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[Naruto] Obsessão Fatal - Capítulo 8, escrita por Andréia Kennen

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Autora: Andréia Kennen
Fandom: Naruto
Gênero: Drama, Ecchi, Hentai, Lemon, Mistério, Orange, Romance, Suspense, Universo Alternativo, Yaoi, Yuri
Classificação: 18 anos
Resumo: Quatro jovens de classe alta, amigos de infância, decidem desfrutar ao máximo dos prazeres da vida, utilizando-se de suas belezas, riquezas e juventude; e para isso, não medirão pudores ou consequências. Contudo, até mesmo no pervertido jogo da sedução, corre-se o risco daquele elemento surpresa aparecer: o amor. Será que eles saberão lidar com esse sentimento com a mesma maestria que dominam a arte do sexo? Confiram! [Fic +18. Yaoi. Yuri. Hentai. Lemon. Orange. UA. Terminada. Prólogo + 11 capítulos + Epílogo. (mesmo estando terminada seu comentário é importante!. Personagens principais: Naruto/Sasuke/Sakura/Ino.

Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo, cena intensa de lemon. (eu sei o quanto estavam ansiando por isso. =/) com um palavreado baixo. (“tampem” seus ouvidos, é sério. =/). E àquilo que já estão cansados de saber: trechos mais longos da história em itálicos se referem a lembranças. Entre aspas, pensamentos dos personagens. Divirtam-se com moderação. :D

Obsessão Fatal
Capítulo VIII


Kakashi entrou no seu apartamento, e foi direto para o banho. No percurso de casa até o imóvel tomara uma decisão. Precisava de qualquer forma acalentar aquela alfinetada que sua intuição insistia em dar em sua cabeça. E sabia que a única forma, era ir até a cidade da Areia. Tinha quase certeza absoluta que lá, teria resposta para metade das suas dúvidas. O banho foi rápido. Vestiu uma roupa comum. E só levaria a arma e o crachá.

Olhou para dentro do móvel e de repente, sentiu um vazio. Ir sem se despedir? Resolveu ligar para Tsunade. Só para saber se Sasuke estava bem, se estava dormindo tranquilo. Afinal, iria desobedecer as ordens do seu superior e iria viajar sem contar ao afilhado que o irmão fugiu da cadeia. No entanto, se saísse aquele horário, pegaria a rodovia sem trânsito, e estaria lá às duas e meia da manhã. Conversaria com Gaara no máximo por duas horas e retornaria para Konoha. Estaria na cidade com o dia amanhecendo e então, iria falar com Sasuke, tendo a cabeça um pouco mais leve. E também, com mais esclarecimentos.  

Não muito longe dali, na mansão Usumaki. A médica retornara da festa de gala. O motorista abriu o portão eletrônico com o controle do carro e os dois viram o porteiro sentado dentro da guarita, braços cruzados, cabeça um tanto pendida, parecia pensativo. Mas era tarde, Tsunade sabia que não podia exigir muito de Saruya naquele horário e também, confiava nele, era um bom “menino”. O condutor a deixou na porta de casa e recolheu o carro para garagem. Entrou e a primeira coisa que viu foi o tal investigador estirado no seu sofá. Latas de cerveja vazias espalhadas pelo o chão e a caixa de pizza destampada.

– Nossa! Ótimo investigador que eles arrumaram. – A mulher exclamou no seu tom normal de voz, contudo, o garoto nem se mexera. Suspirou. Não deu importância. Precisava ver Sasuke. Saiu da sala e subiu os lances de escada com passos pesados. Estava exausta.

– E depois querem dizer que a esperteza da juventude vence a experiência... Que bobagem! Trocar Kakashi por um irresponsável desses! Só Danzou mesmo pra isso...  – Ela seguiu o caminho reclamando. Chegou ao quarto, abriu a porta e ascendeu a luz. Colocou sua carteira encima do gaveteiro. Então, lembrou-se que Sasuke aprendera dormir de luz apagada. Devolveu o botão do interruptor a posição que estava, deixando a penumbra ganhar o quarto novamente. Se aproximou do leito de vagar, tentando não fazer barulho com o salto para não acordá-lo.

