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[Sailor Moon] Cada Vez que nos Encontramos, Cada Vez que nos Separamos - Capítulo 6, escrita por Anita

Autora: Anita
Fandom: Sailor Moon
Gênero: Comédia romântica, Realidade alternativa
Classificação: 14 anos
Status: em andamento
Resumo: Usagi/Mamoru. Usagi está na faculdade e acaba de terminar com Seiya, seu primeiro namorado de toda a vida, quando decide aceitar um emprego de meio período no bar de seu amor de adolescência, Motoki. Entre os desafios dessa aventura, o passado decide reaparecer na sua frente, especialmente quando o homem que mais a atazanava retorna a Tóquio, Mamoru. Ela percebe então um conflito entre o que sente por Seiya e por Mamoru. A história também vai explorar os romances de cada uma das senshi! 

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Olho Azul 20 Anos Apresenta:

Cada Vez que nos Encontramos,
Cada Vez que nos Separamos


Capítulo 6 — Não Quero nos Cortar

  As aulas haviam começado na segunda-feira daquela semana e, quinta-feira à noite, Usagi percebeu que alguém já a aguardava tão logo pisara o interior do Drunk Crown. Ao menos, não era Seiya como havia pensado quando Motoki lhe informou sobre a pessoa.

  Ela não queria ver Seiya naquele dia. Não depois do dia anterior, quando eles se viram novamente depois de ela chegar ao encontro de domingo com quase duas horas de atraso, e Usagi teve que ir para seu trabalho logo depois, então os dois não terem podido aproveitar como deveriam. Quarta-feira havia sido o dia combinado para compensarem o fracasso de domingo e, ao final, a frustração do pouco tempo que puderam passar juntos só havia conseguido fazer o outro encontro não parecer realmente ruim.

  Usagi tentara, de todas as formas, assegurar-se de que não se atrasaria, quase o conseguira por dez minutos, porque perdera o trem que queria pegar. Mesmo assim, alguns minutos apenas, contáveis com a mão, não era nada mal. E Seiya nunca se importava. Nem mesmo domingo ele brigara, mal comentara o caso na verdade.

  Ele estava de blusa social, pois havia vindo direto do trabalho e sorriu para a namorada, chamando-a para seguirem ao restaurante onde ele havia feito as reservas. Era um local bonito e não realmente caro, perfeito para comemorarem o bom início de emprego que Seiya dizia estar tendo sem pôr muita pressão. Era uma ótima ocasião. Estava sendo, até Seiya pôr um cartão sobre a mesa. Era do motel em que ela perdera sua virgindade. Ela não possuía nada contra o serviço do local, mas seu estômago se revirara no mesmo momento e Usagi não conseguira mais tocar na comida.

  Ele pagara a conta como sempre e os dois começaram a caminhar até a estação. Quando Usagi o vira pegar o dinheiro para comprar as passagens até o motel, ela estendera suas mãos até as dele e as apertou com calma. Era hora de fazê-lo.

— Eu preciso de um tempo, — dissera ela com um sorriso, mas tentando mostrar nos olhos a obstinação ausente na primeira vez.

— Você tá falando nisso de novo? — Seiya lhe franzira a testa, puxando a mão a segurar a nota de mil ienes.

— Eu realmente preciso.

— Por quê? Estamos ótimos, não é?

— Eu não quero fazer isso contigo, Seiya.

— Você só tá nervosa.

— Eu acho que não é isso. Sinto que é puramente que eu não quero fazer contigo. — Estava sendo malvada ao jogar a culpa nele, mas não podia mais mentir que o problema não fosse a falta de atração sexual que sentia pelo namorado.

— Você só está desconfortável. — Como ele conseguia sorrir ao ouvir aquilo, era um mistério para ela.

  Usagi baixara a cabeça.

— Eu vou comprar a passagem pra casa. — Abrira a própria bolsa, procurando pela carteira.

— Do que está falando, Usagi? Se não for lidando de frente, como vamos superar essa sua vergonha?

— Fale mais baixo, Seiya... — Ela olhara e não conseguia assegurar que ninguém ouvira ou pior entendera o que ele acabara de lhe falar.

  Nesse momento, ele a havia olhado tão profundo que Usagi se lembrava mesmo agora de ter prendido o ar.

— Não vamos dar tempo nenhum pra uma besteira dessas. Mas quer saber... — Seiya pusera a nota na máquina de bilhetes da estação e apertara com força o dedo no exato valor de que Usagi precisava para ir para casa. — Vá para casa, desta forma já perdi a vontade. — Entregara-lhe o bilhete e lhe dera as costas.

  Usagi agira no automático em seguida, pondo o papel na catraca e esperando o trem calmamente. Não conseguia nem pensar em chorar, apenas queria ir para casa de uma vez por todas.

