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[Sailor Moon] Cada Vez que nos Encontramos, Cada Vez que nos Separamos - Capítulo 7, escrita por Anita

Autora: Anita
Fandom: Sailor Moon
Gênero: Comédia romântica, Realidade alternativa
Classificação: 14 anos
Status: em andamento
Resumo: Usagi/Mamoru. Usagi está na faculdade e acaba de terminar com Seiya, seu primeiro namorado de toda a vida, quando decide aceitar um emprego de meio período no bar de seu amor de adolescência, Motoki. Entre os desafios dessa aventura, o passado decide reaparecer na sua frente, especialmente quando o homem que mais a atazanava retorna a Tóquio, Mamoru. Ela percebe então um conflito entre o que sente por Seiya e por Mamoru. A história também vai explorar os romances de cada uma das senshi! 

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Olho Azul 20 Anos Apresenta:

Cada Vez que nos Encontramos,
Cada Vez que nos Separamos


Capítulo 7 — Amor e Amantes

  Um alarme dentro de Usagi urgia que ela pulasse do banco daquele parque.

  Era relativamente tarde já e havia pouco movimento ao redor, ou melhor, nenhum movimento além dela própria e seu acompanhante no pequeno parque, de modo que o fato de ela ter primeiro parado de respirar e depois começado a fazê-lo com força não passou desapercebido ainda que Mamoru continuasse com a cabeça em seu ombro.

— Espera, casamento arranjado? — perguntou ela, como se duvidasse de seus ouvidos. Queria manter-se calma, era só um caso o que eles tinham, e aquela novidade não lhe dizia respeito. Não era como se ele tivesse acabado de revelar alguma esposa escondida com dez filhos.

— Pois é... — Mamoru confirmou. Para decepção de Usagi, ele ajeitou o corpo no banco, não mais se repousando sobre seus ombros. — Também fiquei surpreso. Digo, essa pessoa me ajudou muito quando eu estava em Nagasaki. Logo que comecei, ele foi algo como meu tutor lá, mas pouco depois recebeu uma bela promoção na empresa. Nisso me prometeu que me traria de volta à capital assim que desse. Ele cumpriu, e agora parece querer continuar a me “promover”. Como ele não tem filhos, a esposa morreu e ele já tinha vendido a própria empresa para essa, ele ficou com algumas ações e ficou encarregado de Kyushu. Eu não fazia ideia de nada disso, muito menos de que ele fosse um acionista, até vir para Tóquio e nos reencontrarmos.

— E agora ele tá oferecendo a filha? — Ela precisava pensar se excluindo da situação. Ela nem era parte da situação. — Isso soa muito bem, né?

— Não seria um casamento para agora, ela ainda tá fazendo faculdade e tudo, mas ficaríamos noivos ou algo assim. Bem, ainda não conversei diretamente com ele sobre o assunto, já que ele é bastante ocupado e vive fora em viagens de negócios.

— Fico feliz por você.

— Usagi, ainda não está claro que eu não quero isso?

  Ela o olhou de volta, tentando não transparecer suas emoções.

— Aliás — Mamoru continuou —, quem me entregou os dados dessa moça foi meu superior. E aí já sei que amanhã todo mundo já saberá. Se antes as pessoas já não me suportavam, agora que acharão que eu tenho “costas quentes”... Olha a sua cara como ficou? Imagine eles! Acho que preferiam que um deles houvesse sido promovido ao meu cargo e não que trouxessem alguém de fora.

— Oh... — Usagi sentiu-se mal, pois não fazia ideia de como aconselhá-lo naquela situação. Seu problema atualmente se resumia a um namorado que queria dormir com ela e ao fato de ela não se sentir mais atraída por ele. Ela nem sequer estava pensando muito na busca por empregos, período que deveria começar logo logo. Como alguém assim poderia aconselhar um homem já formado como Mamoru, quem vinha sofrendo um nível alto de rejeição no emprego e agora teria que se casar contra sua vontade?

  Mamoru mexeu-se mais uma vez a seu lado, e o cheiro de seu xampu dançou em suas narinas para mostrar que ele não apenas havia se aproximado, como sua cabeça estava mais baixa, mais próxima à própria linha dos olhos de Usagi. Ao pensar assim, ela se virou para o moço e notou que essa proximidade era ainda maior do que havia imaginado.

— Enquanto eu não consigo pensar em nada, posso te beijar? — perguntou ele, com os olhos brilhando, fixos nos dela.

— Aqui? — Então, lembrou que não havia realmente ninguém no parque. Talvez dos prédios ao redor pudessem ser vistos, mas... Aqueles lábios bem ao seu alcance valiam a pena.