A fuga de Itachi a havia abalado. Mas o seu maior medo era que este conseguisse machucar mais uma pessoa que se tornara especial para si. Não ia deixar que aquele maldito tentasse machucar Sasuke. Isso era uma promessa que estava fazendo naquele momento e em nome dos seus entes mortos. Ela pôs a mão no cobertor que o escondia, mas no momento que iria descobri-lo, ouviu o seu celular tocando na pequena carteira de mão que havia deixado na cômoda. Apavorou-se. Iria despertá-lo no susto. Pegou a carteira de cima do móvel, saiu do quarto rapidamente e encostou a porta. Retirou atrapalhadamente o aparelho da bolsa, atendendo-o com uma voz sussurrada.

– Alô?

– Tsunade, sou eu.

– Kakashi? – ela soltou um suspiro. – É bom ouvir sua voz.

– Como ele está?

– Dormindo feito um anjo. – ela reabriu a porta de vagar e espiou o interior do quarto, percebendo que Sasuke não despertara com o barulho. Sorriu e voltou e fechá-la.

– Que ótimo. Era o que eu precisava ouvir. Você chegou faz tempo?

– Acabei de chegar.

– E o Sombra?

– Humpf. – Ela soltou um resmungo. - Dormindo feito uma criança babona no meu sofá da sala, acredita?

 O homem soltou um riso.

– Mesmo?

– Mesmo.

– Então ele não deve ter conseguido tirar nada dele.

– Mais do que estamos tentando durante esses anos todos? Aff! Tenha paciência, né, Kakashi? Só o Danzou para acreditar que ele conseguiria isso em algumas horas. Se ele o fizesse, poderíamos chamá-lo de milagreiro, não concorda?

– É verdade.

– Mas...- ela sorriu levemente. - Achei bom de alguma forma. Isso serviu para mostrar para aquele bendito delegado em quem ele deve confiar.

– É.

– Alguma novidade nas investigações sobre a fuga do Itachi? Ouvi uns comentários absurdos na festa sobre essa fuga...

– É, foi algo bem absurdo mesmo. Ele e o médico residente do lugar voaram pela janela do vigésimo oitavo andar, - onde ficava o quarto dele - em uma asa-delta. Só que encontramos há pouco, o corpo do comparsa que o ajudou a fugir.

– Infeliz! Ele o matou? – perguntou apavorando-se. – Este homem acabou de deixar a cadeia e já começou a fazer vítimas? – o tom dela, estava carregado de indignação. - Ele é mesmo um dem... 

– Tsunade, eu não liguei para isso. – Kakashi a interrompeu. – Sei que quer desabafar, eu também me altero completamente quando o assunto é Itachi Uchiha, mas, eu tenho que viajar agora. Não posso perder tempo discutindo sobre a perversidade deste. Só queria saber se Sasuke está bem? E se de alguma forma, você está bem também e se não está precisando de algo?

A mulher corou discretamente. E sorriu um pouco sem graça. Aquela preocupação excessiva dele consigo estava começando a ser inconveniente. Mas, de algum modo, estava gostando.

– Eu estou bem. – confirmou ela, um pouco mais calma. - Aonde vai? – quis saber.

– Vou até a cidade da Areia. Estarei de volta pela manhã. Vou tomar depoimento de uma pessoa lá, que pode me dar algum esclarecimento sobre um suspeito do assassinato do Hyuuga filho. – explicou.

– Já tem um suspeito?

– Na verdade, foi o Hyuuga pai que deu a informação. E tudo leva crer que é um rapaz que ele conheceu nessa cidade.

– Entendo.

– Conversaremos mais na volta, eu tenho que ir. Ja ne.

– Kakashi?

– Hai?

– Tome cuidado.

O homem ficou mudo de repente. Ela ouviu um suspiro. E então a confirmação.

– Eu vou tomar. Tome conta de Sasuke por mim, e também... tome conta de si.

– Eu prometo.

Os dois desligaram.

...

   O jovem de óculos vermelhos; mochila nas costas e boné na cabeça, chegou ao que fora seu antigo lar, e o admirou, sentindo-se invadido por uma grande nostalgia. A casa com estilo arquitetônico ocidental ainda continuava ali.

