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[Naruto] Side Fic Dads Baby Boy - Parte I, escrita por Andréia Kennen

Capítulos: Parte I, Parte II
Autor: Andréia Kennen
Fandom: Naruto
Gênero: Lemon, Romance, Universo Alternativo, Yaoi
Status: Completa
Classificação: 18 anos
Resumo: Side fic de Dads Baby Boy. Minato não se importava de viver sozinho desde que seu filho Naruto encontrasse alguém especial e fosse feliz. No entanto, ele não esperava ser presenteado com os sentimentos do pai do jovem que estava tentando consertar os caprichos do seu filho mimado... [Side-fic de Dads Baby Boys. FugaMina. Yaoi. Lemon. +18. Romance.]

Side-fic DBB

Parte I – The Daddies

Revisado por Blanxe.



O homem loiro vestido somente com o roupão de banho atoalhado, olhou de forma dispersa para a porta fechada com a placa de “mantenha distância” do quarto do seu único filho. Dali, não conseguia entender o que ele e o jovem Uchiha conversavam, mas tinha que concordar que havia ficado feliz em perceber que Sasuke não tinha ido embora e que estava disposto a não desistir tão facilmente de Naruto. Isso, de alguma maneira, o aliviava.

Durante muito tempo, Minato vinha esperando que o filho encontrasse alguém que conseguisse consertar os seus maus hábitos e jeito mimado, que foram adquiridos devido ao fato dele, o pai, e a mãe, Kushina, nunca terem privado o herdeiro de seus caprichos, já que possuíam muitas riquezas. Na realidade, Minato, também crescera como um pequeno príncipe e, por esse motivo, nunca se viu no direito de censurar Naruto, que era hoje um retrato do que ele mesmo fora no passado.

Mas era certo: não queria que o filho terminasse como ele. O Minato desejou ter a família mais perfeita do mundo e achava que dinheiro fosse o suficiente para construí-la, contudo, diante da primeira crise, a família perfeita desmoronou. A forma de vida que levou antes do casamento, contribuíra para torná-lo um homem de pouca fibra e sem pulso firme para resistir até mesmo aos mimos do seu herdeiro, que queria dentre todas as coisas, ocupar o lugar de Kushina - a própria mãe.

Falhou como pai e como marido, e acabou daquele jeito: sozinho, sem nenhum e nem o outro. A esposa o abandonou no momento em que percebeu a perversão do filho pelo pai e passividade do homem mais velho perante o fato. E, antes de ir, não mediu palavras ferinas para culpá-lo por tudo.

Não se importava de ficar sozinho o resto dos seus dias, desde que conseguisse ao menos, resgatar o filho do caminho tortuoso no qual ele estava se embrenhando. Naruto, por não poder tê-lo, afrontava-o brincando com os corações de outros meninos. Foram inúmeras as vezes em que alunos exemplares como Sai, Neji e Gaara, entraram com o semblante destruídos em sua sala na diretoria da Vórtice School, em busca de que ele – não só como diretor e dono da instituição, mas como pai do jovem por quem eles estavam totalmente apaixonados – os ajudassem a entender Naruto.

Eles queriam respostas do por que o garoto agia daquela forma: esforçava-se para conquistar seus corações e quando os tinham nas mãos, esmagava-os.

Era muito dolorido ouvir aquelas declarações; era ainda mais constrangedor, não poder dar as respostas que aqueles jovens buscavam, pois sabia muito bem que o culpado era ele: o próprio pai.

Naruto fazia de tudo para atingi-lo e conseguia. Por várias e várias vezes tentou conversar com ele, mas a resposta era sempre a mesma: “Está tudo em suas mãos, otou–san. Vou parar quando você me aceitar como seu homem.” Mas como poderia aceitar uma condição daquelas e se relacionar com o próprio filho?

Aquilo era tão inconcebível.

Quando soube que Naruto estava novamente dando em cima de outro aluno, sentiu o desespero tomá-lo. Queria espantar o tal rapaz e poupá-lo do sofrimento pelo qual estava prestes a passar; evitar que a mesma história se repetisse. Por isso, agiu de uma maneira drástica e como nunca havia agido antes: pediu para que pai e aluno comparecessem em sua sala; se conseguisse convencê-los de que o acontecido entre os alunos fosse apenas uma infração, quebraria o envolvimento entre eles. Porém, surpreendeu-se com a atitude do jovem Uchiha que, além de admitir o seu ato como um erro, se dispôs a assumir um relacionamento sério com seu filho. Todavia, não havia imaginado que o pai do adolescente fosse um policial tão conservador e bruto que o expulsaria de casa ao saber da homossexualidade do filho.