  Então, Mamoru a beijou com intensidade. Não o fazia rápido, não o fazia brusco, mas o fazia como se conseguisse ver tudo por dentro de Usagi. Contou os dias desde seu último beijo, mas o número parecia muito baixo para toda a vontade de mais que o corpo de Usagi externava no momento. Fazia a noite com Seiya parecer haver apenas sido um pesadelo, parte da vida de outra pessoa. Sabia que ao terminarem ali, Usagi voltaria a essa outra vida, da pessoa que era ela mesma, que era naquele momento que ela era outra, a pessoa que podia ser beijada por Mamoru.

  Um bipe os interrompeu e, após alguns mais, Mamoru se afastou. Era seu celular. Usagi não resistiu ao impulso de ver quem ligaria àquela hora da noite: alguma outra amante? Mas não conseguiu ler antes de ele atender a ligação.

  Ela ficou fingindo não prestar atenção, mas se perguntando o que poderia ser.

— Era Motoki — disse Mamoru, ao encerrar a chamada. Depois, levantou-se do banco sem explicações.

— Ué, será que ele precisa de mim? — Usagi perguntou distraída.

— Por que ele me ligaria se fosse isso, sua cabeça de vento? — Mamoru deu-lhe um leve tapa na cabeça, como se estivesse repetindo o apelido. — Vamos, que táxis não vão entrar no parque para buscar a princesa do mundo da lua. E eu preciso pegar o trem.

  Um sorriso bobo emergiu nos lábios de Usagi, enquanto ela se levantou e apertou o braço de Mamoru.

— Por que tá me segurando? — Ele olhou curioso para ela.

— Por que não vamos juntinhos no trem até lá? Prevejo muitos táxis na frente da estação do Drunken Crown.

  Quando estava já certa de que ele recusaria a proposta de andarem agarrados assim, como se fossem namorados, Mamoru apenas virou o olhou e a puxou em direção à estação.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Mamoru entrou no bar já suspirando de desânimo. Era ruim ir lá e não poder esperar encontrar-se com Usagi, já que acabara de deixá-la para trás na estação dali, cheia de homens cansados usando terno. Em pensar que era para ela estar trabalhando hoje, como a mesma confessara no caminho, e ele causara sua desistência, mas havia qualquer outra razão que ela não detalhara, resumindo-se a estar se sentindo bem.

  Havia pouca gente se comparado ao movimento de sábado à noite. Motoki estava conversando com um homem familiar, Mamoru com certeza já o vira ali antes, sua roupa de trabalho contrastava bastante com os cabelos ruivos e um tanto longos, o que deixava uma impressão.

— Ah, Mamoru! — Motoki o cumprimentou, um sorriso aberto no rosto incompatível com o desespero de momentos antes ao celular.

  O homem também se virou e fez um breve cumprimento.

— Masato, esse aí é meu amigo de que tinha te falado.

  Mamoru se apresentou rapidamente, por não haver dúvidas de que Masato parecia ter pressa.

— Eu tenho um compromisso agora, por isso, não poderei ficar mais — desculpou-se Masato, curvando um pouco o pescoço para frente. — Confio o Motoki a você, então!

— Ah, claro. — Mamoru ergueu as sobrancelhas e voltou-se para o amigo, que já o servia um copo enorme com cerveja espumante.

— É por conta da casa, claro.

— Motoki, a emergência era...

— Vamos, senta e bebe um pouco comigo. — Motoki mostrou abaixo no balcão que ele também tinha um copo.

— Eu também não posso ficar muito, trabalho amanhã cedo. — E seu plano era de já estar dormindo havia tempos, por isso sua cabeça estava estalando com o esforço extra.

  O outro fez um bico de decepção, sussurrando algo como “poxa” e batendo as mãos do lado do corpo.

— Precisa de alguma ajuda, Motoki? — Uma jovem alta que sempre estava ali nos finais de semana perguntou. Mamoru já tinha se esquecido do seu nome, mas se lembrava de que Motoki já lhe havia comentado de aquela ser seu braço direito no bar.

— Ah, tá tudo bem! Você já conhece o Mamoru, né?

— Claro, seu melhor amigo. — A moça virou os olhos, mas virou-se com um sorriso aberto. — É bom revê-lo, Mamoru! Infelizmente, a Usagi não está hoje aqui. Então, se precisar de alguma coisa, é só me pedir! — E saiu para atender outro cliente, sem explicar por que ligava Usagi a ele. Usgai não teria saído contando para todos de seu trabalho sobre eles, né?

— Ela é uma boa garota... — dizia Motoki distraído.

  Mamoru tomou o primeiro gole da cerveja enquanto folheava o cardápio. Não estava com fome após ter que empurrar pela garganta as bolinhas de polvo requentadas da loja de conveniência. Talvez devesse comprar um aparelho para fazer em casa mesmo e nunca mais precisar comer aquele pacote úmido e nojento sempre que Usagi dissesse estar a fim de bolinha de polvo.

— Motoki, qual é o problema, afinal? — Mamoru disse com a voz contida.

  O homem à sua frente soprou para cima, fazendo suas franjas voarem.

— Lembra da Reika?

