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Do Seu Jeito § 6 – Fosse Como Fosse

Notas Iniciais:

Com um dia de atraso, enfim, chegou este capítulo!! Como todos já devem desconfiar, ou assim espero de meus amados leitores, Rayearth não é criação minha e sim da Clamp e de quem mais for. Não ganho dinheiro com isto. Nenhum dinheiro... Há, no entanto, personagens originais como a Liana os quais foram criados por mim. Aliás, se realmente gostaram da Lianinha, são encorajados a lerem outras histórias minhas das quais ela faz parte como E Se Eu Te Deixar Ir? e Ainda Estarei Esperando, não tem nenhum spoiler lá, são panos de fundo bem diferentes deste aqui. E não se esqueçam de comentar, comentários fazem o autor feliz! Agora, vamos ao quinto capítulo *_*

 

Olho Azul Apresenta:
Do Seu Jeito


Capítulo 6 – Fosse Como Fosse

  Priscila chegou ao palácio para mais uma visita semanal e foi logo recebida por Caldina e um de seus abraços exagerados. As duas caminharam até seu quarto conversando sobre as novidades.

  Havia o alerta de um monstro que talvez pudesse aparecer em corredores vazios, o que assustou a ferreira. Ao perguntar por detalhes, descobriu que Lantis havia sido ferido uma vez ao tentar proteger Lucy, quem parecia ser o alvo do ataque. Sentia-se culpada, mas estava feliz por aquilo.
- Então, os dois estão indo muito bem, né? – comentou, pondo a pequena mala de roupa na mesma hora que ouviu uma sinfonia de “pu-pu”.

  Mokona entrou pela porta aberta e pulou no colo da recém-chegada, procedendo a bagunçar o lençol e travesseiros da cama. Apenas após atá-lo com uma corda bem forte que trazia sempre consigo para aqueles casos, é que Priscila pôde ouvir Caldina direito.

- Mas o único casal mesmo é a Anne e o Ferio... Pobre Askot; realmente achávamos que seria a chance dele com a Marine! – Caldina tomou uma cadeira e cruzou as longas pernas desnudas.
- Lantis e Lucy não se resolveram ainda?
- Anne acordou esta semana e já passou a perna nela! – A mulher soltou uma gargalhada.
- Mas e o machucado dele, foi muito sério?
- Não sei, mas faz uns dias que eles voltaram lá de um sábio de não sei das quantas. Parece que funcionou.
- Acho que vou falar com o Clef, então. – Priscila levantou-se, desculpando-se por deixar a amiga.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  As flores cheiravam muito bem naquele jardim. Lucy nunca havia ido àquele lugar afastado, por isso, surpreendera-se com o quão lindo era. Sentia como se houvesse andado uma cidade inteira para chegar até o jardim, mas não estava nem um pouco arrependida; pelo contrário, sentia-se revigorada.

  Juntando as flores até formar um pequeno buquê colorido, lembrou-se de uma coroa que ganhara muitos anos antes em sua segunda visita. Como estaria aquela menina? Lantis devia ter alguma pista de seu paradeiro. Os dois ficaram bastante próximos, como se a menina fosse uma irmã mais nova, mas o rosto de Lucy queimava só em imaginar ter que falar novamente com o rapaz.

  Em pensar que sua intenção era a de lhe dar a chave de seu quarto... Pensara nisso inocentemente, apenas para se sentir mais segura caso houvesse algum ataque lá e Lantis precisasse entrar. Mas não conseguia concretizá-lo sem se lembrar da pequena sala onde tantos objetos estranhos, mas importantes, eram armazenados.

  Já fazia dois dias, não era? Parecia bem mais. Seu peito sentia saudades daquele momento, ainda que nem conseguisse pensar nele sem que sua mente o bloqueasse de tão embaraçoso que havia sido. O calor da mão de Lantis, como poderia ser tão bom? Segurava a sua firmemente, mas não de forma apertada, o que Lucy só percebera quando o próprio lhe apontou que ela não puxara o braço de volta. Não que o tencionasse. Se possível, gostaria de ficar eternamente naquele momento.

“Há realmente algo entre nós, não é?” ressoava de suas lembranças a voz rouca de Lantis apenas para fazer o coração da moça dar saltos naquele jardim.

