Fandom: Rurouni Kenshin
Autora: Madam Spooky
Gênero: Humor/Mistério
Classificação: Livre
Resumo: Kenshin Himura, Kaoru Kamiya, Sanosuke Sagara e Hajime Saitou. Um mal entendido leva Kenshin, Sano e Kaoru a terem que dar explicações a Saitou. Qual deles dirá a verdade?
Para Leny Saito
Parte 2 - O Fumante Misterioso
Toda
essa confusão começou na manhã de três dias atrás. Este servo jamais
esqueceria um dia como aquele. Os pássaros nos privilegiavam com seu
canto harmonioso, o sol brilhava forte tornando o clima extremamente
agradável, o vento soprava na direção oposta ao quintal do dojo levando
as folhas secas para longe em uma bonita dança cheia de cores...
- Sim... – interrompeu Kaoru sonhadoramente – Parece que o clima estava muito romântico...
Kenshin deu de ombros.
- Se estava romântico eu não sei. – disse ele. Em seguida seus olhos adquiriram um brilho emocionado. – Mas era uma manhã perfeita para lavar roupa!
Kenshin deu de ombros.
- Se estava romântico eu não sei. – disse ele. Em seguida seus olhos adquiriram um brilho emocionado. – Mas era uma manhã perfeita para lavar roupa!
Eu
decidi que aproveitaria o dia para lavar toda a roupa que deixara
acumular na última semana quando tivera que fazer uma limpeza geral no
dojo. Estava absorto na escolha do sabão certo para os lençóis brancos.
Não sei se vocês sabem, mas os lençóis que a senhorita Kaoru usa são de
um tecido muito delicado. É muito importante escolher o sabão certo para
um tecido como aquele ou logo ele fica gasto e com uma aparência
terrível, sem falar...
- HIMURA! – gritou Saitou.
- Oro...
- Eu agradeço muito a sua disposição em nos ensinar as sua técnicas secretas de lavagem de roupa – disse o policial sarcasticamente – MAS O QUE DIABOS ISSO TEM A VER COM A MALDITA CONFUSÃO NA CASA DE MÁ FAMA?
Kenshin encolheu-se na cadeira. Era melhor não contrariar ou os três acabariam o dia atrás das grades. Se não fosse por Kaoru, ele não se importaria. Sano bem que merecia passar uma noite olhando para a cara de Saitou. O pensamento o fez sorrir.
- Por que o sorriso, Himura? – perguntou Saitou cada vez mais impaciente. – Continue falando, eu não tenho o dia todo!
- Oro...
- Eu agradeço muito a sua disposição em nos ensinar as sua técnicas secretas de lavagem de roupa – disse o policial sarcasticamente – MAS O QUE DIABOS ISSO TEM A VER COM A MALDITA CONFUSÃO NA CASA DE MÁ FAMA?
Kenshin encolheu-se na cadeira. Era melhor não contrariar ou os três acabariam o dia atrás das grades. Se não fosse por Kaoru, ele não se importaria. Sano bem que merecia passar uma noite olhando para a cara de Saitou. O pensamento o fez sorrir.
- Por que o sorriso, Himura? – perguntou Saitou cada vez mais impaciente. – Continue falando, eu não tenho o dia todo!
Como
eu dizia, estava compenetrado no trabalho quando ouvi alguém me chamar.
Era a senhora Utada, a vizinha. Ela é uma mulher de uns sessenta anos,
baixa e corpulenta. Tem os cabelos sempre presos para trás em um coque
engraçado que nunca consegue deixar exatamente no centro da cabeça. O
rosto dela mais parece uma caricatura com um par de olhos muito pequenos
contrastando com um nariz que ocupa pelo menos metade de seu rosto. É
uma senhora muito simpática, sempre preocupada com os outros. Precisa
ver quando eu e a Kaoru estamos sozinhos no dojo como ela fica
observando, pronta a ajudar se qualquer problema surgir. Aquele rosto
esbanja carinho de mãe.
-
Você ficou maluco, Kenshin? – interrompeu Kaoru de repente. – Aquela
velha maluca não perde a chance de nos espionar achando que vai nos
pegar em alguma situação imprópria!
- Oro...? – Kenshin encarou Kaoru chocado – Como você pode dizer uma coisa dessas? Tudo o que aquela mulher tão gentil faz é cuidar de você...
