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[Naruto] Obsessão Fatal - Capítulo 4, escrita por Andréia Kennen

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Autora: Andréia Kennen
Fandom: Naruto
Gênero: Drama, Ecchi, Hentai, Lemon, Mistério, Orange, Romance, Suspense, Universo Alternativo, Yaoi, Yuri
Classificação: 18 anos
Resumo: Quatro jovens de classe alta, amigos de infância, decidem desfrutar ao máximo dos prazeres da vida, utilizando-se de suas belezas, riquezas e juventude; e para isso, não medirão pudores ou consequências. Contudo, até mesmo no pervertido jogo da sedução, corre-se o risco daquele elemento surpresa aparecer: o amor. Será que eles saberão lidar com esse sentimento com a mesma maestria que dominam a arte do sexo? Confiram! [Fic +18. Yaoi. Yuri. Hentai. Lemon. Orange. UA. Terminada. Prólogo + 11 capítulos + Epílogo. (mesmo estando terminada seu comentário é importante!. Personagens principais: Naruto/Sasuke/Sakura/Ino.

Obsessão Fatal
Capítulo IV

Sasuke inspirou rápido e profundamente, não iria desfalecer, fora a promessa que fizera para si mesmo. E ao sentir o ar inflar seus pulmões, permitindo-lhe respirar novamente, cingiu os olhos e os reabriu, tentando desfazer-se das manchas turvas que embaralhavam sua visão e o faziam ficar tonto. Em seguida, esforçou seu pé esquerdo a dar o primeiro passo à frente, para logo depois, obrigar o direito, estava caminhando e não caindo, conseguindo se mover.

Esforçou-se até aproximar do leito, evitando que seus olhos recaíssem de imediato em cima do corpo loiro, nu, suspenso no ar. Precisava impedir o choque. Primeiro ergueu sua visão direto para o telhado, os pulsos de Kitsu havia sido amarrados por uma corda grossa que estava atada em uma das vigas que ostentava o teto. Então, Sasuke, desceu vagarosamente o olhar, correndo-o pelos braços marcados por vergões que pareciam chicotadas e, conforme seu campo de visão ia aumentando, seus olhos iam se incandescendo de fúria.

“Ele não pode estar morto... Onegai...”, implorou ele, tal como uma prece. 

Então, encontrou-se com o rosto de Kitsu, a cabeça pendida no peito, a boca amordaçada, e novos hematomas, provocados possivelmente, por socos e pancadas. Estava todo inchado. E os mesmos cortes dos braços, estavam também espalhados pelo peito, pernas, e provavelmente costas. Kitsu não se movia. O sangue escorria pelos ferimentos. Porém, Sasuke notou que não havia sinal de estrangulamento no pescoço, nem de ferimentos feitos à bala. Então, ele não poderia estar morto.

O moreno contornou a cama com a intenção de analisar as costas dele, e viu as mesmas marcas, só que mais profundas, o seu agressor provavelmente o torturara mais naquela região. Foi quando os olhos de Sasuke recaíram bruscamente sobre as nadegas de Kitsu, havia algo enfiado ali, do qual só conseguia ver a base, arredondada, com algo parecido um botão ao centro.

Aproximou a ponta dos seus dedos daquilo, e só então pôde perceber o quanto estava nervoso, seus dedos tremiam tanto que não conseguia mantê-los em uma linha reta. Quando tocou de leve no objeto, sentiu um resmungo vindo de Kitsu. Ele estava vivo. Voltou para frente dele e arrancou a amordaça, chamando por seu nome.

– Kitsu?! Kitsu?! – gritava desesperado, observando-o abrir os olhos lentamente, e tossir, vomitando sangue e saliva.

– Sa- Sasu-... – sussurrou ele tão baixo, que Sasuke teve que aproximar seu ouvido da boca dele para compreender o que ele dizia. – Ti- tire o vi- vi- a- a- atrás...

– Wakatta.

– Matte... – pediu em um murmúrio.

– Hai?

– Tire de uma única vez, e tenha cuidado para não acionar o botão do meio, e... antes de fazer, me amordace de novo.

– Doushite?

O loiro lhe sorriu, para logo depois, sentir os fios de lágrimas que escorriam o seu rosto, gotejar na cama.

– Vai doer e eu vou gritar. – justificou ele, fechando os olhos e contorcendo a face. - Não podemos chamar atenção.

Sasuke fechou o semblante antes que a tontura voltasse. Em seguida, piscou várias vezes. Inspirou e respirou. Precisava se concentrar. Assim, mais centrado, voltou a apanhar a amordaça, e antes de cobrir a boca dele com àquilo, correu a ponta dos seus dedos na face mutilada do seu anjo, fazendo com que as lágrimas misturadas ao sangue, o manchassem ainda mais, transformando sua pele clara em uma tela de pintura expressionista.

O menino de olhos azuis chorosos mirou os orbes obscuros à sua frente, e lhe fez mais um pedido.

– Por favor, Sasuke... se eu desmaiar, não me leve para o médico, eu vou ficar bem depois de algumas horas de descanso.

Sasuke balançou a cabeça, concordando. Repôs a amordaça e seguiu para trás do corpo, olhando o aparelho que estava enfiado nele, e que pela espessura, era fácil de perceber que era desproporcionalmente maior que orifício anal onde estava. Evidentemente, Kitsu estaria mais ferido interiormente do que exteriormente. Lembrou-se que já passara por aquela mesma dor no passado, uma dor que o marcara para vida inteira, sentiu-se ainda mais condolente frete ao jovem loiro. Suas mãos pararam de tremer, sabia que era capaz de fazê-lo. E com os pensamentos fixos, segurou a base do vibrador e o arrancou de uma única vez.

