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[Saint Seiya/Lost Canvas] As Amazonas do Zodíaco Chinês - Capítulo 2, escrita por Linanime

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Autor: Linanime
Fandom: Saint Seiya / Lost Canvas
Gênero:  Mistério, Romance e Novela, Shoujo (Romântico), Ação, Fantasia, Magia, Aventura
Classificação: 12 anos
Resumo: Os cavaleiros do zodíaco vão parar numa dimensão paralela, incluindo os lost canvas, para sair devem encontrar os cavaleiros do zodíaco chinês, mas acabam tendo uma surpresa...


Notas da Autora

Olá a todos. Peço desculpas pela demora, tive uns probleminhas e por isso não deu para continuar no tempo previsto. O capítulo será postar de 15 em 15 dias, sempre aos domingos. Esse está um pouco atrasado. Eu irei intercalar com a postagem de "Em busca do coração do oceano". Espero que gostem do capítulo. Eu dedico ele a todos os personagens. Minhas queridas amazonas, os líderes do santuário e a vilã especial da fic!


Capítulo 2 - Quando os desejos se tornam o mesmo      


Os cavaleiros ficam pensativos, será que deveriam ir até a entrada do tal santuário no pico onde os magos morreram? Poderia ser somente uma lenda mesmo. Suspiram, se existe um coelho, com certeza existiria mais doze cavaleiros.

—Se conseguirmos chegar até esse misterioso santuário, conseguiremos mais respostas. Fala Shion GM pensativo.

—É melhor irmos à frente e deixarmos eles para trás. —Fala Manigold olhando os cavaleiros do presente—Afinal, eles não são confiáveis! Diz continuando sua caminhada de forma apressada.

Os cavaleiros do passado acompanham Manigold enquanto os demais ficam observando. Os espectros, que não entediam o motivo de terem sido convocados para essa estranha missão, ficam parados observando as partes animados. Queriam ver os mocinhos começarem uma batalha em pouco tempo.

—Só precisam da faísca certa! Pensa Mino de Griffor sorrindo.

—Vamos apenas assistir. Estamos no mesmo barco que ele e sem o mestre Hades, se formos mortos, não sabemos o que será de nós! Fala Kagaho sério.

Eles apenas esperavam quer a paz entre os cavaleiros de Atena voltasse logo para eles poderem continuar sua jornada em busca de um caminho para casa. Seiya começa a falar que eles pareciam aqueles jovens de uma séria antiga, uma tal de caverna do dragão. Ele apenas esperava que não ficassem presos para sempre, sem conseguir voltar para casa, tendo que desistir dos portais quando eles surgiam por algum motivo estranho!

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Um homem caminhava num grande salão, ele estava sério e pensativo. Era um jovem alto, corpo atlético, os habitantes daquele local não achavam que fosse muito musculoso, mesmo porque, dificilmente o viam treinar. Seus olhos azuis intensos e misteriosos, um mar de descobertas que nem mesmo o melhor telepata conseguiria decifrar. Dizem que os olhos são as janelas da alma, se isso era verdade, aquele jovem poderia mostrar para todos o erro que cometiam ao acreditar nessas palavras. Seus cabelos eram lisos e longos. Para que não atrapalhasse, usava o cabelo preso com algumas mexas teimando em ficar sobre a sua testa. Sua era pele branca e um pouco pálida pela falta de sol nos últimos meses. Trajava calça preta, camisa branca e uma grande túnica branca por cima de suas roupas, que impedia os demais de verem as outras peças. Alguns tentavam fazer uma piada pela túnica e eram rigorosamente castigados.

—Onde elas estão? Murmura por fim parando sua caminhada de um canto a outro.

—Calma mestre irmão, elas vão chegar logo! Fala uma voz feminina sentada numa cadeira no canto da sala.

