|

[Original] Os Aventureiros de Aurora - Capítulo 2, escrita por Andréia Kennen

Capítulo Anterior - Capítulo Seguinte
Autora: Andréia Kennen
Fandom: História Original
Classificação: inicialmente 14 anos
Gêneros:  romance, aventura, fantasia, drama, yaoi.
Resumo: Cristal sonhava em ser um Alfa e viver grandes aventuras ao lado de um Domador de Dragão. Para realizar seu sonho, tornou-se o melhor aluno da academia Sonar. Porém, nada fora como ele realmente esperava que seria, a começar por seu Domador...

Os Aventureiros de Aurora

Capítulo 2

Revisado por Vane

Todos os Fairies aguardavam a sua vez em uma sala perto da Arena. As divisórias de vidro permitiam que eles assistissem ao desempenho dos colegas cujas notas iam surgindo em um painel. O teste era individual e a ordem fora decidida antecipadamente e por sorteio.

A arena de Erix tinha um simulador mágico. Seu inventor, o já falecido Argol Dentrix, fora o mago-cientista responsável pelas inovações implantadas no atual sistema de seleção de Alfas. Ele projetara a arena e todos os aparatos usados ali, misturando magia e tecnologia.

O simulador tinha a função de criar para o aspirante um ambiente real de encontro com um Dragão. O aprendiz, por sua vez, ao lado de um Domador — também projetado —, teria que demonstrar todo o conhecimento adquirido em seus anos de estudos na Academia Sonar e orientar seu Domador Holográfico quanto à espécie de Dragão projetado e a melhor forma de se controlá-lo.

Cada decisão do aspirante era avaliada pelo próprio simulador, que gerava as notas em um painel mágico que era visto pelos espectadores na arquibancada. O Fairy só teria acesso à sua avaliação no final do teste, quando o painel ficaria visível para ele, mostrando-lhe a soma geral de suas notas e se havia sido qualificado ou não como um Alfa.

Os Domadores assistiam ao teste de uma parte reservada da arquibancada. Cada Domador usava um Decter, outro dos dispositivos tecnológicos inventado por Argol para facilitar a seleção. Assim que o teste terminava, todos os Decters dos Domadores eram atualizados automaticamente e eles recebiam fichas com informações gerais sobre o novo Alfa disponível.

O aparelho, por meio dessas fichas, media a compatibilidade do novo Alfa com o Domador dono do aparelho e ele podia adicionar o nome desse Alfa a uma lista de favoritos, que era organizada por ordem de preferência. Os Domadores também podiam ver quantos dos seus colegas haviam incluído o mesmo Alfa como favorito em suas listas, e em qual classificação eles o tinham colocado. Era possível até a troca de mensagens instantâneas. Cada Domador podia acionar apenas dez favoritos à sua lista, mas eles podiam ir mudando as posições ou até descartar uma escolha para incluir outra se quisessem, além de fazerem uma lista extra de espera.

No final do teste, os Domadores teriam em torno de uma hora para reavaliarem e reorganizarem suas listas e ao final desse período deveriam salvá-las como definitivas em seus Decters e enviá-las aos avaliadores. A resposta era praticamente automática. Quando a primeira opção do Domador não havia sido escolhida por nenhum outro, ele já recebia a mensagem informando-o de que sua primeira opção fora efetivada.

Porém, se mais de um Domador escolhesse o mesmo Alfa, esses receberiam uma mensagem dizendo: “Sua primeira escolha está sendo disputada por N concorrentes. Deseja continuar na competição, ou tentar sua próxima opção?”. Logo abaixo na lista aparecia a próxima opção disponível, já eliminando os nomes dos Alfas que haviam sido escolhidos como primeira opção de outrem.

Caso mais de um domador quisesse continuar na disputa por sua primeira escolha, o sistema se invertia, e seriam eles que iriam para o simulador competir com suas habilidades. O vencedor ganhava o direito de ficar com o Alfa escolhido e o perdedor teria que optar por alguém da lista de espera — daqueles que não haviam sido selecionados —, ou esperar a próxima seleção.

