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[Rayearth] Do Seu Jeito - Capítulo 1, escrita por Anita

Do Seu Jeito
Capítulos: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Autor: Anita
Fandom: Guerreiras Mágicas de Rayearth
Gênero: Romance, Comédia, Aventura, Drama, em capítulos.
Classificação: 12 anos.
Status: completa
Resumo: As guerreiras retornam a Rayearth e fenômenos estranhos começam a surgir em seus caminhos. Uma esfera negra, sonhos com imagens inexplicáveis... Centrada em Lantis e Lucy, com grande participação das outras e seus romances nem sempre felizes.




Notas Iniciais:


Esta fic de Rayearth vai continuar de onde o anime deixou, como vocês poderão ver pela narração. A série não é minha e sim da Clamp e a quem mais for. Não ganho dinheiro com isto. Nenhum dinheiro... Vocês, no entanto, encontrarão uma personagem original (e outros mais) chamada Liana, a qual anda surgindo em várias fics de Rayearth minha. Desculpa não resistir à tentação de usá-la mais uma vez, mas não se preocupem: o que precisam saber dela para esta história estará aqui, só espero manter a essência da personagem! Agora, vamos à fic *_*


Olho Azul Apresenta:
Do Seu Jeito


Capítulo 1 – Situações Ruins

  Abriu os olhos sem compreender bem por que sequer os havia fechado. Pensando melhor, quando os havia fechado? Uma luz forte agora os penetrava, forçando que os fechasse rapidamente e começasse a piscar até que se acostumasse com a claridade. Por quanto tempo estivera dormindo ali?

  Conseguia se lembrar claramente da cerimônia de formatura do colegial. A jovem acabara não ficando por muito tempo depois que as oficialidades se encerraram e partira para casa com o tubo e seu diploma. A partir dali, faria faculdade e Lucy Shidou se tornaria parte da sociedade. Mas aquele era seu último passo irresponsável, antes de escolher seu próprio rumo na vida.

  Exatamente, seu último registro de pensamento era exatamente nisso. Ainda que houvesse escolhido a faculdade e o curso que faria, aquilo não era parte de sua primeira opção. Não que fosse ambiciosa. Mesmo assim, possuía dentro de meu peito um desejo egoísta. Em vez de entrar para aquela sociedade, ela queria voltar no tempo e sonhar novamente com um lugar fantástico chamado Zefir, o qual visitara duas vezes e no qual seu coração parecia haver ficado.

  Se lhe houvessem perguntado na época se ficaria por lá ou preferiria voltar para sua família, talvez ficasse em dúvida, mas acabaria por escolher a última opção. Não que em três anos e pouco ela já se achasse madura a ponto de considerar que voltar a Zefir fosse a grande resposta. Mas como ela gostaria de tentar ficar lá...

  Aquela era uma terra mágica em que humanos, criaturas mágicas e natureza conviviam em harmonia sob a sustentação do poder do pensamento. Deseje coisas boas e coisas boas lhe acontecerão. Como já dito, tudo soava a fantasia infantil, né? E talvez fosse. Contudo, a nostalgia da moça era tão forte que sua vida estava se passando em uma sucessão de tarefas. Ela tinha que estudar para ir bem na prova e passar de ano para se formar no colegial e ir para uma faculdade razoável.

  Mesmo sua família sabia que aquilo não era normal, mas acabaram por aceitar com o tempo que aquela talvez fosse sua versão madura. Lucy sabia que não era isso, mas em quem poderia confiar tal ânsia por poder ir uma vez mais àquele mundo fantástico?

  Desmaiar no meio da rua com essa avalanche de frustrações no peito não era tão surpreendente. Não que isso já lhe houvesse ocorrido antes, mas houve momentos em que se sentira nauseada a ponto de achar que um desmaio seria iminente. A questão pousava no fato de que, desta vez, a primeira pessoa que entrou em seu campo visual ao abrir os olhos foi uma mulher de cabelos escuros e ondulados usando roupas familiares para ela, mas que fariam qualquer outro achar que se tratava de cosplay.

- Estou em Zefir? – perguntou Lucy, sentindo uma dor aguda na cabeça ao tentar levantar-se rapidamente de onde estava deitada.
- Exatamente, querida. – A mulher lhe mostrou um sorriso bastante branco e passou a olhar para os lados. – O chato é que não tem mais ninguém aqui que você conheça...
- Mas este lugar... – Olhou ao redor, enfim logrando sentar-se. – É algum quarto do palácio, certo?