– É incrível! Não mudou nada. – constatou ele. - É quase como se o tempo não tivesse passado. – sorriu discretamente. – Bem, por hoje, ficarei por aqui, se bem conheço a polícia de Konoha, eles vão achar que eu não buscaria um lugar tão óbvio para me esconder. – o rapaz deduziu, erguendo um pouco o boné da cabeça e retirando do cabelo um grampo, com este, - após enfiá-lo na fechadura e movê-lo de um lado para o outro - abriu a porta tranquilamente. Adentrou o ambiente mais quente, já que do lado de fora o tempo nublado e com chuviscos fazia a madrugada fria. Fechou a porta atrás de si e se viu no escuro. A única claridade fosca era a que vinha da iluminação do lado de fora do terreno que ultrapassava as janelas de tamanhos exagerados. Subiu a grande escadaria principal da casa lentamente. Quase que invadido pelo jovem que fora há dez anos.

Mas ao colocar o pé no corredor que levava aos quartos ele viu de cara, algo que lhe chamou a atenção. Um facho de luz que inundava a extensão, e que vinha da porta aberta do ex-quarto do irmão caçula. Não era possível. Sabia que o irmão não morava na casa. Havia um invasor? Outro além dele? Segurou a arma que estava na sua cintura e se aproximou. 

Ouviu gemidos abafados e estancou em frente à porta aberta. Olhou para dentro do ambiente. E viu algo que realmente não esperava. Algo extremamente provocante. Quase como as cenas que fantasiava em sua cabeça quando estava em abstinência na cadeia. Era um jovem, de costas para onde estava, se masturbando, encima do que fora a cama do caçula. Abriu um sorriso de canto. Estava com tanta sorte assim? O que havia feito de tão bom pra ganhar além de tudo, um brinde?

Pendeu a cabeça para o lado e viu esforço demasiado que o garoto fazia para tentar enfiar dois dos seus dedos no pequeno orifício anal, e movê-los para dentro e para fora. Itachi sentiu um arrepio correr a espinha. Retirou a mochila das costas e a deixou na porta. Também se livrou das luvas, do sobretudo e da arma. Repousando tudo sobre a bolsa no chão. Era óbvio. Não deixaria àquele jovem de lombo aparentemente apetitoso, ter aquela trabalheira toda sozinho. Pôs os pés para dentro do quarto e viu o rapaz arquear a cabeça para trás ao ouvir o barulho da sua entrada e, então, repousar seus olhos de um azul estupendo encima de si. Os cabelos eram loiros e da sua boca escorria um fio de baba. O Uchiha mais velho sentiu o coração parar por um instante.

O conhecia?

E então o órgão retornou a bater loucamente. O moreno puxou ar com urgência para dentro do peito. Engoliu em seco, buscando respirar de forma mais apressada. Não era a beleza exagerada daquele jovem que o fizera se assombrar, e sim o fato que ele era tão lindo e excitante como àquela criança do seu passado. Sentiu o membro formigar e despontar instantaneamente ereto na calça. Mas, não podia ser.

Engoliu em seco novamente, ouvindo seu coração tamborilando no peito, quase o deixando surdo. Não acreditava que ainda tinha um e que ele poderia bater daquela forma descomedida. E a sensação deste gritando em seu peito era adversa, e fazia com que um tremor o assolasse.  

O menino loiro continuava fitando-o, quase que rindo com àqueles olhos carregados de luxúria. Nem parara a “movimentação” na parte detrás. Agora conseguia ver que a outra mão dele estava ocupada em masturbar o membro. Ele também não se assustara em nada com sua entrada. Era quase como se o tivesse esperando...

Esperando?

Por quanto tempo?  

– É senhor fantasma... – ouviu ele lhe pronunciar. - Vai continuar me perturbando... Ah... Até... Ai, tá quase...! Eu tô quase conseguindo... Ahh... – ele engoliu a saliva dando lugar à respiração entrecortada. – Vai ficar me assombrando até nesse... Ah! Ah! Momento? – conseguiu perguntar enfim, sem parar nem por um minuto, o esforço de tentar proporcionar prazer ao seu próprio corpo.

“Fantasma?”

– Se você fosse de carne e osso... – o loiro continuou falando. O movimento de subida e descida do peito aumentando, como se a excitação estivesse tornando difícil o ato de respirar deste. - Poderia me ajudar... Ahh...  Não poderia? Afinal... Ahh... você é bonito.

