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[Sailor Moon] Na Cabeça, No Coração - Capítulo 4, escrita por Anita

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Título: Na Cabeça, No Coração
Autora: Anita
Fandom: Sailor Moon
Gênero: Comédia romântica
Classificação: 12 anos
Status: em andamento
Resumo: Tsukino Usagi / Chiba Mamoru. Usagi percebe que Mamoru está ferido no ombro, tal como aquela pessoa se ferira no dia em que Sailor Venus apareceu. Mais tarde, ouve da boca de Zoisite uma confirmação. E agora os dois precisam cooperar para salvar de uma ameaça misteriosa uma famosa trupe de teatro, que Usagi muito admira.

Notas Iniciais:
Esta história apresenta uma trupe fictícia chamada Harotsuka, qualquer fato relatado é pura ficção, mas eu me inspirei em um grupo especializado em musicais que realmente existe chamado Takarazuka Kagekidan. Por outro lado, os dados fornecidos não serão fidedignos. Afinal, o grupo é meu e eu faço o que quero!
Na verdade, toda revisão que faço encontro um Takarazuka onde deveria ser Harotsuka. Por favor, se deixei algum escapar, leiam como se estivesse Harotsuka ali, rs. 
Já Sailor Moon não me pertence, não lucro nadinha com isto. Vale ao menos um comentário, né???


Olho Azul Apresenta:
Na Cabeça,
No Coração




Capítulo 4 – As Flores

  Com mais de cem anos de história, a Companhia Teatral Harotsuka baseava-se na própria cidade que lhe dava nome, mas se espalhava por todo Japão, possuindo três teatros exclusivos da companhia, além de contratos quase vitalícios com outros dos principais palcos do país. Simultaneamente, era possível haver entre quatro e cinco peças em cartaz no mesmo dia. Para fazer tal crescimento possível, a companhia era dividida em quatro grandes trupes, Sakura, Tsubaki, Ajisai e Himawari. Cada uma destas era liderada por uma genie principal, a First, e sua parceira, a First Lady, além dos muitos destaques que poderiam chegar a uma popularidade até maior que a da própria First — embora raro.

  Assim como as First Ladies, as Firsts eram escolhidas a dedo pelos diretores da companhia, como a principal imagem da trupe e, consequentemente, a imagem de todo o Harotsuka. Diferente de uma First Lady, a qual poderia ter acabado de entrar, demoravam cerca de doze anos de palco, não contabilizando os dois anos de escola musical, até uma genie ser escolhida como First e, salvo uma exceção ou outra nas décadas daquele sistema, nunca a genie teria menos de dez anos de casa.

  Essa demora para ser laureada, mais um ritmo duas, três vezes maior que de qualquer outra genie, talvez explicassem por que Firsts não permaneciam por ao menos outros quinze anos. Em regra, elas apenas suportavam mais dois ou três no topo, antes de pedir a chamada aposentadoria, cerimônia que se considerava o principal evento na vida de uma genie — e o de uma trupe a aposentada fosse First, na medida em que receberia novo rosto, novo espírito com a sucessão de sua líder.

  Não era por menos que o clima no Grande Teatro de Harotsuka, o principal de todos com mais de três mil lugares, parecia indeciso entre uma festa e um velório. Cada um que passava por Usagi e Mamoru, enquanto buscavam seus lugares, parecia com uma sombra por trás das falas animadas sobre que ponto do musical mais aguardavam.

— Eles realmente gostam dessa tal First... — comentou Mamoru quando Usagi insistira em passar na loja de mercadorias para comprar itens comemorativos da peça.
Dessa tal! — Ela virou os olhos.
— Pela foto, é a que vimos antes daquele ensaio ontem, né? — ele indagou, apontando para a parede onde estavam enfileirados quadros com fotos à caráter da metade mais importante das genies se apresentando naquele dia.
— Isso, isso! — Usagi respondeu já esquecida da irritação anterior. — Ela foi First por seis anos inteiros e sempre vendeu todos os ingressos!

  Quando não houve qualquer reação, Usagi virou-se para ver que Mamoru se distraíra folheando o programa da peça, exposto para venda na loja.

— Jun Terada, né? — Ele apontou para uma foto idêntica à da parede, abaixo da qual lera o nome. — ..."interpretando Constantino Napole". Que espécie de nome é esse? — Ele voltou algumas páginas até onde havia um longo resumo da história que veriam. — É uma história original? E nem é nada empolgante, só um ladrão que se apaixona pela filha do dono da casa que ele precisa roubar. Algo sobre salvar sua irmã com o dinheiro e a filha odiar o pai? — Sua expressão facial se contraía quanto mais ele parafraseava o escrito.
— Pode ser a história que seja, o ponto são elas! — Usagi passou o programa de volta nas fotos da First e de sua First Lady e começou a virar as folhas, apontando para todas as genies que apareciam vestidas com suas fantasias e maquiagem.
— Um monte de mulher com muita maquiagem, metade tentando parecer africana — ele disse com cinismo. — Isto não se passa na Itália?
— Nao-san também já fez peças assim e ela não é nada menos.
— Não estou menosprezando as genies. Só esperava algo mais atraente, pelo que você dizia. E elas são muito bonitas ao vivo. Não é estranho essas coisas todas?

