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[Saint Seiya] Lágrimas - Capítulo 2, escrita por Linanime

Capítulos: 1 2 3 4
Autor: Linanime
Fandom: Saint Seiya
Gênero: Romance, Ação, Drama (Tragédia), Aventura
Classificação: 14 anos
Status: Completa
Resumo: Estranhos desaparecimentos estão ocorrendo ao longo de todo o globo terrestre. A polícia não consegue identificar os suspeitos. Uma agência de detetives especiais entra em cena e uma agente em especial descobre um link entre os desaparecidos: todos eram alunos da academia de Atenas e suas filiais, uma instituição voltada à educação de descendentes

Capítulo 2 - Os desejos dos alunos

Tandara caminha entre os corredores, precisava chegar a sala do diretor e pegar a lista das pessoas que fariam a prova na sala onde ela ficaria. Era estranho, parecia mais uma seleção de vestibular, mas todos eram crianças. Se ela se lembrasse bem, a prova era tão complicada que apenas descendentes de cavaleiros com um pouco de treinamento conseguiria passar. Muitos tentavam por anos, mas uma vez completado os 11 anos não podiam mais fazer a prova. Os corredores estavam vazios, os alunos estavam em um treinamento especial. Ela ouviu vários mencionarem que desejavam ver as sagradas armaduras, nem que fosse as de bronze.

 —Todos são atraidos para esse lugar com o mesmo propósito! Mas eu não vim para esse fim! Pensa Tandara.

 —Oh, você levantou, Tatá?! Fala Marika próxima a porta da direção.

 —Meu nome é Tandara. E não, eu não acordei, é que sou tão importante para você que apareço até nos seus sonhos! Fala Tandara irônica.

 —Volta para o buraco de onde veio! Fala Marika com raiva.

 —Vai procurar o garoto comercial de pasta de dente e me deixa em paz! Fala Tandara calmamente e sorrindo.

 Antes que Marika pensasse em revidar ou fazer qualquer movimento, Leo abre a porta da diretoria olhando para as duas. Tandara fecha a face ao ver o rapaz que sorri feito um bobo ao vê-la.

 —Bom dia! Fala ele sorrindo.

 —Péssimo dia, acabei de te encontrar! Fala ele ignorando-o.

 —Não precisa ser mal educada com Leo. Ele apenas está sendo gentil com você, novata! Fala Marika.

 —Vai brincar de casinha com seu namorado arco-iris, vai! Fala Tandara voltando pelo caminho que veio.

 Tandara já estava deslocando-se quando uma voz grave chama seu nome, era o diretor, um homem de longos cabelos azulados e olhos azuis, porte firme, vestindo um terno preto e muito alto. A pele clara combinava perfeitamente com os olhos azuis. Tandara observa e ele começa a falar sobre a prova que deveriam aplicar. Ela fica surpresa, só tinha no local Marika, ela e o garoto comercial de creme dental, digo, Leo. Onde estavam os demais professores? Tandara ficou vagando em seus pensamentos até que o seu nome foi mencionado junto do nome do garoto arco-iris, ela então, voltou sua atenção para a situação, percebendo que os dois iriam aplicar a prova na mesma sala.

 —O QUÊ? Grita ela batendo na parede.

 —A senhorita e o Leo irão aplicar a prova na mesma sala! Repete o diretor com tom hiperativo.

 —Eu e o garoto comercial de creme dental? Desculpe mas vou voltar para a ilha de onde eu vim! Fala ela levantando-se da cadeira.

 —Ela não gosta muito de mim, não é Marika?! Fala Leo sorrindo.

 —Com essa sua personalidade nem eu te suporto muito! Fala Marika séria.

 —Senhorita Tandara, você irá aplicar a prova junto com o Leo na mesma sala. É necessário um homem e uma mulher juntos, já que a prova é mista e teoricamente a escola também. Diz o diretor.

 Tandara sente tudo tremer, se ela se lembra bem, aquela era uma técnica usada pelos cavaleiros de cancer. Se ela continuasse indo contra a decisão dele, as consequências seriam piores que uma dor simples dor de cabeça, como estava sentindo no momento. Suspira, o diretor sorri, não gostava que fossem contra suas ordens.