Para que eles não escolhessem dentre “aqueles que ninguém quisera” e não fosse preciso esperar mais um ano até a nova seleção, eram raros os casos de Domadores que insistiam na primeira escolha, exatamente abrindo mão da disputa.

Além disso, as Fairies obtinham sempre resultados parecidos, o que acabava tornando difícil a escolha por suas habilidades, e eram poucos os que usavam o sistema de compatibilidade do Decter como um critério oficial de escolha. O que movia muitas decisões eram quesitos comuns como a aparente simpatia da Fairy e, em alguns casos, a beleza, por mais que os Domadores negassem basear suas escolhas nesses critérios.

O Domador de olhos pratas continuava acompanhando atentamente o teste quando pela terceira vez no dia uma candidata foi eliminada por um erro primário. Isso o fez trincar os dentes e por mais força nos braços cruzados sobre o peito. A avaliação daquele ano estava tendo resultados muito ruins na opinião dele. A média estava bem baixa, 75 pontos. A melhor classificada dentre as sete das dez Fairies avaliadas até aquele momento estava com 81 pontos. Nem se dera ao trabalho de acionar seu Decter para verificar a compatibilidade com nenhuma delas. Havia estipulado que escolheria uma candidata com no mínimo 90 pontos, mas pelo que tudo indicava, precisaria abaixar sua média mínima; senão teria que esperar mais um ano para ter sua Fairy e poder se tornar um Domador Oficial.

Apesar disso, Ryoha parecia confiante de que a sua Fairy ainda apareceria, surpreendendo a todos. Caso isso acontecesse, com as médias baixas daquela seleção, teria que se preparar para disputá-la. Mas tinha um receio: o de que a avaliação da Darágona feita por ela tivesse sido apenas um golpe de sorte, e que talvez sua Fairy já estivesse dentre aquelas avaliadas.

Recusou-se a acreditar naquilo e balançou a cabeça de um lado para o outro em negação. Acionou o botão do Decter em seu pulso e uma tela holográfica se fez diante dos seus olhos, exibindo informações sobre o processo seletivo. Havia uma lista com os nomes dos já aprovados, eliminados e daqueles que ainda seriam avaliados. Já tinha observado da vez anterior que o avatar dos Alfas surgia depois da aprovação, juntamente com a ficha contendo outros detalhes.

Ouviu as vozes dos outros Domadores ficarem mais altas de repente. Olhou para arena e percebeu que o teste de outra candidata já havia se iniciado e terminado. Fixou os olhos no painel que exibia a média do teste final daquela Fairy e realmente se surpreendeu: “Hariza. Resultado final: 90 Pontos. Aprovada”.

Um arrepio percorreu os braços do rapaz e ele não pensou duas vezes em adicioná-la à lista de favoritos como sua primeira opção. Depois reprisaria o vídeo com o desempenho dela. Não foi uma surpresa notar que ela fora incluída nas listas de mais 19 domadores. Ou seja, todos ali presentes haviam adicionado aquela Fairy às suas listas de favoritos. O estranho foi notar que apenas metade a colocara como primeira opção.

Outro teste estava começando. Ele iria reprisar o vídeo dela depois, ainda que, pelos comentários de “foi realmente incrível” que continuava a ouvir dos presentes, deduzisse que aquela deveria ser mesmo a sua Fairy. Sorriu para o avatar dela.

“Então é você que será minha, Hariza?”

...

Na área reservada para a espera dos que ainda não haviam feito o teste, instaurou-se um pequeno alvoroço. Todos comentavam ao mesmo tempo o bom desempenho de Hariza que, naquele momento, estava sendo encaminhada à área dos aprovados.

— A Hari foi incrível!

— Não é por nada que ela é a melhor aluna da nossa turma.