  Ao comentar sobre o episódio com Minako no dia seguinte, a amiga lhe falara para não se preocupar, que Seiya provavelmente só ficara frustrado por não poder passar a noite com ela, que os homens eram exatamente assim, movidos pelos hormônios. Mas Usagi continuava não gostando de como o relacionamento havia se tornado, apenas não queria ter que terminar. Um fôlego, era só de um fôlego que ela precisava.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Naru estava sentava em uma mesa escondida como da outra vez, talvez até fosse a mesma, apesar de Usagi não lembrar bem. Aquele sábado parecia haver acontecido havia meses demais e pensar nele remetia ao apartamento de Mamoru a fazia ficar vermelha e desconfortável.

— Ah, você veio! — Naru sorria abertamente, tomando uma xícara de chá como se estivesse em um café em vez de um bar. Era apenas seu jeito educado, seu ar de quem viera de uma boa família, mas fora de transformar toda aquela parte do bar em um café aconchegante.

— Fiquei surpresa quando Motoki me disse que tava aqui. Esperou muito tempo?

— Não, acabei de chegar. — Ela continuava a sorrir, mas algo em seu rosto fez Usagi erguer as sobrancelhas. — Será que você poderia se sentar? Não tem ninguém aqui hoje, mas você deve ter outras coisas a fazer além de atender clientes, né?

— Claro! — E tomou o lugar bem ao lado da amiga de infância.

  Naru olhou para o chá pensativa e, em um estalo, voltou-se para Usagi, assustando-a com o movimento pouco natural.

— Não quer nada? Fica por minha conta, Usagi. — Ela olhou para o balcão, onde Motoki parecia organizar alguma coisa fora do campo de visão das duas. — Motoki, pode trazer uma xícara para a Usagi também? E você teria algum bolo?

— Uma xícara de chá? — Era nítida a confusão no rosto do chefe. — Infelizmente, não servimos bolos aqui.

— Ah... — Naru olhou sem graça para a mesa, parecia haver percebido seu erro. Logo, pegou o cardápio. — Então, eu quero... — Seus olhos percorriam a parte de pratos de cima a baixo. — O que você quer, Usagi? — Ela os voltou para a amiga como se estivesse no meio de uma batalha contra um enorme grupo de homens musculosos.

— O que acha de uma pizza?

— Pizza! É uma ótima ideia, — disse, retornando a um Motoki um tanto aflito. — Pode fazer uma pizza?

— Claro... Mas e o chá? Vocês ainda vão tomá-lo com a pizza?

  Naru olhou novamente para Usagi sem esconder o desespero.

— Que tal uma Coca?

  A amiga aceitou e assim ficou combinado, que as duas dividiriam uma pizza e tomariam Coca Cola. Naru suspirou após Motoki se dirigir à cozinha. Todavia, o alívio não durou muito. O olhar de quem procurava um auxílio, qualquer que fosse, logo estava de volta e todo seu rosto se retesou. Usagi segurou o impulso de abraçá-la naquele momento; era quase um gatinho sendo espancado no meio da rua por um bando de valentões e ela precisava pular para afastá-los, só que não fazia ideia de quem eram eles ou onde estariam.

— Usagi! — O chamado desesperado veio no mesmo momento em que Naru abrira a boca. Contudo, não viera dali e sim de suas costas.

  Era Seiya, e ele parecia sem ar.

— O que faz aqui? — perguntou Usagi, tentando imaginar se havia marcado algum encontro com ele e se esqueceu disso. Ainda que não houvesse qualquer probabilidade depois de como a noite passada terminara.

— Precisamos conversar. A sério.

  Ele iria aceitar o que ela lhe vinha pedindo? Pelo jeito, tinha vindo correndo. Seu coração se partia só em pensar que Seiya lhe faria isso; contudo, sabia que não devia ser o caso.

— Eu estou ocupada agora... – Tentou transmitir no tom de voz como ele a havia encontrado realmente um momento ruim.

  Os olhos do namorado se direcionaram a Naru, que o encarava como se fosse uma assombração.

— Ah, este é o Seiya. — Usagi hesitou, mas não havia alternativa. — Meu namorado. E esta é uma amiga minha desde o ginásio, Naru. Minha melhor amiga, na verdade.

  Os dois disseram as frases feitas, curvando-se. Naru voltou a se sentar e convidou que Seiya se juntasse a elas. Mas foi uma surpresa para Usagi que quando ele aceitou, tomando o lugar do seu outro lado, bem na frente de Naru.

— Disse namorado? Nossa... — Naru levou a mão à boca, parecendo pensativa.

— Não sou eu que estou noiva. — Usagi tentou rir para vencer o impulso de acrescentar “por um fio” ao título namorado.

  Naru sorriu um pouco, mas havia alguma reserva ali.

— A verdade é que quando vi aquele amigo do Motoki aqui no sábado, estava crente que ele era seu namorado. Aí fiquei surpresa em ver outro agora.

— Outro? — Seiya interrompeu, gargalhando.

  Mas Usagi estava paralisada demais para conseguir imaginar se ele estava se divertindo com a forma como Naru tinha se expressado ou se havia algo de ciúmes em seu tom.