  Usagi fechou o livro, arrancando-o de sua mão, e tornou a escolher mercadorias. Algumas pastas, várias fotos e pôsteres, além de gravações de dois musicais.

— Você não tinha torrado sua mesada? — indagou Mamoru.
— Sim, porque eu separei uma parte para gastar hoje.
— Devolva meus oitocentos ienes de ontem. — Ele estendeu a mão, na qual Usagi deu um tapa como se estivessem se cumprimentando em algum filme americano.
— Obrigada pela refeição — disse com um sorriso. Mas não viu que expressão recebera em resposta; seus olhos saltaram até a capa de outro musical. — Olha, são a Nao-san e a Yuuki-san!
— Bem, se a Nao-san saiu ano passado e a Tatsu-san é uma First, o que deve demorar pelo que você tava tagarelando... pra que esse grito todo?

  O que ele estava calculando?

  Usagi pegou a caixa e examinou a foto, uma cena do musical em que ambas olhavam para a frente, — embora não diretamente para a câmera — enquanto ajoelhadas no chão, cantando. Mais surpreendente que isso, Nao quase abraçava uma Yuuki bem feminina. Ela a segurava gentilmente dentro dos braços, as duas com um imenso sorriso, os olhos cintilando contra a luz.

  Mamoru também estudou a imagem, parecendo agora compreender parte daquela reação exagerada.

— Se esta é a Tatsu-san, a foto é de algum tempo em que ela não se vestia de homem? — Ele apontou para o enorme vestido de festa vestido por Yuuki.
— Não, não. Digo, tem raras vezes em que elas interpretam papel de mulher, mas ser uma das que interpretam homem é meio que pra toda a vida. Isto é muito raro.

  Mamoru deu de ombros, seus olhos agora focados na seção dedicada à trupe Sakura. Várias capas incluíam cenas similares de duas genies se abraçando enquanto cantavam. Nao podia ser vista na maioria dessas, com fantasias que variavam entre um terno e um quimono, incluindo uma peruca para imitar o estilo samurai.

— A questão é que elas não eram da mesma trupe, nem nunca foram — disse Usagi, agora hesitando sobre quais musicais comprar. — A Nao-san era da Sakura e a Yuuki-san, da Tsubaki. Eu nem esperava que se conhecessem.
— Ontem não pareceu isso, quando a Nao-san nos confirmou que viria no lugar da Erika-san. Na verdade, a menos a capa do musical que seja manipulação de imagem, elas se conhecem com certeza.

  Após pagos os musicais — Usagi optou pela peça com as Firsts que ela conhecia e por uma da trupe Himawari —, eles se encaminharam para o interior do teatro. Ela queria mesmo era ter tirado fotos na escada que ficava logo em frente à loja e também com os vários cartazes de peças, mas Mamoru insistiu que era melhor seguirem antes que todas as fãs perambulando resolvessem fazer fila na frente deles.

  Lá dentro era imenso. Muitos dos assentos ainda vazios provavam que muitos mais espectadores ainda viriam. Mesmo assim, o salão já parecia lotado.

— Esse palco é bem grande — Mamoru comentou, chamando-lhe a atenção para a imensa cortina fechada, várias luzes pregadas sobre ela piscavam com o nome do musical.

  À frente do palco, havia ainda uma passarela que rodeava o poço de onde uma orquestra tocaria ao vivo. Aquele estreito pedaço de palco era a chamada Ponte de Prata, o ponto mais próximo entre genies e público.

  Usagi continuou a descer pelas fileiras, enquanto Mamoru conferia os números.

— Olhas, são genies! — ela disse, apontando animada para algumas mulheres de cabelo curto que conversavam mais à frente.
— Alguma famosa? — Mamoru perguntava sem qualquer interesse.

  Bufando, Usagi decidiu não dizer mais nada. Tal como ele já suspeitava, ela realmente não fazia ideia de quem poderiam ser. Apenas que aparentavam ter a idade mais baixa que de todas com quem conversaram até então.

— Podia ser alguém que a gente falou ontem — ela acabou dizendo, apesar de sua resolução.
— Não são.
— Como você sabe? Não são todas iguais?
— Nas fotos. Eu as conheci ontem, saberia se as visse.