O garoto lhe sorriu ao concluir sua fala. E o sorriso, assim como olhar, era pervertido. Era um sorriso que já havia visto antes. Sentiu uma pontada de dor alfinetar seu peito. Era praticamente certeza, já o vira antes.

– Eu posso te ajudar? – o rapaz de cabelos cumprido se dispôs, descendo o zíper da sua calça e deixando aparecer o pênis que já estava ereto e pulsando de excitação. Sem paciência de esperar a resposta, abaixou as mesmas até os joelhos, retirando-as junto com o coturno que usava e se aproximou da cama. Arrancou a camisa por cima da cabeça, puxou o elástico que prendia os cabelos, deixando-os escorrer e cobrir suas costas e contemplou mais uma vez o garoto de corpo magro, mas de traços bem definidos.

Este na cama lambeu os lábios. Maravilhado com o que via. O seu fantasma era incrivelmente bonito e além de tudo, “bem dotado”. Seus olhos eram negros, obscuros, - algo que o fez se lembrar Sasuke – mas estes também tinham um brilho avermelhado estranho. Ou estava vendo coisas?

Itachi tocou à mão do garoto loiro, fazendo-o retirar os dedos lambuzados daquela parte que ele queria pra si.

Já Kitsu, ao sentir a mão fria do rapaz lhe tocar, sentiu um temor lhe assolar. O fantasma que o tocara a pouco, transpassara seu corpo, não passava de névoa, fumaça, ar! Mas aquele ali... Parecia verdadeiro. O que aquilo significava, afinal? Ele havia se materializado só para foder consigo? Riu daquela ideia idiota. Estava ficando louco mesmo. Deveria ser os malditos remédios que Sasuke lhe dera.

Deitou-se de barriga para cima, repousou suas duas mãos com as palmas viradas para cima, no leito, ao lado de seu rosto, e abriu as pernas, deixando aquele ser divino se pôr entre elas. Não lhe interessava se era fantasma ou não. Estava excitado e louco para gozar. E se aquele diante de si queria ajudá-lo, aceitaria a ajuda de bom grado. Então, percebeu ele direcionar o falo duro para sua entrada e estancar ali. Admirou aquele torso bem trabalhado, de músculos bem definidos. Um peitoral de dar inveja com certeza. 

 – Você é bem bonito, senhor fantasma. – ele engoliu a saliva que aumentava em sua boca. E estendeu um dos braços para escorrer os dedos pelo tanquinho do fugitivo. – Será que isso tudo vai caber em mim? – perguntou, paralisando o indicador na margem que iniciava o órgão ao qual se referia. - Vai ter que forçar bastante. – concluiu, lambendo os lábios, como se estivesse pronto a saborear algo de sabor sem igual. 

– Se importa com a dor? – o “fantasma” quis saber.

Kitsu gargalhou de uma forma gostosa e voltou a fitar aquele homem de olhos tão maliciosos e de semblante tão altivo diante de si. Achava que seres do outro mundo fossem mais melancólicos.

– É claro que não, eu até prefiro que doa. – era a resposta que sempre dava para àquela pergunta.

Itachi ao ouvir aquilo, sentiu-se invadido por um desejo enlouquecedor. E sem os preparativos das preliminares, se arrematou de uma única vez para dentro de Kitsu rasgando-o e atingindo no fundo na primeira estocada. Então, o viu arquear o corpo da cama e soltar um urro agonizante de dor que o extasiou por inteiro. Adorava aquilo. O grito de dor era algo que mexia com todos os seus nervos, deixando-o mais sensível ao prazer. E em meio aquele grito percebeu que o interior do garoto começara a pulsar e a se contorcer.

– Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! – Kitsu gritava em êxtase.

Ele havia atingido o orgasmo com uma única estocada sua? Se perguntava surpreso, o moreno. Que droga de garoto infernal era aquele? Um diabinho com cara de anjo?

Será que seus anos de cadeia estavam fazendo-o delirar?

Era estranho. Ele se parecia muito com àquele alguém que conhecera antes de ser preso. Mas simplesmente, não podia ser! Só que a beleza dos olhos, a perversão que ele exauria...  O cheiro quente que vinha da sua pele. Aquele sorriso carregado de luxúria, estava-o fazendo acreditar que sim.

