Autora: Andréia Kennen
Fandom: Naruto
Gênero: Drama, Ecchi, Hentai, Lemon, Mistério, Orange, Romance, Suspense, Universo Alternativo, Yaoi, Yuri
Classificação: 18 anos
Resumo: Quatro jovens de classe alta, amigos de infância, decidem desfrutar ao máximo dos prazeres da vida, utilizando-se de suas belezas, riquezas e juventude; e para isso, não medirão pudores ou consequências. Contudo, até mesmo no pervertido jogo da sedução, corre-se o risco daquele elemento surpresa aparecer: o amor. Será que eles saberão lidar com esse sentimento com a mesma maestria que dominam a arte do sexo? Confiram! [Fic +18. Yaoi. Yuri. Hentai. Lemon. Orange. UA. Terminada. Prólogo + 11 capítulos + Epílogo. (mesmo estando terminada seu comentário é importante!. Personagens principais: Naruto/Sasuke/Sakura/Ino.
Obsessão Fatal
Capítulo V
Sasuke ajeitara o casaco vermelho, enquanto soltava um breve bocejo, e desta vez, não era interpretação, estava realmente com sono. Tivera um dia agitado. E já deveria ser em torno de uma hora da manhã. Uma e seis, resolveu por confirmar no relógio do pulso. O tutor - que havia ido apanhá-lo conforme prometera – caminhava mais a frente, fazendo um estrépito alto com o sapato, conforme pisava no chão molhado da calçada. Talvez fosse devido às ruas vazias, mas o barulho do calçado se propagava criando ecos fantasmagóricos. O homem estava com as mãos no bolso, totalmente adverso a tudo que acontecera.
Sentiu uma singular vontade de sorrir ao lembrar-se dos gritos do Hyuuga em sua mente. Seu sangue ainda estava quente. Contudo, da mesma forma que sentia um alheio furor de realização, também se sentia angustiado, por ter usado dos mesmos meios do irmão psicopata. Será que poderia confirmar que se tornará igual ao seu mais velho?
E pensar em Itachi, o fez se lembrar da tentativa de suicídio deste. No entanto, não prosseguiu no seu fio de raciocínio, pois teve que se deter repentinamente, ao quase se baquear com as costas do protetor, o homem havia estancado abruptamente e agora olhava para o céu encoberto de nuvens pesadas. Então, o viu abaixar a máscara do nariz e farejar o ar como se fosse um cachorro. Já o vira fazendo àquilo outras vezes, mesmo assim, achava algo repugnante. E, o que será que ele estava captando?
– Fumaça. – respondeu ele, como se tivesse ouvido seus pensamentos.
– Como, Kakashi-san? – se fez de desentendido.
– Estou sentindo cheiro de fumaça, Sasuke. E está vindo do leste.
O menino farejou o ar, repetindo o gesto do seu protetor, contudo, mesmo se quisesse, não sentira cheiro algum. Afinal, sabia muito bem, que estavam muito longe do tal incêndio.
– Realmente seu faro é fantásticos, Kakashi-san. Não estou sentindo nada, além dessa brisa fria.
O homem não respondeu ao afilhado, apenas destravou o alarme do carro, entrou e abriu a porta ao lado do seu banco para Sasuke entrar, estava preocupado. Pois, o seu superfaro não detectara apenas o cheiro de uma fumaça qualquer, era um incêndio grande, e ainda por cima, com vítimas, pois, o fedor de pele humana sendo consumida pelas as chamas, tinha um odor nauseantemente particular. E, exatamente no momento em que o mais jovem adentrara o veículo e batera a porta, o rádio policial chamou. Kakashi esperou o ruído de frequência estabilizar então logo ouviu a pergunta vinda da sua central.
– Kakashi-san, na escuta?
Ele retirou o fone do aparelho, e após apertar um botão ao lado deste, respondeu:
– Na escuta, prossiga.
– Incêndio na 128 com a 132B leste, o chefe está pedindo sua presença no local imediatamente.
Ele já imaginava.
– O que está queimando? – perguntou seriamente.
– É um prédio residencial muito antigo, de cinco andares. O fogo começou no quinto andar, os bombeiros já conteve a intensidade das chamas, mas acreditam que podem existir vítimas. Eles querem um perito para conversar com as testemunhas, e tentar dar uma posição para imprensa ainda hoje.
– Certo, estarei no local em dez minutos, câmbio, desligo. – O homem não se voltou para olhar o afilhado, apenas ligou o carro e anunciou: - Vou deixá-lo em casa primeiro.
