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[Naruto] Obsessão Fatal - Capítulo 3, escrita por Andréia Kennen

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Autora: Andréia Kennen
Fandom: Naruto
Gênero: Drama, Ecchi, Hentai, Lemon, Mistério, Orange, Romance, Suspense, Universo Alternativo, Yaoi, Yuri
Classificação: 18 anos
Resumo: Quatro jovens de classe alta, amigos de infância, decidem desfrutar ao máximo dos prazeres da vida, utilizando-se de suas belezas, riquezas e juventude; e para isso, não medirão pudores ou consequências. Contudo, até mesmo no pervertido jogo da sedução, corre-se o risco daquele elemento surpresa aparecer: o amor. Será que eles saberão lidar com esse sentimento com a mesma maestria que dominam a arte do sexo? Confiram! [Fic +18. Yaoi. Yuri. Hentai. Lemon. Orange. UA. Terminada. Prólogo + 11 capítulos + Epílogo. (mesmo estando terminada seu comentário é importante!. Personagens principais: Naruto/Sasuke/Sakura/Ino.

Obsessão Fatal
Capítulo III

Sasuke correu o dedo indicador pela face lateral do loiro ao seu lado, retirando-lhe os fios dourados que haviam grudado em seu rosto umedecido de suor. Alisou também, o pequeno ferimento no canto da boca, - que ele mesmo provocara devido à intensidade dos seus desejos - de onde ainda escorria um filete de um sangue rubro cristalino. Os olhos negros de Sasuke fumegaram para o ferimento, adversamente, sentira uma corrente elétrica varrer seu corpo.

Aquele sangue...

Parecia ter um gosto bom.

E fixando seus olhos e seus pensamentos naquela ideia, sentiu um desejo louco de experimentá-lo, e era o que iria fazer. Assim, dispôs a ponta da sua língua para fora da boca e a escorreu pelo pequeno fio púrpura, desde o queixo - aonde morrera - até a boca de Kitsu – onde iniciara. Saboreando-o e concluindo: sim, tinha um gosto bom, estranho, no entanto, bom.

O loiro se arrepiou ao sentir aquela lambida, e então, reabriu seus olhos estupidamente azuis, passando a fitar os escuros à sua frente.

– Você é insaciável, é? – perguntou em um tom de reclamação. – Olha que eu também não sou do tipo que tenho minha libido saciada facilmente. Principalmente quando encontro alguém bom. Mas já fizemos quatro vezes, eu estou acabado...  – explicou ele, cerrando os olhos novamente, e voltando a descansar a cabeça no travesseiro. Entendendo que o ato do outro, fora uma nova tentativa de tentar atiçá-lo, para transarem mais uma vez.

– Gomen? – pediu o moreno, ainda com o gosto rusguento do sangue, dançando em sua saliva.

– Hm... – O loiro só resmungou, com uma voz totalmente sonolenta.

Sasuke acariciou o rosto dele mais uma vez, não se cansava de fazê-lo. Kitsu tinha um rosto magnífico, sem nenhuma imperfeição. Era difícil para ele entender como podia existir alguém daquele jeito: tão desprovido de recursos, e ao mesmo tempo, tão belo e tão sorridente. Ele parecia um sonho.

– Você gosta? – Sasuke soltou àquela pergunta no ar, de forma sussurrada.

– De quê?

– De carinho?

– É, é legal.

– Você parece um Neko, só falta ronronar.

– Neko? – perguntou, rindo preguiçoso.

–É. – Sasuke confirmou, murmurando-lhe em seguida: - Você está quase dormindo.

– É o tom da sua voz. Ela é tão agradável, que chega me dar sonolência... – E ao terminar de falar, o loiro passou a respirar alto como se tivesse dormindo, então Sasuke balançou um dos seus ombros.

– Hei, Kitsu? Eu tenho que ir. – avisou.

– Wakatta, seu ojisan deve estar preocupado. – concordou ele, enfiando mais o rosto no travesseiro.

Sasuke suspirou.

– O Kakashi-san não é o meu tio. E eu estou preocupado com você.

– Naze?

– É sobre aquele cara...

– Esqueça. Ele não vai fazer nada.

– Como pode ter tanta certeza? Ele saiu furioso daqui. É melhor procurar outro lugar para ficar. – sugeriu.

Mas o outro permaneceu em silêncio, e logo Sasuke pôde ouvi-lo ressonando alto, quase como o ruído de um ronco.

– Ei, Kitsu-kun?!

– Me deixa dormir, porra... – resmungou novamente.

– Boca suja.

– Foda-se...

– Eu venho pela manhã, por volta das dez. Ok?

– Vai embora logo...

O moreno sorriu, ele era mesmo um malcriado, pensou, afagando mais uma vez os cabelos amarelo-sol, e então se levantou e recolocou suas roupas. Antes de sair, fitou o corpo nu de bruços, e sentiu uma pontada dolorida no peito, acompanhada de uma ádvena vontade de ficar. Não queria sair assim e deixá-lo ali. Estava com receio que o tal cara voltasse e tentasse fazer algum mal à ele. Contudo, ainda estava chovendo, já era tarde, talvez a pessoa só voltasse no outro dia. Iria rezar por aquilo.

E também, não podia ficar, havia o problema com o tutor. Ele estava de plantão e chegaria em casa a meia noite. Consultou o relógio ao lembrar-se daquele fato, eram dez para as onze. Se o homem chegasse ao apartamento e não o visse lá, faria o maior escândalo, precisava ir logo. Então, respirou profundamente, crispou os punhos e saiu do quarto rapidamente, antes que seus argumentos para ir embora não o convencessem mais.