  Agarrou-se ao buquê e levantou-se.

  Por que não gritou de volta que “sim”, que “claro”, que “óbvio”? Ou melhor, por que não pulou nele e o abraçou? Queria tanto tê-lo feito... Mas só conseguiu assentir e, ainda assim, fora considerável o esforço. Seu pescoço era o ponto mais tenso de seu corpo depois de sua mão, por isso, mal o mexera, apenas abaixou o queixo uns dois centímetros. Ao menos, fora o bastante para que o moço compreendesse e anuísse em retorno.

  Em seguida, Lucy fechara os olhos. Lantis segurava sua mão, sua respiração estava tão perto... Enfim, compreendia as palavras de Ferio quando o encontraram saindo com Anne daquela sala. Aguardara. Mais. E mais.

  E Lantis a chamara, quebrando o momento. Havia terminado de reorganizar a sala e agora apontava para um painel onde chaves dos mais variados tamanhos e cores. “A de seu quarto é a quinta da terceira coluna, mas minha mão não passará pela proteção de Clef” dissera-lhe como se momentos antes os dois não houvessem oficializado um namoro.

  Lucy saiu do jardim com o mesmo suspiro frustrado que vinha dando desde aquela hora; na verdade, aquilo só mostrava como ela fora a última a perceber que estavam juntos. Para Lantis, aquele momento não significara nada além de uma confirmação. Ele não entendia toda a insegurança por que a moça ainda passava.

“Nada mudou, continua esta distância irritante que eu não consigo vencer” pensou, encarando a distância real. Levaria ainda meia hora até seu quarto. Deu de ombros e prosseguiu.

  Então, ouviu passos. Muitos passos. Alguém corria naquela direção, certo? Engoliu em seco olhando para o buquê; não podia ser um ataque. Mas um frio percorria sua espinha com a premonição de algo grande estar para acontecer.

  Suas pernas começavam a falhar. Até aquele fenômeno, não importava o inimigo, bastava ter sua espada e usá-la. Mas como enfrentar uma bola negra que voava acelerada, dava a volta e sumia? O risco de falhar e ainda ter que absorver todo o impacto de frente era grande; as consequências seriam terríveis.

  Não gostava de sentir-se frágil assim, por isso, pôs a mão no peito de onde poderia tirar sua espada feita por Priscila a qualquer momento.

  Os passos diminuíram de velocidade, mas com a proximidade, mostraram ser mesmo passos. De uma pessoa. Lucy soltou o fôlego, aliviada. Era só uma pessoa... Sua intuição a enganara.

  E a pessoa estava próxima, na próxima curva do corredor, tornar-se-ia visível.

- Lantis? – exclamou a garota ao identificá-lo. Rapidamente, escondeu muito mal o buquê atrás de si, apesar de não ter qualquer razão para reagir assim.
- O que faz em um lugar tão isolado e sozinha, Lucy? – Seu tom estava bastante diferente da calma natural e suas roupas oficiais estavam um pouco desajeitadas pela corrida.
- Só estava caminhando um pouco. Pensei em treinar com as minhas amigas, mas não tive coragem de atrapalhar a Anne e o Ferio. E a Marine, nem descobri onde ou com quem estava. Esta área é proibida ou algo assim? – perguntou, ainda tentando entender a urgência na voz do outro.
- Não, é só que... Apenas não saia para lugares tão longes sem ninguém contigo. Priscila estava te procurando, mas ninguém te achava.

  Lucy levou a mão livre ao rosto. Realmente, não avisara a ninguém do que faria. Num momento em que ela era o principal alvo, até ela sabia que agira errado.

- Se aquilo te atacasse e te ferisse, eu não poderia fazer nada - continuou Lantis, com um suspiro de vívido alívio.
- Sinto muito! Não queria preocupar ninguém. Da próxima vez, esperarei até alguém poder vir comigo... E Priscila! - Lembrou-se, sentindo a felicidade apagar toda a tensão. - É verdade, hoje é dia da visita dela! Parece que faz séculos desde semana passada. Acho que porei este buquê no quarto dela, faz mais sentido que no meu, né?
- Apenas peça para que eu vá contigo. Da próxima vez que quiser vir aqui ou a qualquer outro lugar. Não precisa chamar ninguém mais, Lucy...

