Título: Minha Vida Existe Para Viver com Você – Capítulo 8
Autora: Anita
Fandom: Sailor Moon
Classificação: 14 anos.
Gêneros: comédia romântica, aventura.
Resumo: Tsukino Usagi / Chiba Mamoru. Usagi tem 23 anos, um emprego e uma vida toda para encontrar aquilo que lhe parece estar faltando quando sua mãe a empurra para um casamento arranjado. E justo com Mamoru, o sujeito convencido que a atormentou durante sua adolescência! Mas e se ele for justamente a peça perdida que anda lhe fazendo tanta falta?
Notas Iniciais:
História escrita para a Quinzena Sailor Moon, um desafio promovido pela comunidade Saint Seiya Super Fics Journal.
Olho Azul Apresenta:
Minha Vida Existe
Para Viver com Você
Capítulo
8 – Proteção
O fogo queimava contra seu rosto e tornava o ar difícil de respirar, mas
Rei insistiu em suas preces para que pudesse ver mais. Ao menos, um pouco mais.
Em pensar que por anos mal passara pela sala não fosse para limpá-la.
Agora, não saía de lá na esperança de que o fogo lhe revelasse o que faltava
naquele quebra-cabeça desmontado de sua memória. Mesmo as peças que ela já possuía
não se ajeitavam direito. Sabia que já as estava espremendo umas contra as
outras; a imagem que formava nunca faria qualquer sentido porque aquele não era
o encaixe perfeito.
Olhou insistente para dentro do fogo, ignorando a ardência de seus olhos
ressecados. Lá estavam aqueles personagens de que ela própria fazia parte.
Algumas vezes, via imagens que sequer pareciam haver acontecido naquele planeta
e sim na Lua. Literalmente, na Lua. Mas, desta vez, como em outras, era-lhe
mostrado o mais estranho: ela própria.
A Rei de dentro do fogo que não vivia fora da Terra, mas que usava o
mesmo uniforme escolar que ela mesma já usara e brigava com seu avô, com
Yuuichirou, quem ela não via desde que ele decidira deixar o templo anos atrás.
Só que também brigava com Usagi Tsukino, uma pessoa que Rei nunca havia visto
antes daquele dia na empresa a não ser por fotos de seu namorado. E estava
cercada de pessoas que a faziam se sentir nostálgica ainda que nem as
conhecesse de verdade: Ami Mizuno, Makoto Kino, Minako Aino. A menina da
agência de matrimônios, a moça que trabalhava com Jadeite e a garçonete.
Desconhecidas e, ao mesmo tempo, amigas queridas dentro de sua vida alternativa
no fogo.
O que era aquilo? Por que lhe doía tanto? Por que era isso que o fogo
sagrado lhe mostrava no lugar de lhe ensinar mais sobre os seres que as
atacavam e sobre o papel de Jadeite naquilo?
Com as mãos trêmulas, Rei correu até seu quarto e abriu um baú com os
objetos de seu passado. As coisas de sua mãe falecida, algumas anotações do
colégio, fotos com amigas. Nada. Nenhum indício daquela visão. Nem mesmo o tal
comunicador que aparecia no fogo estava ali. Ou a caneta mágica que a tornava
igual à imagem passada no reino da Lua.
Pegou as fotos já espalhadas pelo chão e as pôs coladas contra seu
nariz. Queria qualquer indício de que ela e aquelas meninas possuíram uma vida
em comum... mas não achava nada.
Por que havia duas vidas? Por que a que vivia naquele instante parecia a
mais irreal? Por que aqueles sonhos e visões vieram sacudir tudo?
Tudo havia começado com Jadeite, não era? Deixou-se sentar sobre as
pernas no chão do quarto e ponderou sobre a hipótese. O sonho mais antigo de
que se lembrava não havia sido o primeiro. Pensando melhor, ela já vinha tendo
visões parecidas; apenas as esquecia assim que abria os olhos. Isso até a noite
em que acordara nos braços de quem havia supostamente tentado matá-la um dia.
Mas Jadeite... Ela o amava e não havia duvidado que fosse retribuída até
então.
E se estivesse vendo da forma errada? Todas as vezes que indagava ao
fogo, não era o caos que via. Eram lembranças: umas tristes, outras felizes.
Mas apenas lembranças. Nenhuma premonição, nenhum futuro sombrio. Seu mundo
continuava o mesmo, seu namorado ainda lhe seguia qualquer pedido e até a
deixava em paz, enquanto Rei seguia a busca louca por um sentido para seus
sonhos. Podia não ser um presságio e sim um pedido de seu corpo que se
lembrasse daqueles dias tão importantes.
A grande pergunta era: se as visões não fossem nada além de uma visão do
passado, por que ela havia se esquecido de tudo? Por que todos também se
esqueceram? Por que ela não reconhecia essas pessoas que lhe pareciam tão importantes?
- Rei?
Ergueu a cabeça de suas mãos tensas, apertando cada articulação uma da
outra. Jadeite entrava timidamente em seu quarto.
- Nossa, você está toda suada. – Ele
riu, oferecendo o braço como apoio.
- Aconteceu alguma coisa?
- É que é sábado... E a gente não
tem passado muito tempo juntos. Eu tinha ligado antes e seu avô em disse que
você estava ocupada com o fogo sagrado aí decidi vir pessoalmente, esperando
que já tivesse acabado, ou que pudesse fazer uma pausa para o almoço. – E olhou
ao redor do quarto, como se demonstrando que estava certo. – Dei sorte, né?