Ao ouvir o bater da porta, Kitsu pressionou com força o travesseiro embaixo da sua cabeça. Estava sonolento, e ao mesmo tempo, irritado. Não queria que Sasuke tivesse ido, estava aturdido com aquele sentimento que o estava tomando. Nunca sentira um prazer tão inflamado com outro homem antes. Além de tudo, ele era bonito e carinhoso, bem diferente dos outros com quem já estivera, e que sempre o tratava como objeto...

Quero beijá-lo antes, posso?   

Kitsu levou os dedos nos lábios, sentindo todo ardor que outro lhe proporcionara, ainda conseguia sentir o gosto dele impregnado na sua boca. E que beijo tinha sido àquele? Só a forma ávida que os lábios dele consumiram os seus, fora capaz de incandescê-lo quase ao ponto de fazê-lo gozar, antes mesmo de ser penetrado. Levou à mão direita para o meio das pernas e apertou vagarosamente o membro, sentindo-o rijo mais uma vez. Se continuasse pensando naquilo iria ficar aceso de novo... Não, na verdade... Já estava, constatou, ao se apalpar.

– Merda!

“Será que devo confiar nele? Sasuke? Porque você teve que fazer meu corpo enlouquecer e o meu coração quase sair pela boca? Porque, merda?!” – resmungou, socando o travesseiro.

Do lado de fora, Sasuke saiu observando tudo em sua volta, certificando-se de que não havia nada suspeito, deixou o cadeado encostado, conforme estava quando entraram. Provavelmente ele não tinha a chave, por isso o largava aberto. Então, ergueu a touca do casaco vermelho na cabeça e saiu correndo pela chuva. Além de muito escuro, as horas já se faziam tarde; e àqueles becos deveriam ser perigosos, não poderia se arriscar a ficar vagando sem rumo. No entanto, estava surpreso consigo mesmo. Não estava sentindo aquele pavor absurdo da escuridão. Logo alcançaria a rua de cima e de lá pegaria um táxi para o apartamento.

Enquanto isso...

Dentro de um carro que estava estacionado atrás de um container de lixo, - ali próximo ao galpão - um rapaz de boné verde, que estava ao volante, virou-se para a pessoa no banco de trás, e lhe informou:

– Parece que saiu alguém.

– É, saiu, eu vi. – confirmara o outro, se preparando para descer. - Era o que eu estava esperando. Eu vou entrar novamente.

– Quer que eu vou atrás daquele outro garoto, Neji?

– Não, Lee. Ele não me interessa. O único que tenho para acertar contas é àquele filho da puta lá dentro!

– Não vai fazer besteiras, Neji! Porque não esquece isso? Sabe que o nome da sua família é importante na cidade.

– Não se preocupe, com isso, Lee. Ninguém vai saber o que aconteceu, muito menos que eu estive envolvido, afinal, quem irá se preocupar com um lixo como Kitsu? Eu só vou ensinar para àquela raposa de duas caras, que não se brinca com um Hyuuga. Me  dá aquele negócio!  – pediu ele, estendendo à mão para o colega na frente.

– Tem certeza que vai usar essas coisas? – perguntou o outro, preocupado, após entregar uma sacola preta à ele.

O de olhos claros sorriu de canto, mantendo uma expressão pervertida no rosto.

– Só vou devolver para ele os brinquedinhos que a gente usava. Acho que ele irá precisar para se divertir com o novo amiguinho. Cadê o pacote da farmácia?

– Ah, tá aqui no porta-luvas. – avisou o rapaz moreno, de sobrancelhas grossas, após abrir o porta-luvas, retirar o pacote de lá, e entregá-lo para o colega no banco de trás. – O que você comprou aí, Neji?

– Estimulantes. Pelo tempo que eles ficaram lá dentro ele deve estar exausto agora, dormindo feito uma pedra.  Isso fará com que ele desperte.

O rapaz ao volante suspirou preocupado, não estava gostando nada daquela ideia.

– Neji, isso é arriscado...

– Ah! Chega, Lee! – pediu ele, com um tom de voz claramente irritado. Em seguida, apertou o ombro do colega. – Eu sei até onde posso ir. Não vou fazer besteiras, quer dizer, vou tentar não fazer. Aproveite para dormir um pouco. Eu vou demorar.

– Hai.

...

Assim que o policial Hatake Kakashi entrou no apartamento sentiu algo diferente na atmosfera. De início, não soube identificar o que era, assim, abaixou a máscara preta que encobria parcialmente seu rosto, e farejou o ar. E apesar de parecer algo grotesco de se fazer, era assim que ele conseguia identificar cheiros alheios no ambiente.

O homem era portador de uma deformidade genética, o seu olfato era mais aguçado do que os dos humanos comuns, se equivalendo ao faro dos caninos. E este fora um dos motivos, pelo qual teve que passar a vida toda, com parte do rosto encoberta. Afinal, seu estômago e a sua cabeça eram normais, e não suportavam a invasão excessiva de determinados odores.

Fora também esse fato, que fizera dele um policial perito. Com o seu instinto aguçado, conseguia captar coisas minimamente imperceptíveis aos narizes comuns, nas cenas dos crimes.

Assim, após descalçar o coturno e largá-lo na soleira da porta, acendeu a luz da sala. Parecia que tudo estava no seu devido lugar, não havia nenhum cheiro estranho no ar. Seguiu andando pelo corredor. Então, estagnou em frente a porta do quarto de Sasuke. Era ali que havia algo de errado. Apoiou sua mão na maçaneta, e empurrou o batente de madeira, adentrando o ambiente escuro.