  E Naru havia pressentido alguma coisa entre Mamoru e ela? Também não se lembrava de quando a amiga saíra do bar com namorado naquela noite, e se ela estivesse logo ali fora e houvesse visto que Usagi e Mamoru dividiram um táxi? Pior, ouvido a conversa! Por que quando Seiya insinuava que os dois fariam sexo a incomodava tanto, mas quando Mamoru a havia convidado no meio da rua, ela havia aceitado sem se preocupar com tons de voz? Usagi não queria pensar em como aquela vergonha com Seiya não parecia ser bem do que ele pensava que fosse.

— Era um amigo do Motoki que a Usagi dizia odiar antigamente. Ele estava bem ali. E quando o vi, pensei imediatamente que talvez os dois houvessem se entendido.

— Ah, Usagi já me falou desse sujeito. E acho que nada mudou, não. Ela sempre fica de mau humor quando o vê até hoje. Não é fofo? — O sotaque de Seiya carregou na última palavra, como normalmente acontecia.

  Naru sorriu sem graça — ela realmente devia se sentir certa do que tinha dito. E, é. Errada não estava totalmente. Então, ela olhou para a xícara de chá e, em seguida, para a cozinha de onde viria a pizza.

— Bem, vocês precisam conversar, né? — Começou a se levantar, tirando da bolsa duas notas de mil ienes. — Por que não o fazem comendo a pizza que pedimos? Meu presente por conhecê-lo, Seiya. Nós nos falamos outra hora, Usagi.

— Não, não! — Usagi a segurou pelos ombros e a fez sentar-se novamente. — Você precisa conversar também. E me pediu primeiro.

— Mas seu namorado...

— Vai ter que esperar. — Olhou brava para Seiya, quem apenas sorria em retorno, já com o cardápio em mãos. — De preferência, longe daqui.

— Oh, sou só enfeite de mesa que vocês descartam na hora da refeição? — Mas parecia pronto para dar privacidade a elas.

  Naru deu uma risada, mas balançou a cabeça.

— Por favor, Seiya, fique conosco, se não se importar. Talvez, eu também esteja precisando de uma opinião masculina mesmo.

— Masculina? Isso é aquilo de conversa amorosa?

— Infelizmente. — Naru assentiu. E olhou para a amiga. — Usagi, acha que dá para continuar um namoro apesar de uma traição?

  Usagi gelou. Sentiu a boca seca e olhou ao redor — onde estava a bebida que havia pedido? Como que chamado, Motoki apareceu com a pizza e dois copos de bebida escura. Cumprimentou Seiya, que aproveitou sua presença para fazer o pedido.

  Durante essa distração, Usagi estudava sua amiga, quem olhava sem ter um ponto fixo, como se estivesse vendo todos os pensamentos. Então... Naru a havia visto? Ela teria coragem de revelar tudo ao Seiya? Toda a lógica lhe gritava que não fazia sentido, que era algo não relacionado, mas a pergunta “e se fosse?” pairava como uma assombração. Foram longos minutos até Motoki sair e Naru suspirar.

— Acho que essa é uma resposta difícil de dar perto do namorado, né? — Naru olhava agora com alguma apreensão para Seiya. — Bem... eu descobri que o Masato está saindo com outra mulher.

  Usagi sentiu-se mal logo após pegar-se suspirando de alívio. Não era sobre ela! Então mordeu o lábio com culpa e pediu que Naru prosseguisse.

— Eu não sei o que fazer e não sei como falar disso com a minha mãe. Nós sempre conversamos tudo, mas tenho certeza do que ela me dirá: há outros homens no mundo. Também não tenho outras pessoas com quem conversar. Digo, há umas meninas que estudaram comigo na faculdade, mas nunca realmente me senti próxima e, desde que nos formamos mês passado, não nos falamos mais.

— Ah você fez aquelas faculdades de dois anos? — perguntou Seiya, logo levando um beliscão por interromper.

  Naru riu-se da expressão que o rapaz fez com a punição por ter interrompido e assentiu:

— Fiz. E agora eu estou me preparando para meu casamento, organizando tudo, procurando uma casa com o Masato... — Sua cabeça baixou quase até o queixo bater no tórax. — Estava...

— Quando que você descobriu? — Usagi continuava mordendo seu lábio inferior, pouco confortável com o assunto, ainda mais com o fato de a pessoa que ela própria traía estar bem ali. Não queria ouvir como Seiya se sentiria assim que soubesse. Não queria saber nada. Mas, ao mesmo tempo, a conversa servia a Usagi como uma forma de punição.

— Eu já o vi com ela antes — continuou Naru. — Os dois estavam próximos demais para ser outra coisa. Eu sou boa com essas sensações, por isso, fiquei tão surpresa em errar sobre você.

  Usagi assentiu reticente.

— Depois vi no celular dele algumas mensagens suspeitas. Ele vem trabalhando até tarde várias vezes também, o que não costumava acontecer antes. Ou ele vinha aqui no bar ou ia me ver. Você viu sábado, Usagi? Em pleno fim de semana ele chegou naquele horário... E quanto mais tempo passa, mais óbvio fica.

