|

[Takarazuka] O Despertar de um Sonho - Capítulo 1, escrita por Anita

Próximo Capítulo
Capítulos: 1 2 3 4
Autora: Anita
Fandom: Takarazuka Kagekidan (RPF)
Casal: Asumi Rio / Ryuu Masaki
Gêneros: Yuri, comédia romântica.
Classificação: 12 anos
Status: completa
Resumo: Asumi Rio decidiu que aquela viagem com Ryuu Masaki não seria apenas sua despedida da trupe em que sempre esteve como também dos sentimentos que nutria pela Top Star.


Notas Iniciais:

História escrita para o Coculto, um amigo oculto de fanfics promovido pela comunidade Saint Seiya Super Fics Journal. Pessoa que sempre me dá dor de cabeça mesmo quando nem te conhecia antes: espero que goste. :p Ah e foi mal, mas eu realmente achava que você gostava de MasaMiri na época em que escrevi. E que eu nunca mais voltaria a escrever Takarazuka na vida. O mundo dá voltas.

Olho Azul Apresenta:

O Despertar de um Sonho

Capítulo 1

Noite de Quarta-Feira

  Segui pelo corredor do hotel fazendo uma lista mental de todas as tarefas que tinha em mente. Claro que não levara nenhuma a sério quando as imaginara antes, mas ter um propósito me deixava mais calma agora. Muitas coisas haviam acontecido desde que eu acordara. E eu nem sequer havia dormido na noite anterior, pensando desesperadamente em como seriam aqueles meus próximos dias.

  Não, não dormira nada. Misturando sonho com realidade, eu havia rolado pela cama a noite toda, pensando em todos os cenários incríveis que poderiam acontecer – e que nunca aconteceriam – naqueles dias. Os dias em que Ryuu Masaki e eu ficaríamos a sós em um ryokan.

  Após percorrer um longo caminho desde nosso quarto até o restaurante – na verdade, só parecia longo devido ao silêncio mortal entre nós duas –, enfim estávamos sentadas lado a lado diante de um banquete.

- Isto é muita comida... – comentei nervosa, momentaneamente me esquecendo da nossa situação.

  Frustrada comigo mesma, tentei me distrair com os arredores. Muitos hóspedes já haviam tomado seus assentos e conversavam entre si. Sendo uma quarta-feira normal, era até um tanto peculiar que houvesse tantos. De toda forma, tratava-se de vários casais de idosos que conversavam entre si. Talvez fosse um grupo único em excursão, concluí.

  Nesse momento, percebi que uma senhora olhava em nossa direção. Estando em lados opostos do restaurante, mas não realmente frente a frente, era fácil concluir que ela estava nos observando de fato. E com uma curiosidade que me fazia querer recuar um pouco.

  Mordi meu lábio inferior enquanto teorizava o que teria atraído sua atenção para nós duas. Olhando para baixo para conferir o estado do meu yukata – mesmo ainda não havendo tocado na comida, eu era desastrada o bastante para haver me sujado –, percebi estar vestindo a versão para homens. Bem, eu me sentia mais confortável assim depois de tantos anos como uma otokoyaku. Todavia, Masaki usava um de tecido claro e estampa floral, obviamente para mulheres. Seria isso? Não podia ser, né?

- Algum problema, Mirio?

  Olhei para Masaki ao meu lado e, se meus movimentos já não haviam me denunciado, meus olhos, provavelmente esbugalhados no momento, fizeram-no. Digo isso porque ela meneou levemente sua cabeça em sinal de confusão assim que viu meu rosto e perguntou novamente:

- Está tudo bem?
- Está vendo uma senhora de cabelo um pouco grisalho do outro lado do salão? Ela tá com um senhor que não tá usando yukata.
- Ah, sim, sim. Já vi. O que tem ela?
- Bem, ela tá olhando pra gente. – Baixei um pouco os olhos e engoli em seco para ver se meu coração desacelerava um pouco. – Será que ela acha que nós duas somos um cas...

  Perdi a voz ao notar o que estava falando justo para Masaki. Meu corpo pareceu se mexer sozinho em sobressalto, batendo contra uma senhora sentada perto de mim. Fiz um pedido silencioso de desculpas a ela, enquanto me sentia engasgar.

