Autor: Linanime
Fandom: Saint Seiya
Gênero: Romance, Ação, Drama (Tragédia), Aventura
Classificação: 14 anos
Status: Completa
Resumo: Estranhos desaparecimentos estão ocorrendo ao longo de todo o globo terrestre. A polícia não consegue identificar os suspeitos. Uma agência de detetives especiais entra em cena e uma agente em especial descobre um link entre os desaparecidos: todos eram alunos da academia de Atenas e suas filiais, uma instituição voltada à educação de descendentes
Notas da Autora
Bom esse é o ultimo capítulo! Não ficou o que eu queria, mas o tempo para escrever foi corrido, fora que meu PC deu pane, então não deu para incorporar tudo que eu planejava!
Espero que gostem!
Espero que gostem!
Capítulo 4 - Capítulo 4: As lágrimas da Sirena
Tandara aparece sozinha, o diretor disse que iria levar Doce para a academia e chamar os pais dela para tentar explicar o acontecido. O seu chefe começa a pedir relatos da situação, seus olhos vagos procuravam pelas pessoas com as quais convivera todo esse tempo. Os olhos irados de Leo encontram-se com os dela, Marika estava chorando e Tina estava atrás de Narumi.—Você está bem? Pergunta Narumi gentilmente.
—Sim, muito obrigada! Fala Tina sorrindo.
—Narumi obrigada por ajudar a Tina! Fala Tandara séria.
Narumi sorri enquanto caminha para alcançar seus amigos. Tandara apenas observa todos partirem enquanto seu chefe prende os envolvidos. Ele pergunta o que teria causado os sérios ferimentos na perna de um dos bandidos, parecia ter sido cordado por lâminas de diamante. Tandara fala que existia certas coisas que era melhor não saber, mas que pelo menos todos estavam presos.
Antes da partida, Rhyu aparece na porta da escola, onde o chefe de Tandara e demais pessoas pediam desculpas pelo inconveniente. Eles não sabiam que era impossivel deixar aquele local por conta própria, apenas por meio de fuga sem vestígios para ser encontrado. Mas por enquanto, o mestre e diretor da escola deixa Tandara partir, ele sabia onde poderia encontrá-la.
—Tandara o diretor pediu que eu lhe entregasse isso! Fala Rhyu mentalmente entregando uma ampola com sangue de Doce para Tandara.
—Isso é necessário para investigar se alguma substância letal não foi ingetada na garota! Fala Tandara para Rhyu metalmente.
—Seus caminhos ainda são incertos, mas você deve tomar a decisão correta no momento oportuno. Assim como eu falei para aquele rapaz, o seu coração está mentindo para você, o interessante é que você começou essa farsa que agora vive e não pretende sair tão cedo. Contudo, não podemos viver uma mentira para sempre! Fala Rhyu esboçando um principio de sorriso.
—Eu só fiz tudo que isso para que eu pudesse continuar caminhando. Se eu não mentisse para mim, minha mente iria estar perdida até hoje e eu estaria vivendo em meio aos loucos no hospício. O dano que a vida me causou foi tão grande que acho impossível cicatrizar! Fala Tandara para Rhyu.
—Carinho e amor, isso pode sarar qualquer ferida. Justiça e sacrifício serão necessário para que finalmente você possa parar de viver a sua farsa! Fala Rhyu.
—As vezes você é bem confuso, Rhyu! Fala Tandara movendo as sombrancelhas.
—Já me falaram isso! Fala Rhyu sério.
Os demais apenas observam os dois se encarando sem dizer uma palavra. Definitivamente, era muito estranho. Os dois se despedem por palavras ditas oralmente e Tandara parte de volta ao seu pais e o local onde trabalhava. Antes de prosseguir sente que estava sendo observada, Leo estava olhando pela janela, na face dele estava estampado o que ele pensava, ela traiu a confiança dele.
—Leo, você não compreende-a por inteiro! Fala Drew chegando ao quarto do rapaz.
—Minha intuição falhou pela primeira vez —suspira o rapaz —como posso compreender alguém que estava escondendo a verdade esse tempo todo? Fala Leo com pesar.
—Você nunca enganou-se. Sua intuição não falhou, é você quem está sendo falho! Fala Drew com tristeza.
—Eu não estou sendo falho, Drew. Assim como as sereias, ela pode enfeitiçar os homens. Somos apenas vítimas do efeito da Sirena. Fala Leo com profundo sofrimento na face.
—Eu não sou vítima de nenhum feitiço, Leo. Gosto do botão de rosa, se você está confuso o bastante para desistir, que o faça. Eu ficarei com ela e ajudarei a curar as feridas que estão no mais profundo do coração dela. Você nem percebeu que por mais dura que fosse a máscara que ela usava, por trás está a jovem amiga da Marika, a doce menina que chorava a cada segundo por estar na academia. Aquela que ajudou a Marika, a você e a muitos a compreender que o que somos é mais importante que nossos antepassados, mas essas palavras nunca foram capazes de curar as lágrimas dela própria. Mesmo a Sirena não podendo chorar, ela ficava sendo consumida pelo sofrimento, sem lágrimas apenas dor. Você nunca vai compreender o poço que ela se encontra, você... Drew para ao ver os olhos marejados e irados de Leo serem direcionado para ele.
—Cale-se, eu não quero ouvir mais nada que esteja ligado a ela! Fala Leo com as lágrimas caindo.
—E você ainda dizia que a amava. Você nunca foi digno dela. Fala Drew retirando-se do quarto.