“Será?”

Notou que o rosto do loiro se contorcia do prazer que sentia. As mãos agarradas nos lençóis da cama. As pernas dele pressionando a lateral do seu corpo. A respiração alta. Notou que o pênis deste ainda estava ereto na barriga, quase a ponto de gozar por ali também.

“Será que ele teria ficado esperando por sua volta por todos aqueles anos?” 

Seria bom de mais para ser verdade. 

O garoto parecera ter recobrado os sentidos, e então o viu subir novamente a ponta dos dedos por sua barriga.  

– Acho que esperei de mais... Não consegui segurar. – explicou ele, olhando dentro dos seus olhos, ainda rindo, ainda arfante, ainda excitado. - Mas pode continuar metendo. Eu vou continuar gritando até você gozar.

Itachi se deitou encima do corpo menor na cama, deixando seu peso recair sobre este. Enfiou as duas mãos entre os fios loiros e os puxou, fazendo o menino arquear a cabeça para trás deixando o pescoço ao seu livre deleite. Escorreu a língua naquela carne branca e saboreou o seu gosto. Enquanto retirara e voltava a recolocar o membro de vagar, friccionando o seu ventre contra dele, massageando assim, o pênis deste também. Percebeu o menino cerrar os dentes no lábio inferior, invadido novamente pelo tesão. Então, avançou naqueles lábios e passou a beijá-lo loucamente, enquanto aumentava o ritmo do movimento dentro dele, retirando e recolocando seu membro com mais força e avidez.

O menino soltou dos seus lábios, precisava gemer.

 – Ah! Ah! Ah! Ah!

– Quem é você? – perguntou Itachi, aos pés do ouvido dele.

– O cara que você tá fodendo?

Itachi riu. Farejou os cabelos loiros. Continuou se movendo.

– Você gosta disso, não é?

– Claro... Ahnnn... Você é bom.  

– Tá gostando? É grande, não é? sentindo ele te rasgando por dentro.

– Está sim... continua falando, estou gostando. – pediu ele gemendo mais alto, abraçando os ombros do moreno e riscando as unhas em suas costas.

Vadio... Putinho de beira de esquina. – continuou Itachi sussurrando no ouvido dele, vendo-o rir divertido. - Gosta de ser comido, não é? Mas o que estou sentindo é seu cuzinho comendo meu pau, querendo mais.

Ao dizer isso, Itachi sentiu seu membro ser mais apertado dentro dele dificultando a entrada. Ele se contraía de propósito. O desgraçado queria mesmo sentir dor. Não se importaria em machucá-lo se era ser rasgado o que ele queria. Faria com prazer. Começou a cavalgar mais rápido.

– Ah! Annnnn! Issooooooo! É eu gosto! Gosto de sentir a porra de um pau grande metendo em mim até me esfolar todo! Me fode, fantasma! Vai! Assim! Com força! – incentivava ele aos berros.

Itachi tinha certeza. Era ele. Não sabia como, mas era. Riu gostoso. Se esforçou, enfiava nele com tanta força que a pequena cama rangia, se movia, batendo sua cabeceira na parede. O menino contorcia o rosto, fechava os olhos, cravava as unhas em suas costas. Era delicioso. Quente. Seu pênis queimava deslizando pra dentro do buraco anal dele. Sentia atingindo a próstata do loiro várias vezes. Mas ele não se importava, continuava gritando obscenidades desconexas, as íris azuis revirando nas órbitas. A saliva já não se contendo na boca, contrastando com os lábios ressecados da respiração dificultosa. O membro dele começou a expelir gozo entre seus corpos. Itachi já não conseguia segurar o seu próprio.

O Uchiha ergueu-se para ter mais impulso, apertou suas mãos nas ante-coxas deste e as empurrou afastando-as mais uma da outra, vendo as pernas dele balançarem para fora da cama. Então, passou a se arrematar com mais velocidade e brutalidade. O viu abrir mais as pernas no ar, deixando-se alargar completamente, era como se quisesse senti-lo inteiro dentro de si. Ele revirava o rosto de um lado ao outro, também movia os quadris. Voltava a apertar os lençóis entre seus dedos, quase o arrancando da cama. O moreno viu sangue escorrer do pequeno orifício, o loiro estava com os olhos semicerrados, e fazia uma careta de dor a cada nova investida sua. Era uma experiência descomunal transar com ele. Era melhor do que tudo que esperara e de todos que já fodera na vida.  