— Há quanto tempo você sabe?

— Há uns meses... mas faz menos de um mês que comecei a ter certeza. Nunca vi nada concreto, só que não há mais como negar. É um caso clássico, não acha? Não sei o que fazer... Quando te vi novamente no sábado, queria tanto te falar, mas aqui estava tão cheio, né? Nem pude pegar o número do seu celular. Tentei vir domingo e não pude, aí Motoki me garantiu que hoje você viria. E aqui estou. — Ela sorriu fracamente, olhando para a pizza em que Seiya fora o primeiro a tocar.

  A noite passou com Usagi tentando consolar Naru, quem não sabia sequer se queria mesmo terminar tudo. Que esse era o maior problma. Seiya sugeriu que ela conversasse diretamente com o namorado, mas não se posicionou, dizendo que aquela questão era do casal a ser resolvida apenas pelos dois. Depois que a moça foi embora, Usagi ficou naquela mesa com metade da pizza já paga e o namorado com quem ela queria resolver tudo e não conseguia.

  O restante de seu turno foi preenchido por poucos clientes e ocasionais conversas superficiais com Seiya. Olhou o relógio e percebeu que já podia sair apesar de ainda não serem onze horas exatas, o movimento agora se resumia ao próprio namorado. Fez a conta das duas cervejas tomadas e lhe entregou.

— Já está indo? — Ele abriu um sorriso, já puxando uma nota de cinco mil da carteira.

— Só vou pegar minhas coisas.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Começou a caminhar para a estação após sair do prédio com ele, mas o rapaz a segurou pelo pulso.

— Vamos para outro lugar.

— Já está tarde: você tem um trem pra pegar, e eu aula amanhã. — Não que Usagi quisesse ficar a sós com ele. Não era tão problemático quando havia mais pessoas, na verdade, Seiya a fazia se sentir muito bem. Mas ela não queria dar qualquer oportunidade de ficarem a sós, não sabia nem mais se queria seus beijos, o que não faziam desde aquela fatídica noite.

  Seiya respirou fundo, sonoramente.

— Vamos dormir na minha casa. Avise qualquer coisa à sua mãe, amanhã você pega um trem expresso e estará na sua universidade num piscar de olhos.

— Não quero em lugar nenhum, Seiya. — No fundo de sua mente, imaginou se realmente queria dizer aquilo e sabia que a cama de Mamoru seria uma exceção. Na verdade, qualquer lugar o seria, desde com Mamoru; não, desde que não fosse com Seiya, tentou se corrigir, assustada com a primeira possibilidade.

— Não faz sentido você pedir um tempo quando eu estou tentando consertar nossa relação e você não se dá ao trabalho. — Sua voz se elevou, assustando os transeuntes, e sua pronúncia também começava a suar estranha em algumas palavras. — Desta forma, não é melhor quebrarmos?

— Quebrarmos? — Usagi piscou sem entender do que Seiya falava.

— CORTARMOS!

  Usagi deu um passo para trás com o grito frustrado, meneando a cabeça.

  Seiya pareceu assustado ele mesmo, seus lábios tremiam e os olhos faziam movimentos rápidos entre Usagi e os pedestres que passavam tentando ignorá-los. Ele levou as mãos à cabeça.

— Eu não quero nos cortar...— disse com a voz bem baixa.

  Usagi se reaproximou, mas seu choque apenas aumentava agora que via o namorado parecer a ponto de um colapso bem na sua frente.

— Não aguentaria quebrar nossa relação de novo. Cortar, digo. Cortar nós dois. — Voltou-se para ela com os olhos esbugalhados e a abraçou com bastante força. — Não precisamos cortar a relação, não é?

  Ah. Terminar. Ele estava falando em terminarem. Que hora horrível pro japonês dele falhar. Não era à toa que ele estava naquele estado. Tendo que lidar com o problema deles e da língua estrangeira dela. Normalmente, seria fofo. Eles ririam enquanto ela o lembrava do correto. Mas não era o momento. Desde que ela tivesse compreendido.

  Ainda assim...

  Usagi não queria hesitar, mas não conseguiu não fazê-lo. Ele falava em terminar a relação mais uma vez, isto nem ela queria. Como poderia? Seiya ainda era o único homem em sua vida que já demonstrara qualquer interesse por ela. E a amava, tinha certeza daquilo. Ademais, Minako tinha razão, tudo não passava de hormônios e até um tanto de palhaçada da própria Usagi. Por que ela não queria dormir com o namorado de quem gostava tanto a ponto de estar quase chorando naquele momento? Mamoru era um lindo encanto que a seduzia, fazia-a perder os sentidos, mas o homem que a amava estava bem ali, frustrado por perder as palavras.