Foram ações e reações totalmente inesperadas.

Mesmo diante daquele turbilhão de acontecimentos, pôde notar nos olhos de Sasuke que ele era diferente; um rapaz de coração bom. E, de repente, sentiu-se motivado a acreditar que, talvez, ele fosse a chave para mudar o coração de Naruto. Sendo assim, estava disposto a apostar todas as cartas naquele rapaz, pois pressentia algo bom se aproximando e com certeza, eram dias de calmaria.

De repente, ouviu o som da campainha da entrada retirando-o dos seus devaneios. Ali, do alto da escada no segundo andar da sua residência, acompanhou o mordomo se desentocar, provavelmente da cozinha, e seguir apressado na direção da porta com a intenção de atendê-la. Não estava esperando por ninguém, mas reconheceu de imediato a voz que se espalhou ecoante pelo amplo hall de entrada da mansão, perguntando sobre o filho.

– Deixe-o subir, Alphonse. – pediu para o mordomo, que se sobressaltou ao ouvir sua voz.

– Sim, my lord. – o criado concordou com a ordem e curvando metade do corpo para frente, abriu totalmente a porta, dando passagem ao visitante inesperado.

O senhor Uchiha, que saíra do trabalho fardado, aproveitando-se da credencial da polícia para se identificar e transpor a segurança do casarão, passou pelo mordomo sem olhá-lo e foi direto para a escadas, subindo-as rapidamente, saltando os degraus de dois em dois. Ao alcançar o homem loiro, ofegante da subida apreçada, abriu a boca para perguntar por Sasuke, mas foi impedido pelos dedos do outro sobre seus lábios.

– Shhhhh... Eles estão conversando. – informou e prosseguiu: - Não vamos interromper. Venha. – ele pediu, calmamente, retirando os dedos da boca dele e apanhando-o pelo pulso, guiando-o pelo corredor.

A primeira reação de Fugaku Uchiha foi de aturdimento. Primeiro, por nunca ter sido calado daquela maneira tão delicada pelas mãos de um homem; segundo, por estar sendo puxado por ele; terceiro, por sentir-se estranhamente embriagado pelo perfume que vinha da pele e dos cabelos recém banhados; e, por último, pelo seu coração estar palpitando de forma estranha.

O investigador havia raciocinado melhor sobre sua atitude para com o filho pela manhã. Não podia virar as costas para Sasuke e sim, tentar tirar aquela ideia ridícula de namoro gay da cabeça dele. Mas, de repente, o fato se perdera em sua mente, ao se ver dentro daquele quarto imenso, que era quase do tamanho do seu pequeno apartamento. Estranhou também o fato da cama estar desarrumada: não parecia que havia despertado o diretor, supôs assim, que o homem “estava ficando” com alguém ali antes, isso explicaria também os cabelos úmidos e o roupão. Olhou ao redor, para ter certeza de que não encontraria mulheres seminuas saindo detrás dos móveis ou das cortinas, afinal, sabia que os ricaços gostavam de satisfazerem seus desejos em orgias. Essa suposição fez as entranhas do senhor Uchiha se contraírem, não tinha a intenção de invadir a privacidade de ninguém e nem de se deparar com cenas depravadas.

Fitou o homem que o havia deixado no meio do quarto, para adentrar o espaço de um mine-bar, onde enchia dois copos com gelos.

– Parece desconfortável, Uchiha-san. – ele observou - Desculpe-me trazê-lo para dentro do meu quarto, mas é que os nossos filhos começaram uma conversa séria agora, eu não queria que fossem interrompidos. – explicou, servindo um dos copos com o conteúdo de cor amadeirada, provindo de uma das garrafas que ele havia apanhado de um suporte metálico na parede. - Eu bebo uísque com gelo, como gosta do seu?

– Eu não bebo nada alcoólico quando estou fardado – o policial elucidou de maneira fria. – Também não acho que o seu quarto seja o lugar apropriado para aguardar nossos filhos terminarem a “conversa”.