  Masaki gargalhou um pouco alto, mas não devia ser apenas de minha mais recente trapalhada, pois também se desculpava com a moça usando a cabeça. Devia estar dizendo: “Perdoe esta minha caloura incompetente que me dá trabalho até quando eu não devia ter mais nada com ela”, ou algo assim. E eu merecia... Contudo, o que ela exteriorizou foi:

- Você é obviamente uma mulher, Mirio. E creio que eu também - disse olhando para baixo, onde o yukata cobria seus seios.

  Aquela lembrança era desnecessária, pensei, ao mesmo tempo em que tentava não recordar o que ocorrera mais cedo. Todavia, era impossível esquecer algo tão embaraçoso. A voz de Masaki se tornava cada vez mais distante enquanto minha cabeça rodava um filme de todo aquele dia.

- Ademais, as chances de termos sido reconhecidas são bem maiores do que confundidas com homens. – E voltou a mexer com sua comida, pondo alguns pedaços na boca. – Você ou eu sozinha podemos até escapar, mas duas da mesma trupe, juntas? Takarazuka é bem aqui do lado também. Tenho certeza de que é isso. – Ela pausou para assentir. – Acha que devíamos acenar? Ela tá realmente olhando.

  Como ela conseguia agir tão calmamente? Falar aquelas coisas com tanta facilidade? Minha cabeça começou a parecer leve demais, como que capaz de sair flutuando de meu pescoço. A comida à minha frente não era mais apetitosa, mas uma mistura de cores que contribuía para a tontura.

  Estava mais que na hora de terminar aquele dia absurdo. Pensando assim, levantei-me e informei que iria dormir. A única coisa de que a viagem àquele ryokan me servira fora para deixar bem clara a vantagem de minha transferência para a Hanagumi e encerrar de vez a palhaçada que acontecia dentro de mim sempre que me encontrava próxima a Masaki.

  Andei de volta pelo corredor, sentindo-me um pouco perdida. Talvez porque minha mente insistisse em revisitar aquele dia, talvez porque eu já não estivesse prestando muita atenção mais cedo, quando seguira Masaki até o restaurante. A quem estava enganando? O dia inteiro havia passado como um sonho – um dos piores que eu poderia ter.

  Quando enfim cheguei ao quarto e terminei de me preparar para dormir, percebi-me frustrada. Após aquela saída teatral, uma parte de mim pensava que ela viria me seguindo. Que teríamos mais uma chance.

  Eu não devia tê-la chamado para me acompanhar até àquele hotel. De tantas escolhas que eu poderia ter feito, aquela havia sido definitivamente a pior. A própria me havia mesmo dito que eu fizera mal em convidá-la.

  Deitei-me sobre meu futon e empurrei de volta a irritação que sentia no nariz. Devia ser o frio; a primavera estava começando e o tempo até havia esquentado nos últimos dias, mas o frio retornara no início da semana. Ainda era basicamente final de inverno. Sim, podia ser algum resfriado também. Como dormiria agora que mal conseguia respirar?

  Fechei os olhos com força, mas não consegui evitar meu costume de toda noite: pensar em Masaki. Sempre tentava me lembrar dos pequenos acontecimentos recentes e imaginar como esses seriam se eu tivesse um pouco mais de coragem. Quando ensaiávamos alguma cena mais intensa, eu me via aproximando-me um pouco mais de seu corpo; quando nos despedíamos, eu fingia que eu a havia abraçado naquele dia; quando conversávamos a sós, eu simulava beijá-la de surpresa.

  Abrindo novamente os olhos, olhei para o futon ao meu lado. Era ali que Masaki dormiria naquela noite. Não era a primeira vez que ficávamos tão próximas, mas ficarmos assim depois do que acontecera mais cedo seria difícil. E quando eu sonhasse, o perfume que eu sentiria vindo dela seria apenas minha imaginação?

  Em vez de embalar meus sonhos como aquelas visões com Masaki faziam toda noite, pensar assim fez meu peito doer mais. Bati a cabeça contra o travesseiro, mas a dor não me impediu de pensar nela nem por um momento. Eu já estava condicionada a fazê-lo toda hora do dia, afinal. Por isso, continuei batendo e esperando desmaiar de cansaço alguma hora. Após vários minutos descontando toda a raiva que sentia de mim mesma no pobre travesseiro, desisti.

- Droga, agora estou com insônia - disse em voz alta, voltando meus olhos para o teto. Minha barriga foi quem me respondeu ao emitir uma longa reclamação por eu haver desperdiçado o jantar.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Uma Semana Antes

  Eu vinha tentado não pensar muito desde que vira o anúncio de minha transferência e até conseguira me enganar. Tudo não passava de uma ilusão, eu me repetia sempre que me lembrava daquilo. Era fácil me convencer, com tudo o mais que vinha ocorrendo. Pela primeira vez esperavam que eu representasse não dois, mas três papéis em uma peça, isto sem contar com o que sempre acabamos deixando ensaiado, caso precisemos de substitutos. Minha cabeça realmente não tinha muito tempo para nada.