Kitsu, como avisara, soltou um urro que fora abafado pela amordaça, se rebateu amarrado na corda e então desmaiou. Sasuke mirou o objeto banhado em sangue e, de repente, os gritos de dez anos atrás, fizeram-se audíveis mais uma vez em sua mente.

– NÃO, ONIISAN! NÃO! NÃO! TIRA! ONEGAI! ESTÁ DOENDO! ESTÁ DOENDO MUITO! NÃO FAZ ISSO, POR FAVOR! YAMEROOOOOOOO!  

– Sasuke-chan! Continue gritando, eu estou quase... Ah! Ah! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!  

Sasuke jogou o objeto no chão, após ouvir àqueles berros que assombravam suas lembranças do passado. Tampou os ouvidos, e se encolheu rente a acama, como a criança que fora um dia, sentindo as lágrimas escorreram no seu rosto feito uma cachoeira, passou a soluçar e chorou, como há muito tempo não fazia.

E a chuva, como se combalida pelo sofrimento dos dois jovens, recomeçava seu pranto do lado de fora, acompanhando-os.  

...

Kakashi fitava o vidro embaçado da janela de reunião da Central de Polícia, e a chuva que recomeçava devagar. E o pior é que aquela época na cidade era propícia para o tempo ruim, e conforme vira na previsão dada pela repórter bonita da televisão, este ainda se estenderia pela semana toda.

Logo, ele pôde ver Tsunade, acompanhada pela secretária que carregava o guarda-chuva, sair do prédio e ir em direção ao carro importado estacionado quase de frente ao prédio. Esta lhe lançou um último olhar antes de se fechar no vidro. Era evidente o quanto a médica ficara incomodada, mais do que ele próprio, com o fato do chefe de polícia ter escolhido um novo investigador para o caso Uchiha.

“Um novo investigador...”

E este era realmente novo, não só no sentido de experiência profissional, mas também na idade. Ele ainda era um garoto. Talvez só um ou dois anos mais velho que Sasuke. Já ouvira falar sobre ele e sua percepção avançada. E fora surpreendente o fato dele ter descartado tão rapidamente a hipótese de que Uchiha Itachi havia tentado suicídio, após ler algumas páginas do processo.

Ele, Hatake Kakashi, suspeitar deste fato era evidente, afinal, sua dedução era baseada em anos de investigação. Não, em duas horas de conversa com duas pessoas a par do caso, nem na análise superficial das mais de duas mil folhas que compunham o processo.

O homem suspirou, percebendo o vidro embaçar com o calor da respiração que saíra por sua boca abafada pela máscara preta. Agora o menino, o tal Nara Shikamaru, estava conversando com o seu chefe. Estranhara o fato dele ter pedido que esperasse mais um pouco, pois queria conversar consigo particularmente.  

“Provavelmente ele fará perguntas mais direcionadas ao dia-a-dia de Sasuke”.

– Eu estou com fome, não tem nada para comer nesse lugar? – resmungou Shikamaru, ao entrar novamente na sala de reunião.

– Tem café, naquela garrafa ali. – ele apontou para a bandeja, após ter se voltado para o garoto.  

– Hum, que problemático... – resmungou ele, levando as duas mãos para trás da sua nuca e descansando o pescoço nela. - Café não enche meu estômago, só faz aumentar a gastrite. Porque não vamos almoçar juntos?

O investigador mais velho olhou o relógio, já era mais de meio dia, realmente, precisavam comer.

– Por mim, tudo bem. – concordou.

– Conhece algum lugar bom?

– Conheço vários. Eu e o meu afilhado costumamos provar comidas diferentes. Só preciso saber que tipo você gosta?

– Gosto de alguma coisa que dá pra sentir tempero. Não conte para ninguém isso, mas a minha noiva cozinha horrivelmente. A comida dela é pior que aquelas de Hospital.  

Kakashi sorriu discretamente.

– Eu entendo. Já experimentou comida brasileira?

– Ie... – negou ele, balançando a cabeça. - Mas já ouvi falar.

– Conheço um restaurante ótimo, e como o tempo está ameno, você vai gostar de experimentar a feijoada. Ikuso?

– Hai, vamos nessa.


...

Sasuke, após algum tempo chorando, recobrou sua consciência. Afinal, precisava tomar conta de Kitsu, e após soltar o corpo das cordas, e limpar os ferimentos, ele o vestiu com a roupa laranjada que estava pendurada na cabideira rente porta. Ele também juntou todas as coisas do garoto em sacolas pretas, o que lhe parecia útil, ele deixou separado em um canto em duas sacolas de supermercado, para levar junto com ele, o restante ele jogaria no container de lixou do lado de fora. Em seguida, ele limpou todos os vestígios de sangue do local, retirou todo o lixo e qualquer evidencia que alguém estivera morando ali.

Depois da faxina, o Uchiha mais novo, cobriu Kitsu com um velho cobertor que ele trouxera, deixando-o aquecido. Em seguida, saiu para farmácia, antes, trancou o lugar com um cadeado novo, e atirou na grande lixeira, o cadeado arrombado, junto com todo o lixo que retirara do lugar.