O jovem olha para a jovem com um pouco de carinho. Ela possuía olhos azuis safira, semelhante aos dele, porém mais serenos e cheios de doçura. A pele era branca dando a sensação de ter por perto uma linda boneca de porcelana. Possuía baixa estatura, era magra e lábios bem vermelhos e carnudos, o que lembra aos demais dos contos de fadas de uma menina de pele branca e lábios vermelhos. Suas bochechas apresentavam tonalidade levemente rosadas. Seus cabelos eram longos, lisos e loiros, com uma franjinha reta e uma tiara de lacinho neles. Isso contrastava com o irmão, contudo, ninguém ousava dizer que eram diferentes para não sofrerem a ira do grande mestre do santuário e irmão mais velhos.

—Tita já era para aquelas duas terem chegado aqui. Avisei a Gaia que ela deveria evitar sair do santuário, mas ela insistiu que queria ver o festival. E a senhorita a incentivou! Fala o mestre do santuário caminhando até a jovem de cabelos loiros.

—Irmão, a Gaia sempre vai ao festival. Ela volta mais contente. Não aguentava mais ver ela triste pelos cantos, com aquele olhar vago. Fala Tita com uma sombra de tristeza passando pelo rosto delicado.

—Tita, ela só gosta de ir lá para comer e ficar brincando com aqueles jogos infantis inúteis. Assim como você, não seria bom ela ser pega pelos cavaleiros estranhos ou por esses inimigos que capturaram a Luna. Fala o mestre do santuário sério.

—Eu entendo, irmão. Mas, você preferiria que ela morresse de tristeza? Pergunta Tita com um olhar ingênuo.

—Não, Tita, eu não iria gostar que a Gaia morresse! Eu irei iniciar o teste dos cavaleiros, ao ativar o portal, eles irão ser julgados. Se forem merecedores irão poder entrar aqui. Então, esconda-se. Não sabemos se são aliados ou inimigos, não quero ver você em perigo! Fala o mestre do santuário calmo. Quando Gaia chegasse ele iria ter uma boa conversa com ela.

—Então, você gosta dela! Fala Tita sorrindo docemente.

O jovem moreno para abruptamente, aquelas palavras foram totalmente inesperadas. Gostar e não gostar tinham significados profundos demais e a sua preciosa irmã usara de uma forma tão ingênua. Suspira, era melhor aquela garota não ter ouvido isso, se aquela pirralha ouvisse, ele estaria encrencado. Seu pescoço doía com o pensamento, ele presava a sua vida.

—Espero que ela não tenha chegado e ouvido essas palavras da Tita. Nem ela, nem nenhuma outra que esteja escondida atrás daquela porta. Pensa o mestre do santuário andando até a grande porta de pedra que continha àquela sala.

Duas garotas adentram o local, assim que ele abre a porta. As demais haviam corrido o mais rápido que puderam assim que ele começara a mover a porta. As recém chegadas ficam espantadas, o que será que estava acontecendo?

—Mestre Tommy estava preocupado com a demora de vocês! Grita alguém enquanto sua voz sumia no corredor.

O olhar furioso que foi direcionado a elas fez com que uma delas se encolhesse enquanto a outra olhava no mais profundo dos olhos de Tommy. Esta era uma jovem de porte médio, não deveria chegar aos ombros dele. Seu queixo estava erguido para poder observá-lo melhor. Ela possuía a pele clara como ele, o corpo era magro e parecia muito delicado. Os olhos eram castanhos claros, bem claros, quase chegando a uma tonalidade que se assemelhava ao mel e as vezes ficava com a tonalidade avermelhada. Sua face era delicada e seus lábios finos. Os cabelos eram castanhos com uma tonalidade levemente avermelhada, pesos em um coque alto. Sua pele estava ruborizada devido a correria para chegar ao local mais rapidamente. Ela estava séria, Tita observa que ela ficava na ponta do pé para poder continuar encarando Tommy e começa a rir.

—Gaia e Viana, vocês finalmente chegaram! Fala Tita aproximando-se com um sorriso.

—Ele está medonho hoje! Sussurra Viana para Tita.

—Eles vão ficar assim até quando? Pergunta Tita baixinho.

Viana era uma jovem de cabelos abaixo dos ombros, escuros como a noite de um lado e branco como a neve do outro, fazendo duas mexas e misturando as cores quando ela prende o cabelo. Neste momento, os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto para eles não grudarem em suas costas. Seus olhos eram levemente amendoados quase num tom mel. Seu corpo era esbelto, com belas curvas. Isso fazia Gaia e Tita ficarem um pouco decepcionadas, principalmente Gaia, mas isso não é um detalhe importante. Usava uma saia gode frisada no meio das coxas e uma blusa de alcinha escura que marca bem suas curvas.