- Ah... Sim. – Rei ainda se mantinha
sentada,e agora suas mãos seguravam o tecido do uniforme de sacerdotisa.
- Algum problema, Rei? – Ele se
ajoelhou à sua frente e fez menção de lhe segurar os ombros, mas parou suas
mãos a milímetros do quimono branco.
Ela observou o rosto ficar cada vez mais próximo. Era seu Jadeite.
Aquele que a amava e se embolava um pouco com as palavras. Ele sequer conseguia
pronunciar seu nome direito quando a conhecera e praticara seguidamente até ser
a palavra que dizia mais claramente.
- Talvez – respondeu-lhe
honestamente. Pois era como se ainda conseguisse ver os olhos congelados
daquele homem de suas visões.
- Algo com o templo? Desde antes de
te conhecer que você não liga muito para a parte espiritual daqui, né?
- Não, Jadeite. O problema tem mais
a ver com você.
Como aquela surpresa em seus olhos – não congelados – poderia ser
fingida? Rei inspirou fundo. Havia um limite para o que podia pedir aos deuses.
Por isso, tinha que prosseguir. Ou não conseguiria nada.
- Preciso que seja sincero comigo –
pediu a ele com firmeza. – Preciso que me diga o que sabe sobre o Milênio de
Prata, sobre a Princesa Serenity e sobre o Dark
Kingdom.
- Como? – Sentiu o corpo do outro se
retesar um pouco, mas seu olhar lhe mostrou confusão.
- Jadeite, quero que me diga sobre
os generais e o que você lembra sobre seu passado. Eu preciso saber.
- Meu p-passado? Não sei do que está
falando, Rei. – Levando a mão à cabeça, passou a balançar esta lentamente.
- Por que tentou me matar? Por que
nem eu, nem ninguém se lembra de nada? Você tem que saber de alguma coisa.
- E-eu...
Decepção. Ela o conhecia, sabia ler seu olhar e este lhe respondia que
Jadeite sabia sim de algo. Por mais sinais que lhe enviasse que não fazia ideia
do que lhe era pedido, de algo ele parecia saber.
- Jadeite!
- Eu não sei!
- É claro que sabe, não minta. – Rei
continuou a impulsionar o corpo contra ele, não se importando de que o homem
estivesse já deitado no chão como uma presa de morte iminente. – Diga tudo o
que puder.
- Eu não sei – repetiu-lhe sem a
encarar, contudo.
Aquela postura beirava à covardia. Contrariada com tal reação do
namorado, em quem ela tanto queria voltar a confiar, Rei preparou-se para lhe
dar um tapa e ultimou:
- Diga logo o que sabe sobre tudo!
Com o impacto, o rosto de Jadeite virou para um lado com a palma da mão
e, quando retornou, o olhar que lhe era lançado parecia vir de outro. Daquele
outro Jadeite.
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Com uma espreguiçada, Usagi esticou os pés um por vez e olhou para o
marido. Eles vinham andando fazia uma hora por toda Shinsaibashi. Havia sido
legal quando tiraram as primeiras fotos e ele lhe comprara alguns mimos nas
lojas que passaram por aquela rua comercial, mas agora ela só estava cansada.
- Vamos comer... – pediu, sabendo
que fazia a voz de uma criança mimada.
Todavia, Mamoru não lhe respondeu.
- Qual é? Já cansei de andar aqui,
vamos parar um pouco! – Usagi correu para alcançar o marido e agarrou seu braço
com violência.
Como se ele não houvesse ouvido uma palavra antes, Mamoru voltou-se
assustado para ela.
- Comer...
- Já está com fome? – Ele levantou o braço livre e olhou para o
relógio. – Ah, já é mais de uma. Nem percebi o tempo passar.
- Ai, fala sério. Vamos logo! –
Usagi começou a puxá-lo até a saída da rua comercial.
- Você não devia estar de dieta?
- Eles já vão ajustar o vestido, não
tem problema. E estamos viajando, não
existe dieta no meio de uma viagem.
- Do jeito que vem me puxado pra lá
e pra cá desde que pisamos na estação de Quioto, isto está mais para sua casa
do que ponto turístico. E eles não podem prever quantas toneladas você pode
engordar na hora de ajustar o vestido do casamento.
- Deixa de ser um chato.
- Afinal, para onde estamos indo?
Usagi pôde sentir a saliva chegar aos beiços.
- Um rodízio de carne! É ali perto
da Loft.
- Carne? À vontade? Ai! – Mamoru
reclamou quando ela parou bruscamente.
Toda a fome havia desaparecido com o tom usado pelo outro. Mamoru não
estava sendo malvado como de costume...
- Ai, e se eu não couber naquele
vestido lindo!? – O desespero fez sua
boca secar enquanto ela o olhava esperando qualquer alívio.
- Eles podem dar um jeito se você
não continuar engordando.
- Esse seu sorriso de príncipe
encantado de vida cor de rosa que não sabe o que é andar com cuidado pra calça
não rasgar me deixa irada!
- Como?
- Tá certo, vamos comer algo menos
pesado... Conheço um lugar bem em frente ao prédio do outro restaurante. Mas
você vai ter que compensar a economia que vai fazer, hein?
Em resposta, Mamoru apenas lhe sorriu afetuosamente e continuou a se
deixar guiar, enquanto Usagi descansava um pouco a cabeça em seu braço. No
estado de sonhos que o relacionamento dos dois se encontrava, aquela viagem
tinha tudo para ser perfeita; um contraste completo com a última vez.