— Claro. — Mamoru lembrava bem como a mesma Reika, ex-noiva do Motoki forçara um passo atrás na relação dos dois após ir estudar na África. E depois, ela resolveu ficar lá mesmo e se casar com alguém que não era Motoki.

— Bem, ela voltou.

— Um dia teria que voltar, né? Já somos grandinhos demais para achar que ver uma ex é o fim do mundo, Motoki...

— É que não é só isso, Mamoru. Ela tá separada do marido, e a gente tem se encontrado de novo.

  Ele ergueu a cabeça na direção do amigo, enfim, prestando total atenção à conversa.

— Em que sentido? — perguntou lentamente.

— Naquele em que os pais dela não gostariam. — Havia um início de sorriso com a frase, mas Motoki pareceu lembrar o desespero mais uma vez e aquilo virou uma careta de nervoso.

  Um som de estilhaço os interrompeu no mesmo momento. Os dois se voltaram para a moça alta. Ela já estava se apressando para recolher os cacos de um copo cheio de bebida que ela havia deixado cair.

  Motoki correu até ela, quase uma repetição de quando Usagi fizera o mesmo, mas agora ele parecia repelido com muito mais ênfase. Mamoru franziu com a cena, mas decidiu não comentar com o amigo que o melhor era olhar melhor as moças que o rodeavam em vez de ficar com a cabeça virada para trás.

  A hora seguinte se passou entre descrições de como ele reencontrara a ex e frases curtas em que Mamoru lembrava-o de como aquele relacionamento nunca funcionara como deveria, sabendo que o amigo era bom demais para suspeitar que pessoas pudessem machucá-lo.

  Ao final, olhou seu relógio e se levantou para sair. Odiava saber que Motoki estava se metendo em um problema, mas ele próprio tinha que cuidar dos seus. Mas antes de se despedir, Mamoru deixou clara sua frustração por Motoki não lhe dar ouvidos.

  Após subir as escadas de volta à estreita rua onde se encontrava o prédio do bar, Mamoru inspirou o vento frio da noite. Os dias já haviam esquentado bastante, mas as noites ainda pareciam ser de inverno naquele início de abril. Mesmo assim, decidiu ir andando até sua casa, a uma estação dali, ou até menos, considerando a distância até seu prédio, não lhe custaria mais que trinta minutos, imaginava.

  Ainda irritado com o amigo, passou a comparar aquilo com sua própria situação. Seu caso com Usagi era ainda mais certo de dar errado: ela nem sequer estava disponível para início de conversa. E agora ainda havia o casamento que seu superior e mentor, a quem devia muita gratidão, queria lhe arranjar com a filha, quem nem à foto havia dispensado maior atenção, mas que certamente se importaria se o noivo possuísse uma amante. Mamoru poderia ser demitido, e essa nem era a pior das hipóteses. Então, teria que terminar o caso? Ou esperaria, como vinha fazendo até então, que a própria Usagi se acertasse com o namorado e o dispensasse de vez?

  Pensou em entrar em um templo xintoísta escondido pouco mais de cinco minutos do bar e pedir por um pouco de paz de espírito. Mas pensando melhor, sua indecisão residia em um caso com uma mulher comprometida e um casamento por interesse em não ser demitido. Deus nenhum teria paciência com aquele assunto, por isso, continuou a andar em frente.

  Foi quando viu um homem familiar. Era o amigo de Motoki, Masato, que conversava com uma jovem de cabelo curto em um banco no ponto de ônibus. Então, aquela mulher era seu compromisso? Não podiam estar esperando ônibus algum àquela hora da noite. Considerou cumprimentá-lo, mas percebeu que apenas interromperia seu momento com a moça.

  Não conteve um suspiro irritado, percebendo que não fosse a burrice de Motoki ao se envolver com quem já não dera certo antes, talvez Usagi e ele ainda estivessem assim no parque perto de seu prédio. Agora com rancor, pensou até em dar meia volta e interromper o amigo de Motoki.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  A verdade era que Usagi estava genuinamente animada para o encontro com Seiya. Todos os dias vinham sendo complicados, cheios de culpa, mas desde ouvira sobre o provável casamento arranjado de Mamoru, ela passou a encarar aquilo como um aviso para que ela ao menos se esforçasse naquele relacionamento. E, pensando bem, ela havia pedido um tempo, mas quando Seiya mencionara terminarem, Usagi percebera que ainda não estava pronta para tanto. Gostava demais da companhia dele e não teria qualquer outro motivo para mantê-lo em sua vida. Isso era amor ou algo assim, né?

  Outra razão para aquele encontro poder ser mais bem encarado que os anteriores era ela não estar sozinha. A pedido de Minako, Usagi combinara com Seiya de chamar um amigo intercambista chamado Yaten e, à moda americana, eles teriam um encontro duplo. Apesar de haver chegado ao Japão ao mesmo tempo em que Seiya, Yaten conseguira estender seu mestrado e ainda teria entre seis meses e um ano para encontrar um emprego.