  Lembrou-se ainda de Naru, sua amiga que amava tanto o noivo que parecia disposta até a dividi-lo desde que não o perdesse. Não que Usagi sequer quisesse que Seiya a dividisse, mas precisava admitir que os dois tinham uma ótima relação, eram bons amigos, passavam tempos divertidos juntos desde que o assunto não fosse sexo. Seiya era tão compreensivo na maioria das vezes que essas poucas explosões a deixavam com a impressão de estar falando com outra pessoa.

  Sussurrou-lhe no ouvido em resposta:

— Não vamos cortar ou terminar nada, Seiya. — Ela lhe devolveu o abraço. — Então, como chegamos à sua casa? — perguntou em seguida, afastando o corpo do dele e voltando-se em direção à estação.

  Uma noite com ele não seria tão ruim. Não era como se o sexo fosse algo demorado, apenas tentaria não pensar em muito. Ao menos, enquanto estava com Seiya, faria amor e poderia dormir tranquila junto ao homem que a amava. Usagi só ainda não devia estar acostumada com aquela situação nova, em que tudo valia.

  Contudo, um pedaço de seu coração ressentia-se de haver cedido, de não haver tido a coragem de aguentar a perda do bom amigo que a amava sinceramente e confirmar que os dois precisavam se cortar um da vida do outro.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Usagi bloqueou a tela de seu celular após responder o e-mail recebido e sentou-se na cama de seu quarto. No mesmo momento, arrependeu-se. Era verdade, podia mandar uma mensagem para Motoki que não poderia trabalhar naquela noite e seguir para a casa de Mamoru como acabara de combinar, mas se estômago estava revirando.

  Todo seu corpo parecia dizer não só de pensar que teria que estar nua na frente de outro homem. E era sexta-feira, um dia de muito movimento para o bar em que Rei não poderia cobri-la fosse qual fosse a razão de ela nunca trabalhar nos finais de semana.

  Não queria nem se olhar no espelho naquele dia. Havia chegado no primeiro trem possível em casa, tomado banho, já que havia se recusado a fazê-lo na casa de Seiya, e desde então, não quis mais saber do próprio corpo. Porque ele não parecia dela. Porque ele não respondia ao que ela deveria estar sentindo. Nem sequer mencionou para Minako o que havia acontecido naquela noite. Ela mesma não entendia como seu corpo podia rejeitar tanto o Seiya quando com Mamoru a reação era quase que completamente oposta: por mais que dissesse não, sentia-se pronta para aceitar quaisquer de seus convites.

  Olhou de novo o celular, ainda deitada na cama de forma transversal, com os fios de cabelos todos espalhados a seu redor, provavelmente embaraçando-se todos, e os pés levemente sobre o chão. “Podemos nos ver às seis? Sairei do trabalho às cinco e te encontro no apartamento. Eu pago o táxi, como da outra vez.” Usagi respondera imediatamente que sim, pois fazia quase uma semana que não encontrava com Mamoru e algo lhe dizia que dormir com ele àquele ponto seria a melhor forma de tirar a sensação de Seiya ainda lhe tocava nos seios, nas nádegas, na cintura...

  O que fazer agora? Olhou de novo a tela, eram ainda quatro da tarde. Mas se não quisesse prejudicar o Motoki com as escalas, precisava ligar logo. Que bom que ela havia trabalhado domingo passado, não se sentiria tão mal em cancelar. Exceto que sexta não era domingo. Dias não têm peso igual quando se trabalha em um bar. Decidiu ligar para o patrão, dizer a verdade: que não estava muito bem naquele dia, mas que se “a barra apertasse” ela poderia aparecer a qualquer hora por lá. Ao menos, tratava-se de seu quase irmão mais velho; ele era gentil demais e nunca se importava com faltas. Usagi suspirou ao desligar a ligação, tendo obtido o que queria, e se encolheu na cama. O silêncio na sua mente a fazia pensar mais uma vez no calor de Seiya subindo e descendo por seu corpo, suas mãos, sua respiração quente e úmida... Levantou-se num repente e decidiu tomar banho de novo. Mesmo que não mais fosse ver Mamoru, precisava limpar-se novamente, o mais rápido possível.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Mamoru terminou de fazer a janta e olhou para o relógio na parede da cozinha. Eram seis e meia. Meia hora era um atraso e tanto, mas em se tratando da cabeça de vento que ele havia convidado, ainda não era tão ruim. Mas achava que quando terminasse de cozinhar, ela já estaria ali. Em pensar que já passavam de seis da tarde quando ele começara. Ia acabar esfriando...

  Foi até o sofá e ligou a televisão, não era seu costume assistir a não ser o jornal de notícias às dez da noite, mas fazia bem ter algum barulho no apartamento. Seus olhos foram inconscientemente para sua pasta de trabalho, onde os documentos entregues pelo superior direto naquele dia se encontravam, papéis confiados por outro superior, o mesmo que cuidara da transferência de Mamoru para a capital. Seu próprio chefe não parecia entender como aquilo podia ir para aquele rapaz sem graça de quem ninguém gostava e teria fingido esquecer-se de entregar se o mais alto hierarquicamente não houvesse provavelmente insistido.