O aspirante encapuzado engoliu em seco. Não esperava menos de Hariza. Tinha ciência de que ela sempre fora uma das alunas mais aplicadas da sua sala. Agora só restava saber se conseguiria superá-la.

Olhou novamente para o seu número de ordem e a ansiedade o tomou. Havia apenas cinco na sua frente. Aliás, quatro, pois o painel do lado de fora acabava de anunciar outra desclassificada.

— Nossa! Não acredito que a Taki foi tão mal assim.

O número do próximo candidato brilhou no painel e o segundo garoto daquela seleção saiu para a arena, após receber o abraço da irmã e ouvir dela palavras de incentivo.

— Boa sorte, Jagy! — desejou a menina, que era gêmea dele. — Sei que você vai conseguir!

— Obrigada, Jany — ele respondeu tímido, antes de a porta se fechar.

Foi só depois que eles se reuniram naquela sala que o rapaz encapuzado percebeu o quão reduzido era o número de candidatos masculinos. Contando com ele, havia cinco dentre os 28. Nenhum deles era da sua sala. Um já havia sido reprovado, o outro havia acabado de ir para a arena e os outros dois estavam assistindo atentos, cada um em um canto.

Acabou se sentindo tolo ao notar que era o único ali escondendo o rosto. Da sua turma só havia mais quatro garotas e uma delas havia acabado de cochichar algo como “só da nossa turma não teve nenhum garoto”. Isso o fez suspirar fundo e ir parar ao lado dela, retirando o capuz e se revelando:

— Isso não é bem uma verdade.

— Cristal?! — exclamaram as garotas ao mesmo tempo.

— E aí, meninas? Tudo beleza? — ele as cumprimentou simpaticamente, piscando um dos olhos.

...

Ryoha fitava incrédulo o monitor do Decter e o resultado do marcador de compatibilidade. De acordo com o aparelho, ele e Hariza eram incompatíveis. Muito diferente do resultado que recebera ao avaliar o garoto recém-aprovado com a segunda maior nota até aquele momento, 88,75 pontos. Apesar de ele estar abaixo da sua média pretendida, Ryoha não poderia esperar mais um ano para conseguir uma Fairy. Por isso, tinha que começar a pensar em reservas.

Notou também que mesmo com o bom desempenho do garoto, nem um terço dos Domadores presentes o marcara como favorito e nenhum deles o classificara na primeira posição das listas, o que tornaria sua escolha fácil de ser aprovada.

Ponderou mais um instante com o dedo paralisado diante da tela antes de trocar sua primeira opção por ele. Havia algo em Hariza que ainda não a encaixava como a Fairy da Darágona. Mas o que seria?

Decidiu mantê-la ainda como sua primeira opção na lista de favoritos enquanto o teste transcorresse.

— É uma bela escolha...

Ryoha ouviu aquele sussurro rente ao ouvido e se sobressaltou ao fitar a Domadora ao seu lado. Ele arregalou os olhos.

— Mya?

Ela estava toda vestida de preto. Era magra; as coxas estavam bem à mostra devido ao short curto ajustado ao corpo. Usava botas de cano longo até os joelhos e uma camisa regata preta com a estampa do Clã Sira (duas adagas fincadas nos olhos vazios de um crânio de Dragão). Os cabelos negros eram bem curtos, cortados rente ao pescoço, ondulados e com franja na testa. Os olhos também eram negros e ela tinha um rosto bonito.

— Maninho?

O rosto do rapaz ficou vermelho ao ser chamado daquela forma e ele virou para o outro lado, principalmente por notar que a garota se tornara a atração do lugar, pois todos os Domadores se paralisaram olhando as costas dela.

— Continua tímido? Ou é aquele seu lema ingênuo de “não posso desviar do meu foco nunca”?

— Deixe-me em paz.

A garota sorriu de lado.