—E eu não entendo porque ela se preocupava mais contigo que comigo! Pensa Drew caminhando.
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Passaram-se alguns dias até que os resultados da análise do sangue ficassem prontas. Tandara estava distante e quase não ia ao local de trabalho, por algum motivo ela estava segurando uma fita cor de rosa quando era vista. Tina foi procurá-la, encontrando-a no parque sentada no balanço. Comenta com a companheira que o resultado finalmente saíra e não dera positivo para nenhuma substância conhecida ou desconhecida, não havia nada que pudesse ter sido injetado e causado a morte da jovem. Esse era um mistério maior ainda que os desaparecimentos.
—Os que foram presos já foram interrogados? Pergunta Tandara séria.
—Sim, mas eles não dizem nada sobre o que possa ter causado a morte da menina. Provavelmente, os demais desaparecidos estão mortos! Fala Tina com tristeza.
—Eu acho que vamos ter que descobrir sozinhos. As suas lágrimas são belas, tina. Sempre tive inveja de quem pode chorar. Fala Tandara séria caminhando de volta a sua casa.
—Tatá... Chama Tina.
—Você deve ter percebido que eu não posso chorar! Fala Tandara caminhando sendo seguida por Tina.
O coração da jovem não suportava mais ter que guardar tudo para si, mesmo que a loira não pertencesse ao mesmo mundo que ela, mesmo que Tina não conseguisse suportar todos os segredos que Tandara carregava, ela precisava falar. Chegam a casa de Tandara, a jovem pega uma caixa repleta de cartões rosados, enfeitados com laços, flores e muitas outras imagens. Tina começa a ler cada um deles e as lágrimas caem de seus olhos. Quanta tristeza e dor haviam naqueles cartões e dentro da caixa uma fita rosa manchada de vermelha, um vermelho já baço, um vermelho de sangue que havia secado.
—Deixe eu te contar uma história! Fala Tandara.
“Muitos achavam que era apenas lenda e histórias contadas a crianças. Mas era tudo verdade, a existência dos lendários cavaleiros de Atena. A cada 200 anos quando o mal está tentando conquistar a terra um bebe nasce em Atenas. Atualmente não nasceu nenhuma criança, apenas Lily Kido, a filha da última Atena existe na atualidade. Não é que ela seja filha, ela era descendente. Já fazem mais de 100 anos que aqueles cavaleiros viveram. Jovens escolhidos e que dedicavam suas vidas a proteger essa terra e Atena. Quando a guerra contra Hades e o Olimpo terminou, foi concedida paz para esses guerreiros e pedido que eles deixassem descendentes e lhes ensinasse a serem cavaleiros e amazonas. Assim, esses costumes vem sendo passados para todos os filhos e descendentes, por meio da academia de Atenas.
Os antigos cavaleiros de ouro lutaram contra a ideia de casamento. Eles temiam que outras batalhas fossem acontecer e suas esposas e filhos seriam os primeiros alvos. O antigo mestre do Santuário, Shion, pediu para que eles não fizessem isso. Dohko e ele já estavam velhos em idade e não deixaram sequer um descendente, mesmo que a aparência fosse nova, seus hábitos eram antigos. Para eles era impossível achar uma companheira, mas para os demais não, que eles procurassem alguém que lhes fizesse sentir bem, amado e confiável. Levou alguns anos para que acudissem ao conselho e o primeiro casamento acontecesse, para a surpresa de todos, o narcisista, Afrodite de peixes, casou-se com uma mulher que quase não se importava com aparência, já que ela tinha uma cicatriz horrorosa na face que a impedia de ficar bonita. Ele não se importou com aquela ferida, ela ficou sendo especial para ele, cuidou das feridas do coração do cavaleiro e mais importante, sobreviveu ao veneno de suas rosas.
Era impressionante como nenhum dos demais queria ficar para trás, e começaram a procurar alguém que lhes completassem para que a mesma felicidade observada em Afrodite pudesse acontecer com eles. Mas um dos maiores problemas era o passado do cavaleiro de Cancer, qual mulher, em sã consciência iria querer casar com um psicopata como ele. Esse pensamento amargurava seu espírito e ele relutava em sair do santuário. Convidado por seus companheiros para ir ao Japão visitar a fundação onde Saori estava, ele caminhava calado pela rua, com todos espantando-se pela sua presença. Os gritos de alguém chamavam sua atenção e ele salva uma garota. Ela era gentil, era sensível e não era para ele, afinal, ele matara tantas pessoas que merecia o desprezo de todos. Ela tocou a face dele mudando os pensamentos do cavaleiro, uma garota cega cuja visão fora roupada por um psicopata quando criança num ataque, não se importava com o que os demais diziam, para ela aquele era seu herói e ele esforçou-se para tentar ser o herói dela. Infelizmente, seu desejo homicida não o deixava e quando sua amada ficou gravemente doente após o parto de filhos gêmeos ele voltou a fazer o que ela tanto adiava. Não podia uma leopardo mudar as suas pintas. Como resultado tentaram tirar a vida de sua esposa desligando os aparelhos, ele não era digno dela e resolveu isolar-se novamente no santuário. Soube que ela se recuperou, mas não foi visitá-la. O chamado de duas crianças gritando a palavra que ele desejou ouvir em seu íntimo tirou o cavaleiro do fundo do posso e o abraço quente de sua esposo fez ele tentar lutar novamente contra sua natureza para merecer a família que possuia.