  Antes Mamoru nunca os houvesse recebido também. Seu emprego já estava difícil por ele próprio; até hoje, poucos se dignavam a cumprimenta-lo de volta.

  Voltou-se de novo para o relógio da cozinha, mais quinze minutos se passaram sem que a convidada chegasse. Onde estaria? Em um encontro com o namorado? Parecia que Mamoru vivia ficando no meio entre ela e o namoro. Não era sua intenção, ele se contentava com os momentos livres. Apenas gostaria que ela estivesse ali logo, para comerem, passarem um tempo juntos. Não precisava sequer se preocupar com despedidas, já que Usagi saía correndo na primeira oportunidade, sempre o deixando com vontade de puxá-la de volta para a cama. Talvez com o tempo ele conseguisse deixá-la ali tempo o bastante que a sugestão que ela voltasse partisse dele.

  Suspirou bravo com o pensamento e foi esquentar sua comida. O resto podia virar a janta do dia seguinte ou de vários outros já que ele fizera o bastante para quatro dele tendo em mente o apetite da visita que receberia.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Usagi tocou a campainha ainda sentindo o sono pesar em seu corpo. Era como se pudesse desmoronar a qualquer momento. Coçou o olho e estava bocejando quando a porta à sua frente se abriu. Do outro lado apareceu um Mamoru com uma carranca maior que a normal, aquilo quase a fez rir.

— É melhor você voltar, — disse-lhe, sem dar espaço para que entrasse. Ele estava com os cabelos úmidos e usava uma camiseta branca de manga curta e uma calça cinza de moletom.

— Ué, mas ainda tá cedo. — Olhou para as horas no visor externo de seu celular. Pouco depois de nove da noite.

— Está três horas atrasada e eu estava indo dormir.

  Ela virou os olhos e replicou:

— São nove horas; ninguém dorme a esta hora. E temos tempo o bastante até o último trem, é só dar espaço pra eu entrar.

  Ele suspirou e baixou a cabeça, ficando assim por uns momentos, então, deu passagem à moça.

— Você tem aula amanhã, e eu tenho que dormir para o trabalho. — E estendeu a mão. — Dá a nota do táxi para eu te pagar logo, vamos dar uma volta lá fora que eu já te deixo na estação.

  Usagi que já tirara a bota olhou confusa.

— Dar uma volta?

— Bem, eu não pretendo transar se for com pressa. — Ele mordeu os lábios olhando para algo na direção da cozinha. — Você já jantou?

— Já...

— Com seu namorado?

  A pergunta que trouxera a imagem de Seiya bem pra frente de seus olhos dera-lhe calafrios e ela balançou rápido a cabeça.

— Com os meus pais.

— Então, veio direto de casa? — Mamoru provavelmente andava até seu quarto, mas não aumentava muito o tom de voz, então Usagi começou a segui-lo antes que não conseguisse mais ouvir nada.

— É... — Havia chegado à porta do quarto.

  Lá se deparou com Mamoru ainda com a blusa branca, mas por baixo estava com uma cueca preta, dobrando a calça que antes vestia. Como que por impulso, ao sentir o sangue correr por seu rosto, Usagi pulou para longe e fechou os olhos.

— Eu só estou pondo algo, cabecinha de vento. Eu já tinha posto meu pijama. — Ele agora estava na sua frente e a empurrava de volta ao cômodo fazendo força. — Sente-se na cama. Porei uma calça e te darei o dinheiro. — Ele a olhou confuso quando a ouviu rindo. — O que foi? — perguntou.

— Essa frase fora de contexto me deixa numa posição muito ruim! — Usagi levou as mãos à boca enquanto se ajeitava na cama, pondo os pés em cima dela. Gostava daquele colchão confortável e do cheiro de amaciante dos lençóis sempre parecendo que tinham acabado de sair de alguma secadora.

— Pena que você não trabalhou pra merecer — Mamoru falou com o rosto escondido para outro lado, a voz diminuindo.

— Nossa, foi mal o atraso. — Usagi ainda segurava a gargalhada, acomodando-se ainda mais. — Eu realmente tava me sentindo mal e não ia vir.

— Podia ter me avisado.

— Então, eu entrei no banho de tardinha e acordei com a minha mãe berrando para que eu fosse jantar.

— E em vez de me ligar nesse momento...

— Bem, eu nem lembrava mais meu nome. Só tava com fome. — Usagi sorriu, sabendo que poucos conseguiam pegar em sono pesado num banho daquela forma. Mas realmente não havia dormido direito na estranha cama de Seiya. Não que ela quisesse mencionar aquele nome ali.

— Não sabe que é perigoso dormir na banheira?

  Mamoru já estava vestindo a calça, o que Usagi recebeu com algum senso de desperdício. Os encontros deles aconteciam na ordem contrária, com pessoas se despindo pela casa.

— Vamos mesmo só caminhar por aí?