 —Então vamos nos esforçar, Tandara! Fala Leo sorrindo.

 —Pede para ele parar de tentar me sufocar com o brilho dele e parar de mostrar os dentes, afinal não sou dentista. Fala Tandara para o diretor apontando para Leo.

 O diretor sorri, aquele rapaz pedira para ficar na mesma sala que a novata. Enquanto Leo não a considerasse confiável, iria ficar seguindo-a para todos os cantos. Os jovens saem de sua sala, ele apenas observa a janela, vários jovens ansiosos para cursar aquela academia, com o desejo de ver as sagradas armaduras.

 —Apenas uma pessoa não chegou aqui querendo isso. Apenas uma pessoa odiava ser descendente de cavaleiro e ser comparada aos ancestrais. Apenas ela desejou ser completamente normal. Seria por isso que você a escolheu? Pensa o direto olhando na direção aonde a armadura que viera da ilha estava.

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 Tandara suspira enquanto Leo parecia a felicidade em forma de gente. Ele contabiliza as cadeiras, arruma-as milimetricamente e depois observa Tandara com tédio na face observando o nada. Ele era muito perfeccionista e ela não estava interessada em frequentar o mesmo espaço que ele.

 —As crianças vão chegar em breve! Fala ele tentando quebrar o gelo.

 —É! Fala ela num sussurro.

 —As provas são muito complicadas, principalmente para quem não conhece a histórias dos cavaleiros e nunca foi treinado. Fala ele animado.

 —É! Diz ela observando o nada.

 —Não tem jeito, você não vai me responder nada além disso? Pergunta Leo deitando a cabeça levemente na mesa.

 Ele aproximara da mesa e ajoelhara-se para ficar mais baixo e observar a face de Tandara, agora colocara a cabeça sobre o móvel e estava encarando-a bem de perto, já que esta, desanimada, deixou sua cabeça também apoiar-se na mesa. Ela olha no fundo dos olhos verdes dele, estavam mais verdes que o normal. Aquele homem era muito alegre, feliz e saltitante, muito irritante para o gosto dela. Se ele achava que ela iria ficar vermelha como uma menina tímida e desviar a face, estava muito enganado.

 —Seu cabelo não é milimétrico como a organização das cadeiras! Fala Tandara encarando-o.

 Leo sorri, estava tão próximo e ao mesmo tempo tão distante daquela mulher. Ela até que parecia muito interessante, mas será que era confiável? Ainda não sabia de quem ela era descendente, era um mistério sem fim. Ele leva a mão nas mexas que estavam soltas e caiam sobre a face de Tandara, o cabelo dela era desorganizado, ela era masculina, vestia-se como um garoto, não era fofa, meiga ou gentil, ela era apenas ela mesma em todas as situações. E nesse momento deu um tapa na mão dele para que não tocasse nos seus cabelos.

 —Garoto arco-iris vai iluminar o caminho das crianças até aqui! Elas parecem estar mais interessadas na sua pessoa que eu1! Fala Tandara apontando para a porta.

 Vários olhos esperançosos e animados olhavam para o rapaz. Ela não sabia, mas muitos dos garotos que ali entravam, vinham para pelo menos conhecer Leo, mesmo que não passassem poderia conhecer a lenda. Lenda? É o pensamento que paira na cabeça de Tandara. Aqueles meninos admiravam-no, como se ele fosse algo importante.

 —Somente o sorriso dele deve alegrar a alma aflita desses garotos! Pensa Tandara.

 —Quem é a estranha? Pergunta um dos garotos.

 —Tandara! Fala Leo sorrindo.

 —Nunca ouvimos falar nela! Fala outro menino.

 —Ela é nova aqui nessa academia. Mas já frequentou uma filial que fica numa ilha distante! Fala Leo calmo.

 —Ela é forte? Pergunta uma menina que acabara de chegar.

 —Se você derrotar o Leo, será reconhecida como forte! Fala outro menino sentando-se.