O gozo estava vindo, forçou mais, mais, mais até que os dois corpos esparramarem injeções de êxtase por todos os dois corpos, pulsando abruptamente, até seus donos soltarem um grito alto de enlevo atingindo um ápice ao mesmo tempo.

– AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

O sêmen do fugitivo golfava com força pra dentro do outro, preenchendo-o por completo, enquanto a contração da parede anal deste prolongava seu momento de orgasmo. Havia alcançado o céu. Caiu encima de Kitsu, sentindo o relaxar pós-gozo o assolar...  


...

Kakashi havia chegado à cidade da Areia. Não demorou muito encontrar a casa que estava procurando. Era uma enorme mansão, quase no centro da cidade. Após abordar o porteiro da residência mostrando sua credencial, este o permitiu entrar. Estacionou quase enfrente a entrada da casa, e viu a porta ser aberta por uma jovem loira um tanto sonolenta, vestida com um hobby.

– Polícia de Konoha? - A menina admirava o crachá que o policial mostrava à ela. Conhecia muito bem aquele documento. Era idêntico ao do noivo Shikamaru. - Entre, meu irmão já está descendo.

– Boa noite? – O cumprimentou outro rapaz, que se aproximava do policial com a mão estendida.

– Sou oficial Hatake Kakashi. – apertou a mão do rapaz, respondendo ao cumprimento.

– Kankuro. Irmão mais velho. Prazer. – o rapaz soltou da mão do agente, e apontou a sala. - Sabíamos que viria, por aqui. – disse ele caminhando na frente. - Mas estamos surpresos com o horário, achamos que receberíamos sua visita somente pela manhã.

– Perdoe perturbar o sono de vocês. – desculpou-se Kakashi adentrando a imensa e luxuosa sala dos Sabakus. - Mas estão acontecendo muitas coisas em Konoha, então decidi adiantar a visita.

– A fuga do serial Uchiha? – o rapaz apontou à poltrona. E sentou-se em outra. A irmã sentou-se na banqueta do bar, que ficava em diagonal aos estofados.

– Isso. – confirmou. - Então, já sabem? – o policial se sentou no assento indicado a frente deles. - As notícias andam realmente rápido pelo que percebi. – disse, entrelaçando os dedos das mãos um nos outros, e apoiando os cotovelos nos joelhos.

– Mais rápido do que o senhor imagina. – confirmou este. – Agora... mudando para o motivo da sua visita, então, quer dizer que o meu pequeno irmão é suspeito do que aconteceu com Hyuuga Neji? 

– Não disse nada dele ser suspeito. – O policial desfez o engano imediatamente. Não tinha intenção de criar um clima de hostilidade na conversa. - Na verdade, temos um suspeito. E é sobre...

– Kitsu? - Todos os três se voltaram para a entrada da sala, onde o rapaz de olhos verdes e cabelos vermelhos, havia estancado.

O policial ia se levantando, mas o menino não o permitiu.

– Pode ficar onde está. – Ele caminhou até o bar onde a irmã estava e entrou na parte de dentro após passar por uma portinhola. Pegou uma taça e procurou por sua bebida favorita. 

– Quer que eu prepare para você, Gaara? – se propôs a mais velha.

– Não, eu gosto de fazer do meu jeito. – O rapaz negou a ajuda e após pegar o balde de gelo, e despejar três pedras no copo, acrescentou neste, dois tipos de bebidas destiladas, um líquido branco e outro amarelado. Mexeu o copo com a mão, movendo-o em círculos, fazendo o barulho do gelo que batia no vidro propagar um tilintar alto no ambiente agora em silêncio. Depois, levou a bebida na boca e virou quase metade da mesma no primeiro gole. Estalou os lábios, sentindo o calor do álcool lhe aquecendo por dentro, e então, voltou-se para o agente. – O que quer saber?! – perguntou sério, batendo a taça no balcão e encarando o policial.

Kakashi não tinha tempo, precisava voltar para Konoha, assim, foi direto ao ponto.