– Não quero atrapalhá-lo em seu trabalho, Kakashi-san. – Sasuke se pronunciou, evidentemente combalido com a notícia. - Se for me levar em casa não estará nesse local em dez minutos como prometera, se quiser, eu fico e durmo aqui com a Sakura, acredito que não será incômodo nenhum para ela.
O homem suspirou, era uma alternativa, não queria correr como um louco desvairado de carro e arriscar-se a provocar um acidente, e também, não seria bom para Sasuke dormir sozinho no apartamento após ouvir aquele comunicado pelo rádio. Desligou o carro.
– Certo, Sasuke, desça. Amanhã eu venho buscá-lo.
– Não precisa, eu volto para casa sozinho quando acordar.
O homem não tinha tempo de argumentar, apenas concordou.
– Certo. Peça desculpas à Sakura por mim.
– Hai. – Ele desceu, e ficou parado na calçada até ver o carro do tutor desaparecer. Então pegou seu celular e chamou um táxi.
Já sabia onde iria passar a noite. Afinal, o sonífero faria Sakura dormir até o meio dia, tinha tempo.
...
– Telefone para o senhor. – avisou ela, com certo receio de incomodá-lo. - Sei que não gosta de ser interrompido, Hyuuga-sama, mas é a polícia, e avisou que é sobre o senhor Neji.
– Meu sobrinho? Me dê logo o aparelho, Kanako, e pode sair.
– Sim, com licença, meu senhor. – disse ela, reverenciando-o depois de entregar o aparelho, e saindo conforme lhe fora ordenado.
– Hyuuga. – anunciou o homem, secamente. - Pois não?
– Senhor Hyuuga, capitão Danzou, precisamos conversar. – disse o homem do outro lado da linha, sem muita cerimônia. - Será que pode comparecer ao vigésimo oitavo distrito?
– Delegado? - espantou-se o político ao constatar quem era, evidentemente preocupado, pois, se era o próprio delegado a ligar, isso significava que a notícia era muito grave. - O que o meu filho fez?
– Senhor, não é algo muito agradável de informar por telefone.
– O Neji está preso?
– Não, senhor.
– Que inferno, chefe! – irritou-se ele, já se levantando da cadeira onde está e apertando mais o aparelho em suas mãos. - Desembucha de uma vez!
– Senhor, seu filho-sobrinho, está morto. – anunciou de vez, fazendo o outro voltar a cair sentado na cadeira.
– Na- Nani?
...
Não muito longe dali. Na antiga mansão Uchiha. O jovem de orbes azuis despertara, descerrando seus olhos lentamente. E após sentar-se na cama, esticou os braços para cima despreguiçando-se, fazendo sua camisa regata preta subir, então, coçou a barriga; enquanto estalava os lábios ressecados, sentindo o gosto ruim dos remédios impregnado em sua saliva. Observou o local onde estava. Parecia um quarto de criança. Sentiu-se um tanto nostálgico, era como se já estivesse estado ali há muito tempo atrás. Lembrou-se do que lhe havia acontecido, então correu os dedos pelo corpo atrás dos ferimentos, estavam todos bem tratados e nem sentia mais dores, há não ser, por àquela mais incômoda que vinha do seu orifício anal.
– Aquele cavalo do Neji! – bronqueou alto. - Não poderia ter sido um pouco mais gentil na sua vingança?! E... se tivesse, eu teria até aproveitado mais. – resmungou sorrindo, pondo os pés descalços no chão acarpetado do quarto, e sentindo aquela sensação gostosa, de se pisar em um ambiente limpo. Mexeu os dedos no tecido felpudo sob os pés aproveitando-se da sua maciez, e então os firmou e se elevou, repousando as mãos na coluna e esticando-a para trás, e para frente, em seguida, moveu-se de um lado para o outro, quase como um exercício matinal.
E então coçou as nádegas. Enfiando o dedo indicador entre elas e retirando a cueca que se enfiara em um lugar indevido. Caminhou até a janela e escancarou as cortinas deixando a claridade invadir o ambiente, a fim de observar melhor o cômodo onde estava. Mas antes disso, abriu o vidro e deixou o ar matinal entrar, inspirando a brisa gostava que vinha de fora. O mal tempo ainda estava formado, contudo, a chuva dera um tempo. Olhou o terreno gigantesco do local onde estava e por um instante, imaginou que havia sido transportado para outro mundo. A área em torno daquela propriedade era mesmo imensa, tanto, que se perdia de vista. Apoiou a mão aberta em cima dos olhos, fazendo um gesto para enxergar mais ao longe, mas pelo jeito era impossível, também se inclinou no parapeito para observar o chão, e sentiu uma vertigem ao se perceber em uma altura de mais ou menos uns cem metros.