  Novamente, Usagi bufou. Estava quase empurrando as costas dele, calculando a probabilidade de fazê-lo rolar até a Ponte de Prata de forma aparentemente acidental, quando um silêncio seguido de um burburinho estranho fez ambos procurarem confusos pelo que estava acontecendo.

  No corredor do outro lado, Nao também seguia pelas fileiras em busca de seu lugar. Um, dois, quatro, nove... Usagi perdeu a conta de quantos flashes flagrara apontados para a ex-First.

— Por isso ela não queria que viéssemos juntos... — comentou mais para si mesma.
— Por que mais? Ontem ela pareceu bem chateada com aquela foto na entrada, lembra?

  Usagi assentiu, mas até então estivera sob a impressão de que Nao apenas preferia reviver seus dias de genie sozinha, no lugar de dividir atenção com duas crianças.

— Acabaram de chegar também? — Nao perguntou ao sentar-se.

  Acompanhando os números em seus ingressos, Mamoru tomou a poltrona a seu lado e confirmou, seguido por Usagi. Restava na outra ponta o lugar vazio onde Yuuki se sentaria a qualquer momento.

— Mas é mesmo a Yuuki-chan que virá? — Nao inquiriu tão logo eles se acomodaram.

  Sem compreender por que a pessoa que os convidara não viria, Usagi pôde apenas franzir a testa e retornar-lhe com uma nova pergunta — para a qual suas compras de antes já indicavam resposta.

— Nao-san a conhece, né?
— Ah, sim, sim — Nao repetia com os olhos para a frente, sem parecer focar em nenhum objeto específico. — É que ouvi que ela não estava bem de saúde. Não imaginei que estivesse disposta a uma aparição pública. — Seus lábios ensaiaram um sorriso vago, como se risse de uma piada que ninguém mais ouvira.
— Pelo que ouvimos, a First Lady dela é que não estava bem — oferecia Mamoru uma explicação para o mal-entendido.

  Balançando a cabeça, Nao agora sim mostrou um sorriso, embora fugaz.

— Yuuki-chan esteve internada algumas vezes nas últimas semanas, segundo o que a Erika-chan me disse.
— Mas vocês são próximas? — Mamoru perguntou rapidamente, como se as palavras estivessem prontas desde muito antes.

  Nao virou o rosto para os dois como se pega de surpresa. Após um momento refletindo, ela entortou suavemente a cabeça, seus olhos ainda distantes, não obstante o quase contato visual.

— Apesar de eu haver feito parte de duas trupes no meu tempo, sempre fomos de trupes diferentes. Ainda assim, como ainda somos uma só companhia, sempre nos encontrávamos. Se bem que só nos falamos mesmo quando ela também virou uma first. — Seu olhar pareceu voltar, focando-se nos dois. — Mas como ela está? Vocês a conheceram ontem, é?

  Interrompeu a conversa um barulho diferente e, ao mesmo tempo, similar ao que ouviram logo antes. Usagi, já imaginando a causa, virou o pescoço para todas as entradas da plateia até avistar a figura esguia de Yuuki Tatsu descendo as escadas pelo corredor próximo até onde o grupo se sentava. Pelo canto dos olhos, sentiu Nao tomar impulso, mas ela não se levantou. No final, ficou mexendo-se em sua cadeira, causando novamente impulsos menores.

— Nao-san!

  O chamado surpreso de Yuuki não apenas fez com que todos ao redor olhassem diretamente para ali, mas também pareceu exterminar qualquer da inibição que afligia Nao. Esta ergueu-se e acenou um pouco sem jeito.

  Com o movimento, Yuuki curvou os joelhos de forma a ficar mais baixa que a veterana. Usagi teve que conter o sorriso ao dar-se conta de presenciar uma desastrada demonstração das tradições do Harotsuka. A relação entre aquelas com mais tempo de casa e suas calouras era supostamente rígida a ponto de uma genie mais nova nunca poder se posicionar acima da linha de visão da mais velha. Isto se complicava em casos de diferença de altura, como no das duas genies de pé à frente de Usagi.

  Talvez Mamoru houvesse interpretado mal, pois levantou-se imediatamente e passou por Yuuki, oferecendo-lhe a cadeira que acabara de vagar.

— Por que não se senta aqui? Poderão conversar mais à vontade.

  Embora seus olhos tivessem brilhado com nítida alegria, Yuuki considerou a oferta com hesitação.

— Nao-san estava preocupada ao nos contar sobre sua saúde, imagino que poderiam aproveitar para pôr os assuntos em dia — sugeriu Mamoru.

  Ambas reagiram quase ao mesmo tempo àquelas palavras:

— P-posso então, Nao-san?
— Foi a Erika quem disse que—

  Ao notarem suas palavras se sobrepondo, elas riram sem graça.

— Sente-se, sente-se — Nao disse enfim. — Imagino que a Erika se esqueceu de avisar que não poderia vir, né?