– Tudo que puder me relatar em relação a esse garoto chamado Kitsu. Poderia começar, por onde o conheceu. – sugeriu o homem, ligando seu gravador e o depositando sobre a mesa central da sala.

–...

...

Na antiga mansão Uchiha, Sasuke adentrara seu interior. Estava tudo silencioso de mais. Observou o ambiente. Tudo parecia estar no seu devido lugar. Contudo, a atmosfera estava densa. Era como se houvesse algo a mais no ar.

Ou...

Alguém?

Ao pensar naquilo, apressou o passo. Itachi não podia refugiar-se ali, seria idiota de mais. Subiu os degraus, pulando-os de dois em dois até chegar ao piso superior. Apertou o vidro de spray de pimenta no bolso da blusa de frio ao se aproximar do quarto. Antes de entrar, perto da porta, viu cacos de vidros. Havia algo grudento que fora derramado ali também, pois a sola do seu tênis estava aderindo ao chão. Também, notou respingos de sangue. Exasperou-se e entrou no quarto de uma vez, - que estava com a porta fechada - e clamou pelo loiro em um grito.

– KITSUUU!

– AQUI! – gritou o garoto de volta, que havia se escondido atrás da porta, e que agarrara sua cintura, assustando-o.

Sasuke virou-se pasmado. Quase soltara um grito eloquente com o susto que ele lhe dera. Aquele garoto era um maluco. Seu coração estava saindo pela boca. Mas foi apenas uma piada. Estava feliz e aliviado de vê-lo bem. Ele ria da sua travessura, enquanto sua feição se suavizava.

– O que pensa que tá fazendo?

– Esperando por você há horas... – reclamou. - Achei que não vinha mais. Já me masturbei usando os dedos; pensei em usar o joystick como pênis postiço. – dizia, enquanto enumerava as opções com dedos. - E transei... – relutou em dizer, mas os olhos sobressaltados de Sasuke fizeram-no continuar, queria ver a reação do seu moreno de pele alva. Assim, abriu um grande sorriso e concluiu: - E fiz um sexo selvagem com uma alma penada.

O moreno não sabia se ria, ou se franzia as sobrancelhas.

– Do que está falando? Transou com fantasmas?

– É... - confirmou sorrindo. - Ele saiu da minha cabeça, se materializou em um homem muito do gostosão. E então, ele meteu em mim, até eu gritar: “Chega! Não! Pare!”... Quer dizer: “Não pare! Vai! Força! – Ele repetia os sons de forma zombeteira.

– Pare de inventar bobagem.

– Eu to falando sério. Olha! – ele pegou o lençol e retirou da cama, mostrando para Sasuke a mancha de sangue. – Eu não conseguiria meter em mim com os dedos até sangrar, conseguiria?

– Mas... poderia ter usado o controle do vídeo-game? – Sasuke sugeriu, arqueando uma das sobrancelhas.

– Mas eu não usei! – rebateu, devolvendo o lençol pra cama. - Tô falando sério. Eu vou mostrar o joyistick. Mas... para onde eu chutei àquela porcaria mesmo? - se perguntou, coçando a cabeça e olhando o chão.

– Tá Kitsu. E o que foi àqueles vidros na porta?

– Eu vi o fantasma pela primeira vez parado ali, na hora que tava voltando da cozinha com o lanche. Aí, puft! Derrubei tudo! E de quebra, cortei meus pesinhos nos cacos, viu?  – ele mostrou a sola dos pés cheia de riscos avermelhados. 

Pelo menos aquilo não parecia invenção.

– Você estava delirando e não vendo fantasmas de verdade. – concluiu Sasuke, retomando seu semblante sério.  

– Se aquilo foi mesmo um delírio, preciso delirar mais vezes. – ele envolveu o pescoço do Uchiha caçula. – Você demorou muito. E então, vamos transar?

– Espera. – pediu ele tirando as mãos do menino do seu pescoço. – Antes, precisamos conversar. Aconteceram algumas coisas, e... 

– E? – o garoto o instigou a continuar, se afastando e colocando as mãos na cintura em sinal de impaciência, ainda fitando-o com chateação.

– Eu descobri sua família, Kitsu. Eles são daqui de Konoha.

– Ah! – O menino girou os olhos nas órbitas, batendo as mãos na cintura. – Eu não tenho família, Sasuke!