Viana coloca-se ao lado de Tita enquanto espera para ver qual dos dois vencia o confronto de olhar que estavam fazendo. Tommy desvia os olhos de Gaia para Valia e a jovens ente um frio percorrer sua espinha.

—Está atrasada, Viana! Fala ele sério.

—Nós não havíamos marcado horário. Fala Gaia escondida atrás de Tita.

—Os estranhos já chegaram. Onde as duas estavam? Brincando de casinha? Fala Tommy sério olhando para Gaia dessa vez.

—Quem o senhor acha que somos, mestre? Crianças? Fala Gaia encolhendo-se atrás de Tita e andando para o lado à medida que Tommy aproximava-se para poder encará-la novamente.

—Não tenho medo do seu olhar mortal! Fala ela girando Tita à medida que andava.

—Não é o que parece! Falam Viana e Tita sorrindo.

—Mestre, Gaia precisa de um pouco de alegria para não secar como uma flor retirada do terreno onde estavam suas raízes! Fala Viana temendo o sermão que poderia levar.

—Viana, você e Tita estão querendo defender essa pirralha. Combinaram algo? Fala Tommy voltando a sua postura séria e virando-se para Viana.

—Estávamos seguindo os estranhos. Quando eles chegaram perto do portal sagrado, viemos o mais rápido que conseguimos, mestre. Eles brigam muito pelo caminho, a confiança está abalada entre eles. Esse será o pior dos testes até o momento.—Lágrimas formam-se no rosto de valia—Meu príncipe! Suspira ela ao final.

—Príncipe? Pergunta Tita confusa.

—Tem um rapaz bem simpático lá de longos cabelos lilases! —Gaia sorri como uma criança ao ganhar um presente—Ao contrário de alguns que parecem chupar limão sempre e ser mais azedo que esta fruta! Fala Gaia encolhendo-se quando Tommy olha na direção dela.

—Tita e Viana saiam da sala, vão avisar aos demais que o teste irá ser iniciado. Gaia nem ouse fugir com as duas, tenho coisas muito importantes para falar contigo a SÓS! Tommy frisa bem as últimas palavras, um frio percorre a espinha de Viana. Pobre Gaia.

As duas jovens citadas começam a dirigir-se para fora, olhando o desespero nos olhos da amiga, temendo que o mestre do santuário fosse muito rigoroso com ela. Gaia era gentil e tímida e tinha algum tipo de aversão a homens que fazia com que ela fugisse de todos os que haviam no santuário, principalmente Tommy.

—Não podemos ficar? Pergunta Tita docemente.

—Não. É algo sério que devo falar com ela e somente ela, irmã! Fala Tommy sério.

—É uma declaração de amor! Grita alguém o mais alto que poderia da distância de segurança que se encontrava.

Tita e Gaia ficam vermelhas colocando as mãos na face. Uma veia de fúria forma-se na testa de Tommy, ele tenta manter o controle enquanto os olhos de Viana não saiam da face dele. Aquela pessoa iria passar por suas mãos mais tarde para aprender a filtrar o que saia de sua boca. Ele sabia muito bem de quem era aquela voz.

—Vão logo antes que eu desista do que tenho que fazer e vá atrás daquele infeliz que pronunciou esse impropério. Tenho que focar na minha missão. Gaia não ouse esquivar-se e sair da sala. Ninguém iria querer declarar amor por uma pirralha com corpo de menino e comportamento de um bebê! Fala Tommy sério.

Tita e Viana correm enquanto a porta era fechada pelas mãos fortes do mestre do santuário. Elas estavam estáticas, pelo visto, ele ficou furioso com o comentário. Para ter usado aquelas palavras contra Gaia. Suspiram, esperam que ela fique bem. Caminham para encontrar os companheiros e avisar dos estranhos que estavam chegando.

—Sério que vocês vão perder a conversa que vai ocorrer na sala do grande mestre? Fala uma voz conhecida por elas.

