parado e muito menos o que deveria acontecer. No final, nem publiquei ainda lá no FFN...

O que estão achando? Agora estamos quase terminando, acho que só faltam mais dois capítulos de sofrimento e aí fim! A menos que eu esteja lembrando errado. Mas não devo estar, rs. E pois é... ninguém imaginava que a Yuuki fosse apaixonada pela Nao, né? (vira os olhos) hehe. Mas eu não resisti, criei as duas para serem almas gêmeas e pronto! Hahaha. Se UsaMamo não fossem os donos do meu coração, esta fic seria praticamente só sobre elas. Mas não adiantou, UsaMamo são o OTP né... xD

Espero que estejam gostando e continuem gostando, afinal temos uma ex-genie desaparecida aí. Tem que resolver isso. Rs.

Até a próxima, seja lá quando for!!!! E um feliz aniversário pra Pandora Imperatrix, que se não fosse isso só Deus sabe quando eu ia criar vergonha e revisar logo este capítulo!

Atéeee!

(24 de julho de 2016)

2 comentários:

  1. Mil anos depois, aqui estou eu.
    Primeiramente eu fiquei MEGA FELIZ quando vi que a fic tinha sido atualizada no meu aniversário, muito obrigada, foi um presentão <3
    Mas depois eu esqueci de ler porque tava fazendo um monte de coisas na época e tenho uma memporia terrível, perdãããããão.
    Mas vamos ao review:
    Primeiro, foi super delicada aquela cena do depois do abraço e talz, às vezes é uma pena quando a gente escolhe um narrador personagem pra escrever que, embora também seja o meu tipo de narrativa preferida, sempre deixa alguma coisa de fora. Eu adoraria saber o que estva passando pela cabeça do Mamoru naquele momento, as impressões dele da casa da Usa e principalmente como foi pra ele dormir naquela noite no quarto dela, se é que ele dormiu alguma coisa né.
    Eu não vou mentir, como já ccomentei, minha memória não é das melhores (já foi muito boa, mas meus neurônios bons morreram depois dos 20 anos lol) então estou meio perdida com o lugar das Inners na narrativa, mas já deu pra perceber que a Usa está fazendo algo que não deveria, fico no aguardo pra saber como isso se desenrolarar.

    E lá vai a Usa viajar com o Mamo de novo sem contar a ninguém, olha essa menina tem muita sorte, apesar do meu lado Adulta Responsável TM estar julgando bastante hahahaha.

    Eu adorei a traminha da Yuuki e seus sentimentos pela Nao, especialmente quanto ao modo como Mamoru e a Usa se comportaram mediante a isso. Amo como os sentimentos dele transpareceram outra vez, é muito divertido quando alguém tão fechado como o Mamoru tem que explicar sobre os sentimentos de outrem para alguém tão empática como a Usagi haha.

    Por fim, estou louca pra saber como tudo vai se resolver, embora esteja triste que só faltam doisa capítulos.

    Espero ansiosamente a próxima atualização!

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    Respostas
    1. Pior é que postei naquele dia e me prometi postar o sétimo logo (o oitavo não me enganei porque tem uma cena que eu quero muito reescrever). E cadê? Não notei que já tinha passado um mês inteiro! Sinceramente... a próxima fic vai ser upada sem revisão! Porque já vai fazer um ano que a terminei e até agora naaaada! xD

      "Eu adoraria saber o que estva passando pela cabeça do Mamoru naquele momento"

      Não é a primeira vez que alguém me diz isso (não desta fic ou do Mamoru, mas em outras fics rs) e eu sempre fico me perguntando sobre minha escolha de em regra me fixar em um só ponto de vista. É só quando leio livros que fazem isso de alternar os POVs que eu noto que pra mim não é tão interessante ter tudo preto no branco, rs. (Bem, tem fic que eu tb alterno, então é claro que não tenho nada contra, é mais uma escolha dependendo do meu humor quando começo a fic xDD).

      Mas neste caso posso dizer que o que quer que você tenha imaginado que o Mamoru estava pensando vai ser muito mais interessante do que eu poderia ter escrito, rs. Tem um pouco de diversão ficar preenchendo essas lacunas... ou só eu que sou preguiçosa xD

      "então estou meio perdida com o lugar das Inners na narrativa"

      Cada da Rei. Tranquei todo mundo lá :xxx

      Brincando xDD Mas realmente é uma fic em que elas não aparecem muito. Por outro lado, elas estarão a partir do próximo capítulo com mais cenas. Só não espere muito porque o tempo todo eu estava inventando desculpas para diminuir personagens nas cenas desta fic xDDD É a minha batalha em toda fic de Sailor Moon, acho...

      "Eu adorei a traminha da Yuuki e seus sentimentos pela Nao"

      Tá dizendo isso só pra agradar né??? Funcionou *__* *sorri toda boba que nem a Usa na frente do Motoki/da Haruka/do clone que couber dependendo da época da narrativa*

      "é muito divertido quando alguém tão fechado como o Mamoru tem que explicar sobre os sentimentos de outrem para alguém tão empática como a Usagi haha."

      Sim!! xD Ela se distraiu com outras coisas e perdeu esse trem, e o Mamoru deu sorte porque se identificou xD

      E pra variar, vou tomar vergonha e revisar o capítulo sete... Espero que não esteja tão desesperador como lembro que o oitavo estava em termos de precisar de revisão, rs.

      Muuuuito obrigada por estar lendo até aqui!!!!

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