  A moça assentiu com novo sorriso.

  Quem seria? Nunca a havia encontrado nenhuma outra vez e aquela já era sua terceira visita ao planeta. Não podia ser presunçosa a ponto de achar que conhecesse todos os zefirianos, mas aquela pessoa parecia ser dona de uma energia considerável, que poderia ter sido útil durante os desafios passados. Ademais, todos os guerreiros haviam se reunido naquele palácio na última ocasião, sendo assim, era para Lucy já a haver visto, certo? Enquanto defendiam Zefir da destruição total.

- A senhora não é de Zefir? Acho que nunca a vi... – optou por indagá-la diretamente.

  No fundo, teve medo de que o tempo em Zefir houvesse passado muito mais rápido do que em seu mundo e, por consequência, nunca mais poderia rever seus amigos. Pensou no rosto de cada uma daquelas pessoas queridas, e a dor da cabeça desceu ao peito, mais aguda que nunca.

- Ah, não me apresentei! Sinto muito. Eu me chamo Liana e sou espadachim. Atualmente, não tenho nenhum posto fixo no palácio, mas já fui comandante da guarda.

  Um caroço formou-se no peito da ruiva. E, antes que pudesse abrir a boca novamente, a porta escancarou-se para revelar uma mulher de cabelo rosa, pele bastante bronzeada e uma roupa quase inexistente, não cobrindo com muito sucesso o mínimo necessário.

- Lucy! – A mesma exclamou, jogando todo seu pequeno corpo e fartos seios para cima da visitante.
- Caldina! – A ruiva não conseguiu conter as lágrimas.

  Aquela sim lhe era bem conhecida, uma dançarina e amiga muito querida que sempre parecia levar ânimo aonde fosse.

- Então, todos estão bem? – perguntou-lhe, começando a se sentir sufocada pelos peitos da mais velha.
- Ah. Todos... – Ela se afastou bruscamente e pôs a mão no queixo. Seus olhos começaram a percorrer o cômodo enquanto prosseguia: - Bem, a Marine está... Já a Anne ainda está desacordada. Não sei o que houve desta vez, Clef nos disse que sempre vocês chegaram de olhinhos bem abertos a Zefir!
- Clef? – O alívio que aquele nome lhe causava anestesiou um pouco a preocupação trazida por saber que uma de suas amigas estava inconsciente.
- Mas Marine e você acabaram acordando, certo?! – Caldina ergueu o dedo indicador e o balançou em movimento circular começando a sorrir. – Então, não tem como ser algo sério! Não faça essa carinha triste que a gente não gosta. Certo, Liana!?

  Lucy já se havia esquecido da desconhecida.

- Oh, você estava cuidando de mim até agora e eu nem agradeci! – Fez menção de levantar-se, mas as duas mulheres a contiveram.
- Ficou quase duas semanas aí, moça! – brigou Caldina, - Então fique pelo menos um dia, entendeu?

  Sem outra opção, a mais nova assentiu. Um sorriso repentino surgiu-lhe à face assim como a água salgada que chegava a seus olhos. Estava mesmo de volta a Zefir.

- Talvez seja melhor tentar dormir. – Liana começou a caminhar até a porta e as luzes foram diminuindo até a escuridão total. – Vou buscar algo para que forre o estômago assim que abrir os olhos de novo!

  Ouviu as duas saírem conversando animadas sobre a quem deveriam avisar primeiro. Aparentemente, Caldina fora incumbida de ir a Clef enquanto Liana cumprisse o que prometera a Lucy.

  Era mesmo Zefir... E talvez... Talvez ele também estivesse ali naquela Zefir. No mesmo mundo em que ela. Quem sabia, Lantis não estivesse a poucos passos do quarto onde estava para adormecer um sono repleto de sonhos com o moço alto de cabelos escuros e desgrenhados?

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Clef havia acabado de alertar Marine de que sua amiga acordara. Achara exagerado que a guerreira mágica fosse buscar não sabia que ingrediente para não sabia que poção que era boa para fazer pessoas voltarem à consciência. Mas ele só podia culpar a Liana. Apesar de a mulher não saber muito de feitiços e poções, ainda era bem informada de fofocas, então conhecia de várias poções bastante duvidosas.

  Sacudiu a cabeça. Não havia mais nada, certo? Já visitara Lucy, examinara-a e nada de errado lhe aparentava. Também fora ao quarto da enferma restante. Anne permanecia no mais profundo sono.