  Era verdade que Usagi não se sentia confortável quando o namorado estava com amigos, pois eles sempre começavam a falar em inglês, inclusive com ela, como se entendesse mais que um oi. A sensação de o namorado, quase um japonês, virar outra pessoa em seu ambiente com intercambistas piorava a cada saída daquelas. Contudo, ali não estariam bem num passeio intercambista, apenas se divertindo entre amigos. E sua relação com Seiya não era mais a mesma das outras vezes em que o vira com estrangeiros. Ademais, a garantia de que Seiya não esticaria aquela chance residia na promessa que forçara de Minako a nunca a abandonar: voltariam juntas.

  Yaten Heel a esperava em um ponto de encontro na própria universidade, de lá os dois seguiram juntos para a estação onde encontrariam Minako e Seiya. De cabelos claros quase cinzentos e olhos verdes, Yaten parecia ainda menos asiático do que Seiya, mas Usagi já ouvira que ele também era mestiço de alguma forma. Ela não fazia ideia de qual. Seguiram em silêncio até o local onde o namorado já a esperava.

— Onde está a Minako? — Usagi virou a cabeça para todos os lados.

— Atrasada, né? — Seiya sorriu, claramente acostumado com aquele padrão de comportamento.

  Após alguns minutos mais, Minako apareceu, apressando-os a seguirem para o pequeno café onde planejavam passar aquela tarde de segunda-feira.

  Usagi olhou para Seiya a seu lado e constatou que, sem o terror de que poderia ter que se deitar com ele, apenas com a perspectiva de passar um tempo amigável, ela realmente gostava de estar com ele. Seiya era seu amigo, seu companheiro. Inclinou um pouco a cabeça até seu ombro, um movimento que passara despercebido para os dois outros, mas que fizera com que Seiya se voltasse para ela e lhe mostrasse um sorriso. Usagi o devolveu.

  Talvez não precisasse de muito esforço. Mamoru se casaria com a filha do acionista lá, e Usagi poderia ficar bem com seu próprio namorado. Com o tempo, toda a confusão se ajeitaria silenciosamente.

  Sentiu o celular vibrar em sua mão. Seiya, também notando, ergueu as sobrancelhas e esticou a cabeça para o visor. Isto não era bom, se fosse Mamoru, não havia como explicar aquilo. Usagi teria que ignorar e inventar uma desculpa boa. Algo como ser um cara chato que obrigara trocar com ela os números no bar? Não, havia uma regra implícita para eles nunca fazerem isso e Motoki estava sempre de olho. Ademais, se Seiya lesse o nome de Mamoru no visor, talvez o reconhecesse de conversas passadas.

— Não vai atender? — perguntou seu namorado.

— Ah, é. Quem será, né? Mas é melhor atender sem ver antes que desistam, já demorei tanto! — disse a primeira desculpa que surgiu e abriu com toda a velocidade o telefone.

  Um som de choro.

“Usagi?” era uma voz feminina.

  Foi um indelicado, mas ela suspirou aliviada. A esta altura percebeu que todos haviam parado para esperar que terminasse a ligação, mas não podia. Era Naru, e ela soava péssima, pedindo para encontrá-la.

  Desligou o celular e se curvou apologética para Seiya.

— Eu sinto muito, eu tenho que ir...

— O que houve, quem era? — perguntou ele consternado.

— Naru, aquela moça do bar.

  Ele assentiu. Então, voltou-se por um momento de hesitação para Yaten e, tornando a encarar Usagi, ele suspirou.

— Eu vou contigo. E pode deixar, desta vez ficarei longe enquanto vocês conversam. — Estendeu a mão para ela. — Yaten, confio a Minako a você!

— Ah, claro, — respondeu o estrangeiro, olhando desconfiado para sua acompanhante, que no momento sorria aberto.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Usagi havia acabado de pôr a bandeja em uma das mesas do restaurante de sua faculdade quando seu celular começou a vibrar em sua bolsa, colocada na cadeira ao lado. Minako a olhou com uma expressão cheia de malícia, insinuando que fosse Seiya. A moça pegou o celular da bolsa pensando em dois dias antes, quando o namorado tão somente a acompanhara até a estação, onde Naru dissera que a encontraria. Depois, ela os levara a um café muito mais caro que o que já estavam antes para o encontro duplo, dizendo que pagaria por eles. Usagi dissera enfática que Seiya nem se sentaria com elas, mas Naru insistira. Seu rosto estava bastante abatido e não era por menos.

  Usagi enfim conseguir pescar o aparelho da bolsa e percebeu que havia uma ligação perdida de Mamoru.

  O nome agora parecia vindo de outra dimensão, tanto havia acontecido desde o beijo que trocaram no parque. Principalmente agora que ele havia revelado os planos de se casar. A descoberta havia posto um futuro ponto final na relação, sem dúvidas, só não tinha como saber a partir de quando. Mas ver como Naru estava talvez houvesse trazido esse ponto para um tempo mais próximo, o qual Usagi desejava que pudesse ser naquela segunda.