O loiro não deixou de perceber o tom de ironia no termo “conversa” dito pelo seu visitante. Certamente ele imaginava que os adolescentes estavam fazendo outra coisa. Sorriu de lado e apanhou no frigobar uma garrafa de água mineral, abrindo-a e despejando o conteúdo no outro copo, para em seguida, apanhar os dois recipientes e ir de encontro ao policial que era bem mais alto e tinha um ar bem mais imponente que ele.

– Seria indelicado de sua parte me deixar bebendo sozinho, então, me acompanhe mesmo que seja com água. – praticamente, Minato ordenou, entregando o copo a ele e dando as costas para seguir rumo à porta de vidro que era a divisória entre o quarto e a sacada. Após apertar um dispositivo eletrônico na parede, o vidro se abriu automaticamente.

O Uchiha se impressionou com o exagero de luxo daquele ambiente. Apesar daquele estrangeiro ser dono da instituição de alto-luxo que o filho frequentava, não imaginava que ele fosse tão abastado. Observou ele se acomodar em uma das mesinhas do lado de fora e mesmo sentindo o vento gélido entrar pela porta aberta - não o animando a deixar o cômodo confortável onde se encontrava -, o seguiu, afinal, fora ele quem rotulara o local como inadequado.

– Podíamos ir para uma sala ao invés de ficarmos no relento. – reclamou.

– Você é mesmo bem ranzinza. – Minato alegou, balançando o copo de uísque e fazendo movimentos circulares com o punho, propagando um tintilar com o bater do gelo no vidro. – Se prestar atenção, há uma aquecedor ligado bem aí ao seu lado. Não vou deixar meu visitante passar frio.

Fugaku realmente percebera o aquecedor portátil perto da mesa onde Minato se acomodara, que exalava um calor agradável. Mais satisfeito, se sentou na cadeira de frente ao diretor, deixando o copo de água sobre a mesa e entrelaçando as mãos enluvadas uma na outra.

– Não queria invadir sua privacidade.

– Não invadiu, eu o convidei. – Minato afirmou, cerrando seus orbes e elevando o copo de uísque aos lábios. Por sorte do filho, Sasuke parecia não ter herdado aquele jeito arrogante do pai.

– Mas e a cama desarrumada? – Fugaku perguntou, não acreditando na forma leviana com que Minato levava a situação. - Pelo que percebi, estava com alguma companhia, não?

O diretor quase engasgou ao ouvir aquele questionamento, pois se lembrou de que não fora ele quem usara a cama e sim, os filhos de ambos. Forçou o líquido rascante na boca a descer pela sua garganta e reabriu os olhos, se desencostando da cadeira e adquirindo uma posição mais ereta, encarando o policial a sua frente. Não era novidade para aquele pai que os seus filhos adolescentes já haviam passado o sinal vermelho e estava dormindo juntos, mas a reação dele pela manhã não fora das melhores e não imaginava como iria explicar o porquê dos dois terem usado sua cama, por isso, achou melhor evitar confrontos e omitir o que ocorrera ali momentos antes da sua chegada.

– Não se preocupe, eu tirei um cochilo depois que cheguei exausto do colégio. – mentiu, voltando a bebericar o álcool. - Eu não estou me relacionando com ninguém no momento.

– Não precisa se justificar tão detalhadamente, eu não tenho nada haver com sua vida amorosa.

O homem soltou um resmungo de indignação ao ouvir aquela má resposta, mas acabou sorrindo, o que também incomodou o Uchiha.

– Qual é a graça?

– Sua grosseria.

– Desculpe-me, meu senhor, mas eu não entendo como você consegue ficar tão calmo, enquanto nossos filhos homens estão transando nesse exato momento! – Fugaku se exaltou, batendo a mão na pequena mesinha de madeira.

– Você acha realmente impossível que seu filho esteja apaixonado pelo meu, não é? – Minato manteve-se calmo.

– Não é impossível! Só é contra as leis naturais, afinal, como dois homens podem sentir prazer juntos?

– Gostaria mesmo de saber?

A pergunta inusitada e sugestiva vinda do diretor e aqueles olhos extremamente azuis fitando-os, fizeram Fugaku sentir um gelo apoderar-se do seu estômago ao mesmo tempo em que seu rosto ardeu de vergonha. Não quis acreditar no que havia acabado de escutar, mas teve a nítida impressão de que estava sendo cantado. Franziu o cenho e sentiu o ímpeto de se levantar e se retirar daquela casa, mas queria saber até onde a audácia daquele homem iria, assim, cerrando os punhos e os dentes, e mantendo seus olhos fixos no dele, falou:

– E... me diga, Minato-san, se eu dissesse que sim, que quero saber como essa bizarrice funciona e como ela pode ser possível, o que faria? Não me diga que iria se oferecer para me mostrar? – ele riu, em um tom claro de deboche.