— Eu realmente preferia ir dormir logo hoje.

— É sexta à noite... E foi você quem me chamou — lembrou-lhe ela.

— Aqui está o dinheiro. — Era uma nota de cinco mil ienes.

  Usagi abriu a bolsa para procurar troco.

— Use o que resta para a passagem de trem da volta. Táxi seria mais seguro, né? — Ele ainda estava com a carteira aberta e separou mais cinco mil.

  Ela só havia pegado o táxi como pedido, pois preferia deixar claro a Mamoru que, mesmo aquela sendo uma relação de conveniência, ela não era tão fácil. Ser chamada numa sexta à noite devia ser um insulto para uma moça mais popular, na verdade. Por isso, bom pra ele que lhe pudesse fornecer ao menos um transporte mais digno. Mas com uma besteira assim, quase dez mil ienes iriam pelo ralo se seguisse o que ele estava dizendo.

  Ela afastou as mãos dele.

— Guarde essa segunda nota para jantarmos em algum lugar qualquer dia desses — Ela pegou apenas os primeiros cinco mil, só para depois pensar no que estava dizendo. Jantarem em um lugar não era do repertório deles. Mas se consertasse, a frase teria ainda mais impacto, por isso deixou apenas o gosto do arrependimento preso nos lábios.

— Pega logo. — Ele pôs a segunda cédula sobre a cama. — Você vai precisar voltar pra casa. Isto não dinheiro de encontro, só não é justo eu fazer com que você fique pagando caro em táxi quando você ainda é só uma estudante. — Ele se virou e puxou uma jaqueta do armário.

  Então, voltou-se de novo para ela e pareceu estudá-la. Usagi engoliu seco com a sensação era de que era a primeira vez que realmente a estava vendo naquela noite. Parecia tão cansado... Talvez não fosse uma mentira de resmungão exagerado que ele estava pronto para dormir. Talvez aquele mau humor nem fosse seu típico.

— É vestida assim que você sai em encontros? — As sobrancelhas de Mamoru estavam erguidas, e seus olhos a julgavam de uma forma irritante. — Vai ser um vexame andar com isso na rua... Prefiro quando você tá trabalhando.

  Em pensar que estava começando a se sentir mal pelo tempo que o tinha deixado esperando. Desafiante, Usagi deu de ombros.

— Não achei que fosse um encontro.

  Nunca lhe daria razão, mas era de se esperar que Mamoru estranhasse seus trajes, já que sempre se viam quando ela estava trabalhando, então Usagi sempre havia estado no melhor de sua aparência. Motoki sempre pedia que todos se arrumassem, que as moças se maquiassem, que os homens estilizassem os cabelos. No momento, era o oposto. Ela até estava com uma bota de que gostava, mas não tinha nenhum salto e sequer combinava com suas roupas: um short bem largo e um pouco velho, uma camiseta vermelha solta com um tope vinho por baixo. Apenas pegara as roupas mais fáceis de vestir quando terminara a janta e se lembrara de seu encontro. Maquiagem? Que é isso?

— Bem, dessa forma não parece que temos um caso. E sim que nos casamos há uns vinte anos.

— Você é muito chato mesmo. Devia estar feliz que eu vim. — Olhou ao redor, procurando almoçadas para jogar nele, mas não achou nada. O homem apenas tinha dois travesseiros em cima da cama, nada mais. — E existe algum código de roupa para casos, é?

— De preferência, o que for mais sexy. — Mamoru sorriu pretensioso. — Uma pena que nem saberei se ao menos as roupas de baixo estão combinando.

  Usagi sentiu seu rosto quente com a frase principalmente porque sequer lembrava o que havia vestido ao sair do banho. Provavelmente, alguma calcinha velha apenas para passar a noite deprimida na sua cama. Ela se levantou ao concluir assim e esticou um dos braços em direção à saída do quarto.

— Então, vamos dar uma volta? É melhor nos apressarmos, né?

  Mamoru sorriu com ainda mais afetação que antes e a seguiu até a saída.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Os dois haviam parado em uma loja de conveniência e comprado bolinhas de polvo para comer no parque próximo à estação. Enquanto Usagi saboreava uma das últimas de seu pacote, ainda quente do micro-ondas da loja, Mamoru deu um suspiro e, não aguentando mais consigo mesmo, deixou sua cabeça cair no ombro da moça.

  Ela cheirava bem. Não devia ter mentido que ficara de molho no banho por horas, porque sua pele cheirava muito bem mesmo não parecendo haver passado qualquer perfume. As cerejeiras estavam floridas acima deles, começando a perder suas pétalas para o vento de primavera e o parque vazio tinha a música da noite. Ele queria dormir bem ali, daquela forma. Conversar com Usagi o fazia se sentir bem, apesar de deixá-lo nervoso algumas vezes. Como agora, que ele queria beijar seus lábios, mas a jovem não parava de comer as bolinhas fedidas de polvo.

— O que foi? — ela perguntou após se dar conta de seu gesto.