  Naru havia visto Masato quando saíra naquele mesmo dia para fazer compras com a mãe. Ele estava almoçando com uma jovem, a mesma que ela já vira antes, mas também lhe segurava a mão e parecia bastante entretido com o assunto. Segundo Naru, nem mesmo no início do namoro ela já havia conseguido prender sua atenção por tanto tempo. Depois que o viu, Naru não sabia como havia escapado da mãe, nem sequer se lembrava de haver entrado no restaurante, mas sua mente ainda era capaz de repetir as palavras que os garçons de lá haviam usado para saber o que ela desejava, se a senhorita ia se encontrar com alguém. Naru os tinha ignorado e apenas andou até Masato e lhe puxou a mão possessivamente. “Por favor, devolva-o para mim,” gritara para a mulher de cabelos bem curtos e roupas brancas, que a encarava espantada. Ela não sabia de Naru? Quando esse pensamento lhe ocorreu, em como talvez Masato também estivesse traindo aquela mulher, Naru largou a mão do noivo e disse: “Então, fique com ele” antes de sair da cena sem chorar uma gota na frente dos dois.

  Enquanto pensava no relato da amiga, ainda com o celular na mão, Usagi recebeu uma mensagem e nem precisava ver o remetente. “Celulares são para ser atendidos, cabeça de vento. Vamos nos ver agora.”

— Tá tudo bem, Usagi? Era aquela sua amiga?

  Minako havia ligado segunda pela noite para saber o que tinha feito Usagi sair do encontro duplo daquele jeito, bem como para contar como seu encontro com Yaten havia transcorrido bem. Na verdade, Usagi já sabia dessa última parte. Seiya havia ligado para Yaten antes de se despedirem após a conversa com Naru e com isso soube que Minako fora a única a falar o tempo todo e também que Yaten preferia que mais gente houvesse sido chamada se era para ser abandonado no meio do café. Ou seja, apenas Minako havia tratado tudo como um encontro, mas ela não precisava saber. Agora, ela a olhava, tentando ler o celular, apesar de estar longe demais para isso.

— Era — mentiu Usagi. Por alguma razão, não conseguira até hoje contar a Minako qualquer coisa sobre Mamoru. Minako só tinha as informações desatualizadas, de como os dois se davam mal e Usagi nem havia repetido essa história para Minako tantas vezes como para Seiya.

— E? Ela voltou com o cara mesmo?

  Naru chegara à conclusão durante o café com Usagi que procuraria Masato e faria as pazes, apesar do que tinha dito à mulher de cabelos curtos. Estava arrependida de não ter ignorado a traição e não conseguia ver sua vida sem o noivo, não quando todos os detalhes do casamento estavam quase certos para aquele junho.

— Eu não sei.

— Então, por que ela mandou mensagem?

  Usagi sabia que aquela era a deixa perfeita para assumir a mentira e explicar tudo. Minako sabia de seus problemas com Seiya e nunca fora uma santa em questões de relacionamentos, ela compreenderia. Agora mesmo em que decidira estar apaixonada por Yaten. Minako até deixara claro que aceitaria o outro amigo intercambista de Seiya, um que havia ficado no Japão mais tempo para viajar pelo país e aproveitar o que não pudera tão envolvido estivera em sua tese. Mas não conseguia se imaginar revelando-o à sua nem à sua melhor amiga e não tinha a ver com ela haver chamado Masato de canalha e Naru de trouxa ao ouvir sobre a história — mesmo porque havia claramente dois pesos e duas medidas para homens e mulheres —, Usagi apenas não queria. Por mais que estivesse precisando de um conselho, sentia que a existência dessa filha do acionista já era gente demais naquele caso de Usagi com Mamoru, não queria ter ninguém mais entre os dois, mesmo que fosse apenas sua amiga.

  Até porque tudo terminaria eventualmente. Hoje ou quando o casamento se concretizasse. Hoje, se ela pudesse escolher.

— Ela quer me ver agora.

— Agora? Ué, a gente tem aula no terceiro tempo.

  Usagi começou a digitar uma resposta, ignorando a amiga: “Não estou livre sempre como parece pensar. Tenho aula e trabalho mais tarde. Depois a gente conversa.” Enviou, desejando haver sido enfática no fato de que ela queria que conversassem mesmo. Mas tendo o número do celular de Mamoru era sempre possível apenas ligar para ele. Com certeza, rejeitar uma oferta seria mais simples assim. Logo a resposta chegou, “Eu te levo onde quiser e trago a tempo do bar.” Ao final, ele havia digitado um rostinho feliz que não apenas surpreendera Usagi, mas a fizera entortar a cabeça, sorrindo também ela mesma em como não era muito característico de um sisudo como Mamoru.

— Por que esse sorriso? — Minako a olhava de volta com a boca semiaberta.

— Ah...

— Agora a mensagem foi do Seiya, é? Deixa eu ver! — Em um segundo, a amiga correu até o celular e quase o arrancou.