- Kenshin, estou começando a concordar com Sano que você é um grande idiota – respondeu Kaoru – Como pode dizer que os olhares venenosos da vizinha bisbilhoteira esbanjam carinho de mãe?
- Eu não sou idiota. - disse Kenshin decepcionado com a falsa impressão que Kaoru parecia ter da pobre vizinha. – Eu sei o que acontece, a senhorita não precisa esconder. Sei que fica irritada quando falo com outra mulher, mas a senhora Utada já é de idade e...
- KENSHIN NO BAKA!
Felizmente para Kenshin, Sano segurou Kaoru antes que ela pudesse atingi-lo com o bokken que levava bem preso a cintura. O ex-rurouni ignorou o gesto e continuou falando.
- Oro...? – Kenshin encarou Kaoru chocado – Como você pode dizer uma coisa dessas? Tudo o que aquela mulher tão gentil faz é cuidar de você...
- Kenshin, estou começando a concordar com Sano que você é um grande idiota – respondeu Kaoru – Como pode dizer que os olhares venenosos da vizinha bisbilhoteira esbanjam carinho de mãe?
- Eu não sou idiota. - disse Kenshin decepcionado com a falsa impressão que Kaoru parecia ter da pobre vizinha. – Eu sei o que acontece, a senhorita não precisa esconder. Sei que fica irritada quando falo com outra mulher, mas a senhora Utada já é de idade e...
- KENSHIN NO BAKA!
Felizmente para Kenshin, Sano segurou Kaoru antes que ela pudesse atingi-lo com o bokken que levava bem preso a cintura. O ex-rurouni ignorou o gesto e continuou falando.
A
senhora Utada se aproximou de mim pela murada que separava a
propriedade dela do dojo Kamiya e me deu um gentil bom dia que este
servo respondeu com um sorriso. Ela continuou ali parada falando sobre
assuntos do dia a dia, como o tempo e a situação do país com o novo
governo, até que percebeu o silêncio no dojo e, muito preocupada,
perguntou:
- Onde está a menina Kamiya?
Este servo respondeu que a senhorita Kaoru ainda dormia. Não tinha motivos para acreditar que já estivesse acordada levando em conta que Yahiko também dormia e é sempre ele que a acorda aos berros todas as manhãs para lembrar-lhe do treino de kenjutsu. Com a minha resposta, a senhora Utada pareceu ainda mais preocupada.
- Mas como... tem certeza? Eu mesma podia jurar que a vi saindo hoje bem cedinho.
Isso me caiu como um balde de água fria. A senhorita Kaoru não podia ter saído sem me avisar, ainda mais sozinha, com todos os perigos que rondam as ruas de Tokyo de madrugada. Ela poderia ser atacada, atropelada, seqüestrada, ferida ou centenas de atrocidades semelhantes. Foi isso que eu disse a senhora Utada. Ela sorriu.
- Quanto a isso não precisa se preocupar. – disse em tom de descaso. Certamente não teria dito nada se soubesse o quanto me afetaria, mas a senhora Utada é uma mulher muito boa e não queria me deixar pensando no pior. – Ela saiu com aquele rapaz bonito de ontem. O namorado dela, eu acho...
Aquelas palavras me desconcertaram tanto que acabei fazendo uma coisa terrível...
- Onde está a menina Kamiya?
Este servo respondeu que a senhorita Kaoru ainda dormia. Não tinha motivos para acreditar que já estivesse acordada levando em conta que Yahiko também dormia e é sempre ele que a acorda aos berros todas as manhãs para lembrar-lhe do treino de kenjutsu. Com a minha resposta, a senhora Utada pareceu ainda mais preocupada.
- Mas como... tem certeza? Eu mesma podia jurar que a vi saindo hoje bem cedinho.
Isso me caiu como um balde de água fria. A senhorita Kaoru não podia ter saído sem me avisar, ainda mais sozinha, com todos os perigos que rondam as ruas de Tokyo de madrugada. Ela poderia ser atacada, atropelada, seqüestrada, ferida ou centenas de atrocidades semelhantes. Foi isso que eu disse a senhora Utada. Ela sorriu.
- Quanto a isso não precisa se preocupar. – disse em tom de descaso. Certamente não teria dito nada se soubesse o quanto me afetaria, mas a senhora Utada é uma mulher muito boa e não queria me deixar pensando no pior. – Ela saiu com aquele rapaz bonito de ontem. O namorado dela, eu acho...