  A guerreira mágica ficou vermelha. E então ficou roxa. A frustração no tom de Lantis era ainda mais clara que o alívio de antes. Ele queria ter sido convidado para escoltá-la?

- Mas seria chato, né? Ficar só me olhando colher flores. Digo, antes eu até só estava cheirando o jardim, é tão bonito!

  Lantis deu alguns passos até estar perto demais. A sensação de deja vu era inevitável.

- Seria uma honra poder vê-la. – Então puxou sua mão que segurava as flores colhidas e as cheirou. – Realmente são lindas. - Então, beijou as costas dessa mesma mão gentilmente. Logo puxou a outra, procedendo da mesma forma.

  Nesse mesmo momento, ou talvez alguns minutos depois de ficarem se olhando diretamente, ouviram uma porta se abrindo alguns metros atrás de Lucy.

- Mãe... – Lantis murmurou, deixando transparecer alguma tristeza em seus olhos.

  A guerreira mágica virou-se, livrando as mãos e escondendo de novo o buquê nas costas. Xingou-se por ser tão óbvia. Daquela forma, até parecia que o casal estava fazendo algo errado.

- Só estava descansando um pouco. Gosto dos cômodos daqui, não tem nenhum guarda andando para me acordar. Eu te comentei, né, filho? Meu sono já não é mais o mesmo. – Liana riu-se e acenou para Lucy com a cabeça.
- Esse não é seu quarto.
- Nem de ninguém querido, mas pode ver que já arrumei tudo o que baguncei! – A mais velha provou seu ponto empurrando a porta para o lado, o que escancarou o quarto.

  Lantis virou o rosto. Sua tristeza apenas aumentara, mas Lucy era incapaz de entender a razão.

  Liana despediu-se, seguindo de volta para a área principal do palácio.

- O que houve, Lantis? Realmente, os sapatos dos soldados às vezes ecoam no quarto... Nunca os ouvi de noite, mas o quarto da Liana fica em outro corredor.
- Apenas Rafaga, Clef e eu deveríamos ser capazes de abrir cômodos vazios.
- Oh, será que ela tem a chave?
- Ou alguma chave-mestra...
- Havia algo assim naquele painel?
- Não haveria se alguém estivesse com ela, não é? – Lantis suspirou, desta vez, não havia qualquer vestígio de alívio. – Eu não deveria me abalar tanto só porque ela consegue abrir quartos no palácio. Não deveria... Mas não consigo deixar ir o palpite de que há algo errado com a minha mãe. Estou errado em franzir a testa e pedir explicações, Lucy?

  A guerreira mágica nem sabia como responder. Ela também possuía um pressentimento estranho desde antes de ver Lantis e agora sentia claramente que ele havia se concretizado.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Priscila deitou-se em seu quarto e observou o teto. O rumo de sua conversa com Clef havia ficado diferente demais do que imaginara e acabara virando uma briga não muito bonita. Principalmente se considerasse quão controladas todas suas conversas com ele sempre haviam sido até então.

  Em pensar que fora apenas perguntar se todos estavam bem, tendo em vista todos os problemas que surgiram desde sua última visita... Como o assunto se transformara em por que ela odiava tanto Liana?

“Eu não a odeio!” gritara antes mesmo que Clef pudesse completar a acusação, “Ela apenas é estranha demais! Tudo é estranho.”
“Mas não precisa ficar repetindo isso toda hora, Priscila. Nem a todo mundo.”

  Os dois pausaram por um momento.

“Nem você precisa defendê-la não importa o quê.” Priscila retomou. “Sempre o considerei o mais sábio de todos, mas até alguém como Guru Clef pode se tornar cego por um rabo de saia, né?”
“Priscila, o que está sugerindo? Liana e eu somos grandes amigos e-”
“E agora você nem se pergunta onde o tal pai dos filhos dela está. Você está até feliz com esse sumiço.”
“Não fale assim! Zubo e eu também somos amigos! Não estou preocupado porque sei que está bem.”
“Ah claro, porque foi aquela mulher quem te disse. Fonte muito confiável, ela.”