Ascendeu a luz, e notou o garoto na cama, parecia dormir profundamente.

“Espera...” – parou, arregalando os olhos. “Têm algo de errado.”

E pensando nisso, ele deu meia volta, e retornou ao ponto de partida, refazendo o caminho que acabara de fazer. Saiu do quarto, fechou a porta, para em seguida, reabri-la novamente. Estancou mais uma vez dentro do quarto. Não, não estava certo, ainda faltava algo. Olhou o interruptor, o apagou, e então voltou a fechar a porta mais uma vez. Ao reabri-la, ascendeu o interruptor, o apagou novamente, o ascendeu mais uma vez.

Estava chocado.

Era a primeira vez, em dez anos, que via Sasuke dormindo com a luz apagada. E fora exatamente isso que estranhara ao adentrar a casa. O facho de luz que sempre vinha do seu quarto não estava lá, criando reflexos nas paredes. Adentrou mais no cômodo, após fitar com as sobrancelhas franzidas o interruptor atrás de si, como se este fosse um corpo totalmente adverso ali.

Então, se deteve ao lado da cama, descansando as mãos dentro dos bolsos da sua calça do uniforme, e analisando o protegido encoberto pelo edredom, dormindo, só com a cabeça para fora. Estava respirando alto, isso significava que havia pegado no sono profundo há algum tempo. Sorriu, verdadeiramente contente. Após aqueles anos todos convivendo com Sasuke, já o considerava um filho. E estava realmente contente, por ele finalmente, estar vencendo seus temores. Queria muito vê-lo como um garoto normal. Era o que mais desejava.

Examinou mais uma vez o quarto, correndo seus olhos rapidamente pelos os quatro cantos. Estava tudo em seu lugar. Nada de anormal. O livro de informática que ele costumava ler antes de dormir estava ali, jogado no carpete, e pelo que percebera, o menino havia lido bastante naquele dia, pois a página marcada era a trezentos e cinquenta, e o livro era de quatrocentas páginas. Sorriu mais uma vez, e deixou o quarto, apagando a luz antes de sair. Precisava fazer uma ligação e avisar uma pessoa sobre àquela mudança.

...

Do outro lado da cidade, a mulher de cabelos cor mel, parecia inquieta batendo com a caneta em cima da sua escrivaninha, olhando para os dois prontuários Uchiha a sua frente. Ainda não conseguia acreditar no que havia acabado de acontecer.

– Vamos avisar ao Kakashi! – disse ela, quase gritando, para o homem de farda.

– Chooto matte kudasai, Tsunade-sama. – o homem a impediu, e ao ter sua atenção, continuou: - O Kakashi está de plantão agora, e não poderá fazer nada. Vamos deixá-lo a par dos acontecidos pela manhã. Contudo, eu quero designar outra pessoa para investigação.

– Outra pessoa? – espantou-se ela, com a novidade dita pelo chefe de policia. - Mas o Kakashi é a pessoa mais velha no caso! Foi graças à ele que conseguimos encontrar o paradeiro do Uchiha naquela noite. 

– Doutora, eu não estou desmerecendo a capacidade do nosso perito. Só estou dizendo que existe uma pessoa mais eficiente que ele no quesito de investigação. Eu já entrei em contato com essa pessoa, ele deve estar no caso amanhã cedo. É um rapaz bem jovem. Está na polícia só há cinco anos, mas é um gênio, com uma percepção aguçada. Quero que a senhora e o Kakashi converse com ele, e o deixe a par de todo o caso Uchiha desde o princípio. Inclusive, quero que repasse à ele, os relatórios de insanidade mental dos dois irmãos.

– O Uchiha Sasuke não é um insano como o irmão! – esbravejou ela. E nem mesmo se dera conta do porque o havia defendido daquela forma tão feroz.

– Não? - O homem arqueou uma das sobrancelhas, evidentemente duvidoso. – Então ele faz sessão de análises psiquiátricas diariamente por hobby? – ironizou.

– Chefe... – ela dirigiu-se à ele, com os dentes cerrados e a feição toda contraída, tentando conter o ódio mortal que correra em si, com toda certeza, se ele não fosse um homem da lei, ela desferiria um soco na fuça dele naquele exato momento. Mas buscou inspirar para se acalmar, e prosseguiu: – O senhor não está só desmerecendo o meu trabalho de anos como a médica psiquiátrica que trata daquele jovem. Mas está desmerecendo a minha pessoa também, ao me atingir tão diretamente com essa crítica.

O homem soltou um “humf”, balançando a cabeça de um lado para o outro, após escorrer as mãos em seus cabelos oleosos e grisalhos.  

– Estou exausto, doutora. Por favor, eu não sou criança, eu sou uma autoridade. E esta é a minha forma lógica de pensar. E se, sentiu-se desmerecida, desculpe-me, mas foi porque a carapuça lhe serviu. Agora por favor, vá descansar e amanhã conversaremos melhor.

A mulher esmurrou sua própria mesa ao lembra-se da petulância daquele homem. Com quem ele pensava que estava falando? Ela era a neta do prefeito atual da cidade! Filha do anterior! E provavelmente seria a futura prefeita! Não podia ser tratada daquela forma tão arrogante.

– Desgraçado!  – esbravejou e socou a mesa mais uma vez, fazendo alguns objetos pularem para o chão, inclusive o celular, que começara a tocar no momento em que caiu.

