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[Saint Seiya] A Vaca Sagrada, escrita por Anita

Título: A Vaca Sagrada
Autora: Anita
Fandom: Saint Seiya
Classificação: livre
Gêneros: gen, comédia
Resumo: Mu anda bastante aborrecido desde que chegou ao Santuário um animal dado de presente a Shaka. Participação especial do Aldebaran.


Notas Iniciais:
Saint Seiya não pertence a mim e não obtenho qualquer lucro com a produção desta história. História escrita para o Coculto, um amigo oculto de fanfics promovido pela comunidade Saint Seiya Super Fics Journal.


Olho Azul Apresenta:
A Vaca Sagrada

- Mu? Mu! – A voz de Aldebaran se aproximava cada vez mais do cavaleiro de Áries. – MU!

  O grito o fez pular de tão próximo de sua orelha que fora dado.

- Sinceramente, está com algum problema de audição, amigo? Faz um bom tempo que tô aqui te gritando.

  Voltou-se para notar o cavaleiro de Touro com os braços cruzados, olhando-o severamente. Mu tentou suavizar as próprias rugas, agora presentes no rosto constantemente, e forçou um sorriso.

- Sinto muito. Algum problema? – perguntou solícito. Aquele era um dos cavaleiros com quem ele melhor se relacionava no Santuário; não podia tratá-lo mal.
- Muitos. Acabei de voltar da minha missão no Brasil e você tem ideia do que aconteceu à minha Casa? Porque ao menos você tem que ter passado por ela nestes últimos dois meses.

  Certo de que seria entretido com mais um dos incríveis acontecimentos sempre presentes em qualquer missão de Aldebaran, Mu não esperava ter que lidar com o assunto tão cedo. Inspirou fundo algumas vezes em busca de uma forma moderada de relatar sua grande preocupação sem ofender nenhum colega com isso.

- Foi a vaca do Shaka – disse, contendo-se o máximo possível.
- Como? – A feição do amigo ficou bastante pálida. – Mu, o que houve com você enquanto estive fora? Nunca o vi falar assim de ninguém!
- Quê?

  Seu tom havia sido tão ríspido assim? De fato, estava muito aborrecido com o cavaleiro de Virgem, mais do que jamais imaginara estar com qualquer pessoa. Contudo, vinha tentando não levar tão a sério a questão na frente dos outros, que nem sequer vinham se preocupando. Pelo contrário, a maioria até apoiava o outro cavaleiro.

- Não importa o que tenha acontecido, não pode ofender um companheiro de armas. – O brasileiro assentia com um enorme sorriso, enquanto gesticulava a cada palavra. – E não acredito que ele possa ter feito aquele estrago, não importa quantas feijoadas haja comido, he he.
- Eu ainda não o ofendi, Aldebaran. – Era a vez de Mu cruzar os braços, enfim entendendo o mal entendido causado por sua escolha de palavras. – É que esse nosso companheiro de armas recebeu um presente em agradecimento por alguma missão: uma vaca.
- Shaka aceitou um presente? Que raro!
- Isso não devia ser a maior surpresa... Uma vaca, Aldebaran. E, claro, Shaka não a aceitou. Então, eles a entregaram aqui no Santuário mesmo assim.
- Ah, faz sentido.
- Uma vaca?
- Digo, o fato de haver fezes gigantes no chão da minha casa. Imagino que ele não reconheceu a posse do animal e nem quis dá-lo a ninguém, né? Afinal, ela não é dele.
- Exatamente. Agora, ela fica rodando aqui pelas nossas Casas não sei por quê.

  Aldebaran soltou uma gargalhada.

- Não é qualquer um que consegue passar pela Casa de Gêmeos, devemos reconhecer. Bem, é melhor eu subir e cuidar desse assunto. – Aldebaran virou-se animado e saiu repetindo entre risos: – Uma vaca!

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

- Muuu! Muuuuu! Muuuuuuuu!

  Mu olhou para trás para ver Miro de Escorpião se aproximar enquanto berrava aquelas palavras, acompanhado de seu amigo Aioria de Leão. Os dois caíram no riso quando o viram e se desculparam pelo incômodo. Então, deram a volta, indo mais uma vez em direção à Casa de Touro.

  Sabia que os dois não haviam feito aquilo por mal, mas a atitude o deixava ainda mais nervoso.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

- Muuuu? Muuuuu? – A voz de Aldebaran se aproximou dele.