O pai de Naruto sentiu aquela afronta fumegar dentro de si e, mesmo que sua intenção fosse só provocar, mudou de ideia após ouvir aquele tom de desdenho. Apanhou o copo de uísque e verteu todo o líquido garganta abaixo em um único gole, sentindo o calor da bebida abrasar ainda mais o seu interior. Já havia ficado com homens antes, até mesmo para saciar a atração inconsequente que nutriu por um tempo pelo próprio filho. Por isso, sabia como era altamente prazeroso ter alguém do mesmo sexo o possuindo. Normalmente, homens como Fugaku Uchiha, que se diziam tão fiéis aos bons costumes, eram os que se tornavam os melhores amantes. E, de repente, aquela ideia fez seu corpo estremecer de excitação, só em imaginar aquele tipo bruto, rude e grosseiro, adentrando em si de forma selvagem.

Fugaku sentiu um tremor ao ver Minato entornar a bebida alcoólica em seu copo de uma única vez. Não acreditava que ele estava levando aquilo a sério, mas o belo rosto do diretor ganhou um rubor instantâneo e o investigador não deixou de notar aquele brilho estranho nos olhos claros. Engoliu em seco e pensou em deixar para falar com Sasuke no dia seguinte, mas o que sucedeu, o fez perder totalmente as forças nas pernas. Minato abriu o hobby que vestia e o deixou escorregar pelas costas até atingir o chão...

Não acreditou na atitude dele.

Estava diante de um corpo nu masculino? Que apesar de perfeito, era apenas o corpo de outro homem. Assim, não conseguia compreender o motivo do volume entre suas pernas ter crescido tanto que chegou a doer. Minato também estava excitado, era visível no membro túrgido e nos mamilos róseos eriçados...

O policial engoliu novamente em seco.

Minato se aproximou do Uchiha, pisando no roupão com os pés descalços por ter largado as pantufas embaixo da mesa. Deu a volta na mesa e ficou diante do homem que agora estremecia dos pés a cabeça. O temor dele era tão visível que até seus lábios tremiam sem conseguir pronunciar uma palavra, nem mesmo, desviar os olhos de si.

– Meu corpo é perfeito, não é? – perguntou em um sussurro e teve outra resposta exaltada da parte dele.

– Você é um homem! Está maluco! Como posso achá-lo...

O loiro deteve o restante da fala do moreno ao apanhar uma das mãos enluvadas; retirar dela a luva e guiá-la em direção da sua pele. No entanto, o homem mais velho resistiu, fechou o punho e tentou puxá-lo de volta, querendo evitar o contato, mas Minato era obstinado e se não conseguia fazê-lo tocá-lo de uma forma, faria de outra, assim, aproximou-se mais do corpo do outro homem e venceu quase todo o espaço entre seus corpos.

– Larga de ser bobo, Uchiha-san. Se você acredita tanto em suas palavras, não deveria ter medo de tocar a minha pele.

– Você está louco! – o Uchiha acusou, tentando desvencilhar sua mão do agarre firme em seu pulso, até usou os pés para empurrar a cadeira para trás, fazendo o possível para fugir daquela aproximação perigosa. Contudo, as costas do móvel bateram na amurada que ladeava a varanda, mostrando que ali era o limite para sua fuga.

Fugaku fez menção de se levantar, mas sua intenção foi tardia: Minato, em um movimento mais rápido, se acomodou de pernas abertas sobre o ventre dele. Desesperado, o senhor Uchiha acabou tocando o loiro, ao segurá-lo pela cintura para tentar afastá-lo, porém, ao sentir a textura boa daquela pele nua, o pai de Sasuke não foi mais capaz de manter o nexo em seus pensamentos. O coração disparou no peito e o rosto ardeu, na mesma proporção que um calor arrebatador ganhou seu corpo.

Minato sorriu vitorioso, movendo o quadril ao sentir a ereção apertada dentro da calça do policial.

– Pelo que percebi, está muito bem aceso para quem acha impossível sentir prazer com outro homem.

– Pare de brincar comigo... – O Uchiha pediu, com a respiração pesada, agarrando os fios loiros do outro pela nuca e afastando aquela face erótica e o hálito quente que roçavam seu rosto.