– Uau! Além de grande é alto! Sugoi! – mas de repente sentiu uma mão segurar firmemente o seu pulso e puxá-lo bruscamente para dentro do quarto, cerrando a janela rapidamente e em seguida as cortinas; mergulhando-os novamente na penumbra, exaurida apenas pela luz morna que vinha de um abajur bem meigo, que estava sobre a escrivaninha.
– Não tem medo de morrer?! – ouviu a inquisição ríspida do jovem de pele alva e lindos cabelos negros à sua frente. - Se cair dessa altura é morte na certa.
Kitsu apertou os olhos e estendeu seu grande e exacerbado sorriso para o exagero do Uchiha à sua frente. Nunca ninguém se preocupara com ele daquela forma. Estava impressionado. Ele o havia trazido para um bom lugar e tinha tratado seus ferimentos. Será que ele estava realmente tão apaixonado por si, assim?
– Ah, você é um estressado. – resmungou, apoiando as mãos na cintura. - Que saco! Acha que sou tão burro que vou cair assim, é? E porque fechou as cortinas?! Não bastava só me puxar da janela.
– Primeiro, os remédios que você ingeriu costumam provocar efeitos colaterais como vertigem, se você sentisse uma no momento que estava debruçado na janela, poderia cair, sim! E respondendo a sua pergunta sobre as cortinas: elas devem ficar fechadas, pois, não podemos deixar ninguém perceber que estamos escondidos aqui!
– Escondidos? Quer dizer que estamos invadindo?
– Não, essa casa é minha.
– Sua?
– Não só minha, mas do meu irmão pre-... ! – ele engoliu o resto da palavra, estava falando de mais. No entanto, Kitsu não demonstrou interesse em saber o que ele iria dizer e lhe fez outra pergunta.
– Você passou a noite cuidando de mim?
– E se passei?
– Não precisa ser tão grosso! – rosnou de novo, agora elevando as mãos para de trás da nuca, e apoiando o pescoço nelas. - Eu só quero saber o que você tá querendo comigo.
– O que eu quero?
– É, cara! O que você quer? Por que tu tá fazendo tudo isso? Porque se preocupar em cuidar de alguém de rua? Trazer ele para um lugar confortável e tratar dos ferimentos? Pô, quero entender, qual é a sua! Tá fazendo isso em troca de quê? Porque até hoje ninguém fez nada por mim, sem querer receber algo em troca. Então, se tu tá querendo me fazer de empregadinho ou de brinquedo sexual, eu quero saber logo, pra cascar fora, tá ligado? Não tô a fim de ficar mais preso a ninguém em troca de favores.
Sasuke suspirou, sentindo pela primeira vez uma sensação diferente em seu peito, era algo que o aquecia, e ao mesmo tempo lhe causava arrepios. Sentiu o compasso do seu coração desenfrear, estava ficando nervoso. Desviou-se dos olhos tão resplandecentes do loiro diante de si. A verdade, é que não tinha certeza do que estava sentido. Mas achava que aquilo, era o que chamavam de amor. Mas como podia ter certeza se era realmente isso? Não sabia como explicá-lo à Kitsu, parecia algo que não dava para ser retratado através de palavras. E também, não queria que seus sentimentos fossem retribuídos por ele como se fosse um mero favor. Sasuke então tomou o pulso de Kitsu em suas mãos e o puxou, para saírem do quarto.
– Oe, Matte yo! – reclamou ele. – Para onde está me puxando?
– Para cozinha, tomar café. Você está dormindo a mais de trinta horas, precisa comer ou irá desmaiar.
– Tá achando que sou frágil que nem você, garotinha? – perguntou debochado.
– Não. – Sasuke continuou puxando-o pelo corredor, seguindo na frente e ignorando sua provocação. - Só estou dizendo que você precisa se alimentar.
– Vai ignorar minha outra pergunta na cara dura, é?
– Não sei como respondê-la. – replicou. - Mas quero que saiba que não precisa retribuir nada do que estou fazendo por você. Estou fazendo porque eu quero. Também não desejo que vá embora, isso me deixaria chateado, eu só... eu só quero...