– Ué! Quem será a essa hora? – perguntou-se, levantando-se de onde estava e apanhando o aparelho do chão, atendendo-o sem antes ver quem era.

– Hai?

– Senju? Espero não tê-la acordado. – ouviu ela, a voz já bem conhecida, do agente Kakashi.

– Não, eu estava acordada. E você nem vai acreditar. Estava pensando em você nesse exato momento.

A declaração repentina fizera o homem do outro lado da linha engolir a própria saliva. E só então, a mulher notou que havia feito uma observação de duplo sentido. E sentiu sua face aquecer-se de constrangimento. Por mais que o policial lhe parecesse um rapaz atraente, nunca pensara nele com interesse.

– Não é nesse sentido que você está pensando, Kakashi! – ela desfez imediatamente o engano. 

– Ah... – o ouviu suspirar aliviado no fone, e acabou ficando mais irritada.

– Também não precisa se sentir tão aliviado, não é, Hatake?! Eu não sou uma mulher de se jogar fora, sou?!

– Are, are. – respondeu ele daquele jeito apaziguador, que a fez visualizá-lo coçando a cabeça do outro lado da linha. - Não foi isso que eu quis dizer, é até ao contrário, eu não saberia o que fazer se uma mulher do seu porte se interessasse por alguém como eu. Sabe, bonita, inteligente e rica. É muita coisa para mim.

A mulher sentiu o coração pulsar mais alegre ao ouvir o elogio. Fazia muito tempo que não pensava em ninguém, fora seu amado Minato. Seu rosto se esfogueou novamente. Contudo, sabia que o maldito agente era bom de lábia, por isso, tentou não se prender àquele cortejo.

– Não venha com seus ataques de charmes, Kakashi! – bronqueou. - Você me ligou primeiro, qual foi o motivo?

– Ah, sim. Aconteceu algo interessante hoje. Acho que vai gostar de saber.

– Hoje? O quê?

– Sasuke...

A clínica sentiu um frio na barriga ao ouvir o nome do menino. Por outro lado, se a notícia vinha do Kakashi, só poderia ser sobre ele.

– O que aconteceu com o Sasuke?

– Pela primeira vez em dez anos, ele dormiu com a luz do quarto apagada. – lhe informou o homem, com um tom de voz alegre. - Acabei de chegar do trabalho e vi isso. Achei que iria gostar de saber, já que as análises diárias dele com você estão suspensas.

A mulher sorriu, soltando um suspiro de despreocupação. Entretanto, não compreendia, era muita coincidência ele ter conseguido dormir de luz apagada, - ou seja, vencer uma das suas fobias - justamente naquela noite, em que algo tão inesperado havia acontecido.

– Kakashi, eu estou realmente contente com essa informação e também estou surpresa. Mas, eu preciso lhe contar algo ainda mais surpreendente que aconteceu há pouco.

– Algo?

– Hai.

– Estou ficando preocupado, você está séria de mais. É grave?

– É sim. – ela respirou profundamente, buscando concentração, e então, deu a notícia: - O Uchiha Itachi, tentou suicídio essa noite.

– Nani?!

...

Enquanto isso, há alguns quilômetros de distâncias da cidade de Konoha, em um quarto de Hotel.

A mulher loira contorcia o rosto de todas as formas, ao sentir as estocados em seu interior, dadas pelo o homem encima de si. Contudo, após o telefonema, ele parecia ter perdido a concentração, e o clima estava se esvaecendo.

– Annnn... – ela soltou um breve gemido, tentando reanimá-lo. Em seguida, escorreu as pontas dos seus dedos pelo antebraço e pelos ombros daquele ser o qual amava exageradamente. – Está distraído... – sussurrou.

– É, as pessoas tinham que ter um medidor de desconfiometro e saber quando não devem ligar no celular dos outros. - pronunciou ele, fazendo uma cara de enfado, que ela conhecia tão bem.

A jovem sorriu.  

– O seu sensor também anda desligado, né? Deveria ter colocado o celular no silencioso.

– Sou um agente especial da polícia, você sabe que não posso fazer isso.

– Ah, é. – concordou ela fazendo um bico, deixando-o comovido.

– Ai, ai, mulheres são tão problemáticas...

– Então arrume um homem, já lhe disse várias vezes.

Ele finalmente sorriu.

– Nem brinca, não é hora de me fazer sentir enjoo.

Mas pelo menos, a tática era infalível, agora ela tinha certeza que ele levaria o momento dos dois a sério. E em um movimento rápido, ele a abraçou com firmeza, fazendo seus corpos colarem, e então os girou, trocando-os de lugar.

O rapaz sabia muito bem que era assim que a namorada gostava, de ficar por cima, de dominá-lo, de sentir-se no comando. E ele também tinha que confessar, a visão daquela posição era bem mais agradável.

Quando a loira se viu em cima do namorado, inclinou a cabeça para trás, soltando um gemido alto, fazendo seus seios que estavam rijos, pularem. O peso do seu corpo e a pressão da gravidade, fizeram com que o membro do namorado adentrasse nela, até atingir o útero. Ela mordeu os lábios, tentando conter àquela dor leve, mas, prazerosa, que precedia o orgasmo.