Tentou não demorar muito na drogaria, e após meia hora estava de volta no lugar com um táxi, o motorista até o ajudou a apanhar Kitsu e colocá-lo no carro. Ele contou ao homem que os dois haviam passado a noite juntos, e que ali era o esconderijo deles, já que os pais não podiam saber que eram namorados. Mas que o colega havia exagerado no álcool por isso ainda estava de ressaca. O homem acreditou facilmente, e ainda o alertou quanto ao perigo de beberem e fazerem coisas escondidas dos pais. Então, Sasuke sorrindo, disse que havia tomado uma decisão, e iria assumi-lo perante a família. O senhor já de meia idade, disse que era cosia certa, apesar de não aprovar namoro entre meninos.

Alguns minutos depois, e após deixá-los no terreno de uma enorme mansão, o homem saiu satisfeito, com uma nota alta pela corrida e pela ajuda. Sasuke estagnou no saguão de entrada aonde fora seu antigo lar. A casa apesar de ter sido liberada pela polícia há alguns anos atrás, ainda não havia sido vendida. As pessoas quando sabiam da tragédia que ocorrera ali, tinham medo de adquirir a área, acreditando que esta era assombrada pelos mortos da tragédia de dez anos atrás. E só agora, Sasuke pôde ficar feliz por tal fato.

Assim, o moreno subiu a escada central da casa com Kitsu em seus braços, o levou para onde fora seu quarto na infância, depositando-o da cama. Sasuke correu seus olhos rapidamente pelo lugar, estava tudo muito limpo, devido à tentativa de venda, o lugar sofria várias faxinas por mês.

Então, ele retirou as roupas sujas que vestira no loiro, somente para transportá-lo até ali. Em seguida, fez curativos em todos os ferimentos. Sasuke também, lhe injetara medicação na veia com intuito de conter a dor, a febre e a inflamação dos ferimentos. Também dera à ele um dos seus calmantes, ele provavelmente só acordaria no outro dia. E era exatamente o que queria.

“Preciso cuidar da pessoa que fez isso com você, Kitsu. E não o quero acordado, tentando me impedir...” – pensou o moreno, abrindo o notebook, após ligá-lo na sua antiga escrivaninha. Havia encerrado todas as cortinas pesadas da casa, apesar de estarem em uma área afastada de vizinhos, não podia deixar nenhuma evidência de que estavam ali, desta forma, só ascendera a luz do pequeno abajur em forma de usinho que estava sobre a mesa.

– Em algumas horas, saberei tudo que preciso sobre esse tal de Hyuuga Neji. – disse para si mesmo, observando seu reflexo na tela LCD desaparecer e dar lugar para área de trabalho do Windows, em seguida, conectou o modem portátil em uma das entradas USB do lado do aparelho e passou a navegar na internet.

...

Não muito longe dali, a dupla de investigadores conversavam animadamente, terminando a segunda porção de feijoada. O restaurante era bem simples, pequeno, de ambiente bem aconchegante e familiar, as mesas e as cadeiras eram de madeira, forradas com toalhas verdes e amarelas. Ao fundo, podia-se ouvir um som gostoso, que Shikamaru nunca tinha apreciado antes, mas que já ouvira falar e muito, era provavelmente o tal samba. Também havia algumas bandeiras da terra brasileira nas paredes, que estavam adornadas com inúmeros quadros que mostravam imagens belíssimas, cada uma tinha uma descrição, e que ele logo entendera como nome das cidades que a imagem retratava, ali perto dele havia fotos: do Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, Amazonas, Pantanal, Distrito Federal, Belo Horizonte... Entre outras. Todas as paisagens mostravam sempre um céu azul brilhante, algumas tinham belas praias, carros alegóricos – da tal festa chamada Carnaval – outras retratavam bichos, aves exóticas e coloridas, muita natureza, monumentos, pessoas sorridentes, tudo que contrastavam com o ambiente sombrio dos últimos dias naquela pequena cidade do sul do Japão.

A garçonete, que tinha uma linda pele morena e cabelos negros cacheados presos em um rabo de cavalo no alto da cabeça, veio andando toda dançante para a mesa deles, trazendo-lhes a terceira porção da iguaria.

– Arigato. – agradeceu os dois abobados e ao mesmo tempo, admirados com a exuberância e a diferente beleza étnica daquela moça, que além de tudo, tinha um belo par de olhos verdes. Ela parecia uma verdadeira afronta aos olhares masculinos.

Os dois a observaram hipnotizados, recolher os pratos vazios e depositar o cheios na mesa, sempre sorrindo, um sorriso de lado a lado na face, branco, bonito, dizendo em sua língua ao terminar:

– “Bom apetite” ou como vocês dizem: “Itadakimassu”. – brincou ela, além de tudo era simpática e bem humorada, então ela piscou um dos seus lindos olhos verde e deu meia volta, deixando no ar seu perfume natural, misturado com o aroma magnífico daquela comida.

– Matte, onee-chan (1)! – pediu Kakashi, vendo-a se deter e olhá-los por cima dos ombros. - Como se diz mesmo: “arigatou” na sua língua?

– É “obrigado”. – informou ela, ainda sorrindo.

– O-bri-ga-do. – replicaram os dois, fazendo a mulher sorrir ainda mais gostoso, e em seguida a viram voltar a marchar, como se estivesse desfilando, requebrando o quadril - que era um tanto mais avantajado do que das mulheres japonesas - de um lado para o outro.