– Tem! E eu os conheço. Eu... Espera, é melhor você ver com seus próprios olhos. – O moreno retirou a foto dobrada do bolso da calça e a entregou para Kitsu. – É você nessa foto, não é? Os traços são idênticos, e além de tudo, o colar, é o mesmo que você usa...

Sasuke ficou observando o menino analisar a foto, revirando-a de um lado a outro. Engoliu em seco, ainda tinha que lhe falar a pior parte.

– E tem outra coisa também, Kitsu... – Ele percebeu o menino erguer os olhos para si. - Nem todos nessa foto estão vivos. Para falar a verdade, só a mulher, digo, a sua mãe. Eu sinto...

Sasuke não terminou de dizer a frase, pois a reação de Kitsu fora tão estranha que o assombrou. Ele estava... sorrindo? E não era àquele riso moleque que conhecia. Era um riso debochado, sarcástico. Ele ainda não estava acreditando no que dizia, era isso? Será que aquela foto não era prova o suficiente? Será que ele ainda não queria acreditar?

– Kitsu, isso é real. – voltou a afirmar. - Não é uma brincadeira. Eu...

– Sabe, Sasuke. - O loiro o interrompeu com um tom sério, que nunca ouvira de Kitsu antes. - Eu não tenho mais família. - o menino insistiu no argumento, rasgando a foto ao meio. Em seguida juntou as duas partes e as rasgou novamente. - Porque eu simplesmente os enterrei. E sabe de mais uma coisa... – ele juntou os pedaços mais uma vez, e tornou a rasgá-los, desta vez, usando-se de força para picá-los em retalhos menores. - Não é legal você ficar desenterrando os mortos dos outros, deixe-os descansar em paz. – Ele jogou os pedaços no ar, fazendo-os dançar em volta de si como se fossem confetes. - Eles podem ganhar vida novamente e voltar para assombrá-los...

– Mas... – Sasuke perdera a voz.

– Não estou certo, Itachi-nii-chan?

Os olhos do moreno caçula se arregalaram com a forma como ele pronunciara o nome do seu mais velho, era como se ele estivesse... ali? Sasuke prendeu a respiração, ao ver sair detrás da cortina do seu quarto, o próprio irmão psicopata, Itachi Uchiha. O mesmo que não via há dez anos.

Se paralisou, chocado.

Então, viu seu oniisan se posicionar atrás do loiro e o segurar pela cintura, repousando o rosto na curva do pescoço dele, como se o conhecesse muito bem. Pior do que isso, como se fossem íntimos! Namorados! Casados!

Cúmplices?

O loiro por sua vez não se assustou com aproximação. Muito menos rejeitou o toque. Ele fez na verdade, fora se encostar ao torso do outro, como se estivesse se aconchegando ao abraço. Então o timbre rouco e alto do seu mais velho, o qual há muito não ouvia, se fez claro e audível no pequeno cômodo:  

– É exatamente isso, Naruto-chan. – concordou Itachi, fungando o pescoço dele. 

Ambos abriram um exagerado sorriso um para o outro. Itachi puxou o rosto de Naruto para si, fazendo seus lábios se encontrarem, e os dois selaram um beijo, para logo depois, voltarem a encarar a expressão perplexa do Uchiha mais novo.

Sasuke não suportou as náuseas que o assolou naquele momento. Revirou os olhos para cima deixando só o branco deste, transparecer. Desta vez, não conseguiu conter a vertigem. Caiu desmaiado aos pés dos dois. 

Continua...

Sound track:
Não tente parecer tão esperto
Não chore porque você está certo
Não se apegue a crenças ou medos
Porque você se odiará no final
Wind – Akeboshi

Vocabulário de Expressões e Observações:
– Créditos da capa ao Akito-sou-sama. :)
– Agradecimentos àqueles que colaboraram com a enquete.



Notas finais do capítulo

Olhem! Eu fiz um capítulo mais curto. (‘o’). Milagres acontecem, não? (:D).

Os comentários diminuíram absurdamente, exatamente à metade. Não mereço mais? Tá chato? Podem reclamar eu aguento. (._.) Mas sem reviews eu não me animo a terminar. (ç_Ç’)

Reviews?

Onegai?

See you next (?) (.-.)

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