— Só vim te dar um aviso, maninho. Se continuar com essa Fairy marcada como sua primeira opção de favorito, iremos lutar por ela. Porque eu já decidi: Hariza será minha.

Ele se voltou rapidamente para a garota, as sobrancelhas juntas.

— Você está aqui para escolher uma Fairy?

— Isso é óbvio, não? Achou que eu estava seguindo você?

— E a Clarin?

O semblante de Mya se enrijeceu.

— Se eu estou aqui à procura de outra fada, o que acha que aconteceu?

Os dois continuaram se encarando.

— Se for preciso, lutaremos.

— Ótimo.

— Ótimo.

Ela girou nos calcanhares e saiu pisando firme, numa marcha meticulosa que fazia com que a polpa de sua bunda, mostrada pelo short curto, se movesse em um vai e vem que hipnotizara a maioria dos Domadores presentes, tirandos-lhe o foco da arena.

Ryoha apenas suspirou, voltando-se para a arena e observando a entrada do terceiro Fairy do sexo masculino daquele dia. Esse parecia bem extravagante. Cabelos e olhos de um chamativo tom azul claro e um sorriso largo, apesar de não aparentar ser grande coisa.

Voltou a pensar em Mya. A verdade era que não estava nem um pouco interessado em lutar contra a irmã de consideração. Apesar de estar vestindo o uniforme do seu extinto clã, fora tratado até o momento como um verdadeiro membro de Sira. O pai de Mya, Sora, além de líder do clã, tornara-se o seu pai adotivo, seu mestre e sua maior fonte de inspiração. Enquanto muitos jovens domadores se inspiravam em seu falecido irmão, chamando-o pomposamente de “O Grande Dallian”, ele buscara um exemplo a seguir em seu mestre.

Sora era um dos poucos Domadores de Aurora que obtivera o título de Caçador. E esse era o seu primeiro e maior objetivo: ser reconhecido como Caçador. Depois disso, tudo o que desejava era pôr as mãos no maldito Altroz que exterminara seu clã.

Mas sua distração se dissipou no momento em que viu o Fairy na arena proferir um encantamento que fez a arma de seu Domador Virtual triplicar de tamanho. Ele também apontou o local exato para que se atingisse o Dragão simulado e no instante seguinte a tela de pontuação exibiu o resultado: “Cristal: 99,23 pontos. Aprovado”.

Aquilo era exatamente o que Ryoha estava buscando. Habilidades com armas, raciocínio lógico e eficácia na identificação da espécie de Dragão. Sempre imaginou que as Alfas fossem apenas boas curandeiras e servissem como companhia para os Domadores. Por isso relutara muito em ter uma e só fora até Erix porque precisava ter uma Alfa para se tornar um Domador Oficial. Mas a apresentação daquele Fairy superara toda as suas expectativas.

De repente, um lampejo surgiu em sua mente e ele pediu ao aparelho:

— Decter, reproduza amostra de vozes da candidata Hariza e do candidato Cristal.

Dois cordões saíram do aparelho e seguiram até os ouvidos do Domador, enquanto o vídeo com a entrevista para Alfa era reproduzido na tela. Ryoha sorriu. Era aquela a peculiaridade para a qual não havia atentado e que fazia Hariza não ser a Fairy que estivera procurando: o timbre de voz. Antes apenas achara que a Fada que falara com ele durante o incidente no começo daquela manhã estivesse rouca ou gripada, e que por esse motivo sua voz parecesse grossa. Mas descobriu que aquele timbre era natural, pois não pertencia à “sua” Fairy e sim ao “seu” Fairy.

...

Ryoha estava um pouco chateado por não ter havido disputas pelo Fairy que escolhera. Estava pronto para brigar por ele quando o único aspirante que ainda se mantinha na disputa, um rapaz loiro chamado Crispin, desistiu de repente. Pouco depois, ele tivera a audácia de vir lhe explicar pessoalmente que havia desistido por ter reconhecido seu sobrenome e por ele ser fã do “Grande Dallian”.