Shikamaru engoliu em seco.

– Agora entendo porque gosta desse lugar, além da comida maravilhosa, e do ambiente gostoso, tem umas garçonetes. Você viu o olho dela, e a pele, e o corpo? Estou pasmo... – se abanou ele, com as mãos.  

– É, as brasileiras fazem meu coração bater bem mais rápido também. Já vi que gosta do que é bom.

– Sim, se gosto. Mas eu sou noivo, e a mulher é um general. Se ela pelo menos imaginar de leve eu babando em uma mulher que tem um corpo daquele, ela arranca fora aquilo que Deus fez de melhor em nós homens... – ele brincou, voltando a saborear o feijão. – Hmmmm... divino.

– É, mas vamos parar depois desse prato, você nem imagina o quanto isso pode ser venenoso se consumido em demasia.

– Ah, é? Que pena, porque todas as coisas boas têm que ser racionadas?

Kakashi sorriu. E após dar mais uma colherada na feijoada, decidiu perguntar ao garoto o que ele queria consigo, senão, ele passaria mal era de ansiedade e não por causa da comida.

– Então, Shikamaru, o que queria conversar comigo em particular?

– Ah, sim. – o menino parou de comer um minuto, limpando a boca com o guardanapo de tecido e tomando um gole de água. - Eu preciso que você me fale mais algumas coisas sobre o Sasuke, para ser mais especifico, eu gostaria de saber os locais casuais que ele frequenta, sozinho. - ponderou, fitando fixamente o companheiro de investigação na sua frente.

– Não entendi.

– Kakashi-senpai, eu vou ser claro. Eu quero conhecer o Sasuke-kun pessoalmente. E antes que me pergunte qualquer coisa, eu vou lhe explicar o que penso. Eu não quero me apresentar à ele como mais um policial investigador. – Ele fez questão de ressaltar “o mais um policial” esperando arrancar alguma expressão diferente do tutor do menino, contudo, este se manteve inalterado, então ele prosseguiu: - Sabe, senpai, as pessoas tendem a vestir máscaras perante os homens da lei. Uma pessoa comum em frente a um policial tenta mostrar a este somente o seu lado bom.

– Eu até entendo o que está querendo dizer, agente. Mas eu não sou só um homem da lei para o Sasuke, sou a pessoa que cuidou dele. Além do mais, Sasuke era uma criança inocente quando tudo aconteceu, eu não acredito que ele naquela época estaria vestindo uma máscara para nós, os adultos.

– Aí está um grande engano, Senpai. – contrapôs o rapaz, bebendo mais um gole de água e voltando a observar os olhos do homem que estava com a máscara encobrindo somente o seu “super-nariz”, já que ele precisava da boca para comer. – Essa criança ao qual o senhor se referiu, viu os homens da polícia prender o irmão mais velho que fez coisas ruins e feias, e proteger àquelas pessoas o qual o malvado fez suas maldades. Então Kakashi-san, essa criança pode formular o seguinte raciocínio em sua pequena mente: “se eu mostrar que fiz ou faço algo ruim, eu também vou ser castigado”, estou errado?

O investigador mais velho estava realmente impressionado.

– Então, isso quer dizer, que existem suspeitas em torno do meu... em torno do  Sasuke?

O garoto suspirou, re-encostando as costas na cadeira.

– Sabe senpai, todas as possibilidades, quando existe um caso complexo como este, devem ser sanadas. Não pense que estou colocando o Sasuke como o suspeito número um da tentativa de fuga do irmão, só estou observando com imparcialidade tudo que eu tenho à mão no momento. E entendo sua preocupação como pai também.    

– Desculpe, não é só pelo meu sentimento de pai que não suspeito do meu protegido, Nara.  E sim, porque eu o conheço. O Sasuke é um garoto frágil, cheio de traumas e temores, que eu estive acompanhando a vida toda. Não vou me negar a ajudar, muito menos, questionar a mudança de investigador. Só quero que tenha cuidado ao se aproximar dele de forma a enganá-lo. Você irá mentir, ele é um garoto traumatizado então dependendo do que você diga ou faça, poderá...

– Senpai? Calma. – pediu ele. – Primeiro. Eu vou me apresentar à ele como a pessoa que eu sou de verdade, ninguém disse em mentir. Eu sou um adolescente comum, chamado Nara Shikamaru, filho único de um pai professor de Educação Física e de uma mãe dona de casa; estudo  faculdade de jornalismo, morro de preguiça de fazer os trabalhos acadêmicos, e tenho uma noiva que mora na cidade da Areia, a qual eu preciso viajar quase todos os fins de semana para ver. Nada do que eu acabei de lhe dizer é mentira. O que na verdade não é relacionado a minha vida, é essa minha profissão de detetive especial. Isso é escondido de todos, até da minha família, o único que sabe na verdade é meu pai; eu também contei para a minha noiva. Na polícia eu uso o codinome de “Sombra”. Se alguém for investigar meu nome verdadeiro, saberá apenas tudo o que eu já lhe mencionei. Então, resumindo, eu não conheço Sasuke Uchiha, nem o mentor dele, nem o irmão preso, nada. Sou só um adolescente comum. Desta forma eu não posso tomar cuidado com suas fraquezas ou traumas quando for entrar em contato com ele, não é? Afinal, eu não o conheço, não é verdade?

– Hum. – resmungou o homem.