– Quer o quê, cara?
– Eu quero ficar ao seu lado para sempre, e só isso.
Kitsu desenhou um sorriso doce no rosto. Observando à mão branca que segurava firmemente o seu pulso, guiando-o. Nunca havia se sentido tão seguro como se sentia ao lado do Uchiha. E na realidade, não queria ter àquele sentimento de segurança de novo, pois, sempre que se deixava levar por promessas e por palavras enganadoras do bendito amor, acabava entrando em tremendas enrascadas. E também, não queria se sentir tão bem ao lado de alguém como ele...
Algum tempo depois, após Kitsu se fartar de tanto comer. Os dois já estavam de volta no quarto. O loiro havia deitado na cama, com os pés para o alto, e mordia o palito de dente que havia trazido da mesa do café. Enquanto isso, Sasuke, terminava de arrumar suas coisas na mochila.
– Tome! – disse ele jogando um celular para o menino. – É seu, mas não é para trocá-lo por Ramen.
– Ah, porque não? – se chateou imediatamente. – É um presente?
– É para gente conversar quando eu estiver fora.
– Aonde você vai?
– Para casa.
– Eu achei que essa fosse sua casa.
– Também é.
– Você é muito misterioso. Sempre responde o básico, quando não me responde nada. – Ele viu Sasuke ficar em silêncio mais uma vez, e suspirou. - E porque você tem que ir para outra casa? Porque não pode ficar aqui comigo?
– Eu volto para ficar com você a noite, tenho coisas à fazer.
– Jura? – abriu ele um sorriso radiante, que fez Sasuke engasgar.
– É. – ele se recompôs, após suspirar. - Não saia do quarto, não fique explorando a casa também. Eu liguei a televisão, e o vídeo game, tem livros na prateleira, se ocupe de alguma coisa. Mas tente repousar. Tome os remédios no horário que está marcado no papel encima da mesinha, e também, se alimente. E não fique só comendo Coople Nudles, eu trouxe frutas, frios e leite, está tudo na geladeira da cozinha.
– E eu vou para cozinha como, se você me proibiu de sair do quarto? Tele-transportando?
Sasuke bafejou, jogando a mochila nas costas. Tinha que ter paciência, ele parecia lhe provocar de propósito.
– Trouxe roupas limpas para você, está no armário, quando quiser tomar banho e trocar de roupas, fique a vontade.
– As roupas são suas?
– Algumas são.
– E vamos ficar nessa por quanto tempo?
– Até você se recuperar.
– E depois?
– Vamos fugir juntos.
– Fugir juntos?
– É, mas preciso articular as coisas bem.
– Você tá falando sério?
– Estou. – o Uchiha olhou no relógio. – Tenho que ir, descanse.
– Oe! Chooto!
– Hm?
Kitsu se aproximou do menino de franjas longas, então, tocou o rosto deste, arrumando seus longos fios por detrás da orelha, escorrendo o dedo pela pele delicada que ele tinha.
– Como sabe que não vou embora? – Kitsu soprou as palavras de maneira sensual na face de Sasuke, que apesar de engolir em seco, manteve-se centrado.
– Eu não sei, você não está preso. Só me resta torcer para que não vá.
O loiro sorriu. É, ele estava realmente gostando do Uchiha, e àquilo era totalmente inesperado.
– Só queria dizer, para esquecer o Neji. O pai dele é um cara muito poderoso. Se tentar algo contra ele, pode sair muito ferido.
– E se eu lhe disser que já é tarde para me dizer isso.
O loiro entreabriu a boca surpreso, mas logo voltou a fechá-la, claramente incrédulo, então sorriu.
– Você? Todo frágilzinho fez algo? O quê? Furou o pneu do carro dele? Não, já sei! Pichou o muro da mansão Hyuuga? Há! Há! Cara, eu não acredito! – desconfiou o outro, brincando no seu tom debochado.
– Essas coisas de vândalos é algo que você faria, e não eu. Agora posso ir?
– Você fez algo mesmo?
– E se eu fiz?
– Bom, dependendo da gravidade, acho que só seremos caçados, estripados e teremos nossas cabeças penduradas no mastro da praça principal da cidade.
Sasuke sorriu, mesmo não conseguindo entender as piadas de Kitsu.
– Descanse, eu tenho que ir.