  Ainda conseguia ouvir os gritos dos guardas que as encontraram, eles haviam ido diretamente ao salão onde Clef ficava para informar que três garotas de roupas estranhas surgiram desacordadas no meio do palácio. Não era o procedimento normal, mas nenhum zefiriano ainda estava acostumado com os procedimentos. Surgiram problemas? Procurem Clef. A menos que não consigam falar diretamente com Clef, procurem alguém que possa.

  Pelo menos, a falta de costume daqueles soldados com as regras pós-sistema do pilar permitiu com que o sábio fosse o primeiro a tomar conhecimento da situação preocupante com que as meninas chegaram do mundo místico. No entanto, nenhum de seus feitiços sortiu efeito para que acordassem.

  Ficara ainda mais aliviado quando ouvira que Lucy também havia acordado. Significava que, como desconfiava, bastava dar tempo ao tempo. Seu diagnóstico inicial estivera correto, as três estavam apenas com suas energias esgotadas após se transportarem mais uma vez para aquela terra.

  Só preferia que Marine acreditasse nele e não em uma mulher que ela sequer conhecia. Pensando bem, não fazia sentido nenhum a guerreira mágica acreditar em Liana, já que na mesma noite em que acordara Marine havia procurado Clef para indagar-lhe sobre a ex-comandante da guarda do palácio, com as sobrancelhas arqueadas e a testa franzida, repetindo sem parar: “Não consigo confiar naquela mulher estranha”.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Fazia mais de um dia desde que Clef lhe dera a notícia de que Lucy havia acordado, mas Priscila não conseguira chegar ao palácio de Zefir antes do que já planejara. Vinha se empenhando em ajudar as vilas próximas à Floresta do Silêncio a se refazerem já que nada havia restado da época em que o planeta quase implodira.

  Já da entrada conseguiu ouvir a bagunça que Mokona vinha fazendo no caminho até encontrá-la. Preferira deixar o sapeca com Clef, pois desde o início ele não lhe pertencia, mas sempre que o via havia uma pontada de remorso de sua decisão. Esse era apenas um dos motivos por que nunca faltava à visita semanal àquele lugar.

  Abraçou-o forte apenas para perceber que uma ruiva vinha correndo logo atrás. Sorriu ao constatar que além de suas roupas estranhas, nada mais parecia haver mudado.

- Lucy! – Abraçou a menina tendo apenas Mokona entre as duas. – É tão bom revê-la! Desculpa não ter vindo antes...
- Eu entendo, Priscila. Parece que você anda bem ocupada na reconstrução de Zefir, né?
- Faço o que posso, mas nada comparado ao trabalho das pessoas aqui no palácio. É só que papelada nunca foi comigo, né?

  Lucy gargalhou com ela.

  Caminharam os três até o quarto de Priscila, onde ela deixou a pequena mala. Já deixava boa parte de suas coisas lá. Então, sentaram-se nas duas cadeiras ao lado da cama e a mais velha sorriu à outra. Vinha segurando a pergunta desde o contato com Clef, mas não conseguia mais conter:

- Já falou com Lantis?

  Não conteve o sorriso ao vê-la corar.

  Priscila sabia do amor da ruiva pelo rapaz fazia bastante tempo, e todos os ouviram se declarar mutuamente logo antes de as três guerreiras mágicas serem enviadas de volta ao seu mundo. Infelizmente, a mulher não possuía qualquer contato com o rapaz, por isso, não tivera a oportunidade de perguntar diretamente a ele durante as duas semanas em que a ruiva ficara inconsciente como ele pretendia proceder com o reencontro após tantos anos. Podia apenas esperar pelo melhor.

- Eu ainda não o vi... Nem sabia que ainda estava em Zefir, – respondeu-lhe Lucy após longo silêncio. Seus olhinhos procuraram pontos no chão antes de continuar. Melhor, antes de obviamente mudar ao assunto: - Que tal andarmos um pouco?
- Ótima ideia. – A loira não pretendia deixá-la escapar tão facilmente. Bastava caminharem até onde normalmente conseguia ver o rapaz.

  Seguiram pelos corredores, enquanto a mais velha se esforçava para guiar. No entanto, a energia da outra era esmagadoramente superior, então esta estava sempre correndo à frente, como que competindo com Mokona para saber quem mais pulava.

  Teria sido a informação de que seu namoradinho continuava pelo planeta que a alegrara tanto?