– Eu quero que entenda, Kakashi-san, que o meu propósito com isso, é ter uma visão de um cidadão comum referente ao Sasuke. E não, a visão de um policial e de uma psicanalista. Quero ver como ele se porta diante de alguém jovem como ele, uma pessoa à qual ele não precisa esconder sua verdadeira face. E assim, confirmar tudo que diz seus relatórios e descartar de vez a possibilidade de que ele possa ser tão demente quanto o irmão, senão, comparsa do mesmo.

Kakashi engoliu em seco, ao ouvir aquela explanação tão fria e direta. E estava realmente surpreso com o raciocínio rápido e lógico daquele jovem. Apesar de que, sentira um certo aperto no coração, mas tinha que confiar no filho, ele o conhecia bem. Era isso que acreditava.

– Eu entendi.

– Eu sabia que entenderia, afinal, você é o meu senpai, não é? Vamos terminar a comida, está ótimo isso aqui!  

...

 Sasuke estava detido ao lado da cama, lavou e torceu o pano no balde no chão, em seguida voltou a depositá-lo na testa de Kitsu, a febre havia voltado e ele estava delirando. Logo depois, suspirou, se levantou e voltou-se a sentar em frente ao notebook. Já havia conseguido dados suficientes sobre o filho do político da cidade. E também, ligara marcando um encontro com o seu álibi para mais à noite.  Era hora de fazer a próxima ligação, pensou discando o número que havia conseguido em um cadastro do Hyuuga na internet. E após o tom de chamada, ouviu a voz fanha lhe atender do outro lado da linha.   

– Sexy-boy’s, boa tarde?

– Boa tarde. Gostaria de alguém para me atender hoje à noite, tem que ser loiro e de olhos azuis, têm alguém desse porte?

– Em nome de quem?

– Hyuuga Neji.

– Senhor Hyuuga, esqueceu seu apelido de novo?

– Ah, pois é.

– Ok, é o seguinte, acabei de mandar apelido e senha para o e-mail cadastrado, ok? Está na frente do computador?

– Sim. Qual é o e-mail que eu deixei cadastrado mesmo?

– Ah, sim. É o “nenepower arroba konoha net ponto com” tudo minúsculo. – O menino foi digitando conforme o outro no telefone lhe ditava, e após usar um vírus para burlar o pedido de senha, conseguiu abrir o tal e-mail.

– Ok, chegou aqui.

– Pode confirmar o nome?

– Coelho branco.

– Isso. Pode digitar sua senha, por favor?  – Sasuke o fez.

– Ok, senhor. Confirmado. Já olhou no nosso catálogo?

– Não consigo mexer na droga do filtro.

– Ah, certo. Vou mandar uma foto para o seu e-mail, que tal esse?

– Humm, pode ser esse. – confirmou, Sasuke, ouvindo o homem digitar no computador, fazendo à sua agenda com o rapaz da foto, que provavelmente tinha os cabelos descoloridos e usava lente de contatos.  

– Qual horário, senhor?

– Dez horas.

– O mesmo local de sempre?

– Qual lugar está marcado aí?

– Rua 128 com 132B Leste, quarto andar, apartamento 19.

– Certo, esse mesmo. Pode confirmar o celular que deixei cadastrado, eu mudei alguns números quero saber se já fiz alteração.

– A última atualização que o senhor fez foi há dois meses, eu vou mandar sua ficha toda por e-mail. Pronto. Chegou?

– Sim.  – respondeu ele, olhando os números de telefones e endereço. “Que tipo de idiota preenche uma ficha de um lugar desses tão detalhadamente?”, pensou sorrindo. – Escuta, eu incluí um número novo de telefone nessa ficha, estou lhe enviando de volta, peça que o jovem me ligue nesse novo número quando ele chegar ao lugar marcado.  

– Certo. Recebido e modificado. Mais alguma coisa, senhor?

– Não.

– Certo. O nome dele é Zefiro, têm 19 anos, loiro, olhos azuis. Está marcado o encontro para as dez horas da noite, no mesmo local do cadastro. Confirma?

– Confirmo.

– Certo, Coelho Branco. Quer que ele leve algum apetrecho?

– Não, eu já tenho tudo o que eu preciso.

– Está agendado. Ficou quarenta mil e quinhentos e dezessete ienes (2), debito na sua conta e mando o comprovante para o seu e-mail?

– Sim, por favor.

– Transação concluída, senhor. Obrigado por escolher a Sexy-boy’s e tenha uma ótima noite.

– Obrigado.  – Sasuke desligou o telefone, e após localizar o endereço mencionado pelo outro, sorriu. - Fácil de mais.

Em seguida, ele faz uma nova ligação, após consultar o número de celular na ficha que o homem lhe enviara, antes disso, ele acionou um programa de alteração de voz que ele havia baixado da internet.

– Alô? – atendeu a voz séria do outro lado.

– Senhor Coelho branco, é da Sexy-boy’s, tudo bem?

– Que porcaria! Porque vocês estão me ligando?

– É que chegou um produto novo no nosso catálogo conforme os gostos pessoais do senhor, e hoje estamos fazendo uma promoção especial de estréia do garoto, gostaríamos de saber se o senhor está interessado. Se não tiver, ligamos para o próximo da lista.

– Como é esse produto?

Sasuke sorriu, satisfeito. “Ele caiu.”

– Feições singelas, cabelos loiros, olhos claros.

– Perfeito.

– Marco para o lugar de sempre?