—Esperem, vocês não deveriam ficar ouvindo atrás das portas. Fala Tita fazendo biquinho.

—Escute, Tita, nós só estamos preocupados com Gaia. Você sabe que ela não fica bem sozinha com seu irmão ou qualquer outro garoto. E hoje ele está muito irritado, principalmente porque Viana e ela demoraram. Imagine o tipo de tortura que pode ocorrer naquela sala. Fala a mesma voz fazendo uma face de santa.

Tita fica comovida pela proteção dos demais para com Gaia, sorri e suspira emocionada. Viana suspira também, mas porque sabe que aqueles que se movem para a sala do grande mestre estavam interessados em uma boa fofoca e não com o bem estar da companheira.

—Vamos Tita, os cavaleiros do zodíaco chinês devem estar preparados para a luta que pode ocorrer se os estranhos entrarem no nosso santuário. Fala Viana caminhando. Depois ela voltaria para descobrir o que tinha acontecido, era quase impossível ouvir algo na sala do grande mestre. Afinal as pedras eram muito grossas, todas as que compunham aquela sala milenar.

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Tommy fica observando a presença de Tita e Viana, quando as duas começam a enfraquecer-se, ele resolve virar-se para Gaia e começar a sua conversa séria. Ele sente a presença da jovem em suas costas e desvia rapidamente, a garota tentara quebrar um dos vasos de flores que havia no local em sua cabeça. Ela o encarava com fúria e mostrava pelo olhar que não confiava nele e queria sair.

—Lady Luna pediu a mim pessoalmente para cuidar de sua pessoa, Lady Gaia. Peço que pare de ser uma pirralha mimada e inútil e comece a entender a sua posição. Fala Tommy sério desviando de mais objetos que lhe eram lançados.

—Inútil é a sua pessoa, mestre! Fala ela irônica.

Gaia senta-se no divã que existia naquela sala e olha emburrada para o homem a sua frente. Não confiava nele, principalmente porque ele sabia demais sobre ela. Vira a face quando ele aproxima-se sentando na larga cadeira que existia próximo ao divã. Ele suspira, aquela atitude dela já devia ter mudado.

—Não vou tolerar suas infantilidades! Fala Tommy ríspido e frio.

—Eu não vou confiar num homem que não mostra sua verdadeira face para seus companheiros e principalmente, não vou confiar num HOMEM! Ela fala frisando bem a última palavra.

—Ok Gaia. Mas precisamos conversar. Sabe muito bem que você é necessária neste local. Lady Luna pediu para você esconder-se quando ela foi capturada e pediu para que você não deixasse os inimigos te pegarem. Então, me diga, por que continua saindo para o vilarejo? Fala ele frio como gelo.

—Eu não sou prisioneira aqui, mestre Tommy. Eu preciso sair para não ficar lunática com todos os acontecimentos. Tenho pesadelos toda noite. — Diz olhando para ele, bem no fundo dos olhos azuis e misteriosos dele—Devo morrer por suas mãos. Então, até que isso ocorra, deixe-me ficar o mais longe que eu puder da sua pessoa. Ela desvia o olhar melancólico.

—Você viu alguma coisa deste tipo em seus sonhos, Gaia? Fala Tommy sério.

Ela desvia os olhos sempre que ele tenta encará-la, não iria contar a ele seus pesadelos. Ela podia prever o futuro e ter alguma perspectiva do passado, por isso ela sabia demais e quem sabe demais em meio a guerra que estava acontecendo não poderia continuar nesse mundo. Tommy cansa-se das fugas dela e levanta-se de sua cadeira.

—Esconda-se juntamente de Tita. Os estranhos podem não ser confiáveis. Você foi atacada por um deles, o que faria se o outro não o tivesse parado? Se você sabe quem você é, pare de tentar ser uma humana normal. Você é descendente dos magos, assim como eu e Tita. Deveríamos começar a cooperar e parar com essas brigas infantis! Fala Tommy olhando para ela.

—Eu teria me defendido, mas isso revelaria o nosso segredo. Vamos ter uma trégua? Fala ela sorrindo e estendendo a mão.