  Enquanto tomava a poltrona, Yuuki meneou com a cabeça, a sobrancelha levemente erguida.

— Ela disse sim, e que alguém acompanharia seus primos. — Ela olhou furtiva para Nao e voltou a encarar o lugar na fileira da frente. — Eu realmente nunca imaginaria que seria a Nao-san.

  Agora, bem ao lado das Firsts, Usagi tentou ouvir atentamente à conversa, certa de que poderia descobrir algum grande segredo da vida pessoas das genies. As duas, de fato, prosseguiram a falar até a voz grave de uma genie anunciar o início da peça cinco minutos depois. Entretanto, Nao somente relatava como era recomeçar a carreira como atriz após vinte anos de Harotsuka, enquanto Yuuki dizia que agora era uma das firsts mais velhas, quando ela havia se acostumado com ser a caçula.

  Era estranho...

  Mesmo sentado mais afastado, depois de Usagi, Mamoru conseguiu pôr em palavras aquele sentimento quando comentou em um sussurro a seu ouvido:

— Nao-san estava tão preocupada e agora só estão falando sobre... na verdade, não tenho certeza do que é. Talvez sobre tudo, menos dos incidentes na trupe da Tatsu-san.

  Cócegas... A sensação de sua respiração raspando a pele de sua nuca, batendo contra seu ouvido, até levantando os fios soltos de seu cabelo fez Usagi encolher-se.

— Se não entende, para de ouvir a conversa dos outros — cochichou de volta. Só queria que Mamoru não ficasse falando daquela forma...
— Diz isso porque devo tá atrapalhando que você ouça — ele retrucou com um sorriso vitorioso.

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  Quando Nao e Yuuki os convidaram para conhecer os bastidores e até cumprimentar Jun Terada, a First que atuara no musical e estava prestes a se aposentar, Usagi achou que Mamoru havia enlouquecido por recusar aquela oportunidade. Agora que as três retornaram até onde ele ficara aguardando, ela própria com várias das fotos compradas autografadas — bem que ela queria era ter fotos em seu celular com todas aquelas mulheres fantásticas que conhecera, mas não encontrara um bom momento para pedi-lo —, Mamoru a olhava com alívio e ela imaginava se realmente a insanidade lhe havia tomado a mente.

— Qual é? — indagou ela como se o desafiasse.
— Só estava pensando que deveria tê-la acompanhado — ele disse baixo, como se estivesse confessando a um padre.

  Usagi franziu a testa, mas não teve oportunidade de pressioná-lo por maior explicação, pois Yuuki os chamou para se despedir e oferecer mais alguns cupons para visitarem locais turísticos da região ou comprarem em lojas.

— Ser genie deve ser um paraíso pra qualquer garota — Usagi comentou após recusar; precisavam correr ao hotel logo em seguida para pegar o trem bala de volta a Tóquio.

  Embora Nao houvesse rido da afirmação, Yuuki somente levantou um pouco os lábios, falhando até em sorrir.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Já em Tóquio, quando chegaram ao apartamento de Nao naquela noite, Usagi correu para admirar a vista da sacada e recordou-se do dia em que a conhecera. Era uma bela casa, havia flores logo na entrada e uma estante cheia de DVD's e fitas VHS com musicais. Porém a vista era realmente o destaque, as luzes da cidade piscando como que seguindo o ritmo de alguma música, mas pouco dos sons da cidade alcançava tão alto.

— Acabei não sendo mesmo de muita utilidade — ouviu Mamoru lamentar após ter recusada sua oferta de desfazer a mala. — O Harotsuka se encarregou até de contratar seu táxi aqui em Tóquio.
— Claro que não é verdade — Nao disse convicta. — Fiquei muito mais tranquila que nenhum de vocês estava sozinho naquele ensaio. Sei que havia a Erika-chan lá de qualquer forma... — ela deixou a frase morrer, implícito que estava pensando em todas as genies ainda expostas ao coreógrafo.

  O assunto trouxe de volta aquela dúvida. Por que Nao perdera a chance de ter um depoimento em primeira mão de Yuuki Tatsu? Tratava-se de ninguém menos que a First da trupe afetada e, segundo a própria Nao, a principal afetada de todas.

— Afinal, por que Usagi teve que ir? — ouviu Mamoru perguntar após aquele silêncio.

  Fingindo não estar ouvindo a conversa de tão distraída na pequena área externa do apartamento, Usagi virou-se de costas para a sala de estar, mas encostou-se ao vidro que a separava dos dois.

— Vocês trabalham bem juntos; é uma química interessante — Nao comentou divertida. Estava de brincadeira? Mais que atingindo Mamoru, era Usagi que se irritava com aquela nota.
— Nao-san, eu...
— Será que, antes de ir embora — Nao o interrompeu sem que nem Usagi soubesse se ela o ouvira insistir —, poderia comprar um jantar para mim na lojinha aqui embaixo? Estou faminta!