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Era já
meio da tarde quando o casal retornou a Quioto, descendo na última estação da
linha de trem. Bastou subirem até a superfície para Usagi começar a saltitar
pelo caminho. O coração de Mamoru se sentia dividido ao observar essa cena. Não
sabia o que fazer desde a conversa que tivera com o casal de gatos, apenas que
precisava proteger aquela felicidade a todo custo.
- I’m so very sorry! – ouviu a esposa gritar afetada após esbarrar em
uma pessoa que aparentava ser estrangeira. Em seguida, ela se voltou para
Mamoru e deu um sorriso de satisfação.
- Por que toda a euforia? E como
sabia que ele fala inglês?
- Ué, todo estrangeiro fala inglês!
E não é lindo andar por Quioto e ver
gente de todo o mundo?
Ele não conteve o riso:
- Nem parece que você mora em
Tóquio. E sua faculdade também não tinha bastantes estrangeiros?
- É, mas aqui é diferente! É como se estivesse fora do Japão, num daqueles
lugares turísticos tipo a Estátua da Liberdade.
- Você diz isso de uma cidade
histórica? Você está quase literalmente cercada de templos japoneses.
- E por um montão de gringos.
E virou a cabeça rapidamente na direção de um casal passando. Um deles
era um estrangeiro estereotipicamente alto que segurava um mapa e conversava em
inglês com a mulher, esta aparentemente uma japonesa. Após uma risada pouco
discreta, Usagi disse entre um suspiro:
- Adoro este ar de Quioto!
Entretanto, Mamoru não ouviu o restante das admirações da esposa. Aquele
tópico fizera sua mente retornar aos gatos e a seu pedido a eles. Também àquele
homem que encontrara no templo Hikawa. Ele era um estrangeiro, provavelmente. A
forma como o havia olhado e a reverência com que o tratara, contudo, eram
familiares, quase cotidianas. Não parecia haver o menor traço do sotaque que
depois havia se revelado.
Era mais uma das sensações estranhas que vinham preenchendo seus dias.
Como quando ouvira Usagi chamar por Endymion, ou quando conhecera o homem que
dizia trabalhar para sua esposa. Ao menos, este ele já entendera por quê. Luna
lhe revelara haver um general naquela empresa e que Mamoru já fora bem próximo
dessas pessoas quando era Endymion.
Ainda assim, tudo parecia fantástico demais. Eles eram reencarnações de
seres mágicos – quase mitológicos – e lutaram contra uma entidade maligna até a
morte. Como em um milagre, porém, haviam sido trazidos de volta e passaram a
ter uma vida normal tal qual a rainha do Milênio de Prata desejara desde o
início.
Mas o que era normal naquele vazio? Naquele desespero por entender seus
sonhos, o que se passava na cabeça de Usagi, o que era aquele estrangeiro?
Ademais, por que os generais do tal Dark
Kingdom também haviam sido trazidos de volta?
Mamoru havia implorado a Luna que nunca fizesse Usagi se recordar, que,
em troca, devolvesse as memórias a ele próprio para que pudesse proteger sua
amada. De nada adiantara; a gata não podia controlá-lo, um ser da Terra. Então,
como cumpriria sua promessa sem saber? Fechou com força seus punhos e jurou
mais uma vez que não importava o que não sabia, desde que Usagi não precisasse
se lembrar.
E o vazio? Sentiria ela o mesmo? E se fosse o que ela realmente
desejava, suas lembranças de volta? Mamoru sabia não ter o direito de privá-la
disso, mas quem iria querer se lembrar da morte de tantos amigos, se tudo havia
ocorrido como lhe fora narrado? As lágrimas que já a vira derramar mais de uma
vez durante sonhos eram prova de o quanto a dor ainda persistia de tão
profunda.
Sim, era o melhor. Usagi nunca deveria ter que passar por aquela dor.
Ele precisava proteger aquela vida.
“Mas
precisamos do Cristal, Mamoru,” arguira-lhe o gato branco, Arthemis.
Era apenas para se defenderem dos tais generais caso decidissem atacar,
certo? Bastava que não o decidissem. Ou que ele os impedisse caso fosse o que
planejavam. E aquele estrangeiro sabia de algo. Luna o alertara a não procurar
quem trabalhava com Usagi, mas nada havia comentado sobre o homem do templo.
- Mamo?
- Hm? – E mais uma vez, ele notou
haver se desligado por completo de seu passeio com a esposa a ponto de nem
ouvir o que ela lhe falava.
- Dá pra prestar atenção em mim ao
menos? – Usagi pisou fundo na rua e parou por um momento. Suas bochechas
pareciam pegar fogo assim como o olhar que lhe voltava.
- Err... Eu só me assustei com a
forma como me chamou. Só isso, nada mais. – Não era de todo mentira.
- Quê?
- Você não costuma me chamar de
Mamoru?
Com o rubor do rosto começando a enfraquecer, ela quedou-se pensativa.
- Costumo?
- Não que eu me importe. Digo, não
me importo de jeito nenhum. – Sabia que agora era o rosto dele que ficava
vermelho. Que espécie de assunto era aquele? – É só que eu me assustei.
Ela sorriu e voltou a andar apoiando-se em seu braço.
Mamoru suspirou discretamente. Realmente, aquela viagem era para ter
sido sua melhor chance de provar como eles estavam bem, de fazer ótimas
lembranças. Por isso, fizeram apenas uma visita breve a seu pai pela manhã e
ficaram passeando pela parte jovem de Osaka. Estava óbvio que sua intenção ali
não era de demonstrar amor filial e justamente o oposto: aproveitar a breve lua
de mel e ir ver o pai. Mas sua cabeça não estava bem para qualquer que fosse o
principal propósito.
