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[Original] As Origens de Sebastian - Capítulo 1, escrita por Andreia Kennen

Capítulos: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Autora: Andréia Kennen
Fandom: História Original
Classificação: 18 anos
Gêneros:  Aventura, Drama, Fantasia, Lemon, Mistério, Romance, Suspense, Tragédia, Yaoi
Status: em andamento
Resumo: Na Inglaterra da idade média, uma família cavalgava junta quando o cavalo do filho se desgovernou e, após avançar assustado em meio a densa floresta, derrubou o menino e desapareceu. O jovem, ferido e sem poder se defender acabou sendo encurralado por lobos ferozes. No entanto, um belo e estranho animal o salva. E a partir deste momento, humano e criatura partilharão de um amor aparentemente inconcebível.

Notas da História:

Advertência: A presente história contém temas adultos e polêmicos como: romance homossexual, sexo, e aparente Zoofilia (atração ou envolvimento sexual de um humano com um animal). Se for menor de idade, ou se os temas lhe causa repulsa, é melhor não prosseguir.


As origens de Sebastian

Capítulo I - O Encontro

Crispian era o único filho do casal de nobres ingleses da idade média Edward e Francine. Nos dias de verão o menino gostava de cavalgar na companhia dos pais na floresta que fazia fundos com a residência onde moravam.

Durante toda a estação, no período da tarde, repetiam a mesma trilha. Mas em um determinado dia Crispian pediu ao pai para irem um pouco mais longe, ele queria se aventurar mais adentro da floresta e quem sabe ter a sorte de encontrar um urso. Edward não viu problema em atender ao pedido do filho já que estavam sendo escoltados por sua guarda.

Contudo, não chegaram a estender muito a caminhada quando o incidente ocorreu; algo atravessou a estrada e assustou o cavalo de Crispian, fazendo-o disparar em uma corrida sem rumo. A criança não tinha forças suficientes para deter o animal usando somente o puxar nas rédeas e após avançarem quilômetros floresta adentro o cavalo voltou a se assustar; relinchou e arqueou-se apoiando nas patas traseiras e fazendo com que o menino deslizasse pelo seu lombo e tombasse no chão. Logo o cavalo voltou a sua fuga desenfreada, desta vez, sem o pequeno Crispian de sobrepeso.

O pequeno nobre havia recém feito nove anos, de pele muito alva, cabelos lisos e loiros, — como os da mãe — e que morriam na altura dos ombros; um par de olhos azuis claros herdados de ambos os progenitores, nariz redondo e boca pequena completavam sua tez harmoniosa.

Após se recuperar da queda Crispian tentou ficar de pé, mas ele desistiu assim que tentou apoiar o pé esquerdo no chão e sentiu uma fisgada dolorida no tornozelo. Havia se ferido na queda. Optou então por se arrastar no chão coberto por folhas secas e alcançar o tronco de uma árvore onde se encostou.

Tentou manter a calma, pois sabia que o pai logo estaria ali. Todavia, manter a calma enquanto ouvia o farfalhar dos arbustos ao seu redor era um desafio o qual não conseguiu vencer.

A respiração ficou mais tensa à medida que o barulho ficou mais próximo. Quisera, mas os movimentos nas folhagens não eram uma alucinação causada por sua imaginação, aquilo que o estava rondando se desembrenhou do meio da mata e mostrou sua face feroz. Primeiro surgiu um, em seguida o número aumentou para dois, depois três, quatro, cinco e quando Crispian se deu conta já estava rodeado por mais de uma dezena de lobos da floresta e que pareciam famintos. Rosnavam e salivavam com os olhos ferozes e atentos sobre a presa: ele.

Deu-se por vencido. Não havia como fugir de uma matilha inteira com a perna ferida. Apenas cerrou seus olhos claros e esperou ser atacado.

Porém, notou que algo errado estava acontecendo, pois ouvia os rosnados dos lobos, no entanto eles não haviam avançado. Esperançoso, Crispian abriu os olhos crendo ser a escolta do pai que viera ao seu socorro, infelizmente não era. O que amedrontara os lobos fora algo totalmente inesperado.

Parado entre os predadores e ele havia um animal que lembrava um lobo, mas o tamanho era desproporcional ao dos outros; a criatura parecia atingir um metro e meio de altura. O pelo também era diferente: composto por três cores distintas, sendo o preto a cor predominante. Mas as quatro patas eram de um tom cinza claro. O cinza também se encontrava em parte das orelhas e da cabeça. A terceira cor — e talvez a mais exótica — formava uma faixa vermelha que iniciava no alto da cabeça da criatura e prosseguia por todo seu dorso até morrer na ponta da calda. Os pelos, que pareciam bem cuidados e macios, reluziam. A enorme calda lembrara a Crispian os cabelos de uma Senhorita: lisos no cumprimento, mas com cachos bem definidos nas pontas.

O jovem nobre ficou totalmente hipnotizado até que aquele animal se moveu com uma agilidade fora do comum. Seu ataque foi direcionado a um único lobo, o que parecia ser o líder da matilha. Depois da mordida certeira no pescoço que deixou o lobo-líder estrebuchando no chão, os demais lobos se afastaram a passos comedidos para trás; uivarem agonizantes para o céu e fugiram desgovernados.