E enfim, pôde se deliciar com as mãos grossas do namorado passeando de forma segura por todo seu corpo; iniciando por suas coxas, subindo por sua cintura, até chegar aos seus seios, onde passou a massageá-los com as palmas das mãos abertas, para em seguida, dar uma atenção maior aos pequenos bicos, que se endureciam conforme o toque sutil dos dedos dele. Então, ele os soltou, e a segurou pela cintura, levando seu corpo para mais junto do dele, até sua boca alcançar as mamas, as quais abocanhou, uma, depois a outra, chupando-as, ora com força, ora com delicadeza. Aquela sensação era enlouquecedora, a mulher não segurou o gemido, totalmente despreocupada em manter o pudor.

O jovem por sua vez, sentia seu membro, - que estava todo enfiado dentro da amante - queimar e latejar. Estava tão excitado que já não conseguia mais suportar, desta forma, mordeu o pequeno bico do seio em sua boca, fazendo-a soltar um grito maior. Para em seguida, começar a se mexer embaixo dela, fazendo-a cavalgar em cima de si.

A loira, que já não conseguia mais segurar a ânsia do gozo, ao sentir os movimentos do namorado, passou a seguir seu ritmo, subindo e descendo o quadril, fazendo com que o pênis dele deslizasse mais facilmente dentro dela. De repente, arrepios a dominaram por inteiro; contraiu seu rosto e, - tentando manter a lucidez - passou a mão delicadamente no rosto do seu amado, e sorrindo lhe segredou:

– Eu te amo, Shikamaru.

– Eu também te amo, Temari.

Após as declarações, ambos se grudaram em um abraço vibrante, e se beijaram. Passando em seguida, a gemer de forma descompassada, conforme os movimentos de subida e descidase tornavam mais frenéticos. Temari, ao sentir o êxtase chegando, contraiu sua parede vaginal, apertando o membro do namorado dentro de si, este por sua vez, ao se sentir contraído não suportou mais...

O casal soltou um alto gemido de prazer, denunciando a chegando ao ápice ao mesmo tempo.

Alguns minutos depois, o rapaz estava sentado à beira da cama, com os olhos fixos na janela do apartamento, contemplativo. A jovem, - que havia se deitado de bruços, para se recuperar da exaustão - ao percebê-lo meditativo, sentou-se na cama, passando as mãos nos cabelos para alinhá-los, em seguida, subiu o lençol até os seus seios com a intenção de cobri-los, para depois, abraçar os ombros do seu homem, encostando seu peito nas costas dele.

– Está tão pensativo. – observou ela, dando-lhe um beijo na nuca, e apoiando seu queixo no vão entre o ombro e pescoço. - O caso é tão grave assim?

– É... – confirmou, alisando as mãos dela, que estavam em torno do seu colo.

– E então, não vai me dizer?

– É confidencial.

Ela sorriu.

– Sempre é.

– Hum.

– Vai voltar para Konoha?

– Sim, amanhã de manhã.

– E quando você volta?

Ele não a respondeu. Afinal, não tinha ideia do quanto tempo durariam as investigações.

– Vamos adiar o jantar com o meu irmão mais uma vez? – reclamou ela, claramente chateada.

Ele suspirou, odiava ser pressionado, mas esta era a verdade.

– E daí? Se já esperamos tanto, porque não podemos esperar mais um pouco.

Ela se soltou do pescoço dele, e se jogou na cama, emburrada. O agente levou às mãos na cabeça, observando-a deitar-se de bruços novamente. A namorada, Temari, era irmã mais velha do jovem prefeito daquela cidade. Um garoto que ostentava um olhar que o fazia tremer dos pés a cabeça. Um jovem que era influente, respeitado, além de tudo, enigmático. Já o outro irmão dela, o mais velho, era tranquilo, às vezes esquentado, cheio de neuroses, falava o que dava na teia. Esses tipos ele gostava mais, afinal, eram previsíveis, fáceis de lidar, diferentes daqueles que só o observavam calado.

Tinha quase certeza que o irmão caçula, não gostava da sua pessoa. Mesmo assim, Temari insistia para que o pedido de casamento fosse feito à ele.

– Vamos fazer assim, então. – Ele deu início a uma sugestão, após sentir pena em vê-la tão amuada depois de uma sessão de sexo tão maravilhosa. – Antes de voltar para Konoha amanhã, eu passo na sua casa e faço o pedido para o seu otooto. Marcamos o jantar de noivado para assim que eu tiver um tempo. Está...?

E antes mesmo dele terminar, ela agarrou seu pescoço novamente, e aos prantos. E então ele suspirou, abraçando-a e alisando suas costas. Apesar de ele ser um detetive de raciocínio acima da média, se encontrava ali, diante de si, um dos poucos mistérios os quais não conseguia decifrar por completo, por mais que se esforçasse: um coração feminino.

– Hai, hai... – Ele a consolou, desfazendo-se do abraço, e secando o rosto da namorada com as pontas dos dedos - Cadê a mulher durona, que me pressiona na parede, e diz que não chora por nada?  

Então o policial, sentiu o coração estancar e voltar acelerar bruscamente, ao ver a expressão de felicidade que ela fazia, em meio a um rosto rosado de vergonha, banhado pelo brilho das lágrimas. Um calor bom, percorreu seu interior, as mulheres eram mesmo seres de múltiplas faces, e sabiam ser encantadoras quando queriam.

Ele a beijou na testa e se levantou.

– Ta tudo bem agora?

– Hai. – Ela confirmou, secando as lágrimas com as costas das mãos.

Shikamaru soltou mais um suspiro, levando uma das mãos na cintura e a outra coçou a cabeça.

– Baka... – respondeu por fim, apertando o nariz dela, seguindo para o banheiro. – Vou tomar banho.