  Usagi encolheu o corpo para proteger o aparelho e fechou os olhos.

— Nossa, não me diga que com a distância pra casa dele decidiram fazer por telefone! — Minako sentou-se novamente em seu lugar e tomava o resto do chá.

  Uma imagem de Mamoru e ela fazendo sexo pelo telefone lhe veio à mente. Usagi sentiu o rosto ficar quente.

— NÃO! — disse bruscamente, não conseguindo nem olhar para Minako, quem agora sorria furtiva.

  Usagi suspirou e decidiu almoçar.

— E sua amiga? Não vai responder? — perguntou Minako, agora olhando o próprio celular já entediada com o fim prematuro do assunto anterior.

— Depois de comer.

— Nossa, que amiga fria, nem parece aquela preocupada de segunda-feira...

— Você só tá querendo saber o fim da novela.

  Minako mostrou a língua, levando a mão para trás da cabeça, e gargalhou.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Usagi desceu com pressa do ônibus que os havia trazido desde a estação até o litoral. Não era apenas por ser uma região sem casas que a praia naquele ponto estava vazia. Era abril e, apesar de as pétalas de cerejeira estarem todas espalhadas pelo chão, o frio ainda era um fato de desânimo para se aproximar de um local onde o vento fosse tão forte como ali.

  Usagi não via o mar fazia algum tempo, talvez desde o meio do outono, e vinha pensando nele desde que ouvira um cliente do bar naquele final de semana mencionar uma viagem a um país do hemisfério sul, onde o verão parecia não haver acabado apesar de já ser outono naquela região.

  Quando Mamoru lhe propusera escolher onde se encontrariam, ele com certeza tivera um restaurante ou café de alta classe na cabeça, qualquer coisa igualmente absurda, mas dentro do centro da cidade, ao menos do loop do trem. Sua voz não escondeu a surpresa ao ouvir que Usagi só aceitaria se fossem à praia, nem a insatisfação, até porque eles passariam mais tempo indo e voltando que qualquer outra coisa. Ainda assim, ele apenas reclamara após marcar uma estação para que se encontrassem. Desde então, os dois vieram sentados juntos, com as mãos dadas em algumas ocasiões por reflexo de Usagi ao estar com um homem íntimo, mas noutras, por iniciativa de Mamoru.

— Tá bem frio aqui. Só uma cabecinha de vento pra me arrastar até este canto. — Mamoru caminhou até a areia sem olhar para ela.

  Usagi não podia dar o braço a torcer, apesar de estar realmente decepcionada com a água cinzenta à sua frente. Aquele local nem lhe servia para refletir sobre a conversa que precisava ter com aquele homem. Ao menos, também não era nem um pouco romântico excetuando a vontade que estava de ser abraçada, mas servia sê-lo por qualquer um de toda forma. Era apenas uma necessidade, já que ela não pusera nada que lembrasse roupa de inverno para protegê-la daquele vento.

  Pisou a areia, agradecendo estar usando botas, apesar de a saia rodada e a blusa solta haverem sido péssimas escolhas para aquela praia. Seguiu até o ponto onde Mamoru havia parado e agora se agachava. Ele havia saído cedo da empresa graças a um alarme de incêndio, que obrigara todos a evacuarem o prédio. Não havia acontecido nada de ruim desta vez e por isso ele não parecia precisar de um travesseiro especial para chorar. Era uma pena. Já que estavam tão perto, Usagi preferia que pudessem ao menos se despedir um do outro.

  Ela aspirou ar até que suas bochechas inflaram, depois o soltou para falar:

— Acho que precisamos terminar. — O que o “acho” estava fazendo ali. Eles precisavam muito terminar.

  Mamoru voltou a cabeça em sua direção desde a areia, onde ele parecia escrever algo com um graveto. O vento soprou com mais força e a saia longa de Usagi bateu bem no seu rosto, deixando-o confuso por um momento. Ela precisava não rir, enquanto segurava a própria roupa.

— Precisamos terminar — achou melhor repetir.

— Por que isso agora? O casamento ainda não está certo; não consegui nem falar com o meu superior pessoalmente sobre isso.

  Usagi virou os olhos e se ajoelhou com cuidado para não o fazer sobre a própria saia, ou a sujaria com a areia úmida.

— Sou eu quem estou pondo o fim aqui. Eu vou acertar as coisas com o Seiya.

— Acertar? Não sabia que vocês estavam com problemas.

— É, estamos, né? Por exemplo, eu estou num encontro com outro cara. — Ela percebeu a expressão de Mamoru se alterar e optou por acrescentar logo: — E não me venha com isto não ser um encontro porque é sim. Se achar que não, conserte sua definição de encontro antes de me chamar de cabeça de vento ou similares. — Precisou até recuperar o fôlego ao terminar.

— Eu sei que é um encontro, cabecinha de vento. — Ele gargalhou por um instante e voltou ao graveto no momento fincado na areia.