  Nem Priscila sabia por que falava naquele tom, só que outro lado de sua mente ecoava que não passava da verdade.

“Clef, eu só não gosto de vê-lo sendo tão insensato. Você sequer nos alertou sobre o tal ataque. Pobre Lucy! Até Lantis, seu próprio discípulo, foi ferido nisso e você nem se importou. Ou será que você não se importou por ele ser filho do tal Zubo e não seu próprio.”

  Naquele mesmo momento, ela percebera haver passado dos limites. Clef voltou-se para sua cadeira e sentou-se lá. A conversa havia se encerrado.

  Priscila virou-se de lado na cama e fechou os olhos, repassando a conversa uma vez mais. O mago havia se exaltado e, por fim, exibira-lhe vívida decepção. E, ainda que a ferreira se sentisse chateada consigo mesma por aquele comportamento, não conseguia afastar a sensação de que estava certa e de que ainda ficaria provado isso. Mas que não poderia fazer nada para defender aqueles com se importava.

  Todavia, por ora, aqueles pensamentos talvez fossem apenas decorrentes do mais puro ciúme e ela se odiava por ter uma razão tão mesquinha para odiar alguém que tantos amavam como aquela Liana.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Clef passou os dedos pelas têmporas, o soldado que anunciara a visita de Liana acabara de lhe dar as costas para fazer a mulher entrar. O que seria agora?

  Na primeira dor de cabeça fora quando ela presenciara um ataque de Lucy e ficara consternada ao ouvir que o mago não possuía qualquer intenção de tornar o fenômeno público. A segunda fora no mesmo dia, já era bem tarde e Clef se preparava para ir a seu quarto quando Liana quase explodira a porta com seu poder do pensamento. Lantis havia se ferido no primeiro ataque e ela queria satisfações.

  E desde a primeira, a única força que movia aquela mulher a seu salão era para lhe dar outra dor de cabeça, tirando isso, a espadachim o evitava a olhos vistos.

- Por que decidiu se anunciar, Liana? – perguntou assim que a visitante chegara perto o bastante de sua cadeira.
- Ai, lindinho... Parece bravo. – E estalou a língua algumas vezes, antes de conjurar a própria cadeira.
- Não posso ficar? Nos últimos dias, só vejo suas costas. Ou seu pescoço virando para outro lado.
- Entenda que Lantis é meu filho. Tenho razão para ficar brava contigo, mas já é passado! A planta do sábio que conheço tem dado efeito.
- Um dia é muito pouco tempo.
- Tenho certeza de que funciona. – E Liana sorriu lentamente. – Eu só vim perguntar quanto tempo até o Rafaga voltar. Estava contando os dias e ele meio que tá demorando, não acha?
- Estivemos em contato há pouco, não há o que temer.
- Só realmente preciso falar com ele.

  Clef ergueu as sobrancelhas, mas preferiu não interrompê-la para pedir explicações. Liana apenas diria o necessário de qualquer forma. Ou o inútil.

- Ele conhece bem sobre os lugares de Zefir, né? Estava pensando em passear um pouco.
- Não bastou ontem?
- Ah, foi só um passeio em família! Estava planejando uma excursão mais divertida. As guerreiras mágicas precisam passear um pouco.
- Na ausência do Rafaga, acho que Ferio lhe poderia ser útil.
- Então, prepare as malas, lindinho! Partiremos com o raiar do sol! – Liana pulou no mago e deu-lhe um beijo nas bochechas que deixaria marca por um tempo.

  Passando a mão naquele mesmo lugar, Clef observou-a partir aos pulos. Sorriu um pouco, pensando em como sentira falta daquele entusiasmo. Ao mesmo tempo, tentou considerar algumas funções com que ocupar Liana. Sua mente andava ociosa demais, o que só lhe daria trabalho, como ter que recusar a intimação para participar daquele plano.

  Suspirou. Continuava sem poder negar de como gostava de ter a velha conhecida de volta.

  Os dois haviam se conhecido havia muito tempo, em outro planeta, durante um curso avançado para feiticeiros. Até hoje, ele não entendia bem o que ela fazia lá, já que sempre fora uma espadachim e penara para ser aprovada no curso por não saber nem o fundamental sobre feitiços. Pelo menos, aquilo havia sido importante mais tarde, quando ela se veio a ser a nova comandante da guarda pessoal do pilar.