 —Tenho mais o que fazer da minha vida! Não vou me envolver numa luta sem sentidos com o garoto comercial de creme dental! Fala Tandara séria.

 —Ela dá medo! Falam as crianças.

 —Se você continuar assim, será apenas temida por eles! Fala Leo.

 O olhar gélido que lhe é direcionado foi suficiente para ele ficar quieto o restante da prova. Tandara observa o esforço daquelas crianças, a tristeza inundar a face de alguns, eles realmente desejam passar. Como ela desejava nunca ter entrado naquela academia. Ela era um artigo de má sorte, como a dona do orfanato sempre lhe dizia, já que onde ela estava sempre aconteciam desgraças.

 —Você dá má sorte garota. Vá embora daqui, não fique perto das outras crianças! Gritava a mulher em seus pensamentos.

 —Irmã... Grita a voz do menino tentando se aproximar.

 Tandara vagava em seus pensamentos enquanto observava as crianças desesperadas. Por que ela tinha que ser descendente de cavaleiros? Porque ela não poderia apenas ser uma garota normal como outra qualquer? Porque quanto mais ela fugia daquela local, mais perto ela ficava?

 —Tandara já está quase na hora de recolher as provas. Você percebeu que alguns tiveram que sair, é proibido cola nessas provas. Se vir alguém, deve tirá-lo da sala. Fala Leo sério.

 —Por que não deixar as crianças assim? Pergunta Tandara.

 —Porque o treinamento é pesado demais para crianças normais. Com essa vida sedentária que os pais vem levando, o porte físico deles não suportaria todo o treinamento proporcionado pela academia. Fala Leo sério.

 Os olhos de Tandara ficam arregalados, aquela era uma expressão diferente da que ela usava sempre, Leo fica assustado. Ela coloca as mãos na face como se tentasse cobrir seus pensamentos para que mais ninguém ouvisse.

 —Como é o seu nome? Pergunta um borrão em sua mente.

 —Tandara! Fala ela sussurrando.

 —Tandara é grande, vou chamá-la de Tatá! Fala o borrão.

 Um flash passa em sua mente, um sorriso inocente, uma fita cor de rosa, o apelido dado por alguém importante que ela não desejava lembrar e o sangue sendo espalhado pelo chão. Tatá, ecoava em sua mente, o chamado mudo de alguém que ela nunca desejou perder.

 —Eu sabia que você viria! Termina a voz.

 Leo observa Tandara perdida em pensamentos que ele desconhecia. Segura as mãos dela para afastá-las do rosto. Lágrimas? Pensa ele, existiam lágrimas formando-se nos olhos frios da garota. Ela tinha muito sofrimento escondido e provavelmente não seria ele a desvendar. Com o dedo toca a desta dela de leve trazendo-a de volta aquela sala de aula. As crianças ficam observando, as meninas ficam ruborizadas e sorrindo, como se os instrutores fossem uma espécia de casal de contos de fadas.

 —Ah que lindo, ela é a namorada do grande Leo! Gritam as meninas.

 —Na o QUE? Grita Tandara.

 —Vocês se dão tão bem. Que fofo! Falam as meninas viajando.

 —Leo ela é muito assustadora, escolhe outra garota para namorar! Falam os meninos.

 Tandara fica furiosa e começa a esbravejar que não existia nenhum tipo de relacionamento entre eles. Leo sorri, pelo menos isso seviu para trazer a Tandara de sempre, mesmo que as crianças estivessem equivocadas. Afinal, ele não tinha esse tipo de interesse, principalmente para com alguém que ele não confiava plenamente.

 O sinal toca e a prova termina. Vários rostos desapontados começam a ser formado, alguns felizes pela última cena. Tandara e Leo recolhem as provas e caminham juntos, ela olha irada quando cruzam a porta ao mesmo tempo e ele lhe concede a vez, ela não passa enquanto ele não saiu do local. Os passos de ambos estavam sincronizados e isso a irrita ainda mais.

 —Tatá, está fazendo dupla com o Leo até nos passo? Fala a voz de Marika seguida de uma gargalhada.