  Quando confirmou que Mamoru fechara a porta ao sair para cumprir com a tarefa, Usagi retornou à sala. Nao sorriu ao vê-la.

— Sinto muito não ter encontrado nada de útil lá — Usagi disse com a voz baixa. Deslumbrara-se tanto com aquele mundo de sonhos que não investigara nem metade do que suas amigas normalmente fariam. Era verdade que o coreógrafo, ou algo relacionado àquele estranho sujeito, havia lhe afetado até mais que qualquer outro. Mas quanto um mal-estar provava? Nem seria aconselhável destacar-se ainda mais para aquela mulher. Era um assunto para tratar com as demais senshi.
— E o que uma menina faria sozinha? — Nao realmente não aparentava qualquer desapontamento. — Você sentiu pelo menos, né? Que tem algo errado.

  Mordendo o lábio inferior com a lembrança de seu encontro com o coreógrafo, Usagi assentiu com força. Então, percebeu o que realmente era esperado dela e complementou:

— E-eu vou repassar tudo! — disse apressada. — Não se preocupa; a Sailor Moon e as amigas dela cuidarão de tudo, Nao-san!
— Obrigada, Usagi-chan. — Ela suspirou. — Tomara que ainda haja tempo. A Yuuki-chan não parece nem metade de seu estado de espírito usual. Aquela garota, ela... ela é forte, eu sei disso. Mas só está fingindo a esta altura.
— Eu falarei com elas esta noite — mentiu.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Usagi retornou parte do caminho com Mamoru. Já era bastante tarde, e ela imaginava se teria desculpa para faltar à aula do dia seguinte. Afinal, estivera trabalhando todo o final de semana! Suas malas também estavam pesadas enquanto ela andava da estação de trem. Mamoru poderia ter ao menos se oferecido para ajudar, pois ele próprio só estava com uma mochila nas costas, a qual ela reconhecia pertencer a Motoki.

  Foi após se despedirem, com ainda aproximadamente mais cinco minutos até sua casa, que Usagi sentiu um pouco de solidão. Sempre se encontrava com aquele homem, era um evento quase diário, mas aquele final de semana fora sua primeira oportunidade de realmente conviver com ele — era difícil considerar suas conversas como conhecê-lo, quando Mamoru nunca falava sobre si. Mas dizer conviver era diminuir bastante o que ocorrera, afinal, passaram quase todas aquelas horas juntos, enquanto ele, silenciosamente, tentava protegê-la do que pudesse ocorrer, conforme Nao lhe havia pedido.

  Parando de andar por um instante, Usagi coçou a cabeça e respirou fundo para limpar um pouco a mente. Não deveria estar mais ressentida? Ao menos, nutrir uma porcentagem razoável de raiva por ter sido levada a pensar que Tuxedo Kamen era um real cavalheiro? Ou até levando em consideração que o próprio havia se declarado seu inimigo no que dizia respeito ao Cristal de Prata? Ao contrário de toda a lógica, saber que o sujeito mais idiota do mundo — ou ao menos um deles — era Tuxedo Kamen, anulava todos os pontos positivos tanto de um quanto de outro.

  Não era nem um pouco lógico, mas também não importava mais. Quisesse Mamoru matá-la, aquele final de semana havia sido uma oportunidade de ouro jogada ao lixo. Por isso, não se preocuparia. Precisava era marcar uma reunião com as demais senshi e discutir Harotsuka. Esfregar na cara da Rei toda sua eficiência.

  Usagi tornou a andar para casa, um sorriso impaciente no rosto.

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  Após ouvir toda a narração de Usagi, Rei jogou-lhe um travesseiro no rosto.

— Sua idiota! — gritou-lhe no momento em que o objeto acertava o alvo. — Podia ter morrido se te identificassem.
— Não sou idiota, não! — retrucou com a voz chorosa. — Nem mesmo me transformei. Se fosse assim, eles poderiam ter me descoberto lá tanto quanto aqui.

  Prendendo as lágrimas, Usagi encolheu-se sobre o chão do quarto de Rei, incapaz de olhar para o que Sailor V, ou melhor, Venus... Minako estaria pensando de sua atitude.

— Mas que grande vantagem você teve em ver o cara? — insistiu Rei ainda como se lhe desse um sermão. — Se tivesse nos dito, teríamos um plano. Em vez disso, você foi lá se divertir no mundo das genies, enquanto tem um monstro lá que pode estar matando todo mundo.
— Ninguém morreu. — Usagi virou os olhos. — Ao menos, ouviu tudo o que contei?

  Uma risada atrapalhou os planos de Rei de prosseguir com a discussão e ambas — na verdade, todas — dispararam o olhar para Minako. Quando Usagi temia até ser suspensa como castigo — se bem que isso seria um prêmio —, aquela menina estava rindo?