Tommy aperta a mão dela, surpreende-se quando ela o puxa virando-se de costas e o lançando a frente, torcendo o braço dele em seguida. Ela aprendera defesa pessoal com os demais habitantes do santuário e ele estava pagando por sua ingenuidade.

—Você é muito vingativa, pirralha! Fala ele em meio à dor que ela estava causando.

—Não sou vingativa, a justiça é que anda muito devagar! Fala ela sorrindo.

O grande mestre usa sua força, que era maior que a de Gaia, e livra-se segurando as pequenas mãos que antes tentavam machucá-lo. Coloca a outra mão sobre as delas, protegendo-as mãos de Gaia entre as suas. A garota tenta fugir de todas as formas, mas dá-se por vencida após sentir a presença dos cavaleiros chegando ao portal.

—Trégua! Fala ela suspirando.

—Vamos ativar o portal. Você pode causar-me maiores danos se não tentar usar a força física. Fala Tommy sério.

Ela suspira. Algumas marcas começam a formar-se em suas mãos e percorrerem seus braços, eram como galhos cheios de espinhos. Ela estava liberando sua energia o que poderia mostra sua verdadeira forma. As runas que haviam no chão começam a brilhar, quando a energia do grande mestre flui e mistura-se ao cosmo da garota que tinhas as mãos envolvidas pelas dele. O aroma agradável que emanava daquele corpo pequeno dava-lhe uma paz muito grande e as pétalas delicadas que formavam-se deixavam o ambiente menos hostil. Ele era o único homem que sabia que Gaia era como uma flor, delicada, perfumada e doce. Sua pele era como as pétalas de flores, tão macia e suave ao toque. Sabia o quão diferente ela ficava em sua verdadeira forma e sabia que assim como algumas flores, ela possuía espinhos para se proteger, e era desses espinhos que ele tentava escapar sempre que precisava aproximar-se dela. As runas continuar a brilhar, as mesmas runas estavam no portal e brilham envolvendo os cavaleiros.

—Está feito! Diz Tommy Observando a mulher a sua frente.

Nunca assumiria perante ela que Gaia era uma mulher, isso só faria com que ela o odiasse ainda mais. Suspira, a mente dela estava vagando pelo portal e seu cosmo iria manter o teste até o final. Os olhos dela estavam fechados e os cabelos voavam enquanto elevava seu cosmo mais e mais. A jovem cai em seus braços, como se estivesse adormecida, como uma princesa de contos de fadas. Era bom que ela estive em transe, do contrário, iria começar a arranhá-lo e bater nele. Uma lágrima escapa dos olhos da jovem em seus braços. Ele carinhosamente limpa a lágrima observando-a com cuidado.

—Desculpe, Gaia, por ter que fazê-la usar seu poder desta forma. Não quero vê-la sofrendo assim! Fala o mestre do santuário envolvendo a garota em um abraço carinhoso.

—Perdoe-me! Fala ele depositando um beijo casto na testa dela.

Ele precisava mantê-la guardada com cuidado. Caminha com cuidado para chegar ao grande cenáculo, escondido por outra porta naquela sala, lugar onde tentava dormir e que, ultimamente, servida para reflexão. Deposita a jovem adormecida sobre os lençóis de linho fino e observa a face serena enquanto ela relaxa sobre seu colchão de plumas. Puxa a cobertura da cama, deixando-a atrás dos véus. Era uma cama de madeira trabalhada, com entalhes precisos. Era maior que uma cama de casal comum. Nos quatro contos mastros subiam sendo cobertos por um véu branco que descia de cima como uma piramide atingindo a estrutura que os pilares formavam. Esse véu era pendurado no teto, sendo sustentado por uma corrente que descia. Mostrava a estrutura piramidal em ouro, assim como a corrente que os sustentava. Os detalhes em ouro estavam em toda a extensão da cama, incluindo os bordados nos lenções e tapetes que haviam no local. Ele não era muito satisfeito porque seu quarto acabava por ficar parecido com o de uma menina, mas não podia queixar-se.

—Eu espero que a ordem da Luna nunca precise ser cumprida. Por isso, não mostre quem você é tão facilmente para os outros! Fala Tommy deixando a jovem adormecida. Precisava preparar os cavaleiros.