Aquelas palavras me desconcertaram tanto que acabei fazendo uma coisa terrível...
- Você matou a velha? – perguntou Saitou com os olhos fixos em Kenshin.
Kenshin lançou-lhe um olhar confuso como se fitasse uma pessoa completamente louca.
Sano o encarou divertidamente.
- Ou deu o troco a Jo-chan com a velha? Hehehehe...
- SANO! – repreendeu Kaoru. – Será que você não consegue pensar em nada que não tenha alguma depravação implícita?
- Bem... se tratando do Kenshin...
- ORO!
- Enfim, Battousai, qual foi a coisa tão terrível que você fez?
- Este servo... – Kenshin hesitou com lágrimas nos olhos – Este servo deixou cair uma meia vermelha na tina da roupa branca.
Saitou, Sano e Kaoru ficaram em silêncio, perplexos demais para responderem.
Kenshin lançou-lhe um olhar confuso como se fitasse uma pessoa completamente louca.
Sano o encarou divertidamente.
- Ou deu o troco a Jo-chan com a velha? Hehehehe...
- SANO! – repreendeu Kaoru. – Será que você não consegue pensar em nada que não tenha alguma depravação implícita?
- Bem... se tratando do Kenshin...
- ORO!
- Enfim, Battousai, qual foi a coisa tão terrível que você fez?
- Este servo... – Kenshin hesitou com lágrimas nos olhos – Este servo deixou cair uma meia vermelha na tina da roupa branca.
Saitou, Sano e Kaoru ficaram em silêncio, perplexos demais para responderem.
A
senhora Utada olhou para mim confusa. Ela finalmente percebera que
Kaoru nada me dissera sobre fosse lá com quem tinha saído àquela manhã.
- Oh... eu acho que acabei falando o que não devia... – ela disse.
- Não... – respondi – a senhora pode continuar falando, eu gostaria muito de saber quem é este homem com quem Kaoru saiu, ela pode estar em perigo...
- Ela parecia muito feliz... – respondeu ela – mas quem sou eu para julgar isso... é melhor que pergunte diretamente para ela.
Esse foi o conselho que ela me deu e que desgraçadamente não ouvi. De qualquer forma, eu não tinha cara para perguntar a senhorita Kaoru sobre seus namorados...
- Oh... eu acho que acabei falando o que não devia... – ela disse.
- Não... – respondi – a senhora pode continuar falando, eu gostaria muito de saber quem é este homem com quem Kaoru saiu, ela pode estar em perigo...
- Ela parecia muito feliz... – respondeu ela – mas quem sou eu para julgar isso... é melhor que pergunte diretamente para ela.
Esse foi o conselho que ela me deu e que desgraçadamente não ouvi. De qualquer forma, eu não tinha cara para perguntar a senhorita Kaoru sobre seus namorados...
-
O QUE VOCÊ ESTÁ QUERENDO INSINUAR COM ESSA HIST"RIA DE "SEUS
NAMORADOS"? – gritou Kaoru encostando a mão perigosamente no bokken.
- Na-Na-Nada... este servo quis dizer que não podia se meter na vida pessoal da senhorita, afinal, nós somos só amigos...
Kaoru pareceu esquecer o bokken e ficou quieta com a cabeça baixa e o olhar perdido.
Kenshin suspirou aliviado.
- Na-Na-Nada... este servo quis dizer que não podia se meter na vida pessoal da senhorita, afinal, nós somos só amigos...
Kaoru pareceu esquecer o bokken e ficou quieta com a cabeça baixa e o olhar perdido.
Kenshin suspirou aliviado.
Foi
aí que guardei toda a roupa e corri para a casa de Sano, devo salientar
que em uma das piores atitudes que já tomei na vida. Passei meia hora
batendo na porta, antes de ouvir a voz sonolenta dele vindo de dentro.
- Hoje não, Megumi. Estou cansado, vê se marca uma hora...
Este servo ignorou o que ouviu e continuou batendo até ele abrir a porta. Tinha um aspecto terrível. Os olhos estavam vermelhos e inchados, o cabelo mais desordenado que o habitual, se é que isso é possível, e as roupas que usa no dia a dia bastante amarrotadas e, palavra de quem entende do assunto, precisando ser lavadas com urgência. Provavelmente o resultado de mais uma noite de jogatina e bebedeira.
- O que você quer tão cedo, Kenshin? – perguntou ele impacientemente.