Os demais foram aos poucos encontrando suas almas gêmeas, estas ajudaram-nos a viver mais felizes e esquecer os sofrimentos passados. Mas o mestre do santuário não conseguira ninguém, ele estava velho demais. Caminhando pelas ruas da china, indo visitar a família de seu amigo Dohko, trombou com uma jovem sentada num banco. Ele voltou ao local todos os dias e ela continuava sentada no banco. Os olhos estavam distantes, ele deseja saber o que acontecera, mas não tinha coragem. Quando voltou para ver a garota, iria retornar ao santuário naquele dia, não a encontrou. A jovem estava no alto de uma prédio prestes a se jogar. Ele teleporta-se até lá e a segura, mesmo ela relutando e pedindo para que a deixasse em paz. Ele não conseguia, via-se na garota do banco, não podia deixá-la morrer. Ela chorou durante horas até acalmar-se e lhe contar sua história. Discriminada pela sociedade por trabalhar num local frequentado por meretrizes. Apaixonou-se por um homem que só tinha intenção de usá-la, foi abandonada no altar porque ele não iria casar com uma mulher como ela. Foi despedida do local onde trabalhava, perdeu tudo que ela tinha com isso, já era órfã, agora não tinha a casa que era oferecida pelo trabalho. Vender ser corpo ela não desejava, já estava fraca pelos dias sem comida e sem dormir, ela iria sucumbir em algum momento, apenas estava tentando aliviar o sofrimento. Shion segura fortemente a sua mão dizendo que ela não deveria pensar assim, a vida era algo importante demais para jogar fora assim. Ele sabia disso porque já possuia mais de 200 anos. Ela não acreditou a princípio, ele a convidou para ficar no santuário até que seu coração e sua mente estivessem tranquilizados. Ela nunca mais saiu de perto do mestre do santuário, porque ao final de alguns anos descobriu que ele lhe dava segurança e desejava ficar perto dele, Shion lutou contra a aproximação, mas foi vencido pelo sorriso da garota.
Os cavaleiros começaram a se envolver e a deixar descendentes e mais descendentes. Mais de 100 anos depois, um casal tem dois filhos, uma menino e uma menina. A Menina chamam Tandara e ao Garoto Matheu. Tandara era descendente de cavaleiro e desde cedo percebeu que ela tinha um poder especial que não deveria mostrar a ninguém, esse poder atraia outras pessoas, ela era a menina que trazia má sorte por causa desse poder estranho, seus pais morreram diante de seus olhos. Os irmãos foram levados para um orfanado, uma sequencia de desastres sem explicação começou a acontecer, crianças desapareciam, empregados apareciam mortos. A diretora segurou seu irmão e mandou jogá-la longe, ela era a pessoa que atraia esse mal, ela trazia má sorte e desgraça para quem estivesse perto. O irmão gritava seu nome, ela estava triste, mas não saia uma lágrima de seus olhos.
Um grupo de estranhos pegou-a e a levou a força para um local escondido,era uma escola. Ela ficou trancada num quarto durante algum tempo, ela gemia e desenhava nas paredes, todos eram rostos que choravam. A diretora, Karem, a visitava com frequencia e tentava conversar com a garota. Contou-lhe que ela era descendente de cavaleiros, mais de um, todo o poder misterioso que ela possuia estava ligado a seus antepassados. Ela poderia sair e ser uma aluna quando quisesse, assim ela aprenderia a controlar esse poder e ajudar outros com o mesmo problema. Tandara não saiu do quarto, mas além da diretora, outra pessoa iria visitá-la e sempre deixa uma flor na porta.
—Você está bem? Não precisa chorar, somos amigos! Falava a doce voz de alguém.
—Quem é você? Pergunta Tandara após vários dias de visitas.
—Angela. Sou uma estudante daqui. Qual é o seu nome? Pergunta a garota.
—Tandara! Fala ela num sussurro.
—Tantara é muito grande, vou chamá-la de Tatá. Diz angela sorrindo gentilmente.
Angela era uma menina de cabelos lilas e olhos azuis. Era gentil e descobriu a doce Tatá escondida no quarto. Uma jovem que só pensava em ajudar as demais pessoas e fez muito descendente de cavaleiro se sentir melhor com suas palavras. Angela levou Tandara para conhecer a escola e as pessoas, foi lá que ela e Marika se conheceram. Tatá sempre dizia que invejava as lágrimas dos demais, lágrimas tão bonitas e ela nunca derramou nenhuma delas. A direto leva a garota para um local escondido na academia e lhe mostra uma caixa especial, ali estava a armadura de Sirena.
—Você não pode chorar, Tandara, porque você é a escolhida para usar a Sirena. Essa aradura foi criada pela última Atena e todos os seus cavaleiros. Não é uma sereia comum, já houve uma amazona de Sereia, mas a Sirena, cujas lágrimas podem curar qualquer mal. Por isso a menina que possuisse os poderes de Sirena não seria capaz de chorar. Foi previsto que uma pessoa surgiria com esse poder e ela seria essencial para destruir o destruidor de sonhos. Ele já existe, então, fique forte logo! Fala a diretora.
Tandara odiou a sirena por não deixá-la chorar, odiou ser descendente de cavaleiro por perder tudo que mais gostava. Naquela noite eles foram atacados, provavelmente pelo destruidor de sonhos, a diretora avisou as alunas para ficarem trancadas nos pequenos porões e foi lá que elas foram atacadas, Angela foi levada por alguém para a escuridão e atacada brutalmente, Marika e Tandara apenas ouviram os gritos, quando a Luz fora acesa puderam ver o ultimo doce sorriso de Angela pedindo para que elas não desistissem, ela cai sem vida e no chão uma grande quantidade de sangue. Tandara perdeu seu suporte, Marika estava aos prantos e ela apesar de triste não podia derramar uma lágrima.