Fugaku Uchiha achou que não precisava ouvir da boca do diretor a constatação do que ele mesmo já havia notado: que entrara em contradição. Nunca se imaginou em uma situação como aquela: sendo envolvido por outro homem. Na realidade, desde que a esposa falecera fazia o possível para viver ocupado – tanto no trabalho, como na dedicação aos filhos - para não precisar pensar em sexo, afinal, sempre fora apaixonado por Mikoto e mesmo a mulher estando morta, considerava traição arrumar outra só para satisfazer-se.

Era sim, um viúvo beato. Sem receios de se auto-proclamar como tal.

Por esse motivo, quando a vontade do corpo falava mais alto, se satisfazia através da masturbação, sempre pensando na mulher quando viva. Porém, com o passar dos anos, sua mente foi apagando os traços da esposa, seus cabelos lisos, o belo corpo, seu cheiro, a sensação de suas carícias, tudo foi ficando distante e mais difícil de serem reavivados. Até que chegou o momento que investigador pensou que era a hora certa de arrumar outra mulher. No entanto, quando suas poucas tentativas foram frustradas, por não conseguir sentir-se desperto suficiente para transar com outra, desistiu. Mas agora estava ali, diante de algo novo, sentia-se excitado - como há muito tempo não ficava - e por alguém cujos atributos físicos eram os mesmos que os seus.

Queria socar Minato por despertar nele aquela atração tão repugnante, mas a sua reação foi totalmente oposta: embrenhou os dedos nos fios sedosos que o loiro possuía e trouxe o rosto do homem para junto do seu novamente, até que suas respirações entrecortadas foram consumidas pela união de suas bocas. O contato apesar de recatado no começo, foi suficiente para fazer os corações de ambos desenfrearem e a partir dali, tudo que até então fora verdade absoluta para o Uchiha, perdeu totalmente o sentido.

Após apartarem o beijo, que de tão úmido fez a saliva escorrer de suas bocas, Fugaku deixou-se ser guiado pela mão de volta ao aposento do diretor, enquanto limpava o queixo com o punho fechado e acompanhava as nádegas brancas a sua frente, movendo-se de maneira sedutora. Ao chegarem diante do leito, permitiu que Minato o despisse do seu traje de polícia e o levasse para cama; pela primeira vez em sua vida, se permitiria reger pelos desejos estranhos do seu corpo.

E foi muito diferente para o Uchiha alisar um torso reto, eriçar mamilos e não seios redondos e macios que cabiam exatamente nas palmas de suas mãos; também era esquisito correr os dedos por ombros mais longos, costas largas, por coxas musculosas, da mesma forma que também era fora do comum tocar e sentir a pulsação de um membro latente que não fosse o seu. Mas ao mesmo tempo, era extasiante e excitante sentir-se estimulado e tocado por mãos tão firmes e grandes quanto as suas, ser sugado por uma boca que sabia exatamente como fazê-lo... Por mais que nunca estivesse ficado com outro homem antes, Fugaku sabia exatamente como agir e a forma de fazê-lo, porque simplesmente, era um.

Os dois acabaram chegando ao ápice só nas preliminares. Porém, Minato não se sentia totalmente satisfeito e sugeriu ao Uchiha pai fazerem sexo anal.

Contudo...

– Espere, espere! Isso não! Estamos indo depressa demais! – o homem ainda ofegante, saiu da cama a procura de suas roupas. – Você já provou que estava certo. É possível sim, sentir prazer com outro homem. Então, acho que não precisamos ir tão longe. Além disso, nossos filhos estão no outro quarto e...

Minato riu, cortando a fala de Fugaku.

– Qual é a graça?

– “Estamos indo depressa demais” me faz imaginar que teremos outras noites juntos.

Os olhos do Uchiha aumentaram de tamanho e ele voltou a se sentar na cama. A realidade era que não era do tipo de homem que fazia as coisas sem assumir um compromisso, fora que era possessivo e quando gostava de alguém, sentia necessidade em assumir logo a posse daquilo que desejava, antes que outro alguém o fizesse em sua frente. Foi assim com a esposa, se interessou por ela, a pediu em namoro, em pouco tempo estavam noivos e de casamento marcado.

– Você não quer... digo... você é separado, eu sou viúvo, acho que...

Desta vez, foram os orbes azuis claros de Minato que dobraram de tamanho ante a fala confusa do mais velho.