A mulher sorriu, e após vê-lo se fechar no lavabo, abraçou e acariciou a própria barriga. Então, sussurrou para a mesma:

– Gomen, bebê? Eu ainda não quero contar ao seu pai. Não, antes dele colocar um anel de noivado no dedo da sua mama. Afinal, não quero que ele se sinta forçado só por causa da sua chegada...

Sorriu Temari, secando uma nova lágrima que escorreu por seu rosto.
...

No outro dia, pela manhã...

Kakashi observava Sasuke seriamente, o menino estava tomando seu café normalmente. A conversa com a Tsunade na noite anterior ainda latejava em sua cabeça. Não conseguia entender de forma nenhuma os motivos que levaria uma pessoa como Itachi Uchiha a tentar suicídio. Para ele, era uma possibilidade incabível. Afinal, seu processo ainda estava em tramitação no tribunal, e apesar de ter sido sentenciado a prisão perpétua, ainda corria no judiciário o pedido de pena de morte. A sentença era quase certa, e o julgamento aconteceria daqui a seis meses, quando o caso se encerraria de vez, indo a júri popular.

Contudo, um dos motivos que o levaria a cometer suicídio, seria talvez, se ele tivesse certeza do veredito de morte, o que ainda era improvável. Ou também, ele poderia estar procurando uma maneira de adiar seu julgamento. Todavia, porque adiar o julgamento? Para conseguir tempo? E porque precisaria de mais tempo? Ele não tinha comparsas, sempre agira sozinho.

– Kakashi-san? – a voz de Sasuke interrompeu os pensamentos do tutor.

Os olhos do homem, que eram de cores diferentes – um negro e outro castanho avermelhado - recaiu sobre o Uchiha a sua frente, e repentinamente, sua mente processou uma ideia absurda.

“Ele estaria atrás do irmão?”

De qualquer forma, pelo que a Tsunade havia lhe dito, iriam manter o fato oculto de Sasuke até o tal novo investigador ficar a par de tudo. Este, conversaria primeiro com ele, seu tutor e antigo investigador do caso, em seguida, com ela, a psicanalista, e então, se visse necessidade, convocaria Sasuke à prestar depoimento.

– Kakashi-san, daijoubu?

– Ah, sim! – respondeu o homem, sorrindo por trás da máscara. - Gomen? Só estou um pouco distraído. Eu nem perguntei ainda como foi seu dia ontem, não é?

O menino manteve seu semblante sério. Falar do dia anterior o fazia se lembrar de Kitsu, e ainda não podia falar ao tutor sobre ele.

– Fiz o mesmo de sempre, quer que eu relate?

– Não, eu não sou sua psicanalista. – recusou rapidamente. - Já bastam os meus dias, os quais não acontecem nada de interessante, não preciso ouvir o relato do seu, não é verdade? – Ele sorriu, levantando-se e retirando a mesa do café.

– Está de uniforme, vai trabalhar hoje?

– Fui chamado na central. Talvez eu passe o dia todo lá. Sei que combinamos de almoçar fora hoje, mas acho que você compreende, não é? Sinto muito?

– Tudo bem. Acho que vou ao museu.

– Pela milésima vez?

– É. – respondeu, abaixando a cabeça, envergonhado.

– Tudo bem, não foi uma crítica. - falou o homem se aproximando dele e repousando a mão no alto da cabeça morena. – Eu estou orgulhoso de você, Sasuke, ontem conseguiu dormir com a luz apagada, não foi?

– Você notou?

– Claro que notei. E sinceramente, estou feliz. – informou ele, voltando a pia, para lavar seus utensílios - Pelo jeito a chuva não vai passar.

– Não precisa se incomodar com as louças, Kakashi-san. Irá se atrasar, eu lavo.

– Ie... Não tem problema. – negou ele, continuando, estava buscando uma brecha para fazer uma pergunta ao garoto. Então resolveu arriscar: - Mas, e então Sasuke, o que o levou a tentar dormir de luz apagada ontem?

Sasuke estava esperando aquela pergunta. E havia se preparado para ela. Afinal, não podia simplesmente dizer ao investigador que encontrara uma pessoa maravilhosa e que transara com ela até seu corpo dizer chega. E que por isso, todos os seus medos se extinguiram e ele finalmente conseguiu dormir como uma pedra. E que a cura estava no corpo e nos lábios da mesma pessoa que o salvara do acidente de carro: seu anjo da guarda. E que a patir daquele momento, não sentia mais medo do escuro, tão pouco de barulhos, muito menos de fazer sexo.

– Estava tentando há dias, mas não conseguia. Então me foquei em algumas coisas que a Tsunade-sensei me disse na análise, que na hora em que eu apagasse a luz, eu deveria focar meus pensamentos em alguém que eu estivesse interessado, e então, pensasse em coisas boas para fazer ao lado dessa pessoa. Em coisas que eu gostasse. Aí eu sentiria o sono chegar. Ontem a noite eu tentei fazer isso, e foi incrível como deu certo.

– Boa essa técnica. Isso quer dizer, que surgiu alguém na sua vida? Um amor?

– Talvez, eu ainda não sei bem.

– É alguém que eu conheça?

– Posso manter segredo por enquanto. É um pouco constrangedor ainda.

O homem sorriu, evidentemente aliviado.

– É claro que pode. – Informou ele, terminando de lavar as louças e secando as mãos no guardanapo ao lado da pia. – Bem, vou indo, Ittekimasu.

– Itterashai.

...

