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[Harry Potter] Vidas Conturbadas 2 - Capítulo 2, escrita por Miaka-ELA

Capítulos: 1 2 3 4 (completa)
Autora: Miaka-ELA
Fandom:Harry Potter
Gênero: Romance, Drama
Classificação: 14 anos
Status: Completa
Resumo: Um sólido relacionamento pode ser abalado por um grande segredo? Serão capazes de superar mais este obstáculo?

Capítulo 2

Draco tinha acabado de voltar de uma missão. Estava cansado. Simas foi em sua direção porque queria falar com ele. Draco estranhou, pois nunca houvera muita conversa entre eles.

- Quem diria, Malfoy? Fiquei surpreso com a grande novidade. Fico fora três anos e quando volto fico sabendo que está casado com a Weasley.

- Sim, Simas, eu e Gina somos casados. A rivalidade de família é coisa do passado. Uma bobagem de meu pai.

- É melhor cuidar bem dela. É uma grande amiga minha. Se algum dia a magoar...

- Cuidarei, não tenha dúvidas disso. E se são tão amigos como diz ser, apareça para vê-la e conhecer nosso casal de gêmeos.

- Verei o que posso fazer.

Depois da breve conversa, Simas saiu dali deixando para trás um loiro intrigado.

Simas aparatou em seu apartamento. Estava decidido, tinha que ter sua Gina de volta. Não agüentava mais ficar longe dela. Sentado no sofá, começou a se lembrar do dia da separação.

INÍCIO FLASHBACK

Fazia pouco tempo que os pais de Gina tinham falecido na guerra. Não estava sendo nada fácil para ela enfrentar aquela situação. Estava sempre triste, sozinha, e chorava muito.

Ela estava no apartamento dele, um lugar aconchegante onde eles não seriam interrompidos por ninguém. Ela tinha os olhos vermelhos, estava abraçada a ele.

- Simas, você está com uma cara horrível. Vamos lá, diga logo o que tem de me dizer. Para você estar assim, deve ser algo muito grave.

- Ah, nem sei por onde começar, meu amor - disse ele, beijando-a na testa - Acontece que eu vou ter que me ausentar do país.

- O quê? Como assim? - exaltou-se Gina.

- Depois da guerra, ainda restaram muitos outros comensais. Descobrimos que alguns estão na Irlanda, na cidade de Dublin. Fui enviado para lá para pegá-los. Se fosse só por isso, querida, eu recusaria. Mas ontem recebi uma coruja de meus pais. Eles estão muito mal, com uma doença rara e sem cura. Se eu não ficar perto deles neste momento, jamais me perdoarei.

- Tudo bem, mas eu não quero ficar sozinha. Também estou sofrendo muito pela perda de meus pais. Eu não me importo de vivermos juntos por lá e assumirmos nosso relacionamento. Não quero ficar longe de você. Eu te amo muito, Simas.

Ele se arrepiou todo com o que escutou. Era como se fosse a primeira vez que trocavam juras de amor. Ela mexia muito com ele. Mas ele sabia que precisava ser forte, não podia fraquejar.

- Escute bem o que tenho a dizer, Gi. Eu te amo muito e é por isso que me foi tão difícil tomar essa decisão.

- Que cara é essa? Você está me assustando. Pode parar, eu não quero mais ouvir - disse ela, afastando-se dele.

Ele a puxou forte para si.

- Eu vou sozinho. Se você for comigo vai estar em grande perigo. Já será um risco os comensais de lá poderem ir atrás de meus pais quando notarem que eu os estarei perseguindo. Se você, o amor da minha vida, também fosse, e eles desconfiassem...não quero nem pensar no que poderiam te fazer. Por isso quero que você fique. Ao lado de seus irmãos estará mais segura.

- Não! Eu não aceito isso, não quero que terminemos assim.

Ele passou a mão suavemente pela face dela, como se buscasse guardar em sua mente o último momento em que estariam juntos.

- Eu não quero que você me espere porque eu não sei quando volto. Um dia você vai me entender. É por te amar tanto que eu estou indo embora.

- Eu já disse pra você parar, seu irlandês miserável!

- Eu te amo Gi, pra todo o sempre.

- Não faz isso comigo... conosco...

Simas a calou com um beijo intenso, o qual foi correspondido. Depois eles se separaram. Ela estava tão transtornada que aparatou de lá sem dizer mais nada. stava terminado. Primeiro seus pais, agora seu grande amor. Não lhe restava mais nada. E fora naquele exato momento, ao chegar de madrugada na mansão Weasley, que ela ficara na beirada da janela do terceiro andar enquanto Simas partia para sempre de sua vida.

FIM DO FLASHBACK

Quando Simas deu por si, perecebeu que já tinha passado um pouco da hora da janta. Decidiu que era hora de falar novamente com a ruiva. Aparatou em frente à mansão Malfoy. Bateu na porta e foi atendido pelo elfo-doméstico Dobby que o reconheceu de imediato.

- Menino Simas Finnegan - disse o elfo dando pulos de alegria.

- Olá, Dobby! Vim ver Gina. Ela está?

- Sim, sim. Entre e espere na sala, vou chamá-la.