  Desta vez, o cavaleiro de Áries voltou-se com um sorriso para o amigo. Ele era uma pessoa sensata, mas muito fácil de conversar. Talvez pudesse desabafar um pouco com o cavaleiro.

- Muuuu! – O brasileiro passou por ele com um leve aceno e continuou a descer as últimas escadas das doze casas. Agora tinha as mãos perto da boca a fim de amplificar o chamado: - Muuuuuuuu!

  Mu cerrou o punho e voltou-se para as escadas de subida. Precisava ter uma conversa séria com Shaka.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  O cavaleiro de Virgem parecia tranquilo como sempre, mesmo vendo alguém como Mu entrar tão transtornado em sua Casa.

- Shaka, peço mais uma vez que se livre daquela vaca. As necessidades dela estão empesteando o ar da minha casa e da de Aldebaran. Também acredito que sua presença esteja distraindo os demais.
- Não vejo qual o problema com a vaca. – E ele continuava tal como dizia, inabalável. – É normal que animais urinem e defequem. E considero uma vaca um animal sagrado que deve ser tratado com o mesmo respeito dispensado às nossas mães. Todos também vêm apreciando bastante o leite que ela produz, não é mesmo?
- Não é higiênico mantermos uma vaca! Ademais, vivemos muito bem sem o leite até hoje. Eu vivo muito bem sem ele até agora, por que os outros não? Já disse que também tem o problema do quanto ela vem distraindo alguns.
- O que mostra como precisamos melhorar o ensino de nossos cavaleiros. Eu, de fato, já percebi que Leão e Escorpião vêm abandonando seu posto frequentemente atrás dela. Daqui eu consigo ouvir seus gritos.
- Exatamente. – Mu sorriu ao notar que enfim lhe era dada alguma razão no argumento.
- Levarei o problema ao Mestre Shion para que eles sejam disciplinados. Não se preocupe, não deixarei de falar sobre a displicência dos servos na limpeza das duas primeiras casas. Algo mais, Mu?

  O cavaleiro de Áries manteve-se boquiaberto por um tempo.

- Se era apenas isso, pense melhor antes de culpar os animais pelas falhas humanas. Ademais, sabe muito bem que já tentei encontrar um bom lugar para ela e nenhum me pareceria confiável o bastante para deixar minha mãe, imagine um animal sagrado.

  Vendo que havia sofrido uma enorme derrota naquela batalha, Mu juntou todo seu corpo e tentou superar a tensão e o orgulho.

- O nome dela... - falou entre dentes.
- Como?
- Não pode ao menos mudar o nome da vaca?
- Mas é o nome pelo qual ela já atende, certo? E é bastante apropriado; dei-o pensando em como elas mugem em meu país. Confesso que é um som nostálgico para mim.

  Sabia que sua voz tremeria, mas o cavaleiro de Áries prosseguiu:

- Como Moo pode ser um nome apropriado a uma vaca?
- Já não acabei de explicar, Mu?
- Todo dia, toda hora, algum cavaleiro chega até minha casa gritando “muuuuu”, “muuuuuuuu” e passa por mim porque está chamando a mald... a sua vaca!
- Creio que eles estejam gritando “Moo” e não seu nome.
- Quando estão gritando, tudo que ouço é “muuuuu”.
- Há uma enorme diferença entre o inglês “moo” e seu nome, Áries.

  Não havia mesmo como vencer a discussão? Por que Shaka era um cavaleiro tão inflexível?

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Mu acabava de retornar do Salão do Mestre, onde decidira ir para conversar sobre a vaca. Diferente da incompreensão de Shaka, Shion havia caído em gargalhadas ao ouvir sua reclamação principal: o nome de Moo. Seu mestre confessara nunca haver percebido a semelhança antes, mas que era engraçado como às vezes os nomes se pareciam mesmo se gritados.

  Às vezes? Às vezes!? Os nomes eram idênticos, era apenas uma questão de entonação e grafia. E sua moral como cavaleiro de ouro?

  Ignorando todos esses sentimentos do discípulo, Shion confessou que agora sempre pensaria em Mu quando ouvisse algum mugido.

  Talvez, concluía Mu, se não saísse por aí reclamando e continuasse a fingir sentir-se bem com a situação, poderia se poupar do vexame de ter uma vaca com seu nome. Ou pior, começarem a dizer que seu nome era um mugido.