– Ah, você não leva sério nada do que eu digo, né? – resmungou mais uma vez. - Mas estou fala-...! – Já era tarde, o moreno saíra do quarto, fechando a porta e deixando-o falando sozinho. – Nossa, ele possui uma frieza que me arrepia, mas, ao mesmo tempo... me excita. – reconheceu Kitsu, passando a língua umedecida nos lábios. – É, eu acho que vou ter que esperar você voltar.
E ao pensar nisso, o loiro se jogou de costas na cama, e enfiou uma das mãos dentro da cueca, passando a massagear o membro dentro desta, de forma condensada, enquanto a outra escorrera para um dos seus mamilos, apertando-os com as pontas dos dedos. Assim que começou a sentir os primeiros tremores provocados pela excitação, passou a soltar murmúrios e gemidos abafados, até conseguir alcançar o ápice da masturbação.
– Sasuke! An! Sasuke! An! Ah! Ah! Ahhhhhhh...
...
O político de longos cabelos lisos e olhos perolados, observava perplexo, o chefe de polícia à sua frente. Não podia acreditar no que estava ouvindo. Simplesmente, não podia! Seu sobrinho, que criara a vida toda como um filho depois que o irmão gêmeo falecera, estava morto? Morto em um incêndio? Em um quarto de um prédio velho do subúrbio de Konoha? Estava evidente que àquilo fora um assassinato!
– Chefe...
– Senhor Hyuuga, sei que está chocado, no entanto...
– Foi um assassinato. – ele interrompeu, fervorosamente, a fala do delegado de polícia, ponderando em seguida: - E eu vou querer os culpados, Danzou. Onde está o Maito? Ele disse que o maldito sobrinho dele seria capaz de proteger meu Neji! – O homem esmurrou a mesa, deixando finalmente, as lágrimas venceram seu rosto do homem.
O chefe de polícia, que era um ex-militar, e que usava um tapa-olho no olho direito, e tinha uma cicatriz no queixo em forma de “x”, mirou seriamente o rosto transtornado do Hyuuga à sua frente. No entanto, seus olhos divagaram sobre a feição transtornada deste, era um caso de extrema complexidade, pois o problema não fora só o fato do filho de um dos políticos mais importantes de Konoha, e o sobrinho de um dos seus tenentes terem sido mortos daquela forma. Havia algo de maior nisso tudo, afinal, um dos seus agentes especiais - igual ao Sombra que agora estava no caso Uchiha - Sai - que estava há seis meses trabalhando atrás da máfia da Akatsuki, também fora morto no mesmo local. Não conseguia sequer fazer uma simples ligação dos fatos e aquilo o estava deixando nervoso. Porque diabos, Sai teria sido morto com o filho do político?
– Chefe! Me responda! – gritou o homem, espalmando a mesa novamente.
– O tenente Gai está a caminho, senhor Hyuuga. Ele estava de plantão, montando vigia no Hospital da Polícia.
– Eu quero ver o corpo do meu filho, Danzou, agora! – exigiu o político - Afinal, como pode ter certeza de que é ele?!
– Senhor Hyuuga, realmente não temos essa certeza, até que seja feito o exame da arcada dentária dos três corpos encontrados no local. Entenda, o lugar pegou fofo. Os corpos foram retirados dos escombros totalmente carbonizados. Os nossos legistas estão tentando proceder com a autópsia, algo quase impossível de ser feito. Contudo, nós identificamos os corpos, devido há alguns pertences pessoais encontrados junto a estes, e também, o fato do carro do seu filho está estacionado no local do incêndio. Também ouvimos testemunhas que o viram entrar no prédio ao lado de Lee. Um dos nossos melhores peritos está no local, investigando os motivos que tenha causado o fogo, mas quero que entenda, ainda levará algum tempo para termos todos os resultados. – O homem ponderou um minuto, e analisou o rosto estático do político. Sentia pena da situação em que ele se encontrava, mesmo assim, precisava cumprir os protocolos, e assim, prosseguiu. - Eu o levarei para tentar identificar o corpo, Hyuuga. Mas, antes de qualquer coisa, eu o chamei aqui para tomar seu depoimento. Pois, como o senhor mesmo alegou, e acredita, suspeitamos também desse mesmo fato. O nosso perito também levantou a hipótese de assassinato, então precisamos saber do senhor, todos os “porquês” desta afirmação tão convicta.
O tio-pai de Neiji tampou o rosto com as ambas as mãos e desabou a chorar, aquilo simplesmente não podia ser possível.
...