—Caso eles descubram, tire a vida da minha prima Tommy!

As palavras de Luna ainda estavam em sua mente. Ele balança a cabeça espantando os pensamentos. Não queria ser a pessoa que iria matar Gaia, mesmo sendo uma ordem. Olha novamente para a jovem percebendo as lágrimas formando-se novamente e escorrendo pelos olhos fechados da jovem. Resolve voltar e fechar as janelas.

—É sua missão Tommy! Fala a voz de Luna inundando o quarto do rapaz.

Ele caminha vagarosamente, deseja nunca ter que levantar sua mão para quele doce menina que era como uma flor. Delicada, com espinhos que usaria para se proteger, mas que no final, poderiam ser facilmente retirados e ela poderia ser machucada por alguém.

—Eu não quero ser esse alguém! Sussurra Tommy pesaroso.

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Uma luz misteriosa começa a surgir no dito portal. Os cavaleiros sentem que uma névoa densa começa a ser formada à medida que caminham. O frio começa a incomodar alguns, os cavaleiros que usam gelo como ataque sentem a vontade, mas aquele frio era diferente, havia um cosmo junto dele.

—Onde será que estamos indo? Perguntam alguns confusos.

À medida que andavam parecia que iam para um buraco profundo, até que a névoa tornou-se tão densa que não podiam ver seus companheiros. Tentando encontrá-los, apalpavam as sombras, elevavam seu cosmo e buscavam algum vestígio de pessoas.

—Por favor, saim vencedores! Diz aquela voz feminina que haviam ouvido tantas vezes.

Os cavaleiros tentam atacar a estranha presença que se forma próximo, como é defendido o ataque, caminham na direção do oponente. Qual não é a surpresa ao notarem que a sua frente estava o cavaleiro que vestia a mesma armadura que eles. Passado e futuro encontraram-se em cenários diferentes, a armadura como prêmio para eles, apenas um sairia vencedor.

—Eu estava esperando por isso. Quero muito retirar esse sorriso irônico do seu rosto! Fala Manigold ao encontrar Máscara da Morte a sua frente.

—Que pena. Eu também quero mostrar ao velho a minha frente o quanto as habilidades do cavaleiro de câncer melhoraram ao serem utilizadas por mim.

—Deve ensiná-lo o que é ser um verdadeiro cavaleiro de ouro! Fala Manigold com um sorriso irônico na face.

Os dois concentram seus cosmos e começam a atacar-se. Estavam num espaço branco, coberto por uma vegetação pálida e sem vida. Eles tinham poderes semelhantes, mas usavam de formas diferentes. Os socos eram tão poderosos que o cosmo dourado envolvendo-os fazia com que um barulho de trovão fosse ouvido. Nenhum dos dois ousava recuar, apenas avançavam socando-se e dando chutes para acertarem-se. As técnicas mais valiosas seriam usadas posteriormente.

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Um belo jardim de rosas estava posto a frente dos cavaleiros de peixes. Uma mesa posta em meio ao local com alguns itens de chá, um doce aroma diferente do que estavam acostumados e ambos parados, com os olhos sérios encarando-se.

—Então, meu antepassado era esse ser! Não imaginei que fosse tão feio. Sou muito melhor e mais belo que você! Fala Afrodite balançando uma rosa enquanto falava com desdém.

—Essa sua síndrome de narciso forjada nãos erá suficiente para me atingir, cavaleiro. Se eu imaginasse que alguém sem a menor honra para tornar-se um cavaleiro possuiria a minha armadura, teria selado-a em minha época. Como ousa dizer belo isso, belo aquilo. A beleza não é mais que algo passageiro, mas o caráter e a honra permanecem para sempre! Fala Albafica observando o rosto contrariado do companheiro.

—E o que você sabe da vida que levamos no presente? Usava esse rostinho para conquistar meninas na sua época? Fala Afrodite com raiva.