– Sim, pode ser.

– Só temos horário para depois das onze, pode ser?

– Tá, pode ser até mais tarde.

– Certo. Onze e meia?

– Perfeito.

– Debito na sua conta?

– Sim.

– Pode digitar a senha, por favor. – ele o faz.

– Confirmado, Coelho Branco. A Sexy-boy’s agradece a confiança, o senhor não irá se arrepender da noite que terá.

– Espero mesmo. – O Hyuuga desliga.

E Sasuke sorri mais uma vez.

– Eu prometo que não irá...

...

Ao chegar em casa, já de noite, Kakashi é recepcionado por um Sasuke apressado, muito bem vestido e perfumado.

– Kakashi-san, seu celular está desligado? – ele o repreendeu, antes de cumprimentá-lo.

– Ah, gomen? Estive em reunião a manhã e parte da tarde, acho que esqueci desligado. Aonde vai assim?

– É... eu tenho um encontro.

– Hã? Mas já está tão avançado assim? – assustou-se ele. Afinal, o afilhado há alguns dias nem se quer pensava em garotas. - É com a pessoa que você me falou pela manhã? – Ele quis saber.

– É, sim. Acha que estou muito avançado em já ter marcado um encontro?

– Não, não é bem isso que eu quis dizer. Você esperou dezoito anos por isso, está mais que na hora. – sorriu o homem, coçando os cabelos. - Você está bem vestido. Aonde vai levá-la?

– Lanche e cinema perto da estação.

– Boas opções.

– Eu queria conversar mais, mas já estou atrasado, não esperava que o senhor fosse demorar, eu queria que... é... – Sasuke demonstrou-se muito constrangido.

– Queria?

– Queria que me desse algumas dicas do que devo e o que não devo fazer. Eu olhei algumas coisas na internet, mas... eu não sei.   

– Bem, eu não saio faz muito tempo também, Sasuke. – O mais velho sorriu, um tanto encabulado. - Mas, tente ser gentil, ofereça para pagar a conta. Você tá levando dinheiro suficiente?

– Acho que sim. – confirmou, encarando o tutor seriamente. – Kakashi-san, e sobre o beijo?

– Você vai tentar beijá-la, logo de cara?

– Eu não. Mas acho que é capaz dela tentar, afinal, a Saku... – ele tampou a boca.

E o Kakashi então sorriu, Sasuke não era bom para guardar segredos.

– Então é a Sakura-chan do consultório da doutora?

– Droga! Não ria.

– Baka, não estou rindo disso. Mas, não ligue para mim. Vai fundo. Ela é uma garota bonita e inteligente. Eu dou todo apoio, e tenho certeza que a Tsunade também ficará feliz.

– Na verdade, foi a Tsunade que me deu a dica.

– Sério? Esta aí um motivo a menos para eu me preocupar.

– Ah! Eu tenho mesmo que ir está na hora. – Ele olhou o relógio. - Não deve ser legal fazer uma garota esperar, né?

– Com certeza, não é. Pode ir. E Boa sorte.  

– Kakashi-san?

– Hai?

– Fica com o telefone ligado, caso eu precise de alguma dica de última hora.

Ele sorriu novamente.

– Hai, hai! Vai logo!

– Ja ne!

Kakashi suspirou. E só de pensar que havia ficado preocupado com o que Shikamaru havia lhe dito, sentiu-se um tolo.

“Eu não vou deixar que ele fira meu filho. Isso eu não vou deixar mesmo.”

...

Sasuke correu para estação aonde havia marcado com a estagiária da sua psicanalista as dezoito e trinta. Pelo menos o tutor parecia não ter desconfiado de nada. Ao chegar viu a menina que já estava esperando por ele, a cumprimentou e então os dois entraram no cinema, um filme de uma hora e meia, e saíram da sala de exibição exatamente as 20 horas. Em seguida foram para a lanchonete e lá, conversaram normalmente enquanto comiam, quarenta minutos depois, Sasuke sugeriu deixá-la em casa, ela aceitou, claro.

No percurso, enquanto caminhavam tranqüilos, Sasuke tentou dizer de maneira não tão direta, o quanto ele sentia vontade de entender certas coisas dos jovens de sua idade, como por exemplo, beijar uma garota e até fazer amor com ela. Sakura ficara muito impressionada de início, mas ela entendia perfeitamente a situação do garoto, afinal, enchia sua sensei de perguntas toda vez que ele saía da análise. Ainda por cima, era chance que ela sempre esperou de conquistá-lo. Não podia deixar se intimidar por tabus. Assim, ao chegarem ao prédio onde era seu apartamento, ela o convidou para subir. E bem, ele aceitou.

Meia hora depois, os dois já estavam na cama dela. A menina segurava a mão dele contra seu seio. Ela também já havia lhe “ensinado” como era beijar. E ele continuava fingindo nervosismo e preocupação.

– E então o que sente? – perguntou ela, com o rosto vermelho, sentindo a mão fria dele em cima do seu seio.

– É... eu não sei. Sinto um frio na barriga. É macio.

– Pode apertar mais um pouco. – pediu ela. E ele o fez.

– Agora me beija, e enquanto tiver me beijando, vai movendo suas mãos aqui em cima. Está bem?

Sasuke balançou a cabeça positivamente. E assim, ele o fez, a beijou, desajeitadamente, deixando-a acreditar que ela o estava guiando, e o quanto ele era inexperiente. A sensação de tocar um corpo de uma garota não era tão ruim. Todavia, a diferença era imensa, não conseguia sentir nenhum um milímetro das sensações que experimentara com Kitsu, com ela, ali.