  Distraído, apenas notou no que havia pisado quando percebeu que seu passo seguinte havia sido levemente diferente do normal. Fezes. Moo havia defecado logo nos degraus em direção à casa de Touro.

- Ah! – ouviu Aldebaran vir correndo de dentro da casa com uma pá e um saco plástico. – Eu fui rapidinho pegar tudo pra limpar. Foi mal, Mu.

  Algo quente invadiu seu peito e travou sua garganta. Não era a emoção de ver como o amigo estava lidando bem com tudo, mas um imensurável desespero.

  Mais tarde, enquanto esperava que um de seus servos terminasse de limpar o pé de sua armadura, continuou a conversar com Aldebaran.

- Você realmente está aborrecido com a Moo, né? – O brasileiro sorriu-lhe.
- Até eu me surpreendo com o estado de nervos em que este assunto me deixa. Posso te confessar o que acho que é o pior de tudo?

  Aldebaran ergueu a espessa monocelha.

- O nome daquela vaca.

  Após uma gargalhada, o cavaleiro de Touro mostrou entender.

- É igualzinho, né? Uma grande infelicidade.
- Aldebaran, acha que meu nome parece um mugido?
- Não sei como é em sua língua, meu amigo, mas na minha seu nome é exatamente um mugido. – E gargalhou mais uma vez. – Sempre fiquei sem graça de te dizer isso. Primeiro, eu era quase um ET neste Santuário e você sempre me tratou tão bem... Depois, viramos amigos e nunca tive muito espaço pra revelar isso. Aí, eu me acostumei um pouco, né? Mas nossa, graças à Moo eu consegui agora tirar isso de mim. E pensar que fiquei esses dias todos a procurando pra usá-la no churrasco de domingo. Você sabe, quando volto do Brasil me dá muita saudade da culinária da minha terra... Pobrezinha!

  Mu ficou igualmente consternado com o amigo. Após tanto tempo de amizade, só agora ele lhe dizia aquilo? Que o associava a um mugido desde que soubera seu nome?

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

- Muuuuuu! Muuuuuuu!

  Não conseguia acreditar que agora era Máscara da Morte quem chamava Moo. Pensando bem, aonde a vaca havia ido desta vez? O próprio Mu a estava procurando fazia quase uma hora e não conseguia localizá-la. Agora ele percebia que, para uma vaca adulta, ela conseguia sumir muito facilmente.

  Em pleno Santuário, eram poucos os lugares com grama. Por isso, a vaca era sempre alimentada pelos servos com ração e fizera da Casa de Aldebaran seu lar, pois ela estivera vazia por muito tempo. Também nunca ia para longe. No máximo descia até perto do coliseu e voltava; não devia gostar da atenção que recebia dos cavaleiros e soldados por aí.

  Mu voltou-se para o senhor que o aguardava na entrada das doze casas e balançou a cabeça. Após anotar com calma todas as informações, o cavaleiro prometeu fazer a entrega pessoalmente. Finalmente, havia conseguido um bom lugar para a vaca.

  Claro que já havia tido a ideia antes, mas achava que Shaka podia haver se afeiçoado ao animal e não queria causar nenhum desgaste entre os cavaleiros de ouro. Todos já andavam se estranhando demais desde que foram ressuscitados após a batalha de Hades; não era preciso criar mais um problema.

  Contudo, sua conversa com o cavaleiro de Virgem lhe abrira os olhos e, vendo-se sem nenhum apoio na empreitada para se livrar da vaca, ele próprio se encarregou da tarefa. Bem, Kiki havia feito boa parte do trabalho de conversar com criadores das redondezas até achar o senhor que criava vacas para vender seu leite. O que Moo devia ter de sobra.

  Agora que o senhor pudera ir ao Santuário buscar o animal, ele havia desaparecido. De novo. Onde uma vaca podia se esconder entre três casas? Não podia haver se arriscado no labirinto da Casa de Gêmeos, certo? Surpreendeu-se com o próprio receio do que poderia acontecer a Moo se esse fosse o caso.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Shion pousou a testa sobre Moo e fechou os olhos por um momento, concentrado como se estivesse tendo uma conversa telepática com o ruminante.