Algum problema? — Rei perguntou com os olhos esbugalhados de confusão e não desafiadora como normalmente faria fosse Usagi a destinatária.
— Desculpa, não! — Minako balançou a mão para as duas. Estava mesmo incentivando que seguissem brigando?
— Lembra mais algum detalhe, Usagi-chan? — Ami indagou, mas também nitidamente abalada com a intervenção de Minako.

  A imagem de Mamoru veio-lhe à mente. Mamoru observando-a aliviado quando retornara dos bastidores do teatro, Mamoru despedindo-se à noite com o olhar tranquilo de quem acabara de passar um tempo com amigos, Mamoru— Tuxedo Kamen salvando-a de Zoicite.

  Usagi balançou a cabeça devagar.

— Acho que não. — Havia sido perguntada sobre detalhes de sua estada em Harotsuka. Descobrir a identidade dele em nada se relacionava. Não constituía realmente numa mentira, né?

  Talvez na próxima vez já houvesse decidido como contar.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Quando Usagi retornara ao apartamento de Nao já disfarçada como Sailor Moon, havia reafirmado sua condição de colaboradora e ponte de comunicação entre ambas. Nao poderia sempre confiar em Usagi, repetira firme. Apenas não deveria revelar nada da parceria a Mamoru.

  Após isso, não esperava que Nao lhe quisesse ver novamente. A menos que alguém de fato morresse, que novidade poderia surgir? Pouco mais de uma semana após a viagem, porém, Mamoru interrompeu seu jogo com um toque pesado em seu ombro.

  Era estranho como ela, entretida com a tela e de costas, sabia que a pessoa com a mão sobre si não poderia ser outra. Por que não Motoki, que trabalhava ali e teria muito mais razão para chamá-la?

— Que foi? — forçou aborrecimento na pergunta antes de voltar o corpo para onde ele estava.
— Boa tarde, cabecinha de vento — Mamoru respondeu divertido.
— Uma tarde boa pra você quer dizer péssima pra mim — dizia, quando percebeu mais uma pessoa com ele. — Nao-san?
— Sinto muito incomodá-la assim de repente. — Nao baixou o olhar momentaneamente. — Eu poderia levá-la para um café? Chiba-kun disse conhecer um na esquina.

  Usagi não podia se considerar uma menina esperta, observadora, ou qualquer adjetivo afim. Entretanto, compreendia a intenção por trás daquele convite. E não seria nada mal ganhar um lanche com uma mulher tão bonita. Especialmente hoje que Nao vestira suas roupas da época de genie, parecendo ainda mais atraente que um integrante do Johnny's.

— Claro! — respondeu com um sorriso e caminhou quase com pulinhos atrás de Nao.

  Ao sentar-se no café indicado e estudar o menu, notou que deveria ter imposto algumas condições antes de aceitar tão prontamente.

— Ela vai querer o cake set — disse Mamoru por ela, tirando-lhe o cardápio da mão. — Escolha logo sua bebida e seu bolo pra Nao-san poder falar logo.
— Eu só ia tomar um chocolate, sabia? — Usagi exibiu-lhe a língua.
— De entrada, né? Nao-san já te viu comendo, não tá enganando ninguém.

  Nao riu com a menção de seu nome, mas não demonstrou qualquer impulso de defendê-la. Aquela descontração não durou muito, substituída por um suspiro pesado.

— Por que os três não pedimos o cake set? — ela sugeriu e assim disse à garçonete. Tão logo a moça o anotou em seu bloco e virou-se para o balcão, Nao tornou a falar: — A First Lady da trupe Tsubaki será retirada da apresentação da peça na cidade de Harotsuka e, possivelmente, também de quando eles vierem a Tóquio.
— Oh. — Usagi queria ter dito mais, porém sentia-se relativamente aliviada.

  Depois do que conversara com as amigas, vinha temendo que Nao chegasse com notícias de que alguém havia mesmo morrido. No final, havia desperdiçado a visita à companhia, e o medo das consequências daquele impulso quase lhe tirava o sono.