 —Vai passear com o garoto arco-iris e me deixa em paz! Fala ela ironica.

 —Olha a novata! Como você está, minha Lady? Fala uma voz masculina que segura sua mão e deposita um beijo.

 Tandara gela ao sentir o toque e perceber o movimento. Ela olha assustada para o homem a sua frente. Cabelos negros, olhos verdes, alto, pele clara e músculos trabalhos a mostra porque o dito cujo usava apenas um colete cobrindo o torax. Ela puxa a mão antes que ele depositasse um beijo. Já não bastava o menino comercial de creme dental agora tinha um dom Juan na sua frente. Aquele lugar só tinha louco.

 —Marika quem é essa figura? Pergunta Tandara friamente.

 —Seu futuro esposo! Fala o homem piscando para ela.

 —Futuro esposao uma virgula, vá se danar! Fala Tandara o mais grossa que conseguiu.

 —Minha bela, pareci uma material bruto pronto para ser trabalho e refinado numa linda joia. Serei eu o homem que fará sua transformação? Fala o moreno fazendo algumas poses estranhas.

 —Drew sossega! Fala Marika séria.

 —Eu finalmente encontrei a mulher da minha vida, sua bruxa! Fala Drew sério sendo recebido com um soco na barriga.

 —É a primeira vez que ele invoca com uma garota. Geralmente ele chama as garota de mocreias, bruxas, coisas horrorosas. Mas voce ele chamou de bela e pedra preciosa. Tirou a sorte grande, Tatá! Fala Leo sorrindo.

 —Meu nome é Tandara! E eu não quero ficar perto de um esquisito desses! Fala ela retirando-se do local.

 Ela entrega as provas e vai para o quarto, precisa treinar e buscar pistas dos incidentes. Não esquecera sua real missão, mas Leo e agora Drew estavam no seu encalço, se ela descuidasse seu disfarce iria ser descoberto.

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—Drew por quanto tempo pensa em continuar com essa sua atuação barata! Fala Leo aproximando-se.

 —Ora, ora, quem está com atuação barata aqui. Eu sou um modelo famoso e já fiz comerciais, você é que está com a atuação barata! Fala Drew calmamente.

 —Pretende perseguir Tandara? Pergunta Leo.

 —Minha bela flor precisa de cuidados maiores que minhas preciosas rosas. Quando ela desabrochar algo interessante vai acontecer! Fala Drew caminhando para a sala do grande mestre.

 Drew caminha calmamente deixando para trás um confuso Leo. O mestre do santuário apenas observar aqueles dois. Drew estava certo, quando aquela garota mostrasse todo seu poder algo incrível poderá acontecer.

 —Drew você não deveria ser o cavaleiro mais bonito? Fala uma voz masculina.

 —Fica quieto leonino! Fala Drew irritado.

 —O Leo faz mais sucesso com as garotas que você! Fala novamente o leonino.

 —Eu não preciso fazer sucesso com as mulheres, apenas com o meu belo botão de rosa! Fala Drew ignorando o recém chegado.

 O leonino era o atual cavaleiro de Leão. Porte firme, altura médica, pele morena, olhos castanhos e cabelos castanhos. Ele observa o companheiro caminhando e então vira-se para Leo, afinal ficara curiosa para saber quem era esse tal botão de rosa.

 —Ei Leo, quem é o botão de rosa do Drew? Pergunta o cavaleiro.

 —Kaji, é a novata que veio da filial da ilha, Tandara! Fala Leo pensativo.

 —E ela é tão perfeita assim, para que o senhor perfeição a escolhesse como botão de rosa? Pergunta Kaji curioso.

 —Não. Mas creio que ele sabe mais sobre ela que todos nós. O mestre ainda não revelou quem são os antepassados dela. Fala Leo sorrindo.

 —Porque será que todos os cavaleiros dessa escola tem a personalidade distorcida?! Sussurra Kaji.

 —Isso era algo que eu gostaria de saber! Fala Leo caminhando para a sala do mestre.