Com o braço que estava enlaçado, puxou-a para um pouco mais perto do
corpo. Precisava se vigiar agora que tinha uma noção melhor de quão frágil era
aquela felicidade.
- Ah, o café é ali, né? – Ela
apontou, soltando-o ao mesmo tempo para sua frustração. Então, passou a andar
apressada até o lugar, não parecendo consciente de como ele sentia falta de seu
peso e seu calor sobre o braço.
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Em um momento, seu rosto estava sendo forçado para um lado pela mão
pesada de Rei, no outro, Jadeite viu-se como se acordado à força de um longo
sonho.
O turbilhão de lembranças e sentimentos que invadiu sua cabeça deixou-o
imobilizado por um instante. Tão logo recuperou o controle de seu corpo,
sentiu-se entrar em estado de emergência. Mesmo se arrependendo tão logo o
fizera, afastou a namorada de si com urgência tal que o corpo dela bateu
sonoramente contra a parede. Mas não havia tempo para desculpas, pois não havia
desculpas que o perdoasse. Apressado, correu para fora do quarto e correu pelo
templo e correu pelas escadas e correu pelas ruas. Precisava continuar correndo
para o mais longe possível.
E agora? Procurava Kunzite? Por tanto tempo, nenhum dos dois entendia de
onde vinha e formularam as mais absurdas teorias juntos. Agora estava tudo na
cabeça de Jadeite, todo o passado, tudo o que haviam feito. Tudo. Em demasia.
Era tanto de que havia se lembrado que agora não se sentia mais na sua
vizinhança, quando os arredores do templo de Rei sempre lhes foram mais
familiares que seu próprio apartamento. Não mais. Aquele mundo todo não era
mais o mesmo em que nascera e fora criado, quando ainda era um dos que serviam
o príncipe Endymion.
Aquele homem... Era ele, certo? Era seu senhor; Jadeite tinha certeza
disso agora. Mas ele não parecia se lembrar de nada, assim como todos os
demais: Kunzite, Rei. Todos haviam perdido as lembranças por alguma razão. Para
o próprio, era fácil imaginar qual: Beryl o havia matado. Após não ter mais uso
para o general que vinha controlando, ela apenas o matara e passara para o
próximo. Nephrite. E se o mesmo houvesse ocorrido a todos?
O que fosse que houvesse acontecido, era inegável que seu senhor parecia
feliz com aquela moça, Usagi. Sim, a menina que trabalhava no departamento de
Kunzite. Provavelmente, Sailor Moon, se bem se recordava. Seria ela também a
reencarnação da princesa Serenity? Definitivamente, parecia sê-lo no físico.
Sendo assim, era incontestável que seu senhor estivesse feliz naquela vida. Seria
um crime procurar por sua ajuda. Não podia sequer vê-lo mais; bastara um
contato com ele para Jadeite lembrar seu nome como reflexo, um contato
prolongado poderia despertar as memórias perdidas de seu príncipe.
Cada vez mais submerso em todos aqueles pensamentos, Jadeite só percebeu
haver-se chocado contra alguém quando se notou caído no chão. A mão de uma
mulher se estendeu à sua frente e ele a aceitou até ver a quem pertencia,
quando quase perdeu o equilíbrio mais uma vez.
- J-Jupiter? – Olhou mais uma vez
para a moça e percebeu que a havia confundido. Aquela era apenas mais uma das
que trabalhavam em sua empresa. Makoto Kino. – Ah, sinto muito – disse
apressado até perceber que ela estava acompanhada e desta vez não havia
qualquer engano. – Nephrite! – exclamou, não sentindo mais o chão sob seus pés.
- Jadeite, é você, né? O amigo do
Shin. – Makoto havia se adiantado e entrado no caminho entre ele e o outro
general que a acompanhava. – Você está bem? Parece um pouco pálido. – Ela
pausou por um momento, fazendo uma careta discreta. – Sabe quem eu sou, certo?
Makoto Kino? A gente se falou algumas vezes na empresa.
Antes que a jovem prosseguisse, no entanto, Nephrite se adiantou e
entregou um cartão de apresentação, dizendo:
- Por que não vamos tomar um café?
Makoto vem me dizendo muito bem de um restaurante perto de seu trabalho.
Desesperado por entender a pessoa chamada Masato Sanjouin, ao menos pelo
que constava de seu cartão, Jadeite acabou por aceitar. Não havia por que
seguir com cautela. Não quando ele podia sentir a energia que Masato emanava. A
energia tão familiar que somente poderia vir de Nephrite.
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Arthemis miou enquanto observava a porta do apartamento de Minako.
Naquele dia, ela havia sido chamada para substituir alguém no trabalho, por
isso, não estava. Agora que sempre podia vê-la, sempre se sentia nervoso quando
sua antiga dona não estava ao alcance de seus ouvidos.
- Não deveríamos ter confiado nele –
repetiu a Luna o que vinha dizendo desde a noite anterior.
- Eu também não gosto da ideia de
forçar que o Cristal apareça, Arthemis. Seria muito improvável que Usagi não
lembrasse assim que estivesse em contato com ele.
- E eu acho é irresponsável
deixarmos os generais soltos por aí.
- Eles não costumavam ser maus, não
é? Quem sabe não foi por isso que o Cristal os trouxe de volta?
- Nunca ficou muito claro o controle
que Metallia ou Beryl possuíam sobre os quatro. Ademais, digamos que eles
estejam mesmo sem qualquer memória como parece. Como garantir que não
descobrirão seus poderes e os usarão para o mal?
- Isso vale para as meninas.