—Conquistar? Você realmente não sabe o que é ser um cavaleiro de peixes. Você tem noção do quanto podemos ferir uma pessoa? Somos venenosos, isso entranhou-se em nosso corpo e não podemos lutar contra isso. Era absorver o veneno das rosas ou morrermos. Como poderia machucar alguém com esse efeito devastador? Nosso destino é ser solitário e ficar longe de todos incluindo de nossos Companheiros! Fala Albafica sereno, a tristeza e a solidão sendo perpassadas pelas suas palavras.

—Eu é que não quero aproximar-me desses seres inferiores. Sou a criatura mais bela do mundo! Fala Afrodite segurando suas rosas e pronto para atacar.

—Cale-se! Fala Albafica desviando das rosas e acertando uma rateira em Afrodite.

As palavras não poderiam conter a fúria dos cavaleiros, eles estavam enfrentando-se sem medo ou receio, estavam sozinhos, poderiam liberar todo o veneno em seu sangue. Poderiam mostrar todo seu poder. Albafica desejava mostrar a Afrodite o que era ser um cavaleiro, e isso iria ser com o poder de seus punhos.

—Como ousa machar a minha bela pele com seus punhos, Albafica. Vai arrepender-se de macular a minha bela face. Fala Afrodite ao receber um soco certeiro no rosto.

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Era um local estranho, parecia com uma sala, a sala onde trabalhava nas terras de jamiel. Ainda lembra-se de ver Mú correndo, quando criança, seu adorado pupilo. Sorri, mas a tristeza dos últimos acontecimentos ainda perduravam em seu coração.

—Nunca imaginei que eu tornaria-me tão desleixado para com o santuário que jurei proteger! Fala Shion do passado observando o grande mestre do santuário.

—Onde está Mú? Pergunta Shion GM confuso.

—Eu não tenho todas as respostas. Apenas tenho o desejo de lhe ensinar a honra de um cavaleiro de ouro, a que você perdeu com o passar dos anos, que nunca deve ter demonstrado como grande mestre. Fala Shion sério

—Por que vocês não nos deixam explicar todos os acontecimentos? Pergunta Shion GM cabisbaixo.

Seria duro para ele enfrentar a si mesmo, mas sente que seu eu passado não iria ouvi-lo e defende-se do soco que lhe é desferido. Suspira olhando-o nos olhos. Como os cavaleiros do passado não entendem o que eles estavam fazendo? Sentira tanta falta de seus companheiros e eles nem ao menos questionaram-no do que estivera fazendo todo esse tempo. Tiraram conclusões precipitadas e agora estavam lutando contra os cavaleiros do presente.

—Não quero ouvir nenhuma palavra! Fala Shion do passado acertando o grande mestre com um soco na região abdominal.

As costas de Shion GM doíam com o impacto contra a parede. Ele não poderia recuar, deveria parar o companheiro antes de lhe dar as devidas explicações.

—Desculpe senhorita misteriosa, mas não poderei recuar nesse momento. Vou enfrentar meu eu do passado e lhe mostrar que os mais velhos devem ser respeitados.

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Tommy abre as portas de sua sala, sendo observado por olhos curioso. Tita e Viana já haviam voltado. Ele suspira, elas começam a questionar sobre o bem estar de Gaia, ele sabia que isso ia acontecer. Sente a energia dos cavaleiros chocarem-se e os cosmos elevarem-se cada vez mais.

—Eles estão lutando uns contra os outros! Esse teste está sendo diferente dos outros! Fala Tita observando os olhos do irmão.

—Ela está bem, Tita, apenas dorme! Fala Tommy sério.

—O que você fez com ela, mestre? Sussurra Viana encolhendo-se com o olhar do grande mestre.

—Nós ativamos o portal! Foi isso que fiz com ela. Tita, vá para meu quarto e não deixe aquela pirralha sair de lá quando acordar. Não remova o véu até que ela tenha acordado, nem que ela grite ou faço qualquer movimento. Chame-a pelo nome! Fala Tommy em tom autoritário.

—Entendido, mestre. Fala Tita adentrando na sala de Tommy.

—Todos estão preparados, Viana? Pergunta Tommy sério.

—Sim, estão todos a postos, mestre. Se tiverem o que fazer porque os estranhos estão tentando matar-se! Fala Viana caminhando ao lado de Tommy.