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 Tandara observa os três homens indo para a sala do mestre, então aquelas eram as antigas doze casas dos cavaleiros de ouro? Marika também se dirigiu para local, isso era estranho, ela não fora convidada. Também, não era como eles e não pertencia aquele lugar. Se ela entendeu bem, Drew era um cavaleiro de ouro e Kaji também, será que Leo fazia parte desse grupo? Desde que ela chegou só a escola estava visível, aquele lugar era estranho, como eles conseguiam esconde-la?

 —Tenho que investigar lá dentro e saber se os jovens desaparecido não estão naquele local! Pensa Tandara.

 Iria ter que se arriscar bastante para adentrar sem ser percebida. Se fosse descoberta estaria muito encrencada. Respira fundo, não haveria outra oportunidade. Já fora naquele local várias vezes e era a primeira vez que via as doze casas. Suspira e começa a analisar a localidade. Tinha pessoas demais para ela lutar sozinha.

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 O dia amanhece calmo, ela mal conseguira investigar o local. Foi sorte sair de lá sem ser percebida pelos demais. Iria aproveitar o dia de folga e andar pela cidade, porque era permitido e tentar conseguir mais pistas. Esperava não encontrar aqueles esquisitos, garoto comercial de creme dental e o perfeccionista das flores.

 —Vou terminar de me arrumar e sair. Espero que aceitem cartão de crédito nas lojas, preciso comprar algumas coisas e Tina me enche querendo lembrancinha. Pensa Tandara.

 Ela sai dos aposentos e começa a descer as escadas para conseguir chegar ao lado de fora. Olha sempre para todos os lados para ver se não encontra nenhum dos esquisitos antes de partir. A seleção de novos alunos estaria concluída em breve, ela ainda precisa treinar para melhorar suas habilidades de luta.

 —Tatá está se escondendo de alguém? Pergunta Marika atrás da mesma estátua que ela.

 —Meu nome é Tandara. Quero passear na cidade, mas não tenho a menos intensão de encontrar aqueles esquisitos. Fala Tandara séria.

 —Bom é provável que eles nos encontrem, mas o melhor e correr a toda velocidade quando avistar a porta e não olhar para trás. Do contrário, Drew orá encontrá-la facilmente. Ele já tem um lindo buque preparado para ti. Fala Marika.

 O pensamento de algo vindo daquele homem faz Tandara estremecer. Ela iria sair dali sem ser avistado por Drew, ou ela não se chamava Tandara. Ela caminha rapidamente, escondendo-se em algumas ocasiões e conseguindo finalmente chegar ao lado de fora. Suspira aliviada percebendo que Marika estava próxima logo depois. Pelo visto ela não era a única que não gostava da personalidade dos garotos.

 —Está indo para a cidade? Pergunta Marika séria.

 —Sim. Preciso comprar algumas coisas! Fala Tandara começando a andar.

 As duas caminham lado a lado. Elas não se comunicavam, afinal, nem se gostavam o suficiente para manter um diálogo. Marika ficava pensativa quando se aproximava de Tandara, porque ela tentava encontrar vestígios da Tatá que conheceu quando treinaram juntas na academia localizada na ilha. Elas estavam sendo seguidas por Leo, Drew e Kaji. Elas não tinham percebido até várias garotas histéricas começarem a gritar os nomes dos três. As duas olham assustadas para trás e começam a correr, separando-se.

 —O que aqueles três estão fazendo aqui? Pensam as duas.

 Os três ficam confusos, agora seria difícil localizar aquelas duas. Essas garotas fanáticas só atrapalhavam. O melhor seria dividir-se, mas e se o Kaji encontrasse a Tandara? Ele saberia como agir? Ela nem conhecia ele, não é mesmo? Leo suspira, essa seria uma missão muito complicada.

 —Soltem-me suas barangas. Por causa de vocês perdi o meu botão de rosa! Fala Drew bravo e direcionando para uma das ruas da cidade.

 —Kaji se você encontrar a Tandara, apresente-se. Ela ainda não te viu então não deve te conhecer! Fala Leo seguindo por outro caminho.