Restaram no lugar somente Crispian, o lobo morto e a criatura que se voltou para ele. Os olhos dos dois se encontraram em uma estranha contemplação e assim ficaram por alguns instantes.

Crispian notou que os olhos da fera — de um tom azul mais claro que os seus — eram gentis como de um ser humano. Ainda deslumbrado, sorriu. Mas seu sorriso se desfez quando notou adereços no lobo que o fez acreditar que aquele animal tinha um dono. Argolas douradas ornamentavam suas patas; as orelhas além de ter argolas menores, também havia uma carreira de pedras transparentes que lembravam diamantes; a coleira era idêntica aos colares egípcios e intercalavam-se entre placas douradas recortadas em losangos e fileiras de pedras brilhantes. Era certo que aquela criatura tinha um dono e pelos adornos extravagantes deveria ser alguém com o status mínimo de um rei.

O animal se sentou na frente de Crispian e continuou observando-o de forma serena. O garoto, que até então estava paralisado de medo, elevou sua mão direita com a intenção de tocar a face felpuda da criatura, que permitiu o toque. Crispian sorriu ainda mais ao acariciar a face do animal e vê-lo fechar os olhos, aproveitando-se do afago que recebia.

— Você é tão lindo. Será que poderia me ajudar a encontrar meus pais?

...

Os cavaleiros de Edward retornaram até o casal com o cavalo do filho, mas não havia nem sinal do jovem Crispian.

— Onde está meu filho? — perguntou o pai desesperado.

Um dos homens abriu a boca para se pronunciar, quando o grito de Francine chamou atenção deles.

Boquiabertos, eles abriram espaço para chegada de uma criatura que trazia em seu dorso o jovem Crispian.

Passado o instante de choque e ao perceberem que o animal era dócil, o menino tentou convencer o pai a adotar seu salvador.

— Não podemos, Crispian — Edward disse, ainda hipnotizado diante do animal.

— Por que, pai?

— Olhe para ele, meu filho — pediu, enquanto criava coragem para tocar o pescoço da criatura. — Está carregado de joias pesadas e ainda... — o homem dedilhou o losango central do colar de ouro que servia como coleira e identificou uma escrita em alto relevo. — Earthen provavelmente tem dono. E um dono nobre e riquíssimo pelo que vejo.

— Earthen?

— É o nome gravado no medalhão.

Os olhos lacrimejados do menino se moveram do pai para o lobo e como se tentasse consolar sua própria decepção o garoto falou ao animal:

— Acho que não poderemos ficar juntos, Earthen.

Os cavaleiros de Edward chegaram da vistoria em torno do local e se aproximaram dele para relatar o resultado.

— Não encontramos nenhuma residência de luxo no raio de quilômetros, milorde. Se o animal pertence a algum nobre este provavelmente não vive nas redondezas.

— Será que esta criatura está perdida?

— Ou abandonado, milorde.

— Não acredito que alguém abandonaria um animal carregado de joias como ele.

Os olhos de Crispian brilharam ao ouvir a palavra “abandono”.

— Se ele está abandonado, diga que podemos ficar com ele, papai?

O homem se ergueu e firmou as duas mãos na cintura. Em seguida correu seu olhar avaliativo pelos cavaleiros, o filho, a criatura e enfim repousou-o sobre sua esposa, buscando em Francine um último argumento.

Mas a esposa apenas sorriu docilmente e dando de ombros pronunciou-se a favor do menino:

— Apesar de ser um tipo raro e ter esse tamanho monstruoso, Earthen parece um animal domesticado, Edward. Ele salvou a vida do nosso filho. Acho que não há perigo algum em ficarmos com ele até encontrarmos seu verdadeiro dono.

O garoto moveu rapidamente os olhos da mãe para o pai e com a esperança renovada pelo pai esperou o pai dar o veredito final.

Edward suspirou vencido, mas ressaltou ao filho:

— Somente até encontrarmos o verdadeiro dono, Crispian. Por isso, não se apegue...

Antes mesmo de o pai terminar a advertência o jovem nobre se agarrou ao pescoço do lobo e comemorou eufórico.

— Obrigado, papai! Obrigado!

Continua...

Notas da Autora:

Não é o meu primeiro projeto original, contudo é o primeiro que decidi tirar da gaveta.

Na verdade, esta história fará parte de um ciclo que contará as origens dos personagens principais que irão compor o enredo central de uma trama bem maior.

Por enquanto, divirtam-se com a história da origem de Sebastian, que será um dos personagens central que mencionei.

Obs.: Sebastian (e os demais personagens que irei relatar as origens) são originais baseados nos personagens que meus colegas interpretavam no jogo de RPG da Comunidade Yaoi Internal School (a antiga YIS) no Orkut. Desta forma, quaisquer semelhanças com outros personagens de seriados, animes, mangás ou até mesmo jogos de RPG, é mera coincidência


Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar! o/


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