- Eu confio nelas, é bem diferente.
- E sua opinião mudou o mundo.
- E a sua é a mais imparcial já
pronunciada.
- Não temos motivos para fazer Usagi
passar por tudo aquilo de novo, Arthemis.
- Eu quero entender, mas acho que
temos sim.
- Acreditemos no Mamoru. Ele sempre
fez o melhor pela nossa Usagi.
Com novo miado, Arthemis acabou por aceder uma
vez mais. Ele entendia o que era não querer sacrificar quem amava, ainda que
significasse contrariar toda a precaução. Mas e se aquela omissão dos gatos
causasse dor a quem amavam mesmo assim?
- Vou checar a Minako – disse,
descendo do muro. Quando percebeu, Luna já o acompanhava. Ao menos, ela também
entendia aquele perigo.
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- A questão é o quanto você lembra,
meu caro Jadeite. – Masato Sanjouin mal havia se sentado à mesa do café
restaurante próximo da empresa quando assim disse com um meio sorriso. Cruzando
as longas pernas, examinou o cardápio à sua frente e não pareceu ansioso por
uma resposta.
- Basta apertar o botão à mesa
quando estiverem prontos para o pedido – disse a garçonete nitidamente nervosa
com o comportamento de Masato.
- Por que não me traz um chá apenas?
– pediu ele com uma piscada antes que ela pudesse escapar da mesa.
- Ah, sim, senhor. – E olhou para
Jadeite e Makoto, enquanto rabiscava o bloco.
- Hã... – Makoto olhou incerta para o
acompanhante. – Um café gelado, por favor.
Ao se sentir pressionado a também escolher algo, Jadeite apenas
resmungou que gostaria do mesmo. Então, voltou a encarar Nephrite, quem seguia
examinando os itens no cardápio em suas mãos.
- O que quer dizer com o quanto
lembrou? – tentou perguntar, incapaz de evitar um rápido olhar para a moça à
mesa.
- Sobre o Dark Kingdom, sobre Metallia, sobre o príncipe Endymion.
- Do que está falando, Masato? –
perguntou Makoto timidamente.
- Ah, sim. Ainda não me apresentei
adequadamente. Prefiro ser chamado de Nephrite, mas Jadeite aqui já deve saber
disso.
Sentindo um frio lhe percorrer a espinha, Jadeite quis perguntar por que
ele estava agindo dessa forma, mas sua garganta estava seca demais pela
adrenalina. Contudo, havia sido tal qual se Nephrite o houvesse ouvido, pois
assim falou:
- Não se preocupe com ela, Makoto
está tão envolvida nisto quanto você e aquela menininha loira do outro lado. –
E apontou discretamente para uma garçonete. – Claro que nenhuma delas parece se
recordar de nada.
A sensação de estar em um sonho, em um mundo paralelo ou qualquer coisa
assim somente parecia aumentar, enquanto Jadeite assistia Makoto olhar irritada
para o outro.
- Por que você sabe disso tudo? –
tentou perguntar.
- Tal como você, eu também acabei
lembrando. Sempre acreditei fosse devido a meu contato prolongado com o
príncipe Endymion.
- C-com o s-s-senhor Endymion?
- Foi bastante interessante como
justo eu entre nós quatro fui parar perto dele, não acha? Mesmo sem recordar de
nada, ele deve ter querido ficar de olho em mim. – E riu. – É uma vida
alternativa interessante; mentiria se dissesse que não sou grato.
- E-espera, Masato. – Makoto enfim
parecia haver recuperado a voz. – O que está falando, afinal? Jadeite? Por que
é como se vocês se conhecessem?
Jadeite não achava que poderia ser mais surpreendido naquele dia até Nephrite
irromper em uma gargalhada que fez todos os pelos de seus braços se arrepiarem.
- É só uma piada, Makoto. – De volta
a falar como Masato Sanjouin, ele se ajeitou no assento e continuou: – Não se
preocupe, não se preocupe.
- Piada? – Ela ainda parecia
incerta, mas não tinha escolha. De fato, menos que a própria Rei, Makoto não
parecia se lembrar de nada.
Ela era mesmo Jupiter? Antes de Beryl matar Jadeite, ele havia
descoberto as identidades de Mercury, Moon e Mars. Ainda que não conseguisse se
lembrar de seus nomes com exatidão havendo já se passado tanto tempo, tinha
certeza de que Rei era Mars e de que a menina de sua empresa, Usagi, era Sailor
Moon. Entretanto, ele sequer conhecera Sailor Jupiter naquela encarnação.
E por que Nephrite nunca pensara em contá-los? Sobre trabalhar com o
príncipe, sobre suas lembranças perdidas, sobre já até saber quem eram as
Sailors daquela época. Deveria mesmo confiar naquele sujeito? Não importava
quanta história dividiam no passado, não sabia o que esperar dele.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Com as mãos suando, Usagi olhou da carta para Mamoru e então para a
parede atrás da senhora Chiba. Não podia encará-la. Não depois de haver mandado
aquilo. Aliás, onde ela enfiava a cara agora? Precisava sumir, fazer puf e
aparecer de volta à sua vida pré-casamento.
Sim. A carta. Gente, quando ela a havia escrito mesmo? Sequer se
lembrava de sua existência com tanta coisa que a havia sucedido naquela época.
Mas era a mesma carta que enviara cheia de pesares ao casal Chiba, pedindo
desculpas por não querer se casar com... com exatamente a pessoa que agora era
seu marido.