- Por mais irritado que você esteja por haver se perdido no meu labirinto enquanto ia atrás dela, precisa mesmo mandá-la embora? – Saga perguntava a Mu, sem esconder o abatimento. – Sinceramente, tolo foi você. Animais têm o instinto apurado o bastante para saber que não devem tentar vencer meu cosmo, Áries.
- Justo depois de levarmos bronca do Mestre Shion, você vai mesmo levá-la? – Miro perguntou, enquanto Aioria aproveitava a ocasião para se despedir de Moo.

  Todos os cavaleiros de ouro estavam ali na entrada de sua Casa, à exceção de Afrodite e Camus, ausentes devido ao cumprimento de suas próprias missões, e de Shaka, quem devia estar meditando ou fazendo o que fosse. Mas até Máscara da Morte aparecera para a despedida da vaca. Ele mesmo havia espalhado a notícia ao ouvir a conversa de Mu com o senhor quando este tentara buscar a vaca.

- Moo... Foi ótimo enquanto durou. – Aldebaran passou a mão gentilmente na cabeça do animal e mostrou-lhe seu sorriso característico. – Sinto muito haver te desalojado quando voltei. Sem ressentimentos, né?

  De fato, a vaca havia passado a frequentar mais a Casa de Mu após o retorno do real dono de seu lar temporário. Provavelmente, o espaço havia ficado muito pequeno para ela. Ou muito barulhento, já que Aldebaran sempre gostara muito de falar. Ou com muitos de seus iguais mortos, já que Aldebaran gostava ainda mais de carne de boi. Não importava o motivo; fora Mu quem sofrera as consequências, pois sua casa ficou ainda mais suja e fedida do que já ficava antes.

- Acho que todos já falaram com a Moo, né? – Shion olhou para os cavaleiros de ouro e assentiu. – Pois bem, Mu. – Tentou muito mal ocultar um sorriso ao dizer seu nome e apontou para a vaca. – Ela está pronta.

  Mu suspirou resignado, tentando imaginar quanto tempo levaria até seu mestre se esquecer do trocadilho. Então, pegou a ponta da corda com que laçara Moo mais cedo e começou a puxá-la. Ao menos, era um animal obediente e já andava junto a ele com bastante calma. Tinha que admitir que devia estar exagerando em sua irritação. Aquela era uma boa vaca e não causava problemas além dos típicos de um animal. Estaria fazendo bem ao separá-la do Santuário, que ela já considerava seu lar?

- Espere, Mu.

  O cavaleiro de Áries virou-se ao ouvir aquela voz inesperada. Achava mais fácil a própria deusa Athena comparecer à despedida do que Shaka de Virgem, mas lá estava ele.

- V-você está... – balbuciou Mu, começando a se perguntar se estaria em um sonho.

- Não a leve – dizia o outro entre lágrimas.

- Shaka, como? Por quê?

  O dito homem mais próximo de Deus estava mesmo chorando na despedida de uma vaca, cuja propriedade ele nunca realmente assumira? Na verdade, Shaka nem devia mais ter visto Moo desde que ela fora trazida até ele no primeiro dia. E agora a abraçava carinhosamente como se fosse uma parte sua.

  Mu voltou os olhos para Kiki. O sentimento exteriorizado por Shaka era tal qual o amor de Mu pelo discípulo; disso ele não tinha dúvidas ao ver a cena.

- Não a leve embora, Mu. Como servo de Athena, não devo aceitá-la como minha, mas confesso que... eu passei a vê-la como se fosse a reencarnação de minha mãe. Não a afaste de mim. – Shaka segurou a corda de Moo e caminhou até onde o outro estava. Então, ajoelhou-se. – Peço para que a aceite no Santuário.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

- Muuuuuuuu! Muuuuuuuuu! Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!

  Ainda sonolento, Mu abriu os olhos ao achar que estava sendo chamado. Sentindo o peso sobre seu estômago, percebeu que havia se enganado mais uma vez. Por que o chamariam daquela forma? Riu da própria tolice. Era claro que gritavam por Moo, quem agora dormia pacificamente no chão ao seu lado, apoiando a enorme cabeça sobre sua barriga.

  Era para ele tê-la tirado dali no dia anterior, mas a atitude de Shaka o surpreendera e o pusera em uma situação em que ele não poderia deixar de ceder. Graças a isso, Moo conseguira ficar no Santuário.