 Mal o instrutor havia deixado o apartamento e Sasuke saíra logo atrás. Na rua, ele andava com uma mochila nas costas - onde carregava o notebook - e mais dois celulares. Nas mãos, trazia duas sacolas. Havia passado no mercado e comprado algumas coisas para levar para o Kitsu, como: frutas, leite, suco de laranja, biscoitos e claro, Ramen de preparo instantâneo.

E melhor de tudo, já sabia de um esconderijo melhor para ele ficar.

Apesar de que, ainda estava pensando no tutor, ele parecia diferente pela manhã. Estava extremamente pensativo. Sentia-se um pouco incomodado por omitir alguns fatos do Kakashi. Afinal, era com ele que estava partilhando sua vida desde os oito anos de idade. Assim, ele fora, e ainda é, a única família que possui, depois da morte dos pais e da prisão do irmão.

Mas também, ele era um policial investigador. E tinha certeza de que, se chegasse a mencionar algo à ele sobre Kitsu, - um garoto de rua que nem nome tinha - o tutor iria se preocupar excessivamente, além de tentar investigar a vida do garoto. E não precisavam disso no momento.

Sendo assim, já havia traçado alguns objetivos, o primeiro, o qual tinha mais certeza, era que queria ficar com Kitsu para sempre. No entanto, o loiro não seria bem aceito na vida que ele tem hoje. Desta forma, o jeito era fugirem juntos para outro país, um lugar onde ninguém conhecesse o passado dos dois, onde eles pudessem recomeçar juntos. Mas para isso, precisava de um planejamento minucioso, assim como precisavam de dinheiro. E enquanto estivesse projetando, já havia arrumado um lugar para ele se esconder, onde ficaria bem mais abrigado que àquele galpão sujo.

Sasuke passou pela banca de jornal, então o velho senhor lhe acenou.

– Ohayo, filho.

– Ohayo, san.

– E então, vai recomeçar a procura?

Sasuke balançou a cabeça, negando.

– Ie. Eu já consegui encontrá-lo.

– Oh, que sorte.

Sasuke não era de ler o jornal, contudo, as letras em caixa-alta de uma manchete estampada em um dos folhetos pendurados bem na sua frente, chamaram sua atenção. Era uma pequena nota, que dizia:

– “Tentativa de suicídio dentro da prisão de segurança máxima, polícia tenta abafar o caso” – leu em voz alta, fazendo seus olhos crescerem de surpresas e logo, se estreitarem pensativos.

– Você viu, filho, coisa estranha, não é? – comentou o jornaleiro. - Porque motivo a polícia tentaria abafar que um criminoso tentou suicídio?

– Talvez... – O menino pronunciou-se, abaixando o tom de voz, mantendo o olhar mortiço, relembrando um filme de horror de uma década atrás, o qual desejava intensamente, manter submerso, no mais profundo e obscuro do seu subconsciente.  – Talvez, estejam querendo esconder o fato de alguém aqui fora. – sugeriu ao homem.

– Mas que ser humano aqui fora se importaria com a tentativa de se matar de um bandido desse clivo? – contrapôs o velho. - Pois eu sei que todos que estão presos na penitenciaria de segurança máxima, são bandidos dos mais pesados.

– Algum familiar?

– Ah, se eu tivesse um parente lá dentro. Já teria riscado o nome dele da minha árvore genealógica. – informou o senhor, convicto daquilo que considerava correto.

O menino apenas desenhou aquele risco fino, que se parecia com um sorriso, para o senhor da banca. Em seguida, pensou consigo mesmo: “Riscar um nome é fácil. O complicado é desfazer do sangue que ambos partilham”, essa fora a verdadeira resposta que queria dar ao homem, contudo, apenas concordou:

– É verdade. Mas... Eu tenho que ir, senhor. Até mais.

– Ja ne, filho. – respondeu ele, acenando. – Esse sim é um bom menino, que jamais faria um mal, para terminar em um lugar como àquele. – comentou o velho para si mesmo, ao ver Sasuke se afastar correndo. 

O moreno de longas franjas negras tinha certeza, era esse o motivo do olhar preocupado do seu tutor pela manhã. O irmão tentara cometer suicídio. O que lhe era suspeito. Conhecia muito bem a frieza e a crueldade do mais velho. Ele jamais, JAMAIS, tentaria se matar.

Primeiramente, para tentar algo do tipo, era necessário sentir culpa dos seus atos, sentimento que o irmão nunca teve. Tanto, que o seu tratamento com os psicanalistas fora encerrado. Pois, nenhum ser humano normal, aguentava ouvir as sandices ditas por um psicopata. Mas o que mais lhe afligia, era o fato de ter sido uma “tentativa”, isso significava que o seu onii-san ainda estava vivo.

O que era de verdade, uma pena...

Sasuke acelerara tanto a caminhada que já estava em frente ao galpão, olhou o relógio, ainda era nove e meia. Provavelmente seu anjo ainda estaria dormindo. Pensaria sobre irmão mais tarde, agora a única coisa que lhe importava, era rever seu loiro perfeito, e lhe beijar os lábios.

“Como será que ele acordava? Mal-humorado? Preguiçoso? Com vontade de fazer sexo?” – Sasuke sentiu um arrepio ao pensar na última hipótese. Lembrar da deliciosa noite que tiveram, fazia uma tensão elétrica correr todos os seus músculos e enrijecer a parte entre suas pernas. Não imaginava que seu corpo reagiria daquela forma, só de pensar em fazer sexo mais uma vez com ele.

– Hum...