  A amizade crescera durante os dois meses que o curso durara, talvez pela natureza expansiva de Liana e ainda por serem os únicos de Zefir ali. Não voltaram juntos para seu planeta, mas não demorara tanto quanto imaginavam para se reencontrarem. Isto ocorrera dois anos depois, quando fora nomeada assistente do comandante da guarda, do qual não muito depois viria a ser sucessora.

  Clef sentiu-se corar com as lembranças daqueles dias em que passara a enxergar seu futuro com Liana. Era um dos poucos que a moça conhecia naquele palácio, não que ela tivesse qualquer problema para conhecer pessoas novas, mas a espadachim continuava a seu lado. O mago considerava natural que a intimidade apenas crescesse e que, talvez, um dia pudessem morar juntos e terem filhos.

  Sacudiu a cabeça olhando para seu salão vazio.

  Algum dia realmente pensara em ter filhos com ela? Só que, no final, ele virara mestre dos filhos dela com outro. Ao menos, isso fora muito depois, quando ele já havia praticamente se esquecido do quão bem Liana se encaixava em seu futuro... E ela fizera tudo tão do seu jeito único que foram seus filhos quem passaram a fazer parte desse futuro, não apenas como seus discípulos, aqueles que passariam todos seus conhecimentos adiante, mas como filhos propriamente ditos.

  Que coisa... Assim que reencontrara Liana, passara a sentir que a mãe de sua família havia retornado ao lar e nem sentira a falta de Zubo até Rafaga perguntar por ele.

  Ele não gostava de como as pessoas às vezes sugeriam que Liana pudesse tê-lo matado. E agora começava a se perguntar quais seus planos para o futuro e tentava ignorar a segurança que a total ausência de seu companheiro trazia a Clef.

  Lembrou-se da conversa com Priscila não muito tempo antes e de como ela mesma sugerira que ele não estivesse simplesmente cego quanto ao mistério que cercava o retorno de Liana, mas sim feliz que seu “rival” não estivesse ali, como a moça mesma se referira a Zubo. Seria isso?

  Não. Preferia pensar que sua hipótese era o que lhe dava toda aquela serenidade sobre o assunto. E, fosse como fosse, Liana continuaria a ter seu apoio incondicionado, contanto que permanecesse ali em seu campo de visão. Estava feliz em tê-la de volta e nenhum mistério, fenômeno seriam capazes de mudar isso.

  Pensando bem, era óbvio que algo dele ainda possuísse sentimentos por Liana, mesmo que de amizade. Aquilo nunca mudaria, Clef sempre o soubera.

  Entretanto, Priscila estava errada. Ele não estava sendo irracional justo por se tratar daquela mulher. Não. Pelo contrário, exatamente por se tratar dela, ele pensaria todas as vezes necessárias nas consequências antes de agir.

  Fora esse seu erro quando soubera sobre aquele fenômeno, não queria que Liana se preocupasse com Lantis, não depois da expressão que ela fizera ao ouvir sobre Zagato. E depois que ela descobrira não daria o braço a torcer, mas a verdade era que não se importava mais com quem ouvisse sobre aquilo. Liana já estava sofrendo.

  Sorriu. Pelo menos, animada como estava para a tal excursão, ela já parecia havê-lo perdoado. Devia ter entendido. Ela sempre era a pessoa que melhor o compreendia.

Continuará...

Anita, 17/04/2010

Notas da Autora:

Muitos agradecimentos a todos e mil desculpas por demorar tanto com este capítulo. Talvez eu esteja perdendo gás... É sempre assim, começo bem e depois simplesmente canso. Por isso deixem muitos comentários XD É sério, bem, também é cara-de-pau minha, mas só quem faz fanfic pode imaginar o gás que um bom comentário dá para o autor. E não estou falando daqueles com palavras bonitas, mas tem muitos bem simples que quase me fazem chorar! Fim da aula "A Importância dos Comentários" :p

Agradecimentos especiais à Akena Fuu, à Nemui, ao Felipe e à Vane! Continuem cobrando por favor, ou vira zona mesmo XDDD

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