Céus, ela estava com a carta. Estava indo tudo tão bem... A noite no
hotel havia sido maravilhosa. O pai de Mamoru parecia quase novo quando o
visitaram já em casa pela manhã. Ela também ganhara coisinhas lindas só
experimentando a técnica que havia visto na televisão para namorados –apontar e
dizer que quer, fazer beicinho ao mínimo sinal de hesitação. Agora, estavam
naquele lugar, tomando um chá maravilhoso, típico de Quioto, quando a senhora
Chiba lhe joga aquela bomba. Poxa, como a conversa havia ido de “por que vocês não ficam lá em casa?”
para “olha o que sua esposinha andou
aprontando”?
Era por isso! Era por isso que Mamoru vinha se comportando estranho
desde a noite anterior! Como a senhora Chiba havia podido ir pelas suas costas
e a entregar assim? As duas haviam se tornado tão amiguinhas...
- Uma carta? – foi o melhor que Usagi
conseguiu dizer em resposta.
Sim, negaria até o final haver escrito aquilo. Devia ser de uma
ex-namorada de Mamoru querendo terminar com o casamento perfeito que eles
haviam construído. Por que mais uma carta enviada meses antes só apareceria
agora? Não que ela pudesse dizer que sabia quando ela havia sido postada...
Como argumentá-lo? Dava para ver o carimbo do Correio?
- Eu a encontrei noutro dia,
procurando uns documentos do pai do Mamoru. Com a festa tão perto, achei que
seria uma boa lembrança para os dois. – A senhora Chiba sorriu tão amigável
como sempre, mas tudo o que Usagi podia ver era a dentição afiada que parecia
estar no lugar da abertura do envelope.
Ela já a havia aberto. Bem, claro, uma carta da nora endereçada a ela e a
seu marido, por que não? Mas não podia passá-la pelo triturador, ou algo assim?
E pera, ela acabou mesmo de dizer que já estava com aquilo fazia tempo?
Mas não havia tempo para pensar, pois pelo canto dos olhos pôde ver a
mão de Mamoru mirando o papel sobre a mesa. Rapidamente, Usagi puxou o envelope
para si e o abraçou.
- Nossa! Mas o que é isso! – E riu
nervosamente.
- Não se lembra, Usagi? – A senhora
Chiba seguia a exalar a aura meiga de sempre que simplesmente a fazia querer
pular e abraçá-la.
- Mas nem sei o que é... – Decidiu
que se ela fosse uma boa mulher como demonstrava, iria seguir com seu teatro de
que a carta não existia. Piscou para a mais velha para se assegurar de que ela
entendia seu pedido.
E sua sogra apenas devolveu um sorriso. Não era de sorrisos que Usagi
precisava! E a cumplicidade entre noras e sogras?
Foi quando percebeu que havia sons de gargalhada vindo de seu lado, onde
Mamoru estava sentado. Quê? Ele estava rindo?
- Qual a graça? – perguntou, não
achando que qualquer coisa ali poderia ser divertida. Não, sua vida estava
perfeita demais para ser estragada por uma bobeirinha do passado.
- Eu já sei da carta.
- Quê?! – Então era verdade? Por
isso ele vinha agindo distante? Usagi quedou-se com os lábios levemente abertos
e trêmulos. Ao mesmo tempo, apertou o objeto com ainda mais força contra o
peito.
- Digo, minha mãe me falou dela só
na semana passada.
- Achei bem óbvio que você havia
mudado de ideia antes mesmo de eu recebê-la – explicou a senhora Chiba para
Usagi.
- E por isso você vem me tratando
assim? – Usagi perguntou, enfim encarando o marido.
- Assim como?
- Você sabe – disse entre dentes. –
Mas, pera... Semana passada?
Mamoru assentiu.
- E demorou isso tudo para ficar
chateado comigo?
- Não estou chateado. – Ele ergueu
as sobrancelhas.
- Está sim. Totalmente está!
Você viu a cara que você veio fazendo o dia todo? E quando fomos no café depois
do almoço? Você foi muito contra e ainda me chamou de gorda!
- Não, eu só disse que trocar um
rodízio de carne por uma tigela de arroz e carne não ia te ajudar a caber no
vestido. E repeti isso quando você pediu aquele frappé de morango e sei lá mais o quê, ainda pondo baunilha com
chantilly por cima.
- Mas era a sobremesa!
- E os doces que comeu depois?
- Eu precisava experimentar o que
tava levando de lembrança pra todo mundo.
- Uma caixa inteira?
- Você é um malvado!
A discussão foi interrompida quando os dois perceberam que a senhora
Chiba havia se engasgado com o chá. E com o fato de não conseguir parar de rir.
- Às vezes, não reconheço meu Mamoru
– explicou-se a senhora, limpado as lágrimas com um lenço de sua bolsa. – Nem
parece aquele menininho tímido que não falava com ninguém.
- Evoluiu para criticar cada coisa
que a esposa põe na boca. E não ouvir uma palavra minha o dia inteiro.
- Eu só estava pensando em tudo, só
isso. Não tem a ver com a carta eu estar distraído. Aliás, minha mãe disse que
você errou a forma como se escreve meu nome e meu sobrenome.
Irritada, Usagi virou o rosto para outro lado. Ele continuou mesmo
assim:
- Mesmo havendo acertado o sobrenome
dos meus pais.
- Vai mesmo continuar a me
massacrar, é? E na frente da senhora Chiba? – Lágrimas desciam pelos olhos de
Usagi. – Você já tava me chamando de balofa e agora fica falando que sou burra?
Após um suspiro resignado, Mamoru chamou uma das atendentes.