—Eu odeio você, Sirena! Balbuciona Tandara.
—Perdi tudo que me dava suporte, eu não quero mais ficar aqui. Eu sou uma pessoa que trás desastres, não quero que mais ninguém morra aqui! Fala Tandara para a diretora.
—Você sabia que isso ia acontecer? Pergunta a diretora.
—Eu sempre trouxe má sorte para todos. Eu pedi a ela para sair da academia, afinal, ela era apenas humana normal, não era descendente, mas ela quis ficar porque passou e para tomar conta de mim. Eu não queria que ela morresse. Fala Tandara profundamente triste, mas sem derramar lágrimas.”
—Eu fugi da academia naquela noite, não deixei vestígios para ser encontrada. Não conseguiria ficar lá depois de tudo que aconteceu. Mas no final eu queria ajudar as pessoas de alguma forma e por isso eu fui trabalhar na agencia. Fala Tandara séria.
—Era por isso que você sempre foi tão boa nas lutas! Fala Tina levantando-se.
Tina precisava de um tempo para refletir sobre tudo que ouvira, Tandara sabia disso por isso não tentou impedi-la. Tandara reflete, como ela queria que Angela estivesse ali. Por causa dessa dor que consumia-a ela não conseguiu fazer novos amigos, tinha medo de perdê-los novamente. Ela cai de joelhos no chão com a face abaixada e os cabelos cobrindo a sua face, estava triste, sua voz mostrava seu sofrimento, mas ela não podia chorar, as lágrimas não saiam.
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Já havia passado uma semana desde o incidente, o diretor não estava satisfeito com a partida de Tandara e resolveu enviar algumas pessoas. Enquanto Tandara contava sua história para Tina, Marika, que havia ido ao quarto de Leo chamá-lo para ir a cidade de Tatá contava a mesma história, o rapaz relutava em ouvir e ela não parava de contar.
—Você também teve um passado complicado, mesmo assim, não compreende as escolhas dela! Fala Marika preparando-se para sair do quarto.
—Eu não quero ouvir nada relacionado a essa pessoa! Fala Leo angustiado.
—Quando eu cheguei a essa academia você estava triste, quando te contei sobre a minha amiga que me confortava você ficou melhor e disse que queria conhece-la. Agora você a trata dessa forma, você não merecia conhecer Tatá. Mas só venho dizer que o mestre mandou-nos até a cidade dela para conversar, você está na lista, pode vir ou não. Fala Marika retirando-se.
Marika não é a primeira que fala que ele não merecia Tandara. Então, para que todos parassem de perturbá-lo, ele iria junto, pelo menos para mostrar a ela todos os danos que causou nele e na academia. Esperava que ela não retornasse. Suspira, arruma sua pequena mala e sai do quarto.
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Tina caminha silenciosamente, todos estavam investigando a estranha morte, incluindo ela, a garota que trás má sorte e não podia chorar. Tina observa a sua companheira concentrada, não conseguia esquecer o que ela dissera, entendeu que todos os professores eram cavaleiros e amazonas, por isso o chefe não conseguira que aceitassem os currículos enviados, por melhores que tenha mascarado. Não iria tratar Tandara diferente, ela a considerava uma amiga, mesmo que Tatá não demonstrasse isso. Tina finalmente entendeu o motivo da companheira não gostar de ser chamado por esse apelido, isso lembrava Angela e aumenta o sofrimento de Tandara. Olha sorridente para Tatá, ela desvia o olhar por um tempo e depois encara novamente.
—Estou saindo! Fala ela com um semi sorriso.
—Vai aonde? Pergunta Tina curiosa.
—Tenha um compromisso! Fala Tandara séria.
As duas saem da agencia não dando tempo do chefe dizer que eles estavam lá fora, os funcionários da academia de Atenas. Tandara surpreende-se ao ver Marika na rua próxima, parecia esperá-la.
—Olá senhorita Tina, como tem passado? Fala Narumi gentil como sempre.
—Muito bem e o senhor? Pergunta Tina sorrindo.
—Esses dois são meio parecidos, não acha Tatá? Fala Marika observando os dois.
—Meu nome é Tandara. Eu também acho, mas o que fazem aqui? Pergunta Tandara séria.
—Você sabe que ninguém pode sair da academia. Você disse que não iria nos entregar, mas o diretor mandou-nos contatar você! Fala Marika baixo para Tina não ouvir.
A loira olha para Marika que fica assustada. Tandara afirma que ela já sabia de tudo, porque confiou o segredo a uma amiga. Marika olha espantada para Tandara não pelo segredo ter sido revelado, mas pela palavra amiga. Leo aproxima-se, a face dele ainda estava contrariada, encara Tandara e aponta o dedo indicador para a face da jovem.
—Você terá que cumprir um desafio. Se me vencer estará livre, não iremos mais importuná-la, se perder deverá ficar na academia Atenas para sempre! Fala Leo rígido.
—Então tenho que encarar o cavaleiro mais forte da academia e perder meu ganha pão?! Fala Tandara ironica.
—Você irá receber sendo funcionária da academia! Fala Narumi calmo.
—Desculpe-me, mas não tenho tempo para isso agora! Fala Tandara séria.