Por muito pouco Ryoha não mandou que ele fosse pentear pôneis encantados na floresta de Malva. Além disso, como se desistir por causa do seu fanatismo pelo morto não fosse o suficiente, Crispin ainda o adicionou como amigo na Rede Social de Erix e deixou uma mensagem no seu perfil dizendo: “Não se preocupe, Grande Ryoha. Meu amigo Jagy e eu iremos nos esforçar juntos e tenho certeza de que iremos superá-los.”

Depois daquela, Ryoha desligou o Decter e se desconectou da rede.

“Espero não vê-lo nunca mais, idiota...”.

Era quase noite quando Ryoha e Myah terminaram juntos toda a parte burocrática da aquisição de Alfas e finalmente puderam ir ao encontro de seus Fairies. Os dois saíram para o pátio iluminado da praça de alimentação da vila, onde os encontros ocorriam, e após avistarem seus dois Alfas juntos, caminharam em sua direção.

Hariza notou dois Domadores se aproximando e consultou a ficha de registro que havia assinado, certificando-se de que a foto da ficha de sua Domadora era daquela mulher que estava vindo. E certamente o belo rapaz que a acompanhava era o irmão. Tentou avisar Cristal, que estava de costa para ela, em uma discussão acirrada com a mãe no Difone público da praça, puxando-o pela roupa.

— Ei, Cris. Cris! São eles.

— Espera, Hari. Mãe, me ouve. Agora eu vou viver grandes aventuras. Você não está entendendo, é o meu sonho.

— Criiis?

— Mãe, depois a gente se fala, viu? Não, não. Não tem como explicar melhor agora. Não, mãe. Já disse. Eu não estou em Fedra. Olha, agora não dá. Tá. Te amo. Tchau.

Depois de desligar, Cristal se virou eufórico e ansioso para conhecer seu parceiro Domador. Quando seus olhos se fixaram na bela garota Domadora, ele não viu mais ninguém ali, somente ela.

— Então é você?

Ele estava caminhando para cumprimentá-la, quando sentiu um agarro na gola da sua camisa impedi-lo de se aproximar de Mya.

— Não fique tão animadinho, Fada. Porque a Fairy da minha irmã Mya é a sua colega. Você pertence a mim.

Cristal arregalou os olhos ao ver Mya segurar a mão direita de Hariza na sua e, após se apresentar, depositar sobre o torso dela um beijo demorado. Aquele era um cumprimento formal que selava o início do elo entre Domador e Alfa. Já que estavam esperando ali havia muito tempo, tinham visto muitos daqueles cumprimentos acontecerem.

Depois que sentiu sua gola ser solta, voltou-se para trás e viu quem era seu Domador. O rapaz de olhos prata daquela manhã.

— Vo- você... ?

— “Você” não. Ryoha. Daqui pra frente, sou seu mestre, Fada.

Arrogante. Ar impetuoso. Não era bem o que estava esperando. Cristal também não esperava receber do seu Domador nenhum cumprimento especial, mas se surpreendeu quando Ryoha apanhou seu pulso e levou-o até a boca. Mas ao invés de depositar um beijo nas costas da sua mão, como era o costume, Ryoha virou sua mão para cima e lambeu-lhe a palma, deixando nela um rastro húmido. O gesto causou arrepios em Cristal e o fez puxar o braço rapidamente.

— Você é louco?!

— Pare de assustar seu Fairy com atos pervertidos, maninho. Tá querendo fazê-lo desistir antes de começar, é?

— Quem sabe? — Ryoha desdenhou, encarando seu Fairy com um sorriso perverso no rosto.

Mas Cristal não se intimidou. Apenas limpou a palma da mão na lateral de sua bermuda e, sorrindo, respondeu:

— Desistir depois de chegar até aqui? Nunca.

Continua...


Notas finais do capítulo

Comentem! Até o próximo! o/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Leia Também

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...