— Talvez até adiem a peça, na verdade. Nenhum anúncio oficial foi feito, mas a Erika-chan me contou que a Yuuki Tatsu, aquela genie que nos levou à peça, voltou a ficar internada. E elas estreiam neste final de semana...
— Adiar a peça? — Usagi teve uma ideia. — E se cancelarem? O coreógrafo só foi contratado pra isso, certo?
— Se ele fosse um cara normal, seria perfeito mesmo — Mamoru comentou com o tom pessimista. — Mas se o plano for algo como o que Nao-san e Sailor Moon suspeitam, ele assumirá outra forma e contaminará outra trupe. Melhor pra ele que poderá explorar energia nova. — Era difícil ignorar a firmeza com que ele tratava o assunto agora que Usagi sabia ser o Tuxedo Kamen, mas não deixava de se admirar.
— Então, cancelar seria o pior cenário para nós? — Nao apertou os lábios. — É que o outro boato da Erika-chan me deixou muito preocupada também.
— Outro? Além de adiarem? — perguntou Usagi.
— Peças não costumam ser adiadas, tampouco canceladas. Erika-chan ouviu que simplesmente chamarão genies de outras trupes. Não seria inédito. Sinceramente, é muito mais comum.
— Ou seja, mais energia nova? — Mamoru concluiu com facilidade. — E sem dar um descanso às que ainda resistirem.

  Nao assentiu com cautela.

— Eu tentei mandar mensagens às meninas que conheço em outras trupes. Sabem, como às vezes somos transferidas, é normal conhecermos gente por todo lugar. Eu marquei esta reunião exatamente porque uma delas me confirmou que havia feito teste para um dos papéis.
— A dias da estreia? — Usagi indagou admirada.
— Dependendo do papel, não é tão difícil. Nem todas têm muitas falas. — Nao passou a mão pelo cabelo curto, bagunçando os fios. — Talvez precise de seus serviços, como em Harotsuka, Usagi-chan. — Ela lançou um olhar a Mamoru. — Por favor.
— Ah, sim, sim! — Usagi respondeu nervosa. — Entendi. Claro!

  Após pouco tocar o bolo, Nao tirou três notas de mil ienes de sua carteira e levantou-se da mesa.

— Não precisa me levar, Chiba-kun. — Ela gesticulou com a mão para que Mamoru não se levantasse. — Já foi muita gentileza trazer-me à Usagi-chan assim tão de repente.

  Então, partiu do café com passos largos e ombros caídos.

— Queria poder ter uma vara de condão e resolver tudo — Usagi desabafou, terminando seu pedaço de bolo. — Vai comer? — Apontou para o de Mamoru, apenas tocado no canto, na parte sem cobertura.
— Às vezes, eu me pergunto se ela já enlouqueceu. — Ele puxou o prato mais para perto de si e tornou a beber o café que havia pedido. — Precisando assim dos seus serviços...
— Eu fui bem eficiente, tá? Quero ver você sozinho lá em Harotsuka, no meio de todas aquelas mulheres. Não acharia muito suspeito? Pobre Erika-san, pensariam que você era algum namorado secreto e a expulsariam. Eu, ao menos, claramente aprecio as genies. — Parou de falar ao sentir-se o foco da atenção de Mamoru, quando ele normalmente já estaria fazendo algo "mais produtivo". — Que foi?

  Ele baixou a xícara até a mesa.

— Nao-san é péssima para mentir; eu já ouvi tudo.

  Usagi estava consciente de que a forma como prendera o ar era mais suspeita até que a historinha que contara a Nao, mas a reação fora reflexa demais para se conter. Seus olhos se esbugalharam antes que recuperasse o controle sobre seus músculos.

  Ele sabia!

  Olhou para a saída do café e considerou correr até o templo Hikawa, nem olhar para trás. Precisava fugir, mas o templo era também a casa da Rei, sobre quem Mamoru ainda não devia desconfiar. Se bem que ela andava sempre com todas as senshi. Talvez com algum tempo para raciocinar, ele concluísse eventualmente sobre a identidade das demais.

  Droga.

— Como diabos a Sailor Moon te conhece? — ele perguntou irritado. Ou exasperado seria uma descrição melhor?
— Hã? — Usagi tentou voltar a respirar e listar tudo o que Nao sabia. Uma colaboradora, Usagi era como uma informante. Mamoru não havia descoberto o resto com aquela informação?
— Preciso falar com ela.
C-como? — Enfim ouvindo seu coração bater mais regular, ela o estudou.
— Apenas diga a ela que preciso vê-la. Sailor Moon entenderá. Marque um dia e eu irei.
— Vai entender coisa alguma!
Marque — ele repetiu, as sílabas arrastadas e incisivas.

  Usagi cruzou os braços, mas o olhar determinado que Mamoru fixara sobre ela a fez resignar-se.

— Tá certo — respondeu enfim. — Falo com ela e te digo.
— Apenas marque.
, já disse.

  Ao ouvi-la, Mamoru sorriu largo, embora não mostrasse os dentes.

— Obrigado — ele respondeu.

  E Usagi precisou virar o rosto, dando de ombros. Sabia que estava vermelha, pois acabara de pensar em como gostava de quando ele a olhava daquela forma tão direta, quase sincera. Do quanto estaria disposta a poderia fazer por ele se fosse receber um sorriso assim de retribuição.

Continuará...