  De fato, a presença de Ranju Tomu em alguns ensaios e os dias que ela passara conosco chegaram a me jogar de volta à realidade. Logo ela seria a top star que eu deveria seguir. A pessoa que estaria lá quando eu olhasse para cima não seria mais Masaki. Também não era fácil ignorar os cochichos das mais novinhas: “Asumi está com ciúmes.” “Mas da Ranju ou da Ryuu?”. E ainda havia umas risadinhas. Por sorte, isso não durou tanto tempo e logo estávamos de volta à normalidade na trupe.

  Claro que a ida para Tóquio pareceu reacender a lembrança de todos sobre minha iminente mudança, pois os últimos dias ficaram mais próximos. Em vez de se importarem com quem estava para se aposentar, era a mim que direcionavam os olhares. Agora, não eram apenas as kakyuusei cochichando, mas até as pessoas mais próximas de mim começavam a me olhar diferente. A lista de eufemismos para “transferência” vinha crescendo igualmente, assim como o número de pessoas que passavam a falar do assunto abertamente comigo. Mesmo estando no meio da apresentação de nosso musical principal e dos eventos promocionais para as peças seguintes, as reuniões de despedida começaram a acontecer.

  Era verdade... Em pouco tempo, eu iria embora. A consciência disso apertava meu peito e me causava enjoo. Eu sempre me considerara uma menina da Tsukigumi e devia feder a Tsukigumi. Desde que me promoveram a juntop, eu passara a observar Masaki, a pensar e temer o dia em que chegaria ao lugar que ela ocupava. Como ela me trataria? Eu seria uma igual? Ou ela viria orgulhosa me assistir como os pais compareciam aos eventos escolares dos filhos?

  Por outro lado, eu estaria enfim longe dela. Por tantos anos, foram bastante ambíguos meus sentimentos em relação àquela takarasienne. Porém, eles haviam tomado forma em algum momento e eu, enfim, havia assumido o que sentia para mim mesma.

  Não durara muito essa minha exultação por entender o que me acontecia quando eu via Masaki. Mesmo sendo quase analfabeta com essas tecnologias novas, eu tinha bom ouvido para as fofocas das mais novas logo que começaram as trocas de papel. Estaria mesmo atrapalhando a pessoa que amava? Rebaixando-a a coadjuvante para uma caloura ser a principal?

  Eu olhava para Masaki e me perguntava o que esta sentiria por mim. Mas ela nunca me demonstrara nada além de amizade, respeito, carinho e aquele brilho que me encantava. A exceção se dera justamente quando aquele anúncio fora divulgado. De certa forma, ela continuava a não demonstrar nada, mas era a única a agir assim num momento em que todos me olhavam diferente. Poucas vezes Masaki comentara sobre minha transferência em entrevistas, talvez nenhuma espontaneamente. Devia estar evitando o assunto para não comemorar sua independência, acabei por concluir.

  Não podia culpá-la. Pelo contrário, aquele era o lado bom para mim também. Não iria mais ficar em seu caminho, sobrecarregando-a com toda a troca de papéis. Tudo seria somente dela, como deveria ter sido desde o começo. Ela se livraria do peso, e eu da culpa. Quem sabe também dos meus sentimentos? Eu até via meninas transferidas manterem contato com sua patota em outras trupes – minha colega de classe mesmo, Miya, volta e meia saía com umas meninas da Hoshigumi. Entretanto, não parecia ser algo que durasse muito. E até que ponto eu podia ser considerada parte da turminha de Masaki? Provavelmente, ela nunca mais iria querer me ver. Meus conflitos acabariam.

  Foi faltando apenas uma semana para acabarmos “A Rosa de Versalhes” que realmente notei o quanto eu sentiria sua falta, justamente porque nunca mais nos veríamos. Nem sequer teríamos mais sobre o que falar caso nos encontrássemos. Eu até pensara em arrumar uma saída, com Ranju, para pormos os assuntos em dia, mas a imagem mental me fizera rir. Por que eu achava ser mais fácil chamar Ranju, uma mulher bem mais velha que eu mal conhecia, do que Masaki, com quem eu convivera por dez anos? Após mais outros planos mal sucedidos, percebi que nada mudaria em uma semana. Nosso próximo reencontro seria apenas durante o especial de fim de ano, presumindo que nossas trupes estivessem nele.