Leo fica com a face séria, ela estava brincando com coisa séria. Tandara é chamada por um rapaz de cabelos negros e olhos castanhos, ele estava todos sorridente e ela vai ao encontro dele. Os demais ficam confusos, Tina sussurra que aquele era o namorado de Tatá, isso todos na agencia achavam. Leo aperta a mão fechada com força, então ela realmente tinha um namorado. Tandara afasta-se dos demais, afirmando que iria entrar em contato para resolverem o assunto, contudo, agora tinha algo importante para fazer.
—Um encontro é mais importante que isso! Fala Marika incrédula.
—Ela não o vê a algum tempo, deve estar com saudades! Fala Tina com a face rubra.
—E você criatura alegre, também tem namorado? Pergunta Marika séria.
—Eu, bom, é que... Não! Fala Tina ficando mais vermelha que uma pimenta.
—Então eu não estou tão mal, já que sou comprometida! Fala Marika sorrindo.
—Com o menino arco-iris? Pergunta Tina ingenua.
—NÃO! O menino arco-iris é o Leo, esse que está conosco além do Narumi. O meu namorado é outra pessoa! Fala Marika.
—A Tatá contou sobre o que aconteceu na academia, eu achava que você se dava bem com ele a ponto de ser a namorada dele. Fala Tina sorrindo.
—Vai conversar com o senhor alegria e me deixa criatura saltitante! Fala Marika virando-se para ir embora.
—Ela usa apelidos estranhos como a Tatá! Fala Tina.
—Sim, elas devem ser amigas chegadas! Fala Narumi.
—CALEM-SE! Grita Marika.
Eles iriam retornar a academia, esperavam que Tandara os procurasse o mais rapido possível, para resolverem logo esse assunto. Marika pensa naquele garoto, algo não lhe era estranho, ela só não conseguia saber o quê.
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Tandara estava em sua casa terminando de arrumar as cartas para Angela quando um pensamento lhe vem a mente. A diretora falou que a menina não morrera pelos golpes que derramou sangue, ela morrera porque seus sonhos foram roubados e sua energia vital absorvida junto, isso era obra do...
—Destruidor de sonhos! Fala Tandara caindo de joelhos no chão com a face espantada.
Tandara começou a juntar as peças do quebra cabeça. O destruidor de sonhos precisa de crianças entre 8 e 12 anos, porque estavam no auge dos sonhos para a vida. Ele utilizava a energia vital das crianças para se fortalecer, ele ainda não estava pronto para atacar o santuário. Só poderia ser isso, Doce não tinha nada de quimico em seu interior, mas morreu. Não tinha sinal de espancamento, estava ficando triste e desiludida a cada semana, cabisbaixa e pessimista a cada dia. Ela foi uma vítima do destruidor de sonhos, o inimigo que a diretora falara.
Tandara levanta-se apressada, manda uma mensagem para Tina e parte para o aeroporto. Precisava contar isso ao diretor da academia e para Karem, sua mestra e a única que a ajudou todo esse tempo. Tina encontra-se com Tandara e ambas partem em uma missão secreta, assim ela falara com o chefe.
—Aquelas pessoas eram apenas subordinados do inimigo principal. Fala Tandara para Tina.
—Você já sabe quem é, Tatá. Mas como encontrá-lo? Pergunta Tina séria.
—No submundo ou algo semelhante! Fala Tandara.
As duas chegam em Atenas e correm para a academia. Leo a encontra no portão e tenta impedi-la de entrar antes que resolvessem as diferenças numa luta. Ela diz que o mais importante era ela falar com o diretor, essa luta ficaria para outro momento. Drew aparece falando para ele as deixarem passar e uma reunião iria acontecer na direção nesse momento. Eles correm para a direção onde algumas pessoas estavam reunidas.
—Então Tandara, conte a sua suposição. Fala o diretor com Karem ao lado.
—Não é uma suposição simples, diretor. Eu untei algumas peças desse quebra cabeças. A diretora Karem, a anos atrás, disse que uma amiga não havia morrido devido a golpes simples, ela teve seus sonhos devorados pelo destruidor de sonhos e sua energia vital drenada. Os jovens que desaparecem sempre estão no mesmo intervalo de idade, entre 8 e 12 anos, a idade em que nós mais temos sonhos para o futuro. Esses desaparecimentos são esporádicos, porque ele não quer ser encontrado, mas precisa desse alimento para se fortalecer e atacar o santuário. Isso foi previsto quando os antigos cavaleiros ainda viviam, um inimigo poderoso iria aparecer. Os jovens nunca são encontrados, mas por meio de Doce consegui perceber os sintomas: eles ficam cabisbaixos, pessimistas e desiludidos, porque perderam seus sonhos. Fala Tandara surpreendendo a todos.
—Ela é boa nisso, diretora Karem! Fala o diretor da academia Atenas.
—Sim, mas não fui eu quem ensinou isso. Ela aprendeu enquanto detetive. Fala a diretora orgulhosa.
—Onde ele pode ser encontrado? Pergunta Rhyu sério.
—Provavelmente no submundo, porque ninguém o sente. Sua energia sinistra deveria ser percebida pelos descendentes sensitivos, assim como os antigos cavaleiros perceberiam. Devemos procurá-lo antes que ele venha para a superfície. Fala Tandara séria.
—Reunam todos os cavaleiros, Simon irá guiá-los para o submundo. Não deixem que esse homem venha, ele irá destruir tudo que conhecemos. Fala o diretor.
Tandara pede ao diretor para ficar com Tina, ela também iria como uma amazona, mesmo que não gostasse da Sirena, iria fazer uma aliança naquele dia para ajudar a todos. Leo olha torto para Tandara, todos estavam reunidos e Simon iria levá-los para o local designado.