- Sabe, já encontrei o Rafaga, a Caldina, o Clef... – Começou a lhe dizer, olhando para trás. Seus olhos rubros brilhavam encantadoramente - E até conheci a Liana!
- Liana? O que achou dela? – Priscila perguntou com cautela.
- Hã? Ela... parece legal.
- Já te contaram sobre ela?

  Lucy balançou a cabeça negativamente.

- Só um pouco de como que ela era comandante da guarda. Digo, ela mesma me disse isso. Ah, e que é espadachim.

  Priscila parou um pouco e olhou para os lados.

- E não acha a história dela nem um pouco estranha? – perguntou, franzindo a testa, - Conversei com a Marine na semana passada, e foi ela mesma quem me perguntou o que eu achava “dessa Liana”.
- É mesmo? Mas que história?
- Talvez não tenham te contado exatamente porque a Marine ficou bastante chateada com a mulher. Parece que Liana renunciou ao posto e decidiu viajar pelo universo com o marido. Isso foi uns anos antes do sequestro da princesa. Como comandante da guarda real, qualquer um esperaria que ela retornasse assim que a notícia surgisse, não é? – Priscila sorriu. – Não estou querendo que concorde comigo. É só que a Liana não merece realmente muito respeito. É quase uma desertora na minha opinião.

  A ruiva piscou algumas vezes.

- Eu nem sabia que ela era casada...
- Quê? Mas isso não é meio óbvio considerando que eles têm filhos?

  Um som repentino as assustou. Vinha de trás da Lucy, onde estava uma porta para algum cômodo que deveria estar desocupado. Priscila puxou Lucy apenas alguns instantes antes de essa porta abrir.

- Eu não queria ouvir a conversa... – disse a pessoa que surgia dali.
- Ah, Liana! – Lucy gritou de sobressalto, então curvou-se enfaticamente.
- Está tudo bem. Eu até fico impressionada que haja quem não desconfie de mim. – A mulher de cabelos negros sorriu.

  Sim, ela já sabia de como Priscila e Marine pensavam e pouco parecia importar para piorar ainda mais. Sua autoconfiança às vezes até causava inveja na loira. Mas não era tão simples. Priscila realmente achava que aquela história estava mal contada. Por isso, apenas sorriria naquela situação, mas não era justo com a pequena agora a seu lado.

- Eu só estava contando a verdade para Lucy. Mas, como deve ter ouvido, não passou da minha opinião e não da dela, Liana.
- Todos têm direito a pensar como quiser. Não me ofende, afinal, como você mesma disse, não foi mentira. Eu realmente saí de Zefir e só voltei depois que estava tudo em paz, né? Mas minha consciência é livre, pois já paguei o preço por minhas atitudes e porque eu tive minhas razões. – Liana sorriu de volta, tão inabalável como sempre.

  Não era de se admirar que tantos gostassem dela. Realmente, Priscila não conseguiria encontrar nenhuma falha além do mistério que envolvia sua ausência da terra natal.

- Eu sinto muito... – Lucy voltou a se curvar de forma estranha.
- Lucy! Já disse a ela que você não teve nada com o que eu penso. Não viu que a Liana não se incomodou?

  A morena apenas continuou com o sorriso.

  Priscila conteve o impulso de lhe dar um soco. Não eram muitas coisas que eram capazes de tirá-la do sério assim além das bagunças de Mokona.

  Rafaga que normalmente era o primeiro a desconfiar de histórias como a dela acreditava cegamente. Caldina apenas seguia o que o namorado achava, sem julgar. O mesmo para Askot, que tanto respeitava o atual comandante da guarda. Clef conhecia Liana fazia tempo, por isso não concordaria com Priscila.

  Ao menos, contava com Ferio e Marine. Ainda que houvessem seguido a dica de Liana sobre a tal planta ingrediente para a porção, talvez somente o houvessem feito para provar que a espadachim estava enganada.

  Liana continuou a insistir que não lhe importava o que os outros pensavam e já estava para abrir a porta daquele cômodo quando alguém se aproximou do trio.

  Priscila, desta vez, realmente ficou surpresa. Não que de alguma forma não o houvesse provocado, mas aquela não era a melhor hora para o reencontro dos dois pombinhos. Mesmo assim, lá estava Lantis, usando suas roupas pretas normais em vez do pomposo uniforme de trabalho.

- Lucy? – perguntou assim que chegou perto o bastante para ser ouvido em seu tom natural.