– Está querendo me pedir em namoro, Uchiha-san?

– Eu não sei se é assim que os gays agem, digo, estou querendo chamá-lo pra sair primeiro... Por que não gosto da coisa dessa forma descompromissada.

Minato não conseguiu controlar o riso e após a tentativa falha de querer segurá-lo, estourou em uma gargalhada. Era engraçado ver um homem que havia entrado em seu quarto totalmente arredio e defensor da moral e dos bons costumes, agora estar ali, sem graça, pedindo para saírem juntos, não conseguiu levar o pedido a sério.

– Se não quer, apenas diga. Não fique rindo desse jeito. – pediu sério.

– Desculpe-me, Uchiha-san. – O diretor conteve a crise de riso, enlaçando as costas do pai do seu aluno com seus braços. – Não me leve a mal, só estou achando encantador seu jeito de agir. Faz tempo que não me sentia tão bem assim.

– Eu também... – o homem tocou os braços em torno do seu peito. – Então, você aceita?

– Aceito, Uchiha-san.

O moreno riu discretamente, sentindo algo bom encher seu peito, estava finalmente com alguém depois de tanto tempo. Será que a esposa se sentiria ofendida se soubesse que a trocou por outro homem? Balançou a cabeça, negando. De qualquer forma, não podia mais ficar preso ao passado.

– Não me chame mais desse jeito formal... Agora é só “Fugaku”.

– Ah, sim, certo... Fugaku.

Após os dois deixarem o cômodo, o policial se deparou com o filho que também havia acabado de sair do quarto do Naruto. Mas ao contrário de si, ele não parecia muito bem e pelo que Minato havia lhe explicado, entendia o motivo. Pelo jeito, o filho do diretor não daria uma chance a ele, por isso, seu caçula precisaria muito do apoio do pai e era o que estava disposto a fazer. O Uchiha mais velho ficou feliz ao ver os olhos brilhantes do filho ao vê-lo ali.

– Eu vim buscá-lo, meu filho.

Sasuke veio ao seu encontro e, após abraçá-lo, chorou, como há muito tempo não chorava. Na verdade, se lembrava bem quando tinha sido a última crise de choro do filho: no velório da mãe. “Agora eu o entendo pelo que está passando, meu filho, eu vou fazer de tudo para apoiá-lo”.

Mesmo o pai aceitando a situação, que agora era semelhante a dele, Sasuke não teve a mesma sorte que o seu “velho”. Fugaku e Minato se casaram pouco tempo depois de assumirem o namoro, no entanto, seus filhos decidiram não seguir pelo mesmo caminho e preferiram se tornar um pouco mais que bons amigos. Apesar de que essa fora uma escolha somente de Naruto, mas que Sasuke respeitou e acatou. Afinal, o loiro se dispusera a mudar suas atitudes e se tornar uma pessoa melhor graças aos esforços de Sasuke. E mesmo os dois não ficando juntos no final de tudo, eles se tornaram uma grande família, morando na mesma casa.

Mas os dois não ficaram sem ninguém, Sasuke acabou encontrando apoio no jeito alegre e intransigente de Suigetsu, seu ex-colega de sala, que era um companheiro divertido e para todas as horas. Naruto, por sua vez, encontrou no recatado e sério Nagato, o relacionamento maduro e intenso que não pôde viver com o pai.

E quando tudo vai bem, o tempo passa em um piscar de olhos. Assim, se foi aquele primeiro ano, depois que a família Uchiha crescera, ganhando dois membros importantes. Sasuke, após o término do estudo, resolveu se preparar para o vestibular em um cursinho universitário.

Mas...

Será que tudo continua bem?

Confiram na segunda parte...





Notas finais do capítulo


Como essa side estava ficando grande, decidi dividir em duas partes. Essa primeira, contando um pouco mais sobre a história dos papais dos meninos. E a segunda parte, que mostrará como andam os filhinhos desses dois papais.



Sei que estou devendo resposta das reviews de Dads Baby Boy ainda, mas estou sem tempo mesmo pessoas. Por isso, peço desculpas e um pouquinho de paciência que irei responder tudo. :D



Agradeço o carinho de quem ler e deixar uma review. :D



Agradecimento especial a Blan-senpai pela betagem, e por quase me matar de rir dos comentários apaixonados pelo Fugaku de farda. hahahahahhaha



Reviews? :D



See you next!!




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