—Botão de rosa tenho algo para lhe dar! Diz Drew com uma rosa na mão.
Tandara suspira, pelo menos naquele dia iria aceitar o presente de Drew. Este surpreende a jovem quando puxando-a pela mão junta seus lábios aos dela de uma maneira gentil. Aquilo era um desejo de boa sorte para Tandara. A garota fica vermelha, Leo fica bravo, ela não tivera aquela reação quando ele a beijara. Eles partem para o submundo. Simon era descendente de um dos juizes, então conhecia o local. Uma forte neblina os envolve separando-os uns dos outros, o destruidor de sonhos iria atrás de um por um.
—O que foi isso? Diz Tandara com a sua caixa de armadura nas costas.
Ouvem-se diversos gritos, não era apenas seus companheiros que estavam sofrendo naquele local. Tandara sente um arrepio percorrer a espinha, continua andando sendo surpreendida por um cavaleiro de armadura, aquela era a armadura de aquário, quem seria ele? O cavaleiro estava sendo atacado por alguns espectros, assim ela achava, ele é encurralado por vário e então uma explosão de gelo acontece.
—Os inimigos viraram picolé! Pensa Tandara.
—Quem está ai? Pergunta o cavaleiro.
Ela conhecia aquela voz, ela pertencia ao garoto comercial de creme dental. O cavaleiro vira-se e ela reconhece ser Leo, estava surpresa, não conseguira identificar isso com seus estranho poder. Ele a encara como se fosse inimiga e depois vira-se caminhando para o lado oposto.
—Espere! Fala Tandara.
—Não vou ficar com a traidora, estou indo procurar meus AMIGOS! Fala Leo ríspido.
—É melhor andar junto mesmo que seja com a traidora. Qual é a desse tratamento? Fala Tandara emburrada.
—Qual é a dessa sua personalidade agora. Aceita facilmente o contato de Drew e ainda faz pose para me dar lição de moral, GAROTA! Fala Leo irado.
—Ele me beijou e o que isso tem a ver com o seu tratamento? Fala ela séria.
—Que seja, estou indo atrás de meus amigos. Se quiser me seguir, que venha, não preciso de sua ajuda! Fala ele ríspido.
Então Leo estava com algo semelhante a ciúmes? Tandara balança a cabeça seguindo o cavaleiro. Eles não sabiam por onde ir, Leo pergunta se ela não iria usar a armadura. Tandara pensa, era melhor colocá-la logo antes que a coragem acabasse. Pronuncia palavras com uma voz melodiosa que Leo não conhecia, a caixa abre-se revelando a armadura de Sirena, Tandara move ser corpo em torne de si mesmo várias vezes enquanto as partes da armadura iam se encaixando, parecia estar dançando alguma peça de balé com seus movimentos. A Armadura era composta por um peitoral, com um decote que Tandara odiou, duas partes corriam pelas laterais juntando-se a cintura em um cinto todo trabalhado, continuava pelas pernas formando as botas, tudo em um tom prateado com detalhes diamantados. Um par de luvas, dois tecidos brancos saiam do cinto, como se desejasse formar uma saia indo até os joelhos, mas sem comunicação entre eles. Os cabelos dela ficam soltos com uma tiara, a capa da Sirena possuia entalhes da mesma estrutura da armadura no início e fim.
—Pronto, coloquei essa coisa, agora vamos prosseguir! Fala atndara percebendo a face de Leo rubra.
—Não me olhe assim, eu também não gosto dessa armadura, ela me exibe demais! Fala Tandara constrangida.
Leo observa que a jovem estava diferente de antes, não era somente com drew que ela ficava vermelha. A Tandara de um tempo atrás não ficaria rubra e ainda tiraria sarro dele, mas essa parecia-se mais com a Tatá que Marika tanto falava. Eles caminham lado a lado e lutam com muitas espectros até chegar a um local vasto e sem nada, nada normal é claro, porque seus amigos estavam presos em rosas sendo exibidos como troféus. No centro um trono de pedra e um homem de armadura negra e máscara, provavelmente o devorador de sonhos.
—Não olhe para ele quando tirar a máscara, ele irá roubar seus sonhos e sua energia vital. Fala Rhyu sendo atingido por uma esfera de energia escura e apagando.
—Eu termino com eles depois. Agora, eu preciso das lágrimas da Sirena para ficar completo logo. Fala o devorador de sonhos.
—Desculpe desapontar, mas eu não choro! Fala Tandara séria.
—Então terei que fazer com que derrame lágrimas. Fala o devorador invocando seu súditos espectros.
Leo e Tandara começam a lutar contra os inimigos, as feridas, a dor não lhe faziam chorar o que era impressionante. Leo pede para que ela segurasse nele porque iria congelar tudo a volta. Ele não dominou a técnica principal do cavaleiro de aquário, ficou cabisbaixo por ser alegre demais e comunicativo demais, mas uma certa pessoa que falava algumas palavras com Marika ajudou-o a superar, agora ele podia apenas ajudá-la nessa batalha. Leo usa sua nevasca eterna para congelar todos os espectros, Tandara ainda segurando-se a Leo abre os olhos brilhantes e várias lâminas surgem ela usa-as para destruir as estátuas de gelo.
—Eu pego o destruidor de sonhos, você solta os nosso amigos! Fala Tandara para Leo.
—Tem certeza? Pergunta Leo preocupado.
—Ele quer as minhas lágrimas, mas eu não consigo chorar. Perdi meus pais, minha amiga, tudo e não derramei uma lágrima sequer! Fala Tandara deixando-o e indo atacar o inimigo.