 E quando a coisa estava começando a esquentar para os dois e ele a percebera gemer, conforme seus beijos e seus toques iam aumentando, o celular dele tocou era o tutor. Também estava esperando por isso. 

– Ah, é o Kakashi-san. Eu tenho que atender ou ele ficará preocupado.

– Tudo bem. – permitiu ela.  

Sasuke se levantou da cama, e após alguns minutos de conversa com o protetor ele voltou-se para ela sorrindo levemente.

– Ele disse que posso ficar. – respondeu frente a feição de indagação que ela fazia. – Ele avisou também, que quando eu estiver pronto pra ir, é para eu ligar e ele vem me buscar.

– Que ótimo! – sorriu ela eufórica, agarrando-se ao pescoço dele. – Então vamos continuar de onde paramos.

– Certo. – concordou ele, meneando a cabeça.

...

Depois de quase uma hora, Sasuke chegou ao endereço do encontro com o garoto de programa, havia se atrasado mais que o planejado e tivera que chegar aos finalmente com a garota estagiária. Ainda estava sentindo-se enjoado. Não queria ter traído Kitsu. Mas infelizmente, era para o bem dos dois que o havia feito. Se o sonífero que ele colocara no suco dela tivesse feito efeito mais cedo, não estaria atrasado e nem precisaria ter transado com ela de verdade. Pelo menos, seu álibi agora estava mais reforçado.

Chegou em frente a porta do quarto, e viu o tal garoto loiro sentado no chão, encostado à porta. Já havia falado com ele por telefone e dito que iria se atrasar.

– Zefiro?

O menino se levantou fitando Sasuke. E então o moreno pôde perceber o quanto aquele garoto era feio. Não tinha nada haver com a foto. E era evidente que sua loirice era falsa, afinal, as lentes que ele usava estavam até tortas, deixando aparecer a parte negra dos olhos verdadeiros. Ainda por cima, ele vestia uma roupa estranha, toda preta, uma mine-blusa, a calça justa de cós baixo, que mostrava toda sua barriga achatada; a pele era de um branco azulado que o deixava mais parecido com um zumbi. Apesar de tudo, ele tinha um rosto bonito, se não fosse o batom, e os cabelos descoloridos.

– Até que enfim, né, Coelho Branco? – o repreendeu, com uma voz forçada para o feminino, e um colocar de mãos na cintura, que o fez parecer um travesti. - Estava cansado de ficar com a bunda sentada nesse chão gelado, será que dá pra parar de admirar minha beleza, e entrar, quero algo quente pra beber.

– Primeiro, eu não sou o Coelho Branco. – explicou Sasuke, mirando-o friamente. – Segundo, você só vai entrar às onze e meia, assim, faltam meia hora. – informou, consultando o relógio mais uma vez. - E terceiro, tenho uma proposta pra te fazer pelo triplo da grana que vai ganhar hoje, metade agora... - o menino tirou um bolo do dinheiro do bolso da calça e o depositou na mão do prostituto. - O restante, quando eu estiver lá dentro.

– E quem eu vou ter que matar por tudo isso? – perguntou, puxando um dos fios falsos da sua cabeleira loira e enrolando-o no dedo indicador.  

Sasuke desenhou um sorriso fino e de lado no rosto.

– Ninguém. – informou, retirando do bolso um pequeno papelote e depositando-o na mão que ele usava para enrolar o cabelo de forma asquerosa. – Coloque isso na bebida dele, e faça-o beber assim que entrar, em seguida, bata na porta do lado de dentro quando tiver feito, e então a abra para que eu entre. Aí eu te darei o restante do dinheiro e você poderá ir.

– Tá, e o que você vai fazer com o capanga dele?

– Capanga?

– É meu bem, você acha que o filho de um político anda sozinho? Tem um capanga que anda com ele para cima e para baixo. E ainda, fica de plantão na porta do quarto. Um garoto que é fera em artes marciais e ainda por cima, só anda armado.

– Como sabe de tudo isso?

– Claro que me informei antes de vir, né, meu bem? Eu tenho que zelar desse corpitcho.

– Droga! Como não considerei isso antes?! – se repreendeu Sasuke, irritado. - Sabe se ele curte garotos?

– Ah, se curte ninguém sabe. Mas ele é tipo o bom moço, entende? É cãozinho fiel do patrão.

Eles ouviram barulho de vozes subindo pelas escadas do lugar.

– Tá, não temos mais tempo, faz a sua parte e eu vou me virar aqui.

– Certo... – o outro respondeu enfadonho, escondendo o dinheiro dentro do lado esquerdo do que parecia um sutiã, e o papelote do lado direito. Enquanto isso, Sasuke se moveu, camuflando-se atrás de uma parede escura. Tinha sorte pelo lugar ser um prédio acabado e com poucos apartamentos funcionando.

– Já chegou? – perguntou Neji, desconfiado ao ver o rapaz parado na frente do seu quarto.

– Pois, é né? Você também veio bem cedo.    

– Bem, melhor ainda, to a fim de comer logo. – ele grudou no braço do garoto e o puxou para dentro do quarto, após abri-lo. – Fica de olho aí, Lee.

– Deixa comigo, Neji!

–Aiiii, devagar seu bruto...