  Usagi baixou a cabeça brevemente.

— Eu não gosto de dormir com ele. — A confissão saiu tão repentina que ela mesma ficara sem graça de ouvi-lo. Talvez Mamoru não compreendesse, torceu internamente após falar aquilo.

— E esse é o problema? — Ele ouvira e não parecera se importar. — Além do mais óbvio que me inclui.

— Eu gosto dele, tá? É esse que é o problema. Apenas isso. Mas é um problema grande, porque não posso esperar que ele nunca queira dormir comigo. Mas eu já tentei e não adianta: é nojento.

  Mamoru havia voltado a cabeça de novo para a moça e franzia a sobrancelha.

— Se você não gosta de sexo, precisa ser mais clara. — Suspirou antes de prosseguir, com um tom mais interno. — Eu nunca teria imaginado.

— Isto não tem a ver com eu te dizer nada, Mamoru. É um assunto entre o Seiya e eu.

— Então, você não gosta de fazer sexo com ele. E terminar comigo irá solucioná-lo como? Assim como você me procurou, vai acabar procurando outros. É, no mínimo, antiprático.

  Usagi apontou para si mesma.

Eu não te procurei! — E apontou para o meio do nariz de Mamoru.

— Eu ter te procurado não anula que você tenha me procurado de volta.

— É um convencido, traste inútil mesmo! Em que fui me meter!? — Ela se levantou e começou a pisar pesado na areia, o barulho de esguicho a seguindo a cada passo, deixando a saída dramática mais ridícula.

  Justo quando começava a calcular quanto tempo até o próximo ônibus, o calor de Mamoru a envolveu pelas costas. Em seguida, ele a virou e a beijou com força e urgência. Eles estavam perto da estrada, qualquer um poderia vê-los e, mesmo assim, ela o queria bem ali naquele momento.

  Com a mesma intensidade que o desejava, Usagi o empurrou quase o fazendo se desequilibrar e cair na areia.

— Não! O Seiya não merece isto. Ele é um grande cara, sabia? Eu o amava com toda a força até a primeira noite. — Agachou-se com medo de perder a força nas pernas. — É injusto que eu durma mais vezes contigo do que com alguém tão importante que gosta tanto de mim.

  Mamoru aproximou-se e sentou-se direito na areia a seu lado. Estavam perto o bastante para ela sentir o calor reconfortante, mas não se tocavam nem por um esbarrão acidental.

— Eu só dormi duas vezes com ele. Não o teria feito nem uma se pudesse escolher tanto hoje quanto antes. Seiya nunca me forçou, mas... chegamos a um ponto em que só podíamos avançar nessa direção, né? — Usagi resistiu ao impulso de também se sentar por medo se sua saia bege ficar transparente com a umidade Devia ter considerado que ficaria com as pernas fracas antes de escolher ali para uma conversa intensa assim. — E minha amiga... Ela está noiva e ama o cara, sabe? Mas ele a traiu. Mesmo ela tendo constatado com os próprios olhos, minha amiga quer continuar com o noivo e se casar com ele. Que espécie de amor é esse? Eu não aguento a ideia de você ter uma possível noiva que nem conhece, mas ela é capaz de aceitar uma amante. E sabe o que é pior?

  Mamoru apenas murmurou “hum”.

— O Seiya diz que consegue entender. Mas eu nunca gostaria que ele entendesse algo assim de mim. Trair é terrível. — Usagi baixou a cabeça até o próprio colo, chorando. — É a pior coisa. É inaceitável. Imperdoável. É horrível! — Fungou alto.

— Por que não o deixa?

  Usagi fungou mais uma vez e voltou-se para Mamoru.

— Eu não posso... Eu realmente não posso. — Voltou a chorar, com ainda mais intensidade.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Usagi continuava a se sentir envergonhada após chorar tanto que não tinha mais lágrimas, só os olhos irritados. Era para ter sido um encontro de despedida e não um festival de choro por outro homem. Até parecia que ela fora a traída da história, pensava enquanto Mamoru a guiava para fora da estação. Já estavam quase no bar e seus olhos ainda ardiam. No fim, eles não haviam terminado nada, ela tinha certeza. Na verdade, pareciam ainda mais namorados, andando daquela forma. Mamoru vinha agindo de forma protetora, agora segurando sua mão enquanto esperavam o sinal da rua principal, paralela à em que o Drunk Crown se situava. E ela não queria confirmar se aquele era mesmo o fim.

  Mamoru reduziu o passo até pararem em frente ao prédio de seu destino, onde ele a deixaria. E ela não queria que isso acontecesse.

— A gente conversa melhor outro dia — disse ele.

  Usagi invejava como ele podia ser tão calmo e distante assim. Era quase um adulto cuidando de uma criança que precisava tomar qualquer decisão boba.

— É seu namorado?

  Usagi olhou assustada em direção à dona da voz. Rei se aproximava, seguida de uma jovem de cabelo bastante curto e roupa branca quem Usagi nunca vira.