Parou em frente a porta, onde cadeado estava semi-aberto, olhou pra baixo da sua cintura. Deveria ter colocado uma calça jeans e não uma de moletom. Entrou, e após estar dentro do lugar, encostou ma parede, largando as sacolas no chão e levando sua mão naquela parte, sobre a calça, apertando-a de vagar. Precisava se acalmar, não seria legal se ele o visse naquele estado, senão, ele zombaria da sua cara, dizendo àquelas piadas que não entendia, das quais, só ele ria.

Tentou concentrar sua mente em outras coisas, observou o velho armazém, iluminado pela claridade do dia, foi quando algo no chão chamou sua atenção. Ao se aproximar daquela mancha, seus olhos se arregalaram. Ele se abaixou mais, até sue rosto ficar quase rente ao piso, então, escorreu os dedos naqueles pingos viscosos e vermelhos. Sentiu a textura, o cheiro, sem dúvidas era sangue. Seus olhos se voltaram para cima, e então, viu que havia um rastro de sangue na escada. Além de tudo, a porta do quarto de Kitsu estava aberta. Apavorou-se, sentindo a respiração se acelerando, deixou todas as sacolas ali, e subiu as escadas em um tiro.

“Não! Não pode! Por favor, diz que não! Ele não! De novo, não!”

Sasuke entrou no quarto, e seus olhos recaíram imediatamente sobre a cama, onde Kitsu estava. Ele sentiu o coração falhar as batidas e a sua tão conhecida vertigem tomar seu corpo, tentou puxar ar para os pulmões de maneira brusca, não iria desfalecer. Precisava vencer mais aquela fobia!

Seus olhos se encheram de lágrimas, mas não eram de tristeza, eram de ódio, um ódio mortal e que jamais sentira na vida. Era raiva de tudo e de todos que tentavam roubar de si o único sentido para viver, as lágrimas escorreram seu rosto, e ele cerrou os dentes. Estava cansado de ser bonzinho.

– Kitsu...

Continua...

Vocabulário:
Neko: gato.
Wakatta– Entendi.
Ojisan: tio.
Naze: Porque?
Hai: sim.
Chooto matte kudasai: Espere um momento, por favor.
Nani: O quê?!/ Como?!
Otooto: Irmão mais novo.
Gomen: desculpe?
Daijoubu: Está tudo bem?
Ie: não;
Baka: idiota, bobo, tolo, (e mais uma porção de sinônimos mais próximos)
Ittekimasu– Estou indo (mais informal)
Itterasshai – “por favor volte em segurança”, ou melhor, “te vejo mais tarde.” Resposta dada a itekkimasu.
Ohayo: bom dia.
Ja ne: Tchau, até mais, até logo, até mais tarde, etc.


Sound Track:
Se eu olhar para o arco-íris agora eu vejo como um garoto,
Não há mais as sete cores,
Somente neblina e névoa...
Assim como o tempo passa, e o mundo meu redor muda,


Sunao Na Niji – Surface

*Momento Propaganda*

Então, não é só de escrever que vivemos, então é hora de prestigiar os trabalhos dos meus colegas ficwriter. Sei que tem muita gente boa por aqui no Nyah! Mas enfim, eu não consigo ler tudo. Mas vou fazer algumas recomendações do que já li:
– Sad Reallty – ficwriter Aido – Começa com um SasuNaru traumático, mas logo eles se adéquam a uma vida normal. Quando do nada, acontece uma reviravolta com uma nova história de guerras e bijus ao fundo, muito interessante. 
– Uma Noite inesquecível – da minha fofolete Gabhy-chan: SasuNaru com muito mel e cobertura de chantily (xD). Sim, a fic é um doce. E tem suas doses apimentadas. Confiram.
Por enquanto são essas. :D



Notas finais do capítulo

Ah, eu sei, eu sei. Vão querer me matar por ter parado o capítulo bem aí. Mas... esse é mais um dos motivos para vocês deixarem reviews. Pelo menos, para xingarem até a minha quinta geração. (._.)

Shikamaru (Amo de mais ele!) e Temari (sei que é muito Canon). Mas sou bem conservadora em se tratando de alguns casais. Apesar de que não tenho vontade de dividir o meu Shikamaru com ninguém. (-.-) Enfim...

E então, o que Neji fez com Kitsu, afinal? Será que ele o matou? (._.) E o maníaco Itachi, tentou mesmo suicídio? Façam suas apostas!

“Ahhhhhh, Dréia! Queremos saber logo, caramba!” – A ficwriter ouve alguém reclamando no fundo, batendo a patinha inconformada no chão.

Então eu digo sorrindo:

- O poder está nas mãos de vocês... (Uia, é propaganda de novo anime? ._.) Deixem muitas reviews. E logo postarei o próximo capítulo. =) *Risada maligna on* Háhauahuahauhauahauah! Tá parei... *Risada maligna off*

Obrigado pelo carinho de verdade e pelos comentários detalhados. Dá para perceber que vocês estão acompanhando mesmo, e eu só tenho que agradecer.

Agradeço também aos meus seguidores do Ffnet que também estão marcando presença por aqui, Anna-chan, Diih e Akito-sou-Sama.

O crédito para as capas da fic vão para Akito-sama. (Filho, você consegue se superar a cada capa. Achei que seria difícil sobressair à última SasuXNaru mega sugestiva. Mas esta... estou até sem palavras. Ficou muito a cara da fic! Fora que eu amo esse sorriso escancarado do Naru-chan! Gracias, amore!) *Pisca* ;D

Beijos galera!

See you next!

Um comentário:

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