– Bem, vocês dois não saiam desta porta por nada, vou dar uma volta pelo prédio e checar como tudo está.
– Oe, Taishou! – o chamou Kiba, antes deste se afastar. - Porque todo esse estardalhaço pra cuidar deste moribundo? – perguntou o jovem que foi acompanhado pelos latidos do seu cão policial.
– Não subestime o Uchiha Itachi, oficial. – respondeu o tenente de forma séria. - Ele já foi uma das mentes criminosas mais inteligentes da nossa cidade e quem sabe ainda é. Não acreditam na hipótese de que ele tentou suicídio, e eu também não acredito. Então, mantenham contato visual de trinta em trinta minutos com ele lá dentro. Não consegui conversar com o Gai porque ele saiu daqui afoitamente, mas eu conversei com a agente dele, a oficial Tenten, a jovem me passou esse relatório. – O capitão, retirou os papeis da pasta que estava, e entregou uma cópia para cada um dos seus oficiais. – É melhor vocês ficarem com uma cópia também, está descrito nesse papel a rotina do preso. Pelo que li, o médico, vem visitá-lo sempre acompanhado de uma enfermeira, a visita ocorre duas vezes ao dia, e a primeira visita é por volta das nove horas, então ele já deve estar chegando, mas quero fazer a ronda antes de falar com ele. Então, não o permita entrar se eu não estiver aqui, entendidos? – ele viu os dois afirmarem em um “hai” acompanhado do latido do cão policial.
– E, Kiba. Não deixe o Akamaru latir aqui dentro. – pediu o capitão, apontando para o cachorro, que também parecia entendê-lo. - Temos presos que são pacientes, não podemos incomodá-los.
– Certo, certo, Taishou. – O menino se abaixou para afagar a cabeça do seu fiel companheiro. – Você vai se comportar, né, Akamaru? – O animal de pêlos longos e brancos, só lambeu o rosto do seu dono em resposta, abanando a calda alegremente ao receber o carinho deste.
– Bem, então, fiquem apostos!
– Hai! – confirmaram mais uma vez.
Os dois viram o superior se afastar no longo corredor, então Shino foi o primeiro abrir a janelinha de madeira anexa a porta e olhar o paciente deitado lá dentro.
– E então, Shino?
– Parece morto... – respondeu o outro, que usava óculos escuros, e a gola da camisa erguida encobrindo parte do rosto.
– Deixa eu ver! – empurrou ele o colega, olhando para dentro do quarto. – É, ele está bem pálido, não é? Mas talvez essa seja a cor dele mesmo.
– Pode ser... Ei, Kiba, veja! – o rapaz apontou para um homem de jaleco branco que vinha andando tranquilamente em direção a eles. – Será o médico?
– Mas, já? O Taishou não disse nove horas? – o garoto pegou o celular para confirmar o horário enquanto seu colega consultava o seu de pulso, e ambos afirmaram quase ao mesmo tempo:
– Oito e quinze.
– Está cedo de mais, e ele está vindo sem a enfermeira, melhor passarmos o rádio para o capitão, está muito suspeito. – sugeriu Kiba.
– Tem um detector de metal em cada ala, ele não deve estar armado, então vamos abordá-lo e pedir que espere o capitão voltar.
– Ah, é, verdade!
– Ohayo. – desejou o rapaz ao se aproximar deles. - Vocês devem ser os novos agentes, não? Será que posso ver meu paciente?
Os dois estranharam o clínico. Este, além de ser muito jovem, era estranhamento bonito, olhos azuis claros, cabelos loiros e escorridos, com uma parte presa em um rabo de cavalo no alto da cabeça. Ele trazia somente a prancheta rente ao peito, e os cumprimentou com um sorriso desarmador.
Kiba fora o que ficara mais envergonhado com encanto e o sorriso doce do doutor, contudo, Shino não se deixou “empolgar” pela aparente beleza do médico e pediu a identificação dele. Contudo, parecia tudo certo, o nome batia com o que estava no relatório, mesmo assim, avisaram ao rapaz que ele teria que esperar pelo capitão.
– Posso só ver se ele está acordado? – perguntou este, ainda sorrindo.
– Acabamos de olhar, ele está dormindo.
– Uh, você é bem mal-humorado, ein? – o médico deixou sua impaciência com Shino transparecer.
– Acho que não há problemas, Shino. – respondeu Kiba, abrindo a pequena janela anexa na porta e deixando o doutor aproximar seu rosto.