- Oro? Já são dez da manhã...
- Claro, claro... É bom ser algo importante para você vir me incomodar praticamente de madrugada...
Sano me deixou entrar e eu contei toda a história sobre o que a senhora Utada, tão inocentemente, me contara. Não poupei detalhes e garanto que em nem um momento deixei transparecer meu transtorno.
- Ora, Kenshin, você não achava que Jo-chan ia te esperar para sempre, não é? – foi a resposta de Sano.
- Oro?
- As mulheres precisam de calor humano, não vê a Raposa? Não há uma noite sequer que ela não apareça por aqui...
- A senhorita Megumi tem muitos pacientes por essa área... – eu respondi.
- Claro, claro... não passa de desculpa para me ver...
- Por que? Você esteve machucado?
- Não, a Megumi é quem acaba comigo.
Depois de algum tempo, quando eu desistira de entender o problema de Sano e finalmente consegui que ele parasse de se gabar de suas, segundo ele, inúmeras e maravilhosas qualidades muito apreciadas pelas mulheres, pedi um conselho quanto ao que fazer sobre a minha situação com Kaoru.
- A mulher é sua, você viu primeiro e se esse cara não aceita isso, a única coisa a ser feita é espanca-lo impiedosamente até que aprenda.
- Hoje não, Megumi. Estou cansado, vê se marca uma hora...
Este servo ignorou o que ouviu e continuou batendo até ele abrir a porta. Tinha um aspecto terrível. Os olhos estavam vermelhos e inchados, o cabelo mais desordenado que o habitual, se é que isso é possível, e as roupas que usa no dia a dia bastante amarrotadas e, palavra de quem entende do assunto, precisando ser lavadas com urgência. Provavelmente o resultado de mais uma noite de jogatina e bebedeira.
- O que você quer tão cedo, Kenshin? – perguntou ele impacientemente.
- Oro? Já são dez da manhã...
- Claro, claro... É bom ser algo importante para você vir me incomodar praticamente de madrugada...
Sano me deixou entrar e eu contei toda a história sobre o que a senhora Utada, tão inocentemente, me contara. Não poupei detalhes e garanto que em nem um momento deixei transparecer meu transtorno.
- Ora, Kenshin, você não achava que Jo-chan ia te esperar para sempre, não é? – foi a resposta de Sano.
- Oro?
- As mulheres precisam de calor humano, não vê a Raposa? Não há uma noite sequer que ela não apareça por aqui...
- A senhorita Megumi tem muitos pacientes por essa área... – eu respondi.
- Claro, claro... não passa de desculpa para me ver...
- Por que? Você esteve machucado?
- Não, a Megumi é quem acaba comigo.
Depois de algum tempo, quando eu desistira de entender o problema de Sano e finalmente consegui que ele parasse de se gabar de suas, segundo ele, inúmeras e maravilhosas qualidades muito apreciadas pelas mulheres, pedi um conselho quanto ao que fazer sobre a minha situação com Kaoru.
- A mulher é sua, você viu primeiro e se esse cara não aceita isso, a única coisa a ser feita é espanca-lo impiedosamente até que aprenda.
-
Outro conselho típico de Sagara... – disse Saitou lançando a Sano um
olhar reprovador. – Como se espancar e deixar o cara vivo resolvesse de
alguma coisa...
Eu,
claro, não dei maior atenção a parte do "quebrar a cara
impiedosamente", mas Sano me convenceu que seguir Kaoru seria uma boa
idéia. Quero deixar bem claro que pensei assim visando unicamente à
segurança da senhorita Kaoru.
Voltei para o dojo pensando em ficar atento se ela sairia na manhã seguinte. Segui com minhas tarefas diárias normais, embora não tenha conseguido me concentrar muito bem nelas... Kaoru, segundo Yahiko, estava dando aula no dojo vizinho e eu mal podia esperar para que ela chegasse. Quem sabe ela mesma não me dissesse alguma coisa a respeito do homem misterioso?
Acho que o que aconteceu em seguida vocês já sabem. Kaoru apareceu chorando e eu fiquei desesperado porque pensei que ela tivesse descoberto que eu sabia de tudo. Talvez tivesse falado com a senhora Utada ou, o mais provável, Sano tivesse trocado a informação por dinheiro.