- Um daqueles parfaits com castela de houjicha para ela. – Já voltado para
Usagi, disse: - Viu? Eu notei que estava de olho nele.
- E anmitsu! - ela acrescentou, mostrando a língua para o marido.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Um dia de briga não deveria preocupar Rei. Muito pelo contrário, era
cedo demais para uma reconciliação. Mas aquela não fora uma briga normal...
Rei abriu o celular e novamente tentou ligar para Jadeite, mas ela continuava
a ser direcionada para a caixa postal. Quando isso acontecera no dia anterior,
ela havia tido a impressão de que ele a estava evitando de propósito, mas agora
realmente acreditava que o celular estivesse desligado.
Com um olhar para o fogo sagrado, ela se levantou e decidiu ir até o
apartamento de Jadeite. Eles precisavam conversar sobre aquilo. Sabia que havia
feito tudo errado, tudo mesmo. Desde o início, não deveria tê-lo afastado. No
momento, sentia como se o houvesse perdido enfim. Justo quando isso não era
mais o que Rei desejava.
Quando deu por si, já estava tocando a campanhia daquele apartamento.
Fazia quanto tempo que ela não ia até ali? Desde aquele sonho, vinha temendo
Jadeite, não querendo que ficassem a sós, desejando que sequer houvessem se
conhecido. Mas, a verdade era que Rei o amava. Ao mesmo tempo que temia aquelas
visões, ela ainda o amava. Sim, não fosse por isso, já o teria dispensado. Já
chutara homens de sua vida por motivos muito mais mesquinhos que um sonho ruim.
- Droga, abra logo... – disse
ofegante. Viera correndo? Nem havia se dado conta, mas parada em frente àquela
porta via que suas pernas estavam bambas pelo esforço repentino. – Vamos.
Talvez não houvesse levado nem um minuto, mas, após o que pareceu longo
demais, Jadeite enfim abria a porta. Seu rosto surgiu de uma brecha; parecia o
mesmo de sempre e, ao mesmo tempo, mais jovem e mais pálido.
- O que faz aqui? – Havia algo
errado no tom com o que o namorado lhe dirigia. Um pouco ríspido, um pouco
confuso, um pouco reticente, um tanto surpreso.
- Posso entrar?
- Sinto muito, estou ocupado agora.
Tão logo sentiu que a porta seria fechada, Rei esticou o pé para
impedir.
- Preciso conversar. Sobre nós dois.
Com um suspiro, Jadeite abriu a porta rapidamente e saiu, fechando-a
atrás de si com ainda mais velocidade.
- Diga, então – agora o tom usado
era impaciente e, talvez, um pouco resignado.
- Sei que está bravo por ontem.
Pelos últimos tempos.
- Sim, tem razão. Não temos dado
certo.
- Peço desculpas. Foi minha culpa,
Jadeite. Por favor, vamos para dentro e eu te contarei tudo.
Sim, tudo precisa ser como deveria ter sido desde o início. Aquele era
seu companheiro, o homem que amava e que a amava mais ainda. Não um inimigo.
Pensando assim, Rei estendeu a mão para puxar a porta e entrar. Foi menos de um
segundo até Jadeite reagir e fechá-la novamente apenas com um jogar o corpo
para trás, mas a paisagem da parte de dentro havia sido bem clara para ela.
- Já chega, Rei. Vamos terminar.
Apesar de ela haver dado um passo para trás, isto não passara de um ato
reflexo. Ignorando o pedido do outro, ela apontou-lhe o dedo indicador.
- O que essas pessoas fazem ali
dentro? E seu sotaque, por que dum dia pro outro você se tornou tão fluente?
- Vá embora, Rei. Você me ouviu.
- E você também, eu te fiz duas
perguntas.
Jadeite estava pronto a dizer algo quando a porta se abriu novamente. De
dentro, saiu um homem que Rei conhecia apenas de suas visões, mas vê-lo bem na
sua frente não a assustava mais como antes.
- Quer que eu te explique tudo? –
ofereceu Nephrite, com um sorriso galanteador.
- Tudo, é? – Rei disse sem tirar os
olhos do namorado. – Dominar o mundo ou querer minhas amigas?
- Oh, então já sabe?
Voltando-se para o outro, Jadeite pediu:
- Não a assuste assim. – Então,
tornou a olhar para Rei. – Ela não tem nada mais a ver comigo de qualquer
forma, é só minha ex.
Antes que Nephrite dissesse qualquer coisa, Rei deu um novo tapa em
Jadeite.
- Esse seu discurso... não vou
engolir isso! – disse ela, voltando a impulsionar seu corpo até a porta.
No mesmo instante, o homem voltou a impedi-la enquanto Nephrite apenas
os observava aparentando divertir-se. Engolindo em seco, Rei conteve a vontade
de descontar mais de sua frustração batendo em ambos. Então, inspirou fundo
para se acalmar e fixou o olhar no até então namorado.
- Não vai mesmo me dizer o que
houve? Prefere confiar em alguém como Nephrite?
Em resposta, Jadeite escondeu mal a surpresa – provavelmente de que Rei
soubesse o nome do outro general – e virou o rosto, quebrando o contato visual.
Sem esperar mais, Rei se retirou do prédio. Agora que tudo estava
acabado, sentia como sua mão ficara dolorida do tapa. Muito mais que no dia
anterior. Teria-o dado com força demais? Mas Jadeite nem pareceu haver recebido
nada...
Acabado? Não! Não podia. Não deixaria. Mas o que ela poderia fazer
agora? Perdera-o. Perdera-o para Nephrite e para todos os generais que havia
visto dentro daquele apartamento. E o que pretendiam fazer? Realmente dominar o
mundo? Massageou o canto da cabeça e tentou recuperar sua racionalidade.