– Ué? Mas não tem ninguém, aí. - informou ele, depois de olhar para dentro do quarto.
Kiba pôs mão no ombro do médico e o afastou com cuidado, e então, confirmou o que este dizia.
– Shino, ele não está aqui realmente, vamos abrir! – apavorou-se.
– Matte, Kiba! – impediu o outro, segurando a mão do amigo. – A chave ficou com o capitão. E ele pode estar se escondendo no chão, ou atrás da cortina. Isso parece muito suspeito. – disse ele, voltando-se para o tal doutor loiro à sua frente.
– É, eu não achei que seria tão fácil. – replicou este, retirando algo de dentro do bolso do jaleco e jogando no chão fazendo uma cortina de fumaça se levantar. – Eu gosto mesmo das coisas de forma mais explosivas. Ele aproximou-se da fenda novamente e gritou: - Afaste-se da porta, Uchiha! – e após colar algo na porta, gritou: - KATSU! – e está explodiu.
O barulho de uma segunda explosão logo se fez, e então a sirene de incêndio ressonou por todo o prédio, logo, os detectores de fumaça no teto foram acionados, fazendo jorrar água como se fosse um chuveiro aberto em todos os cantos. O capitão Yamato, se aproximava espreitando pelas paredes dos corredores, com sua arma empunho, quando notou, que só os seus subordinados tossiam em frente da porta explodida do quarto do Uchiha, ele se aproximou deles.
– Vocês estão bem? – perguntou preocupado, ao verem eles sangrando, atingidos pelos estilhaços da explosão. O barulho que vinha dos quartos também era insuportável, os demais presos gritavam provocando uma balburdia infernal, apavorados com o anúncio de incêndio. – Não se mexam, já chamei reforços.
– Taishou, dentro do quarto, foi o médico.
– O médico? Impossível. Eu estava subindo com ele pelo elevador quando ouvi a primeira explosão.
O homem deixou os subordinados e entrou no quarto, percebendo que este estava com um arrombo enorme na parede, provavelmente, causado pela segunda explosão. Olhou através do buraco gigante e não viu nada. Do lado de fora, as viaturas do corpo do bombeiro e os reforços da polícia já cercavam o prédio. Mesmo assim, por onde eles teriam escapado? Não havia escada de incêndio do lado de fora, e estava no vigésimo quinto andar. Talvez, tivessem ali no quarto ainda. Vasculhou o lugar, mas não encontrou nada, pareciam terem sumido em um passe de mágica.
– Inferno! – esbravejou, inconformado.
...
Não muito distante do Hospital Penitenciário, uma asa-delta de cor acinzentada, plainava camuflada no céu, trazendo dois jovens agarradas nela, logo, estes aterrissaram em um terreno baldio.
Itachi, um tanto trêmulo, foi o primeiro a tombar rolando no chão, em seguida, o outro jovem desceu perto dele, deixando o objeto bater em uma árvore.
– Logo a polícia estará varrendo essa área, precisamos sair daqui. – informou ele se levantando.
– Como você conseguiu essa asa? – quis saber Itachi, impressionado com o objeto.
– Ah, isso? É um dos brinquedinhos experimental da nossa organização, ela é totalmente feita de uma matéria prima de liga-leve, com hastes resistentes e dobráveis, deixei ela camuflada na caixa do ar condicionado do seu quarto, quando me fingi de limpador de janelas, há uns dois dias atrás. – Ele sorriu, um sorriso demente, observando o rosto imparcial do rapaz moreno à sua frente: - E isso aqui... – ele retirou um pedaço da massa branca de dentro do seu bolso, que mais parecia um chiclete mascado. - Esse é um dos meus brinquedinhos favoritos. É um potente explosivo; dentro dele há um detonador que se aciona com uma chave de comando de voz. Nosso grupo é muito bem... – Mas o menino se deteve ao ver o rapaz a sua frente se levantar encarando-o e então, grudar em seus cabelos, empurrando-o de volta para o chão. – Ei, o que pensa que está fazendo?
– Você é muito barulhento... – reclamou ele, já invadindo a boca do loiro com um beijo intenso, vendo-o relutar por um tempo, mas logo, este parou de se debater embaixo de si, deixando o explosivo que estava em sua mão, rolar para a grama. Então, ele grudou nos cabelos negros e longos do outro, correspondendo ao beijo da mesma forma frenética.