  A guerreira mágica parecia pronta para esconder o rosto no vestido de sua amiga. Priscila tentou também conter em si a emoção daquela cena. Era o pior pano de fundo possível para o casal e ainda assim ela estava quase caindo na gargalhada de tanta alegria pela amiga. Seria bom se todas as histórias de amor fossem tão cinematográficas assim como a dos dois... Bastava aquele reencontro para um correr até o outro e se abraçar.

  Na verdade, quem correu foi Mokona que pulou no colo de Lantis, que, desprevenido, apenas deixou que o bicho caísse de novo no chão. Pelo menos, o ataque serviu para fazê-lo mexer-se, aproximando-se ainda mais. Ele chegara tão perto que seu perfume bem ameno invadiu as narinas da loira. Lucy devia estar se derretendo ali do lado, certo?

- Desde quando acordou? – Lantis perguntou enquanto ninguém mais dizia nada.
- Ontem... Não, anteontem! Ou foi ontem? Eu não sabia que estava em Zefir, então não pude ir vê-lo, mas eu também ainda não vi todo mundo, eu fiquei dormindo a maior parte do tempo, então não caminhei muito pelo palácio. Só estou andando agora mesmo que a Priscila chegou. E foi ela quem me disse que ainda está por Zefir.

  Priscila conteve o riso pela verborragia redundante não muito típica da menina. E também pela compleição de Lantis. Tinha certeza de que o jovem estava um pouco enrubescido.

- Clef não avisou? – perguntou-lhe a loira.
- Não...
- Meu filho estava um pouco ocupado nos últimos dias e Clef também, deve ter sido isso. – interrompeu Liana, - Eu mesma, ainda não o tinha visto e ia comentar a notícia agora. Bem, acho que nossa reunião familiar vai ter que ser adiada, né? A Lucy não parece se sentir muito à vontade comigo e eu também não iria querer interromper.

  Lucy olhou pálida para a mais velha durante todo o tempo.

- Filho? – perguntou, voltando-se para Priscila, como que pedindo socorro.
- Eu não tinha te dito que a Liana é mãe do Lantis? – respondeu a loira com nova pergunta. Tinha certeza de que falara algo assim, afinal era a maior causa de sua desconfiança: por que a mãe não viria ajudar o filho que embarcara em uma missão suicida?

  Lucy balançou a cabeça muitas vezes a mais além do necessário. E então parou, voltando a ficar pálida. Parecia perceber a situação ruim a que Priscila inconscientemente dera causa: a mãe do rapaz por quem era apaixonada achava que a quase-nora a odiava. E Liana, ao menos para a ferreira, não era nenhum flor que se cheirasse. De repente, o reencontro apaixonado não era mais tão cor de rosa.

  Por isso, silenciosamente, pediu desculpas para a ruiva.

Continuará...

Anita, 29/03/2010

Notas da Autora:

Eu realmente senti falta da Liana enquanto lia Ainda Estarei Esperando, por isso, tive que revivê-la! Aí fui me perguntando qual seria uma situação diferente e cheguei a esta, em que a Liana não é tão amigável com a Lucy e ainda está viva. Se bem que de uma já se deduz a segunda, hehe!

Mas pode ser que a relação das duas se resolva. Afinal, não passou de um mal entendido! A Liana é legal, ela entende, né? :D

Sei que os leitores de Rayearth são quase zero, se não forem zero. Gosto muito de comentários, como termômetro de como a história está indo, então, entenda que, se você está lendo isto, deve ser o único. Então, sua sugestão realmente pode ser crucial T_T

Ademais, quem já me conhece, deve ter notado o quão curto o capítulo foi. Bem, decidi fazer capítulos curtíssimos para esta fic. Vamos ver se isso incentiva as pessoas a terminarem pelo menos o primeiro capítulo, né? Este até saiu compridinho, minha meta era 2500 palavras, e ficou com aproximadamente 3 mil!

Agora, agradecimentos à Nemui por me incentivar a escrever esta fic e prometer ser minha leitora, porque é muito deprimente escrever pra ninguém, à Vane por até hoje ainda se lembrar da Liana *_* e a você por, por mais incrível que pareça, estar lendo esta fic!

Então, comentários, sugestões e criticas devem ser enviados para o meu e-mail Anita_fiction@yahoo.com e para mais fics, incluindo outras em que eu uso a Liana, chequem meu site Olho Azul http://olhoazul.50webs.com/




Acho que nas próximas notas, se eu lembrar, falarei mais nessa minha querida filhinha, he he! Até o próximo capítulo!!!

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