Os dois enfrentam-se com socos e chutes, o inimigo era mais rápido e atingiu uma série de socos na barriga de Tandara. Menciona que se ela não ia chorar com dores físicas, ia causar dores mais fortes que as físicas. Tandara percebe que ele iria tentar machucar seus amigos novamente, sua energia eleva-se e envolve o inimigo que não consegue mover-se, ela acerta vários golpes mentais nele, ela era uma excelente telepata pelo visto. O destruidor cai no chão e soco a solo invocando espectros que seguram Tandara, ele estava indo atrás de Leo. Retira a mascara e parte velozmente para roubar o sonho do ultimo cavaleiro consciente.
Tandara grita para Leo que tenta defender-se, mas o oponente era muito forte. Tandara fica com pânico na face e explodindo seu cosmo manda os espetros longe, eles são transpassados por suas lâminas de diamante. Corre o mais rápido que pode, ela não era capaz de teletransportar-se como os antigos cavaleiros de áries. Empurra Leo e encara os olhos vermelhos do inimigo, não queria perder mais ninguém, grita em profunda dor, segurando sua cabeça. O destruidor tentara roupas os sonhos de Leo, contudo fora Tandara quem lo encarara.
—Tandara? Pergunta Leo.
A garota estava com os olhos baços, distante, balbucionando coisas de seu passado, suas desilusões. O destruidor de sonhos afasta-se irritado, menciona que ela só tinha sofrimento e pesadelos, nenhum sonho e desejos futuros, ela era vazia, ele não conseguira energia dela. Leo enfrenta o inimigo que o explode com energia negra lançando-o para o alta e acertando-o várias vezes com bolas negras sem deixar o cavaleiro cair no chão. A Armadura começa a ser prejudicada assim como a dos outros e Tandara permanece em transe, sem mover-se do lugar.
—TANDARAAAA! Grita Leo em vão.
—Ela não tem sonhos, vai continuar assim para sempre. Vou ter que acabar com você e tentar arrancar as lágrimas da Sirena. Fala o inimigo seguido de uma gargalhada sinistra.
—ELA NÃO É A SIRENA. É A TANDARA, UMA GAROTA QUE SOFREU MUITO TODO ESSE TEMPO E PERMANECEU CALADA. É A GAROTA QUE EU AMO! Grita Leo para o devorador de sonhos.
Leo grita de dor, os gritos dele são ouvidos por Tandara. Sua mente vai voltando aos poucos com as lembranças de Angela pedindo para ela ser feliz, para ela enfrentar a vida com todas as forças que tinha. Concentra-se formando uma espada de cristal com a qual ataca o inimigo, Leo cai no chão e ofega, estava ferido, mas a salvo.
—Então acordou, Sirena? Se não é capaz de chorar com o sofrimento de cavaleiros, então chore com o sofrimento de meros humanos! Fala ele mostrando dois pilares.
Na academia havia gente infiltrada do destruidor de sonhos, esses entregavam os jovens e agora entregaram a vida de Tandara, os diretores e sua amiga. Nos pilares estavam Tina e o garoto que Leo vira. Tandara fica estática enquanto o inimigo começa a feri-los retirando muitos gritos de agonia. Tandara tenta correr até o local, Leo a segura.
—Você não pode? Fala ele angustiado.
—Aquele é meu irmão, meu precioso irmão que eu levei tanto tempo para encontrar. Eu figi para encontrá-lo. Eu tenho que salvar ele, não acredito que o envolvi nessa batalha! Fala ela angustiada.
Apesar dos gritos de dor, ela não derramou uma lágrima sequer. O destruidor fica impaciente e luta com os cavaleiros para tentar fazer a mulher chorar. Como ele não observa resultados lança lâminas negras nos humanos normais ali presentes, Tandara e Leo correm até lá e tem seus corpos perfurados pelos objetos. Ele fere-os ainda mais, contudo ela não chora e continua enfrentando-o, ficando mais forte e certeira a cada ataque.
—Parece-se que você consegue entender o oponente e então analisar os movimentos destes para contra atacar de forma eficiente. Muito bem, Sirena, mas eu vou acabar com você e usar os jovens para me completar com os sonhos dele. Fala o inimigo gargalhando.
Ele usa uma espada negra e Tandara usa a sua de cristal enfrentando-o com seus golpes. Os dois ferem-se, o sangue escorre dos cortes de Tandara, ela não para de contra atacar ferindo o inimigo no confronto. Os dois explodem em ira e afastam-se com o impacto, Leo utilizara essa oportunidade para tirar Tina e o irmão de Tandara do local em que estavam presos e afastá-los da batalha. O inimigo fica furioso, ainda mais quando agulhas de gelo o atingem. Afasta-se e espalha sua energia sinistra pelo local, Leo e Tandara percebem que o lugar estava drenando a energia deles. Com a distração ele corre até a Sirena para feri-la com sua espada acertando Leo que se pusera na frente de sua amada. Tandara fica furiosa e causa uma grande explosão de energia arremessando o destruidor de sonhos para longe.
—Menino arco-iris! Fala ela correndo para chegar perto de Leo pegando-o nos braços.
—Quando eu irei ouvir você falar meu nome com a sua doce voz? Fala Leo fraco.
—Leo, porque fez isso? Eu não sou a traidora que podia mete-lo em encrenca a qualquer minuto? Fala Tandara com pesar.
—Podia eu ver a mulher que amo ser morta diante de meus olhos? Pergunta ele mais fraco.
—Você me odeia lembra? Fala ela tristemente.