  Era um bom animal; sua opinião não havia mudado desde dia anterior. Talvez pudesse ensiná-la a escolher lugares mais apropriados para suas necessidades. Era assim que se fazia com cachorros, não? Poderia até ensinar-lhe alguns truques ou usá-la de alguma forma nos treinamentos de Kiki. Este mesmo poderia aprender mais sobre responsabilidade ao cuidar de um ser vivo.

  Mas no que estava pensando? Não era como se Moo fosse qualquer coisa dele além de companheira de quarto. Sorriu para ela e gentilmente removeu o corpo de debaixo da cabeça do ruminante.

- Mu! Mu! – uma voz ecoou vinda do centro da Casa de Áries e o pôs em alerta.

  O que Shaka faria ali?

  Após lavar o rosto e escovar os dentes, pôs rapidamente sua armadura e apareceu para o cavaleiro de Virgem.

- O que deseja, Shaka?
- Não é com você, Mu. Estou falando da vaca Mu.

  Tal como lhe ressaltara na conversa anterior, Shaka sempre havia chamado Moo com uma pronúncia diferente da dispensada a seu nome. Contudo, naquele momento, tudo lhe soava como a mesma coisa. Mu entortou a cabeça confuso.

- Depois de nossa conversa eu reavaliei muitas coisas com relação a ela e, primeiro, notei que preciso tratá-la melhor.

  Mu não pôde deixar de concordar. Aquela indiferença com relação a um animal que estava ali por causa dele – comparado à sua própria mãe – vinha incomodando o cavaleiro de Áries.

  Sorrindo satisfeito com o gesto do outro, Shaka prosseguiu:

- Depois, percebi que seria muito mais fácil para todos se a chamássemos de Mu. No final das contas, todo mundo estava pronunciando da mesma forma que o seu nome mesmo. Por que não oficializar? Ontem à noite fiz uma experiência e constatei que ela também atende melhor se eu a chamar assim.
- Espera, você vai chamar a Moo de Mu?! Mas esse é o meu nome, Shaka! Não tem como não haver percebido isso.

  Shaka reagia com uma placidez que ninguém além dele conseguiria demonstrar.

- Sim, eu percebi. De fato, os nomes eram quase iguais mesmo. Não fica mais feliz agora que não haverá mais confusão? Caberá a quem estiver chamando deixar claro a qual dos dois se refere. Muito obrigado por haver me mostrado tantas coisas, Mu. Refiro-me a você, claro. Não à vaca Mu.

  Como se estivesse numa cena cômica mal montada, ou atendendo ao novo nome, a vaca mugiu alegremente do seu quarto:

-Muuuuuu!

Fim!

Anita, 16/01/2013

Notas da Autora:

Não sou boa com comédia e sei também que esta história não ficou tão engraçada quanto o pedido de que se originou (feito pela Nemui, a quem a fic se destina), mas realmente... Não consigo parar de rir! Por que o Shaka faria isso ao pobre Mu, fico me perguntando. Mas realmente, não acho que o Shaka pense muito no seu arredor. Se fosse nomear uma vaca, ou daria algum nome com significado ou daria algo simples como o som do mugido. Aliás, não sei direito qual língua o Shaka fala, mas estou considerando aqui o inglês mesmo, que é uma língua oficial de onde ele nasceu.

Peço desculpas se alguns não concordaram com minhas caracterizações e por ter dado tão pouca atenção aos demais cavaleiros. Nem sequer mencionei o Aioros e o Shura, né? Tentei não forçar aparições e só fui citando pessoas que eu conseguia visualizar em cada cena.

Por favor, a fic pode ter sido muito doida, mas não deixem de comentar. T_T E para mais histórias minhas, passem no meu site Olho Azul. :D

Queria adicionar um agradecimento à Vane pela revisão da história. ^^

Até a próxima!

Para Nemui:

Esta fic sim foi feita pensando em você. Depois de tanta coisa para este Coculto, não tive forças para fazer algo melhor, mas quando me vi com a missão de te presentear mais uma vez não tive dúvidas de que tema usar. Este tema é perfeito! Queria tê-lo escrito tão bem como você faria, rs. E tenho uma confissão a fazer: pensei seriamente em terminar a fic com um churrasco. :x

Não sei se nos reencontraremos nos próximos desafios, já que tem sido quase um zigue-zague com a gente, né? Mas é sempre uma honra cruzar com a minha senpai!

Heah!





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