Eles percorrem os corredores em silêncio. Foi então, que Tommy avista uma cabeça conhecida e corre rapidamente segurando o companheiro com uma chave de pescoço.

—Temos alguns assuntos a tratar, Len! Fala Tommy friamente.

—Eu estava brincando naquela hora, mestre! Fala Len suplicante.

—Vou lhe deixar a par do tigre. O lado Black vai adorar ter uma conversinha com você! Fala Tommy soltando-o

Len teme olhar para trás, a presença do lado black do tigre estava causando-lhe calafrios. As paredes formadas de grossas pedras não foram suficientes para deter os gritos de socorro do rapaz. Ele nunca mais em sua vida falaria que Tommy faria uma declaração de amor, nem que isso fosse a mais pura verdade ou que fosse lhe pedido para dizer essa frase. Aquele momento doloroso serviria para mostrar-lhe que brincadeiras tinham momentos apropriados.

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Mu estava sozinho do outro lado do dito portal. Seus companheiros desaparecerem na névoa. Ele sentia o cosmo deles e os choques, mas não sabia o que fazer. Teme pelo pior, passado e presente enfrentando-se não iria resultar em boa coisa.

—Cavaleiro, cavaleiro... Chama uma voz feminina diferente da que ouvira tantas vezes.

—Mu de jamiel, cavaleiro de Áries... Chama a voz que ele ouvira no santuário.

—Eu estou aqui! Fala Mu confuso.

—Ouça-me. Você é o único que pode para-los. Não deixe que tirem a vida um do outro. Mostre para eles o objetivo dos cavaleiros, o que eles estão fazendo aqui. Para que existem no mundo, antes que seja tarde demais. Fala a voz conhecida.

—Como? Por que sou o único que não está tendo uma luta? O que devo fazer? Fala Mu aflito.

—Não és o único. O espectro chamado Minos também não está lutando, ele está apenas adormecido. Você é o único que não tem um oposto neste momento. Você deve pegar a pequena flor de lótus que está no lago a suas costas. Ela é a chave para entrar onde seus companheiros estão. Detenha-nos antes que seja tarde demais. Fala a voz feminina melodiosa que ele não conhecia.

Mu olha para trás e observa o lago de água cristalinas. Havia apenas uma flor e esta parecia chamá-lo. Ele segura aquele objeto delicado e deseja do fundo de seu coração poder parar seus companheiros, poder mostrar-lhe que todos lutavam por Atena, que todos queriam proteger as pessoas amadas, que todos ali presente queriam encontrar uma maneira de voltar para casa.

A flor brilha e desfaz-se num pó misterioso que o envolve. Ele teria a oportunidade de passar por todos os campos onde haviam as batalhas. Que o seu coração fosse forte suficiente e seu desejo realizado, para o bem dos cavaleiros e para que a guerra que estava sendo travada naquele mundo não fosse vencida pelos inimigos.

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—A brincadeira vai começar. Gaia ajudou-os com seu poder. Agora eles têm a oportunidade de sair do teste e chegara aqui! Fala uma voz animada.

—Finalmente poderemos enfrentar esses estranhos. Venham cavaleiros do zodíaco, estamos ansiosos para encontrar vocês?

—Ela tinha que colocar o dedo onde não era chamada! Pronuncia Tommy caminhando para a sua sala novamente.

Os cavaleiros estavam a postos. Seu santuário era diferente daquele onde os cavaleiros do zodíaco ficavam. Eles iriam perceber isso, mais cedo ou mais tarde. Pela luz que atingiu o céu naquele momento, seria bem mais cedo do que esperavam. Os cavaleiros do zodíaco chinês preparam-se, os seus inimigos de outra dimensão estavam chegando.

Quando eles avisam um portal ao final do caminho, Shion GM recebe um chute no tórax sendo arremessado para longe.

—Bem vindo, estranhos! Fala uma voz seguida de uma gargalhada.

Eles não esperavam uma recepção como aquela. Isso poderia ser percebido pelos olhos arregalados. Agora era o momento em que a brincadeira acabava.

Notas Finais

Espero que tenham gostado. Agora as postagens serão regulares!

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