— Não! — disse com alguma agressividade. Só então notou que precisaria explicar muito melhor o que fazia sozinha às oito da noite toda íntima com um desconhecido que não era seu namorado. — É amigo do Motoki! — apressou-se para acrescentar, arrependendo-se em seguida: bastava dizer que era seu amigo que viera acompanhá-la até o bar. Isto não era tão estranho, podiam até estar andando na mesma direção, Rei nunca saberia de nada.

— Amigo do Motoki? — Rei ergueu as sobrancelhas com ceticismo. Então, curvou-se voltada para Mamoru, como se fosse outra pessoa e não o demônio encarnado: — Chamo-me Rei Hino. — Fez um gesto de mão para outra pessoa que Usagi só percebia agora. Era uma moça de cabelos curtos e ombros baixos, como se tentasse ser invisível (e quase havia conseguido) — Esta é uma amiga de muitos anos, Ami Mizuno — disse Rei.

  Ami também fez gesto similar de curvar-se para eles, porém muito menos expansivo.

— Por que não entramos, Mamoru? Tenho certeza de que Motoki já está lá. — Rei sorria calmamente, direcionando-o à escada para o subsolo, andando para lá como se até tivesse esquecido a pobre amiga.

  Usagi fez um gesto de desculpas, mas Mamoru não pareceu percebê-lo, olhando espantado para Rei, que o guiava quase como uma gueixa em um café de Quioto.

  Ela não podia acreditar no que estava vendo. Como que Mamoru podia se deixar levar por aquela multifacetada temperamental! Rei podia ser muito bonita, mas precisava ficar boquiaberto? Vamos, Mamoru podia muito melhor com aquele corpo! O pânico lhe tomou conta: agora que ela estava para encerrar o caso deles, Mamoru precisaria de outro conforto, outro literal ombro para deitar num parque deserto à noite enquanto não tivesse sua esposa. Ele não podia estar considerando Rei, né? Era verdade que em aparência aquilo seria um progresso, mas ele não via o quão terrível era sua personalidade pelo tom desagradável que a mesma usara contra Usagi havia pouco?

— Hã... — A voz da amiga de Rei a chamou de volta. — É aqui o bar onde a Rei trabalha?

— Ah, sim. Sim! — Usagi sorriu para Ami e fez sinal que a seguisse escada abaixo. Quando percebeu sua hesitação, acrescentou: — Fique à vontade, tá? Que legal, então é sua primeira vez, né?

  Entraram pela porta para serem recepcionadas por um Motoki animado em oposição à saudação mecânica usual. Ele estava eufórico com a visita surpresa de Mamoru, Usagi tinha certeza.

  Ela seguiu a rotina de deixar suas coisas e caminhou até Mamoru no balcão, que já havia sido servido um copo de cerveja por Rei. Para a irritação de Usagi, Motoki listava as qualidades dela depois de ser perguntado sobre a empregada, enquanto Rei conversava com a amiga em uma das mesas.

  Motoki saiu para a cozinha pouco depois e Usagi se debruçou no balcão em frente ao amante.

— O que ela tem de tão especial? — disse, sem se preocupar com o volume. Apesar de não haver sido alto o bastante para ser ouvido por outra pessoa que não o próprio Mamoru, Usagi não se importava.

  Ele olhou para baixo e abriu a própria pasta para tirar de lá documentos do trabalho, ou coisa assim. Usagi acompanhou o movimento com irritação que Mamoru tivesse ignorado sua pergunta. Mas os papeis que ele havia posto sobre o balcão do bar estavam presos por um clipe atrás de uma enorme foto de alguém.

— São os documentos do meu casamento arranjado — ele explicou, gesticulando que ela os olhasse.

  Usagi baixou os olhos com atenção para a jovem de quimono da foto. Era ninguém menos do que Rei Hino.

Continuará...

Anita, 24/03/2012

 

Notas da Autora:

O capítulo ficou muito mais longo que de costume e meus dedos doem demais agora! Mas eu terminei. o.O Este capítulo se estendeu por mais tempo que eu gostaria. :( Ainda assim, pela primeira vez um planejamento de capítulo deu certo! A última cena até devia ter sido mais longa e por isso eu ia arrastá-la pro oitavo, mas eu precisava terminar bem aqui! Nossa, demorei a dar uma finalidade pra Rei nesta fic, né? Mas tô conseguindo! Se eu fosse dar um segundo nome ao capítulo seria algo como “aquele em que as meninas encontram sua razão de existir na história”, rs. Até a Ami apareceu por fim! Estou muito feliz mesmo com o rumo delas todas. Tirando a Usagi. Ai, ai. Ando perdendo o sono com os rumos da Usagi futuramente. Espero que eu consiga dar um jeito!

Enviem comentários, por favor!!! Qualquer coisa vale, é sério. Só não deixem de enviá-los!

E até a próxima!

 

Próximo Capítulo

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