Dobby aparatou no quarto dos gêmeos, onde Gina velava pelo sono deles. Levou um susto quando soube da visita. Deixou o elfo ali, olhando os filhos dela enquanto descia as escadas.

Simas e Gina estavam ficaram um de frente ao outro sem dizer nada, com a lareira ao fundo. Então ela rompeu o silêncio.

- Si...Simas, o que está fazendo aqui?

Ele se aproximou mais dela e passou a mão pelo seu rosto de forma carinhosa.

- Onde está Draco?

- Resolvendo uns assuntos com Rony, no Ministério.

- Ah, que bom. Assim teremos mais privacidade.

Ela se afastou dele, ficando com os braços cruzados.

Ele sentou-se no sofá e ela ficou a seu lado.

- Eu não vim aqui me desculpar por aquele beijo no hospital, Gi. Vim apenas para esclarecer mais as coisas.

- Como assim? Você terminou comigo, foi embora, fim! Não temos mais nada o que conversar.

- Arf, sua cabeça dura. Eu quero te contar como foi tudo lá na Irlanda. Eu preciso falar, senão eu não sossego. Devo isso a você.

Draco já tinha chegado, mas eles não notaram. O loiro estava quieto em um lugar próximo, vendo-os. Sentia que daquela maneira finalmente iria descobrir a verdade, o que Gina tanto lhe escondia. Sabia que era errado espiar, mas não via outra opção.

- Está bem, mas ande logo - disse Gina sentindo que seu coração disparava. Ela não queria ser grosseira com ele, ainda o amava. Nunca o esquecera.

- Eu fui para Dublin. Investiguei muito até conseguir pegar todos os comensais. Não foi fácil, as lutas eram terríveis, em algumas eu achei que ia morrer. Mas aí eu me lembrava de você, tirava forças disso. Ao mesmo tempo procurava estar junto a meus pais. Não foi fácil vê-los sendo corroídos por aquela doença, definhando a cada dia.

Ela ouvia tudo atentamente.

- Até que chegou um momento em que eles se foram. Sofri tanto, por pouco não abandonei a missão para buscar conforto em seus braços, minha ruiva. Sim, eu sofri tanto quanto você.

- Pois agora, Simas, é você que vai me ouvir. Naquele dia terrível em que você foi embora, eu comecei a me afundar de vez. Voltei para casa e fiquei me equilibrando da janela do terceiro andar, sem pensar nas conseqüências. Ah, também me entreguei à bebida e pulei do nosso precipício. Bom, isso tudo é apenas um resumo. Mas quer saber? Foi aí que Draco entrou na minha vida, e foi maravilhoso.

Draco se segurou para não rir da língua ferina de sua esposa.

- Ai, meu Deus, Gina, eu não tinha idéia disso. Eu não queria que você...

- Basta! Eu amo o Draco. Ninguém nunca fez tanto por mim como ele...

Simas se cansou de tudo e sem deixá-la terminar a frase, puxou-a para si e lhe deu um beijo intenso e sôfrego, sendo totalmente correspondido por ela. Logo ele deitou em cima dela.

Draco começou a sair de onde estava, tencionando bater em Simas. Mas parou ao ver que Gina o empurrava e começava a chorar.

- Eu amo muito o Draco, Simas, mas eu também te amo. Nunca te esqueci.

Ele enxugou as lágrimas dela.

- Eu sabia. Seus olhos não me enganam, ruiva. Deixa o Draco, vem embora comigo.

- Eu não posso, entenda isso.

- Mas você disse que ainda me ama.

- Chega, vá embora, Simas. Pare de me confundir.

Ele se levantou.

- Está bem, mas eu voltarei e não aceitarei essa sua indecisão. Vou querer uma resposta definitiva.

Draco aparatou de lá o mais rápido possível. Foi para um precipício. Ficou ali uns vinte minutos, pensando no que ia fazer. Suas atitudes tinham que ser firmes ou perderia sua amada.

Finalmente entendia o que acontecera. Simas fora um grande amor dela, mas ele não queria perder aquela luta e não estava disposto a entregá-la sem mais nem menos. Estava decidido.

Como Draco saíra antes, não viu quando Gina segurou Simas pelo braço, impedindo-o de ir embora. Ela o puxou e eles voltaram a se se deitaram no tapete em frente à lareira. Ele tirou a blusa e abriu o zipper da calça. Gina já estava só de roupa íntima. Ambos estavam ansiosos. Nunca haviam tido uma noite juntos.

Já exploravam os corpos um do outro, até que Gina se afastou. Não podia. Por mais que quisesse. Simas a abraçou forte, entendendo que ela não queria ainda. Respeitaria a sua vontade. Levantou-se, pegou sua blusa e aparatou de lá.

Draco voltou para casa e encontrou Gina dormindo. Achou melhor, não queria pressioná-la. Preferia que ela dissesse tudo quando se sentisse à vontade para fazê-lo. Mas o irlandês era outra história, ia pegá-lo de jeito, no melhor estilo Malfoy.

No dia seguinte Draco recebeu um tratamento bastante carinhoso por parte de Gina, portanto não pretendia culpá-la pelo fato de Simas ficar atrás dela. Gina sorria para ele, estava feliz e protegida em seus braços.


N.A.: Eis o segundo capítulo. :) Obrigada a Anita por acompanhar a fanfic.



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