Assim que o garoto entrou, Sasuke esperou alguns segundos, então esfarelou os cabelos e puxou as roupas desalinhando-as e então, molhou o rosto com saliva, inspirou e saiu do escuro segurando o braço e chorando o mais desesperado que pôde.

– Oniisan! Me ajuda! Um cara tentou me agarrar logo ali! – O garoto agarrou o peito dele abraçando-o, fazendo-o sobressaltar.

O jovem Lee, que não esperava a situação ficou nervoso.

– Espera, onde? Como? Quem? – Mas o capanga não tivera tempo de reagir, e o garoto lhe enfiara uma seringa nas costas. – Mas que merda é essa? – reclamou, empurrando Sasuke com tanta força que o fez tombar longe. Contudo, o guarda-costas do Hyuuga ao pegar a arma, sentiu uma tontura lhe tomar, a vista embaralhar e já não podia mais focar o menino que se levantava e vinha em sua direção. – Que- quem é vo- você? – perguntou, já caindo desmaiado. 

– Não interessa quem eu sou. Mas graças ao seu aparecimento tive que mudar meus planos, agora perdi o sonífero que iria usar naquele putinho esquisito. – Ele recolocou as luvas pretas de borracha, e retirou algo brilhante do cano do coturno, e o guardou na manga da luva - Durma com os anjos.

Logo em seguida, ele ouviu as batidas na porta, e a mesma se escancarar. Ele entrou rapidamente, puxando o corpo pelos pés para dentro do quarto. Observando o Hyuuga que cuspia sem parar, já sentindo os primeiros efeitos da droga.  

– Teme! Como eu não imaginei que podia ser coisa sua, seu desgraçado?!

– Parte do acordo cumprida, dá o resto da minha grana pra eu dar o fora. Odeio ver neguinho, sofrendo. – avisou o menino, ainda de costas para ele, com a mão estendida.

– Ah, claro, obrigado por toda sua ajuda. E aqui está o resto da sua recompensa...  – Sasuke grudou nos cabelos oxigenados do garoto, puxando-o para trás, fazendo inclinar a cabeça e em seguida, passou o bisturi - que havia pegado na casa da Sakura – rapidamente por aquela região, rasgando o pescoço do garoto de programa muito facilmente, de um lado a outro. Em seguida, retirou de dentro do peito dele o bolo de dinheiro e o soltou, vendo-o descambar em direção ao piso. – Gomen? Mudanças de planos. Não pretendia matá-lo, só fazê-lo dormir, mas não podia deixar o corredor lá fora manchado de sangue e levantar suspeitas antes do tempo. Além do mais, vou precisar do dinheiro, da mesma forma que vou precisar do seu corpo.

Neji viu o pescoço do garoto esguichar sangue para todos os lados devido ao corte profundo produzido por uma arma tão sutil e então, ele cair de joelhos na sua frente. Em seguida, olhou apavorado para o garoto à sua frente.

– Que merda é essa?! Eu não matei aquele puto! O que pensa que tá fazendo? – de repente ele sentiu a boca mole, dormente, não conseguia mais gritar. O que havia sido àquilo que o garoto lhe dera pra beber?

– É um paralisante usado em animais, ele apenas retarda os movimentos humanos, deixando-os lentos. - Sasuke o respondeu, como se tivesse lido a pergunta em seus olhos, e sorriu ao admirar o horror tomando conta do rosto daquele homem, e àquela expressão lhe fascinou. – Só que infelizmente, esse remédio não evita que você sinta dores...  – O menino retirou o mesmo objeto que ele deixara enfiado em Kitsu da mochila que trazia nas costas, e então o mostrou para o Hyuuga apavorado. - Lembra-se disso?   

Ele tentou falar, mas já não conseguia, era o efeito da droga.

“KISAMA! KISAMAAAAAA!”

Continua...

Vocabulário.

 Onegai– Ah, por favor, sim?
Wakatta: entendi.
Matte: espere.
 Doushite: Porque?
Yamero: “Deixa disso” ou “Pare!”
Ikuso: Vamos nessa?
 Teme: Maldito / Desgraçado;
 Kisama: Foda-se, dane-se, “vá à merda”, “merda” ou também, pode ser um “você!” mais agressivo


Observações:  
1-       Onee-chan: como todos já sabem, a tradução é “irmã mais velha”, mas no Japão, este é o jeito informal que os clientes chamam as garçonetes. Seria mais ou menos, o mesmo jeito que nós, aqui no Brasil, chamamos de “moça”.
2-      40.516 ienes é em torno de R$ 800,00.

Participação Especial:
Sai (Naruto Shippuden) como Zefiro. (=/)

Momento Merchan
Escrevi uma nova fic. One-shot. Quem quiser prestigiar dê uma passada lá também, se chama: "Não, eu desisto", um SasuNaru mais bem humorado. Agradecerei infinitamente as reviews!

Sound Track:

“Noites sem respostas.
Momentos de calor.
Admiração por um lugar distante.
Apenas isso.
Eu só vivo para repetir as coisas”


Nakushita Kotoba – No Regret Life




Notas finais do capítulo

Mais um capítulo. Um pouco maior que os anteriores. E àquilo que vocês já sabem. Devo continuar? Então, deixem reviews. ;D



Agradeço aos mais de 1.000,00 acessos, nos três primeiros capítulos da fic. (._.)



Créditos da capa: para Akito-sou-sama. Thank you, dear! ;*



See you next!

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