  Assim pensava, até ver o presente que Miya, Misshon, Magee e mais algumas meninas de quem eu era próxima me entregaram, dentro uma caixa para guardar perucas, decorada com fotos de todas da trupe. Já havia me emocionado com a própria caixa, com a foto de Masaki vestida como Oscar – minha Oscar – bem na tampa e junto ao meu nome e de outras das meninas. Olhei ainda mais incrédula para o vale em minhas mãos e, então, de volta para elas.

- A caixa fomos Miya-chan e eu que fizemos! – Misshon explicou, com a expressão cheia de orgulho.
- Mas Magee-san sugeriu que todas déssemos algo realmente legal pra você, como despedida - disse Shimon com um sorriso.
- Não chamamos todo mundo mesmo pra não virar bagunça e algumas também disseram que já haviam comprado outra coisa - explicou-me Chapi, a mais nova do pequeno grupo que me cercava.

  Comecei a sentir meus olhos se encherem de lágrimas enquanto admirava o cartão que acompanhava o vale e a caixa. Então, passei a agradecer a cada uma antes que acabasse chorando ali, sendo que Masaki estava logo no outro lado da sala.

- Achei que seria uma boa ideia relaxar um pouco num onsen depois da transferência - disse Miya. Ela devia ser quem vinha me dando mais conselhos sobre novas trupes.
- Infelizmente, nossa folga é nas quartas, então você já vai ser oficialmente da Hanagumi quando for pra lá - acrescentou Magee.
- Mas vai ser ótimo! Arima é muito bonito. – Chapi me sorriu confiante, fazendo com que eu lhe devolvesse o gesto apesar de não conseguir me sentir da mesma forma que ela.

  Após os agradecimentos, já havia me preparado para ir embora quando Magee, Misshon e Miya me chamaram novamente.

- Não vá desperdiçar chamando qualquer uma, hein? – Misshon me deu uma piscadela.

  Franzi a testa. Era normal eu não entender as coisas de primeira, pois vivia distraída pensando em coisas. Principalmente agora, que eu tinha mais do que o normal a pensar. Ainda assim, não conseguia formular hipótese alguma quanto a que ela estaria se referindo.

  Já acostumada ao meu jeito, Magee apontou para minha bolsa.

- O hotel, não viu que era para duas?
- Duas? Pessoas?
- Não – Miya respondeu prontamente –, fique à vontade pra levar cachorro, gato... Macacos também amam onsens, né?

  Eu a fitei. Por sua vez, ela revirou os olhos.

- Claro que duas pessoas! Como iríamos te deixar sozinha assim?!
- Você também pode ir sozinha, mas achamos melhor que tivesse a opção de ter companhia. – Magee deu um sorriso.
- E, por companhia, ela não quer dizer nenhuma de nós. – Misshon também sorria, mas de uma forma que me assustava.
- Quem mais eu chamaria? Acha que a Daimon iria querer? Se bem que ela deve estar ocupada se preparando para Tóquio. Falarei com a minha mãe e...

  Enquanto minha cabeça fazia uma longa lista de nomes e os colocava em ordem de probabilidade, Miya me interrompeu rapidamente:

- Masaki-san.

  Senti minhas bochechas queimarem só de ouvir aquele nome e olhei ao redor, para o caso de estarmos sendo ouvidas.

- Por que não? – Desta vez, era Magee quem falava. – Você anda preocupada por vocês duas terem que se separar, né?

  Nunca mencionara meus sentimentos para nenhuma delas, nem mesmo aquele tão simples e esperado. Por esse motivo, senti meu coração parar por um momento. E se também soubessem que... Não, não poderiam. Éramos duas mulheres; por mais que as pessoas gostassem de espalhar boatos, o teatro não era um cupido de garotas.

  Contemplei a caixa onde guardara meu presente novamente e tornei a olhá-las.

- Ela não aceitaria - comentei. – E deve estar exausta depois de tantos meses ensaiando.
- Outro motivo para ir. – Magee pôs a mão nas minhas costas e as massageou por um momento. – Vá e fale com ela. Aposto que ela ficará feliz!
- Mas...

  Lançando-me um olhar firme, Miya argumentou:

- Nós excluímos nossa própria top star deste presente justamente para você poder convidá-la; não vá nos fazer ficar mal com ela.