 —Será que eu vou encontrar o botão de rosa? Pensa Kaji sorrindo.

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 Tandara olha admirada para todas aquelas lojas. Roupas estavam estampadas nas vitrines, de várias corres e diversos tipos, pequenos objetos de enfeito, flores e muitos outros materiais, seus olhos brilhavam, ela parecia uma garota naquele momento. Ela pensa nos presentes que tem que comprar e começa a entrar nas lojas saindo com algumas sacolas. Observa as vitrines encontrando um belo vestido branco, com detalhes rosados nas barras e contornando o busto próximo ao seio. Era um vestido sem mangas, com as costas de fora e duas tiras que deveriam ser amarradas ao pescoço. Ela fica imaginando como aqueles detalhes eram femininos, fofos, mas definitivamente, não ficaria bem nela.

 Tandara continua caminhando, precisava comprar alguns objetos e encontrou uma feira popular que havia no local. Encontraria tudo o que faltava, os presentes para seus conhecidos. Ela não percebeu que alguém entrara na loja e comprara aquele vestido, ela ficou tão fascinada e a imagem sobreposta ao modelo ficou praticamente perfeita.

 —Você vai ficar linda nele. Pensa a pessoa.

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 —Tatá, já encontrou tudo que desejava? Pergunta Marika observando a garota caminhando.

 —Meu nome é Tandara. Sim, encontrei e já estou voltando.

 Tandara observa três garotos junto de Marika, provavelmente eles haviam encontrado-a, isso a deixava feliz, pode fazer suas compras em paz.

 —Meu lindo botão de rosa, finalmente te encontrei! Grita Drew com um lindo buque de flores e uma sacola de uma das lajas nas mãos.

 Ela desvia dele e observa os demais, todos estavam com sacolas de compras. Pelo visto ela não fora a única aproveitando o dia de folga.

 —Eu não sou um botão de rosa, Drew. Sou os espinhos! Fala Tandara séria.

 —Muito prazer, botão de rosa do Drew, eu sou Kaji, o professor de defesa e educação física. Fala Kaji estendendo a mão.

 —Eu não sou botão de rosa, será que todos são surdos. Meu nome é Tandara, sou anova professora. Fala a jovem apertando a mão que lhe fora estendida. Ela já conhecia essa figura.

 —Botão de rosa, tão bela como sempre... Fala Drew aproximando-se.

 —Porque você não mostra sua real personalidade? Fala Tandara encarando-o.

 Todos os demais surpreendem-se. Como ela sabia que aquilo não era o verdadeiro Drew. Eles se entreolham e voltam a sua atenção para Tandara que menciona que ninguém poderia ser tão meloso e chato como o Drew a menos que tentasse fingir. Eles sorriem, mas uma coisa era de se estranhar, provavelmente as palavras dela não eram de todo brincadeira. Será que ela tinha realmente esse poder?

 —Tatá quando voltarmos, vamos treinar? Fala Marika quebrando o silencio.

 —Tenho coisa melhor para fazer! Fala Tandara ignorando os demais e continuando seu caminho.

 —Está com medo de perder para mim? Fala Marika desafiando-a.

 —Depois do almoço então! Fala Tandara sem olhar para trás.

 —Botão de rosa não quer ajuda para carregar todo esse peso? Pergunta Drew percebendo a quantidade de sacolas e caixas que Tandara carregava.

 —Não, obrigada! Fala Tandara séria.

 —Para que isso tudo, Tatá? Você não precisa disso tudo, acaso comprou lembrancinhas para alguém especial? Fala Marika com as palavras carregadas de puro veneno.

 —Não é da sua conta! Fala Tandara ficando ruborizada pela primeira vez desde que chegara ao local.

 —Um NA-MO-RA-DO? Fala Marika sorrindo misteriosamente.

 Tandara olha para trás com a face ruborizada e um olhar espantado, os meninos se entreolham surpresos e observam as duas. Será que a novata tinha alguém especial em seu coração?

 —Nãoooooo, meu botão de rosa... Fala Drew tristemente.

 Continua...

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