Anita, 21/05/2015



Notas da Autora:

Demorei um pouco mais para revisar este capítulo... espero que ele não esteja muito mais chato que os outros. Eu exagero cada vez mais nas coisas do Harotsuka, rs. Até teve cenas UsaMamo, mas elas acabaram meio perdidas na confusão, né? Por outro lado, agora o Mamoru pediu isso! Em que será que vai dar? Já respondo: mais UsaMamo \o/

Neste capítulo, apresentei o nome de cada trupe, enfim, rs. Espero não ter sido muito confuso. Como mencionei em outras notas, eu comecei tirando dos nomes dos grupos que o Hello! Project lançou este ano (lá só tem idol, estilo o AKB48, não se relaciona com musicais, tá?). Então primeiro me veio Tsubaki (camélia), depois me veio Himawari (girassol, porque eu estava pensando na trupe do Takarazuka que me inspirou a esta e ela se relaciona ao céu, rs), e aí paa a trupe mais tradicional, a que era da Nao, eu precisei pôr o nome de flor japonesa mais conhecido, né? Mas Sakura (flor de pessegueiro) também veio de um antigo grupo do Hello! Project, o Morning Musume Sakuragumi. Por último, por que eu precisava do nome pra quarta, eu pedi para a Nemui me falar algum nome de flor em japonês e ficou Ajisai (hortênsia). Um agradecimento a ela! :D Eu resisti e não pus nada chamado Sumire (violeta), que é a flor símbolo do Takarazuka. Também considerei Tanpopo, que é outro nome de grupo do Hello! Project (significa dente-de-leão), mas soava nome de mascote de desenho animado... Não é à toa, né? (os fãs entenderão).

E como sou brega mesmo, a First que está se aposentando se chama Terada porque esse é o sobrenome do produtor do Hello! Project, meu ídolo pra vida, o Tsunku. Jun Terada porque Jun é perto de Tsunku e deve ter pelos umas cem garotas no Takarazuka com esse nome. Eu... dei aleatoriamente, confesso. orz

Acho que é isso de enciclopédia por hoje, rs. Na verdade, muitas das personagens originais têm brincadeiras escondidas no nome. Gastei mais tempo nisso que deveria, melhor nem perder o tempo de vocês assim. Ah, e a peça que eu descrevo não existe, tá? xD Se bem que depois enquanto eu lia o resumo até que me lembrou de Danza Serenata... err deixemos pra lá. A peça é fictícia, de toda forma! Sinto muito se alguém se interessou.

Agradecimentos especiais à Pandora Imperatrix por me alertar pros Não's que me vinham escapando no lugar do nome da Nao. Eu realmente devia ter posto Nayu, rs.
 

2 comentários:

  1. Mas menina eu juro que já tinha lido e comentado esse cap!
    Daí vim aqui, porque faz tempo que não vejo postagem nova (culpo essa mudança do twitter) e descobri que não tinha lido o cap inteiro urgh, não é só a Usa que tem cabeça de vento, mas anyway...
    Realmente esse capítulo foi mais pesado de informações, mas não ficou confuso, como eu te disse, é tudo muito interessante e dá pra ver você passou bastante tempo mobilhando seu universo mesmo que ele seja um espelho de algo existente.
    As cenas MamoUsas foram bem fofas e bem apreciadas.
    Também achei fofíssima a parte da Minako se divertindo com as dinâmicas UsaRei haha.
    E essa Nao me deixa mais e mais com um pulga atrás da orelha.
    Mas o melhor mesmo foi esse final. Momoru é tão arrogante não é? ~Marque ela vai aparecer~ É pra cair o cu da bunda de tanto abuso HAHAHA
    Ainda mais quando ele é uma anta que não sabe quem a Usa realmente é LOL
    Vou lá ler o próximo capítulo!

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    Respostas
    1. *_* Que bom que não te perdi nesse milênio que demorei pra revisar o capítulo seguinte @-@ E agora que você tá falando do twitter, noto que fui eu que me esqueci de pôr o aviso lá.... não tinha como você ter visto assim xD

      "dá pra ver você passou bastante tempo mobilhando seu universo mesmo que ele seja um espelho de algo existente."

      *___* Que bom ouvir isso! Acho que não passei tanto tempo assim... Posso é não estar lembrando direito (ai, olha essa data que terminei a primeira versão!! @-@), mas eu acho que fiquei mais tempo escolhendo os nomes que qualquer outra coisa XD Alguns nomes me vinham na hora, como a Erika, a first que está/estava saindo... mas os nomes das principais foi um tal de kanji daqui, kanji dali...! E aí o resultado ficava soando como se fosse outra menina do takarazuka, e eu precisava começar de novo a montar o nome, rsrs. Conclusão: preciso nunca usar originais com destaque de novo... XDDD

      Mas muito obrigada por ter vindo comentar o capítulo antigo! Fiquei superfeliz de ler *_*

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