  Antes que eu pudesse redarguir, as três começaram a me arrastar discretamente pela sala até o local onde Masaki conversava animada com Chapi. E, sem deixar rastros, sumiram com a sutileza de um grupo de bailarinas.

- Ah, Mirio. Você foi muito bem hoje também - disse Masaki, seus olhos brilhando como sempre.
- Parabéns por hoje, Asumi-san - Chapi me cumprimentou e logo pediu licença para ir embora.
- Aconteceu alguma coisa? – Masaki passou a mexer em sua bolsa, parecendo procurar algo.
- Não, nada. Digo... É que... – Enquanto balbuciava, o suor se acumulava nas palmas de minhas mãos. Inspirei fundo e tentei mexer a cabeça para esfriar minhas bochechas. – Você não odeia onsen, né?
- Onsen? Claro que não - respondeu-me casualmente, com seus enormes olhos ainda distraídos com a própria bolsa.
- É q-que a Magee-san e as outras me d-deram um va-vale... e e-eu... quarta-feira de-depois do último dia, se você...

  Céus, como se não bastasse minha dicção, não tinha certeza nem de que eu mesma havia entendido aquela frase. Minha mente ficou em branco e eu não conseguiria mais me lembrar do que exatamente aconteceu em seguida. Apenas que, primeiramente, ela devia ter compreendido meu convite e, em seguida, aceitara me acompanhar. Ou isso, ou iríamos nos encontrar no ponto do ônibus para Arima em Takarazuka logo antes de eu partir sozinha para lá. Como a segunda opção não fazia sentido algum, de acordo com Misshon – e Masaki passar uma noite comigo fazia?! –, ela mandou que eu me preparasse para a nossa viagem a duas.

  Ainda assim, fui pessimista até o fim e pedi para Miya e Misshon ficarem de prontidão naquele dia, caso eu precisasse de alguma substituta. Fui proibida por elas de pedir o mesmo a Magee, para não incomodar minha veterana com neuras inexplicáveis.

  A verdade era que, não obstante ser quase certo que Masaki houvesse aceitado de fato, qualquer coisa poderia acontecer. E parecia-me mais certo esperar por imprevistos do que acreditar que eu conseguiria passar um dia inteiro em um hotel com a mulher que eu amava.

Continuará...

Anita

Notas da Autora:

  Esta não é minha primeira yuri, mas é quaaaase como se fosse de tanto tempo que faz desde a outra. Sério, eu tava relendo, faz mais de oito anos! E quem diria, acho que ousei menos aqui do que oito anos atrás, rs. Bem, tirando as cenas de nudez. :x (foge das pedradas)

Quanto à caracterização, eu fiz o possível para estudar cada uma, mas é difícil caracterizar pessoas reais... Por isso, muito daí pode ter sido só impressão minha. Desculpa... -_- Não me odeiem!

E... ah, esta é apenas minha segunda fic de Takarazuka e a primeira em que faço algo mais complexo. A outra nem sequer mostrava a sienne como sienne mesmo. E eu inventei taaaanto, eu não faço ideia de como são as mudanças entre Tóquio e Takarazuka, se a Mirio ficaria direto em Tóquio e acompanharia a Hanagumi... Foram tantas as dúvidas e tantas as invenções. Espero não haver estragado a verossimilhança com tantas mancadas que dei.

Aliás, eu sei que elas variam muito a forma como se chamam, mas fiz um apanhado nas entrevistas e me pareceu que a Mirio chama a Masao de Masaki na maioria das vezes, só que posso tá muito enganada. A Masaki parece ser mais constante e quase sempre a vi chamá-la de Mirio.

E Arima... Bem, a cidade existe. Digo, o lugarejo, distrito, sei lá o quê. Já vi algumas fotos do Takarazuka serem feitas num hotel chiquérrimo que tem lá, então imaginei que todas já estiveram por ali. Mas eu não, então sinto muito por todas as minhas falhas de pesquisa. Juro que pesquisei! O hotel eu inventei. xD Espero que não exista nenhum com esse nome. :x

Enfim, gostaria de agradecer à Vane pela revisão da fic! É semrpe algo complicado forçar as pessoas a lerem o que você escrever, então muitos agradecimentos... @-@ E claro, a todos que estão lendo. Espero encontrá-los no próximo capítulo :D

É isso... Tomara que estejam gostando da história! Por favor, não deixem de comentar. E para mais fics minhas, visitem meu site Olho Azul: HTTP://olhoazul.50webs.com
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Leia Também

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...