Sim, era isso. Era o que devia fazer! E o começaria por chamar a menina
da agência de casamentos, Ami Mizuno. Não podia mais perder tempo buscando
respostas. Por algum motivo o tempo havia começado a andar novamente, elas
também deveriam fazer algo. Lembrando ou não, algo forte o bastante as unia até
mesmo além da morte. Nephrite e seus amigos nunca puderam vencer isso.
Continuará...
Anita, 22/03/2013
Notas da Autora:
Essa cena da Rei com o Jadeite doeu em mim, mas a Rei é mais forte que eu pelo menos! E uma pergunta, quem ainda se lembrava da carta? rs. Confesso que não planejava nada mais que isso pra ela, só uma cena de bullying à Usagi, mas cheguei a cogitar fazer mais coisa, he he. Só espero que ninguém estivesse ansioso para saber no que ia dar, a ideia era vocês esquecerem a bendita, tal como a Usagi.
Falando em confessar, minha cena favorita de todo o capítulo deve ser a Usagi com falando em inglês. Até que ela sabe algo, né? Na minha concepção ela teve que aprender algumas frases pro trabalho, vai que um parceiro comercial liga pra lá e cai no departamento errado? Ela tem que ao menos saber se desculpar. Só que isso nunca acontece, aí ela nunca tem muita chance de usar. Ah, não lembro se eu já tinha dito, mas a Usagi estudou numa dessas faculdades especializadas em receber intercambistas. Teoricamente, era pra ela tá um pouco mais acostumada, mas ela devia fugir de todo não-japonês, né? *diverte-se sozinha imaginando*
Chega de blablabla, he he. E hora de agradecer a todos que têm acompanhado apesar de minha demora para postar a versão do site. Agradecimentos especiais à Tatazinha pelo comentário no último capítulo e aos que têm deixado reviews sempre lá no FFN! Um ótimo final de feriadão, gente!!!
E até o penúltimo capítulo!
Notas da Autora:
Essa cena da Rei com o Jadeite doeu em mim, mas a Rei é mais forte que eu pelo menos! E uma pergunta, quem ainda se lembrava da carta? rs. Confesso que não planejava nada mais que isso pra ela, só uma cena de bullying à Usagi, mas cheguei a cogitar fazer mais coisa, he he. Só espero que ninguém estivesse ansioso para saber no que ia dar, a ideia era vocês esquecerem a bendita, tal como a Usagi.
Falando em confessar, minha cena favorita de todo o capítulo deve ser a Usagi com falando em inglês. Até que ela sabe algo, né? Na minha concepção ela teve que aprender algumas frases pro trabalho, vai que um parceiro comercial liga pra lá e cai no departamento errado? Ela tem que ao menos saber se desculpar. Só que isso nunca acontece, aí ela nunca tem muita chance de usar. Ah, não lembro se eu já tinha dito, mas a Usagi estudou numa dessas faculdades especializadas em receber intercambistas. Teoricamente, era pra ela tá um pouco mais acostumada, mas ela devia fugir de todo não-japonês, né? *diverte-se sozinha imaginando*
Chega de blablabla, he he. E hora de agradecer a todos que têm acompanhado apesar de minha demora para postar a versão do site. Agradecimentos especiais à Tatazinha pelo comentário no último capítulo e aos que têm deixado reviews sempre lá no FFN! Um ótimo final de feriadão, gente!!!
E até o penúltimo capítulo!
Bom dia!!!! Quanto tempo! Desculpe não ter comentado o capítulo anterior, probleminhas de net! E agora estou começando a ter raiva do Jedite! E sobre a carta em todos capítulos me perguntava deva, mas não espalha... Tinha pensado que a Usagi tinha colocado o endereço errado! Sei que já está acabando a fic.... Buaaaaa! Mas esse comportamento do Jedite merecia volta! O da Rei também, mas acredito que o termino já foi, mas o Jed merecia algo também, um um erro não se justifica com outro! Será que teria chance do Yuuichirou dar uma passada, nem que seja para uma pequena crise de ciúmes?
ResponderExcluirEu que peço desculpas por demorar tanto em responder! E droga você notou da carta, rs. Infelizmente, decidi não pôr o Yuuichiro nesta fic pra não ficar ainda mais enrolado. Acho que do jeito que tá já perdi completamente o foco de Usagi e Mamoru. Mas até eu senti falta dele, he he. Ele é muito fofo, né? *_* Bem,o Jadeite atrapalhado como ele só também é, só que não é a mesma coisa. ♥ Pena que não dá pra partir a Rei em duas, ia ser perfeito! XDDD
ExcluirAndamos meio ocupadas nesses dias :P
ResponderExcluirAssim que postou o capitulo eu dei uma olhada, mas li apenas hoje.
E sinto pena dos generais, não creio que eles sejam malvados, mas sim vão carregar essa culpa de qualquer forma.
Aguardando o próximo episódio.
Sim, andamos! Mil desculpas por demorar taaaanto pra responder (e publicar, tô acertando aqui o capítulo 9 pra pô-lo logo hoje!). Sim, sobre os generais eu também morro de pena deles, eles acabaram estigmatizados por algo que não fizeram porque quiseram e agora tão perdidinhos que nem cego em tiroteio. :( E, infelizmente, tudo o que estão fazendo agora é responsabilidade deles. Então, vamos torcer pra não fazerem muita besteira!
ExcluirMuito obrigada pelo comentário e até o próximo capítulo *_*