Ela se trancou no quarto e eu fiquei na porta... ham... tentando me explicar. Sano chegou logo em seguida e começou a gritar que eu era um baka e que provavelmente o homem com quem Kaoru estava saindo a tinha abandonado.
Eu acho que levei menos de dez segundos pensando naquilo, pois eu sabia a única coisa que eu podia fazer. Este servo resolveu procurar o tal homem que fez Kaoru sofrer tanto e lutar para que os dois ficassem juntos. A felicidade dela era o mais importante.
Voltei para o dojo pensando em ficar atento se ela sairia na manhã seguinte. Segui com minhas tarefas diárias normais, embora não tenha conseguido me concentrar muito bem nelas... Kaoru, segundo Yahiko, estava dando aula no dojo vizinho e eu mal podia esperar para que ela chegasse. Quem sabe ela mesma não me dissesse alguma coisa a respeito do homem misterioso?
Acho que o que aconteceu em seguida vocês já sabem. Kaoru apareceu chorando e eu fiquei desesperado porque pensei que ela tivesse descoberto que eu sabia de tudo. Talvez tivesse falado com a senhora Utada ou, o mais provável, Sano tivesse trocado a informação por dinheiro.
Ela se trancou no quarto e eu fiquei na porta... ham... tentando me explicar. Sano chegou logo em seguida e começou a gritar que eu era um baka e que provavelmente o homem com quem Kaoru estava saindo a tinha abandonado.
Eu acho que levei menos de dez segundos pensando naquilo, pois eu sabia a única coisa que eu podia fazer. Este servo resolveu procurar o tal homem que fez Kaoru sofrer tanto e lutar para que os dois ficassem juntos. A felicidade dela era o mais importante.
- Você acha isso mesmo, Kenshin? – perguntou Kaoru sem olhar para ele.
- Sim... – respondeu Kenshin de cabeça baixa – Este servo faria qualquer coisa para ver a senhorita Kaoru feliz...
Sano deixou escapar uma risadinha.
- Qualquer coisa, é?
- SANOSUKE! – Kaoru gritou e o puxou pelo braço derrubando-o da cadeira.
- Sim... – respondeu Kenshin de cabeça baixa – Este servo faria qualquer coisa para ver a senhorita Kaoru feliz...
Sano deixou escapar uma risadinha.
- Qualquer coisa, é?
- SANOSUKE! – Kaoru gritou e o puxou pelo braço derrubando-o da cadeira.
Procurei
pelo tal namorado secreto da senhorita Kaoru por um bom tempo, mas não
consegui sequer uma pista. Megumi e Tae, aparentemente, não sabiam de
nada. Voltei a perguntar a senhora Utada, mas ela apenas disse que era
um rapaz adorável, porém com um vício detestável. Parece que o tal rapaz
só era visto por ela fumando...
- Vício detestável? – perguntou Saitou se controlando para ficar calmo. – O que você quer dizer com vício detestável?
Kenshin engoliu um seco.
- Sabe como são as mulheres, notam qualquer bobagem e rotulam de vício detestável... Eu, pessoalmente, acho o cigarro um hábito muito elegante...
- Sei... continue falando, antes que eu me arrependa... – disse Saitou ainda zangado.
Kenshin obedeceu.
Kenshin engoliu um seco.
- Sabe como são as mulheres, notam qualquer bobagem e rotulam de vício detestável... Eu, pessoalmente, acho o cigarro um hábito muito elegante...
- Sei... continue falando, antes que eu me arrependa... – disse Saitou ainda zangado.
Kenshin obedeceu.
No
dia seguinte, Kaoru saiu bem cedo outra vez. Este servo não podia
deixar as coisas como estavam, tinha que descobrir de uma vez por todas
quem estava deixando-a tão perturbada. Então, eu a segui.
A princípio foi fácil, mas acho que estava tão nervoso que acabei deixando com que ela percebesse minha presença. Ela parou de repente e olhou para trás.
- É você Sanosuke? – perguntou zangada. – Eu não sei porque agora você está com essa mania de me seguir, mas é melhor que volte para casa! – ela respirou fundo e recomeçou a andar, não sem antes dizer. – Eu vou fingir que não te vi e não volte a me seguir!
Eu fiquei confuso. Aquilo queria dizer que Sano tinha seguido Kaoru outro dia? Mas ele não me disse nada...
A princípio foi fácil, mas acho que estava tão nervoso que acabei deixando com que ela percebesse minha presença. Ela parou de repente e olhou para trás.