A verdade, é que a vontade do loiro era mesmo de saciar àquele demente o qual idolatrara como sonho de consumo durante dez anos. E agora que o libertara, estava pronto para receber dele todas as sandices que sabia que era capaz de cometer. E só de lembrar-se do sangue que ele já havia derramado, sentiu um desejo ardente incandescer cada célula do seu corpo, e fazê-lo grudar suas unhas na carne dele, agarrando-se a cintura deste com suas pernas, friccionando seu ventre contra o ventre descoberto do moreno. Já que este estava somente com um pijama leve de paciente, o qual já havia sido abaixado. Podia sentir a ereção deste roçando com a sua, soltou um gemido abafado de êxtase, só de imaginar, que ele seria o felizardo a receber todo o desejo que Itachi tinha contido por dez anos.
O Uchiha lambia, sugava, mordia a boca a sua frente, estava feliz que o tal Deidara fosse pelo menos bonito. Arrancou seu membro latente de dentro da calça do pijama e roçou na dele, procurando trêmulo pelo zíper que abrisse logo àquela porcaria de calça. Se afastou do corpo dele.
– Tira logo a merda dessa roupa! – ordenou, arrancando o jaleco por cima da cabeça, e ficando parcialmente nu.
– Sei que está louco de desejo... – disse o outro arfante, e com o rosto todo pigmentado de vermelho. – Mas não tem medo que os tiras nos encontrem?
– Dane-se a polícia. – respondeu o outro em um sussurro, abrindo a calça do loiro, e retirando-a rapidamente pelos pés, posicionando-se em seguida entre as pernas do mesmo. – Se eu não foder você agora, eu morro... – disse ele já introduzindo seu membro no orifício anal do outro, vendo-o contorcer-se e ao mesmo tempo se maravilhar da dor que sentia.
– AHHH! – gemeu o loiro quase gritando, enfiando seus dedos entre os fios morenos e grudando-se neles. – É muito, mas muito melhor de tudo que idealizei!
– Fica quieto! – sussurrou Itachi, concentrando-se em mover seu sexo dentro dele. - Eu gosto de gritos, mas não quero ser pego antes de esfolar você inteiro.
O outro revirou os olhos ao ouvir aquilo, não conseguiu suportar a excitação, já estava gozando.
Continua...
...
“Aceite seu destino, sozinho nesta noite sombria
Sempre em frente até deixarmos pra trás todo o caos
Sempre em frente até vencermos a escuridão da noite
Sempre em frente até chegarmos à nossa terra natal
E quando finalmente deixarmos este mundo, o paraíso estará esperando por nós.”
Speed – Analog Fish
Vocabulário:
Nani: como?
Sugoi: Legal! Incrível!
Chooto: um pouco/ um momento.
Taishou: capitão;
Katsu: exploda;
Matte/ Matte yo: espere;
Momento merchan:
– Laços da minha querida leitora Nyuu D – SasuNaru. One-shot. Muito pertinente com a série. Leiam! Linda de mais e com maravilhoso Leemão. (:D)
– My sweet Doctor da MarieChampz – SasuNaru. Comédia pura. Muito, mas muito engraçada. Vale a pena com certeza! Eu tô amando! Choro de rir nessa fic!
Conforme for lendo e encontrando mais por aí, vou divulgando. Porque divulgar as fics dos nossos colegas também faz parte da conduta de boa vizinhança. xD
Notas finais do capítulo
Bem, a trama continua e cada vez se adensa mais. Sei que vocês devem estar sentindo falta do casal principal, por isso, prometo cenas intensas com os dois no próximo capítulo.Desculpem aos fãs de Neji, Sai e do Lee, não fiz por maldade gente, eu AMO o Lee, quase da mesma forma que amo o Shika. Mas enfim, isso é uma fic de drama e tragédia, alguém tem que sofrer, alguém tem que morrer... ai ,ai.. Enfim, perdoem. ç_Ç
Sobre o capítulo, Sai era mais um agente especial da polícia que estava atrás da Mafia da Akatsuki; Deidara liberta Itachi; Kitsu parece cada vez mais envolvido por Sasuke. Muitas informações novas, não? E então, aonde isso tudo irá levar? Querem saber?
Já sabem, como, né? Muitas reviews! o/
Créditos da capa: Akito-sou-sama (Já perceberam que as capas que ele faz, estão sempre relacionadas ao capítulo anterior? Parabéns, dear! Um arraso! Thank you ;*).
Meu beijo coletivo!
See you next!
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