— Estou cansado, só isso.

— Seu emprego continua ruim, é? Não tem outro?

  Mamoru sorriu fraco.

— Não. Não é tão simples.

— Já procurou?

— Acho que é só adaptação. Estava tudo bem em Nagasaki.

— Nagasaki deve ser legal, né? Sou doida pra conhecer Okinawa!

— Mas Nagasaki é em Kyuushu, Usagi.

— Então!

  Mamoru agora gargalhou sinceramente.

— Não dá pra nadar até lá ou algo assim? — continuou ela, lambendo os dedos sujos apesar do guardanapo. — Parece pertinho no mapa.

— Não tão perto. — Ele se ajustou melhor em seu ombro, aproveitando que não houve qualquer resistência.

— Mas deve ser perto, em algum ponto. — Ela agora usava os guardanapos para limpar os dedos sujos de molho. — Mas a gente tava falando da sua escravidão. Por que não vem trabalhar pro Motoki?

— Acho que prefiro meu emprego — respondeu virando os olhos, apesar de ela não dever ter conseguindo enxergar. No fundo, perguntava-se se o namorado dela costumava deitar a cabeça também assim em seu ombro para ela não parecer nem um pouco incomodada.

— E o que acontece lá afinal?

— As pessoas não gostam muito de mim.

— Isso não é opinião geral?

  Ele não se sentia ofendido, já sabia bem o que ela pensava dele.

— Mas elas realmente deixam-no claro, — tentou explicar. — Normalmente, é mais profissional deixar opiniões assim para a vida privada. No trabalho, todos somos partes da mesma equipe.

— Ah, mas, por exemplo, tem uma menina no Motoki que é superchata e eu não a suporto. Ela também não me suporta, aliás, vive implicando comigo. Aí, se tô de mau humor também nem ligo pra ela.

— Talvez eu me acostume com o tempo, né?

  Usagi assentiu enfaticamente, mas acabou por acrescentar:

— Até lá, é só me chamar que três horas depois eu chego!

  Mamoru sorriu e perguntou se podia contar para ela o que havia acontecido naquele dia para ele precisar tanto dela de última hora. Usagi concordou, sem esconder a curiosidade. Ele inspirou fundo, sabendo que era bobagem desabafar assim, mas ultimamente vinha lhe fazendo bem ver um pouco o mundo com as lentes cor-de-rosa daquela moça que lhe cedia o ombro no momento.

— Hoje eu recebi uma proposta de um chefe que me ajudou a voltar para a capital, e eu preciso aceitar se quiser continuar bem na empresa, — tentou explicar por alto o conteúdo do documento enterrado em sua pasta.

— Uma proposta? E isso não é bom?

  Mamoru mexeu-se um pouco, querendo sentir melhor o ombro em que se deitava.

— É uma proposta de casamento arranjado com a filha dele.

Continuará...

Anita, 18/03/2012

Notas da Autora:

Ih, será que vai virar traição pros dois lados, é? Mas nossa, este capítulo simplesmente se escreveu sozinho em vários pontos. Agora tô com o dedo tão cansado e a mente tão vazia que não consigo nem pensar em notas para escrever.

Gente já é o sexto capítulo, quando planejei a fic inicialmente ela não teria mais que seis, sabiam? Agora tenho minhas dúvidas se ela terá oito ou se ela se tornará a minha fic de Sailor Moon mais longa, título atualmente de Um Coração que Ressurge Por Você, se não me engano. Em matéria de fic mesmo, o título é de Em Sono Aparente, de Cavaleiros do Zodíaco, mas essa não será passada facilmente, no décimo oitavo e ainda com muito gás.

Só uma nota, Nagasaki realmente fica perto de Okinawa, mas não o bastante para se chegar a nado, tá? xD Se bobear a Coreia é mais perto, mas posso tá falando besteira. E esses bolinhos de polvo que apareceram algumas vezes são os takoyaki, não sabia se devia pôr o nome em japonês ou não. E o Mamoru não se sujou porque ele usou palitinhos para comê-los, rs.

Ai, ai. Eu realmente babei da cena do Mamoru de cueca. Aliás, nos últimos capítulos eu venho babando em pelo menos alguma cena do Mamoru. Não é nem mais fanservice, já ficou um authorservice isso.

Comentários a fazer? Podem deixar um comentário aqui ou enviá-los por e-mail para Anita_fiction@yahoo.com que eu adoooro ler comentários de qualquer natureza. Pode até comentar a temperatura comigo que eu tô respondendo, rs.

Espero vê-los da próxima vez!

(Notas pós revisão)

Desculpa a demora imensa até trazer este capítulo! Acabei ficando muito focada em outra história (uma original que nem sei se vou algum dia publicar) e fui só atrasando a hora de lançar aqui até que chegou num ponto que só valia a pena voltar a revisar esta fic se fosse pra ir até o fim. Desculpa mesmo a todos que deixei esperando, mas aqui está!  

(18/08/2023)


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