- É você Sanosuke? – perguntou zangada. – Eu não sei porque agora você está com essa mania de me seguir, mas é melhor que volte para casa! – ela respirou fundo e recomeçou a andar, não sem antes dizer. – Eu vou fingir que não te vi e não volte a me seguir!
Eu fiquei confuso. Aquilo queria dizer que Sano tinha seguido Kaoru outro dia? Mas ele não me disse nada...
- O que tem a dizer sobre isso, Sagara?
Sano olhou para os lados como se procurasse um meio de escapar, mas tudo o que encontrou foi a visão da porta trancada e as expressões interrogativas de Kenshin e Kaoru.
- Bom, eu... sabe como é... eu acho...
- Responda! – a voz de Saitou soou tão fria que foi impossível para Sano não obedecer.
- Talvez eu tenha seguido... Mas foi só uma vez!
- Não me interessa se foi uma ou dez vezes! - disse Saitou exaltado - É melhor explicar agora o porquê de não ter citado isso em seu depoimento!
- Bem, é que Jo-chan percebeu minha presença e começou a gritar feito histérica...
- EU NÃO ESTAVA GRITANDO COMO HISTÉRICA!
- Ah, sim? E o que pensa que está fazendo agora?
Sano e Kaoru estavam a ponto de se atracarem, mas Saitou os impediu com o mesmo tom de voz frio.
- Depois esclarecemos essa história... Por enquanto vamos ver como termina a versão de Battousai.
Sano olhou para os lados como se procurasse um meio de escapar, mas tudo o que encontrou foi a visão da porta trancada e as expressões interrogativas de Kenshin e Kaoru.
- Bom, eu... sabe como é... eu acho...
- Responda! – a voz de Saitou soou tão fria que foi impossível para Sano não obedecer.
- Talvez eu tenha seguido... Mas foi só uma vez!
- Não me interessa se foi uma ou dez vezes! - disse Saitou exaltado - É melhor explicar agora o porquê de não ter citado isso em seu depoimento!
- Bem, é que Jo-chan percebeu minha presença e começou a gritar feito histérica...
- EU NÃO ESTAVA GRITANDO COMO HISTÉRICA!
- Ah, sim? E o que pensa que está fazendo agora?
Sano e Kaoru estavam a ponto de se atracarem, mas Saitou os impediu com o mesmo tom de voz frio.
- Depois esclarecemos essa história... Por enquanto vamos ver como termina a versão de Battousai.
Eu
não dei ouvidos ao apelo de Kaoru. De qualquer maneira, ela mandou
embora o Sano e não a mim... Vi quando entrou em uma rua escura e só
então percebi que carregava um pequeno pacote consigo. Ela parou em
frente a uma casa e começou a olhar nervosamente para os lados, parecia
preocupada. Claro, preocupada se o homem do encontro viria ou não...
Passaram-se cerca de trinta minutos até que ele apareceu. Era alto, tinha os cabelos negros, curtos e a pele morena, usava um bigode exagerado e uma barba rala. A julgar por seus modos e roupas, um terno de um verde muito vivo, eu diria que era ocidental. Um homem extremamente feio.
Passaram-se cerca de trinta minutos até que ele apareceu. Era alto, tinha os cabelos negros, curtos e a pele morena, usava um bigode exagerado e uma barba rala. A julgar por seus modos e roupas, um terno de um verde muito vivo, eu diria que era ocidental. Um homem extremamente feio.
- Feio? – perguntaram ao mesmo tempo Kaoru e Saitou, ambos parecendo contrariados.
- Ele tinha aquele bigode enorme... – disse Kenshin. – E um péssimo gosto para roupas.
- Eu acho que ele se vestia muito bem. – disse Kaoru.
- Hunf! Os ocidentais têm muito bom gosto para roupas. – completou Saitou.
- Estranho você defender esse cara, Saitou... – disse Sano fingindo desinteresse.
O policial esfregou as mãos nervosamente.
- Pois saiba que não se deve criticar o bom gosto de um homem! Agora calem a boca e deixem Battousai terminar de dizer o que sabe de uma vez por todas!
- Ele tinha aquele bigode enorme... – disse Kenshin. – E um péssimo gosto para roupas.
- Eu acho que ele se vestia muito bem. – disse Kaoru.
- Hunf! Os ocidentais têm muito bom gosto para roupas. – completou Saitou.