Leo sorri com um pouco de dificuldade, as mãos fracas tentam aproximar a face de Tandara da dele exercendo uma leve força sobre a nuca da jovem. Infelizmente ele não consegue seu último beijo, as mãos caem sobre o solo e o rapaz fecha os olhos. O sangue mancha a pele de Tandara e o chão, o cavaleiro não iria mais importuná-la com seus sorrisos, ofuscá-la com o brilho que ele emanava, nem dizer que a amava com aquela voz tão doce.
—LEOOOOOOOOOO! Grita ela desesperada.
—Não me deixe. Meu coração só bate assim quando você está por perto, eu só fico desse jeito quando você aproxima-se, eu não entendo o que isso significa, mas quando você me olhava daquele jeito eu ficava triste, quando pensei que tivesse ferido você eu fiquei desesperada...
Nos olhos de Tandara as lágrimas começam a ser formadas, o devorador de sonhos fica contente, iria conseguir o poder delas agora. Tandara faz uma carícia no rosto do cavaleiro, ele estava ficando pálido pela perda de sangue e começando a ficar frio.
—Por favor, volta para mim! Fala Tandara beijando os lábios frios do companheiro.
Uma luz envolve-a, as lágrimas correm de seus olhos como cascatas de seus olhos e tornando-se luz brilhante que envolvia o rapaz e espalhava-se por todo o local. Ela queria ver ele sorrindo novamente, queria que ele a tocasse com aquelas mãos carinhosas e quentes, não queria aqueles lábios frios juntos aos dela. O devorador de sonhos tenta capturar aquela energia, mas ao invés de ficar completo, seu corpo começa a desfazer-se, porque ele não conseguiu absorver e converter a energia, aquele era o golpe mais poderoso da Sirena, as lágrimas de sereia. Algo tão poderoso que para não causar desastres a pessoa que seria a Sirena era impedida de chorar.
—NÃOOOOOOOOO! Grita o devorador de sonhos enquanto seu corpo era desfeito.
As energias absorvidas voltam as pessoas a quem pertenciam e o inimigo se desfaz perante ao poder das lágrimas da Sirena. Os cavaleiros abrem os olhos e soltam-se, Narumi segura Tina nos braços, a garota tentara resistir de forma valente, pelo visto.
—Leo, abre os olhos... Diz a voz suave de Tandara.
O corpo do rapaz fora curado pelo poder da Sirena, mas ainda estava inconsciente. Os demais observam a tristeza da jovem, entenderam o motivo das lágrimas. Todos concentram-se, desejando do fundo do coração que Leo voltasse pra junto deles. A oração silenciosa é transformada num brilho que envolve o cavaleiro de aquário. Tandara estava próxima ele e tão angustia que não viu quando os dedos de Leo começaram a mexer-se.
—Tatá... Chama Marika.
A jovem olha para a amiga, percebendo quando as mãos do cavaleiro tocam seus cabelos, assustada afasta-se rapidamente. Levanta-se e vai esconder-se nos braços de Marika, estava muito envergonhada.
—Seus sentimentos chegaram até mim! Fala Leo fraco.
Eles retornam a academia e Leo precisa ficar um tempo sobre observação médica. Quando ele melhora procura Tandara para os dois enfrentarem, afinal esse era o acordo. Ela aceita e ambos vestem suas armaduras, aquele seria o combate decisivo.
—Se você ganhar está livre, se perder fica aqui para sempre, comigo! Fala Leo sorrindo e ficando com a face rubra.
—Garoto comercial de creme dental o trato é ficar aqui e não com você! Fala Tandara séria.
—Mas eu te amo! Fala Leo ainda mais vermelho.
Tandara fica rubra de vergonha e Drew aparece para dizer que não iria desistir de sua bela rosa, enquanto ela não trocasse alianças com Leo ele ainda teria chance. Os dois começam a lutar, o brilho explosivo de Tandara encontra-se com a nevasca eterna de Leo, nenhum deles desistiria tão facilmente.
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—Assuma agora Tatá, Leão e Aquário são perfeitos um para o outro! Fala uma voz conhecida.
—Meu nome é Tandara, já cansei de falar para não me chamar de Tatá. E não, continuo não acreditando que Leão e Aquário são perfeitos um para o outro. Diz uma ela em tom firme.
—Você não tem jeito! Fala a voz masculina sorrindo e aproximando mais da jovem.
—Eu não acredito que os signos possam interferir tanto em um relacionamento. Diz Tandara por fim.
Ela perdera para o Grande Leo e ainda teve que ficar com ele, ela gostava dele e o rapaz estava disposto a arrancar dos lábios dela um eu te amo. Ele aproxima-se abraçando-a pela cintura. Ela fica incomodada e tenta livrar-se, mas fisicamente, ele era mais forte que ela. Leo aproxima a cabeça da orelha de Tandara para pronunciar algo.
—Se não posso chamá-la de Tatá, então a chamarei de meu amor! Fala Leo gentilmente.
A face de Tandara fica vermelha, Leo a solta porque um certo cavaleiro lançara uma rosa em seu braço e estava furioso a suas costas.
—Solte a minha ROSA! Fala Drew começando a correr atrás de Leo para atacá-lo.
Os dois saem correndo enquanto Tandara observa o por do sol rindo. Drew não iria desistir tão fácil dela, Leo não pretendia deixar ele ganhar o coração da jovem, ele apenas não sabia que o coração de Tandara já tinha dono e este era ele.
—Eu te amo, Leo! Fala Tandara docemente e com a face ligeiramente rubra.
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