- Estranho você defender esse cara, Saitou... – disse Sano fingindo desinteresse.
O policial esfregou as mãos nervosamente.
- Pois saiba que não se deve criticar o bom gosto de um homem! Agora calem a boca e deixem Battousai terminar de dizer o que sabe de uma vez por todas!
Kaoru
e o homem entraram em um restaurante e eu os perdi de vista. Na
verdade, eu quis perde-los de vista... Ela parecia tão feliz... Eu não
queria atrapalhar... Bom, no dia seguinte resolvi voltar aquele
restaurante, só para ter certeza de que estava tudo bem. Encontrei Kaoru
na porta, com as roupas sujas e rasgadas, os cabelos desordenados e o
rosto muito pálido.
Entrei correndo no lugar e Kaoru me seguiu. O cara estava sentado em uma mesa, rindo enquanto assistia a um espetáculo realizado por um grupo de mulheres de aparência muito suspeita. Em suas mãos, uma fita azul que eu conhecia muito bem, pertencia a Kaoru.
Naquele momento tudo em que pude pensar foi que ele fizera mal a ela e precisava pagar. Avancei para cima do cara feito louco e felizmente a senhorita Kaoru me tirou de lá ou eu teria espancado o desgraçado até a morte.
Entrei correndo no lugar e Kaoru me seguiu. O cara estava sentado em uma mesa, rindo enquanto assistia a um espetáculo realizado por um grupo de mulheres de aparência muito suspeita. Em suas mãos, uma fita azul que eu conhecia muito bem, pertencia a Kaoru.
Naquele momento tudo em que pude pensar foi que ele fizera mal a ela e precisava pagar. Avancei para cima do cara feito louco e felizmente a senhorita Kaoru me tirou de lá ou eu teria espancado o desgraçado até a morte.
Kaoru
e Sano se voltaram para Saitou que estava tendo uma crise de riso
jamais testemunhada por nenhum deles e, desconfiava Kenshin, por nenhuma
outra pessoa.
- O Saitou está bem? – perguntou Sano.
- Ele parece mal... – respondeu Kaoru tratando de se afastar.
- Saitou...
Kenshin tão pouco entendia a reação do outro...
- Você espancando alguém até a morte...? – A pergunta de Saitou foi seguida por nova risada. – Ainda mais um policial...
Kaoru deu um passo em direção a Saitou.
- Eu não me lembro de ter dito que ele era policial...
Saitou recuperou rapidamente a compostura e voltou a exibir a costumeira expressão irritada.
- Eu sou da polícia, sei quando há um homem da lei envolvido em situações como esta! Claro, não foi culpa dele...
- Sei não... – disse Sano. – Você defende muito o tal cara, estou começando a desconfiar...
- Não há nada para desconfiar! - Saitou exclamou, em seguida olhou para Kaoru. - E então, Kamiya-san... Vai finalmente nos dizer quem era o seu amigo misterioso?
Kaoru ocupou novamente a cadeira de antes e falou decididamente:
- Sim, falarei tudo o que sei, vamos acabar logo com isso.
Sano e Kenshin também voltaram a seus lugares para ouvir o que Kaoru tinha dizer. Enfim tudo seria esclarecido.
- O Saitou está bem? – perguntou Sano.
- Ele parece mal... – respondeu Kaoru tratando de se afastar.
- Saitou...
Kenshin tão pouco entendia a reação do outro...
- Você espancando alguém até a morte...? – A pergunta de Saitou foi seguida por nova risada. – Ainda mais um policial...
Kaoru deu um passo em direção a Saitou.
- Eu não me lembro de ter dito que ele era policial...
Saitou recuperou rapidamente a compostura e voltou a exibir a costumeira expressão irritada.
- Eu sou da polícia, sei quando há um homem da lei envolvido em situações como esta! Claro, não foi culpa dele...
- Sei não... – disse Sano. – Você defende muito o tal cara, estou começando a desconfiar...
- Não há nada para desconfiar! - Saitou exclamou, em seguida olhou para Kaoru. - E então, Kamiya-san... Vai finalmente nos dizer quem era o seu amigo misterioso?
Kaoru ocupou novamente a cadeira de antes e falou decididamente:
- Sim, falarei tudo o que sei, vamos acabar logo com isso.
Sano e Kenshin também voltaram a seus lugares para ouvir o que Kaoru tinha dizer. Enfim tudo seria esclarecido.
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