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[Lost Canvas ] Assim Não Tem Graça?, escrita por Anita

Capítulos: único
Autora: Anita
Fandom: Saint Seiya The Lost Canvas
Classificação: Livre
Gêneros: gen. Drama, humor.
Status: completa
Resumo: Sísifo, Sasha. Sísifo acaba causando frustração em Sasha ao falar o que não deveria. Ele a acompanha na esperança de que passem logo os efeitos de suas palavras.

Notas Iniciais: 
História escrita para a Quinzena Lost Canvas, um desafio promovido pela comunidade Saint Seiya Super Fics Journal. Confesso que foi difícil definir o que é a história. Prefiro que não se guie por meu gênero e apenas leia como uma história. Os eventos se passam anos antes da batalha de Hades.


Olho Azul Apresenta:
Assim Não Tem Graça?


  Que horas seriam? O sol brilhava mais forte do que em qualquer outra hora; era tão quente seu contato contra a pele que podia senti-la queimar. Sísifo franziu os olhos à sua frente e, por um momento, achou estar vendo uma miragem. Observou calmamente uma jovem parada em meio às ruínas do Santuário, ela usava um vestido branco simples e seus cabelos roxos batiam abaixo dos ombros.

- Minha deusa? – ele a chamou, ainda desconfiado do que via.

  Aquela era uma área consideravelmente afastada do lugar onde a moça deveria estar. Mesmo os cavaleiros não costumavam frequentá-la, portanto, o que se via passar eram discípulos sem o controle dos olhares vigilantes de seus mestres e soldados fora de serviço.

- A senhorita está bem? – insistiu.

  Quando se preparava para uma terceira tentativa de chamá-la, Sasha se voltou com os olhos um pouco desfocados, tal como se houvesse acabado de acordar e ainda pudesse ver o que acontecia em seu sonho. Mas, no instante seguinte, ela pareceu reconhecê-lo e sorriu tenramente.

- Sísifo!
- O que faz nesta área? Mesmo sendo o Santuário, sabe que preferiríamos que não se afastasse das doze casas. – Estava consciente de que mantinham como um passarinho, ainda assim, sustentou o semblante livre de qualquer compreensão. Ela não precisava de leniência nas condições atuais.
- Sinto muito, Sísifo. Não pretendia andar até tão longe. É que encontrei um grupo de aprendizes e... – Ela baixou os olhos. – E vim seguindo eles até aqui.
- Alguma razão em especial, minha deusa?

  Ela pareceu pronta para balançar a cabeça negativamente, mas acabou por assentir com cautela. Suas bochechas se tingiam de um rubor.

- Falavam de uma festa na vila de um deles. Uma festa!
- Ah, sim. Kardia comentou que uma das vilas que o Santuário protege está tendo um festival hoje. – Após a lembrança, Sísifo notou que não entendera a explicação da menina para seu atual humor. – A senhorita está preocupada por alguma razão?

  Ela repetiu os gestos indecisos antes de lhe responder:

- Só achei legal. Todas as vilas são tão pequenas e vazias. Não esperava que fizessem festa.

  Sísifo sorriu, aquiescendo lentamente. Suas lembranças o levavam às poucas vezes que o próprio tivera a oportunidade de aproveitar esses eventos quando criança.

- São bastante raros, mas nessas épocas que precedem a colheita algumas vilas gostam de se reunir, na esperança de que bons frutos virão. No final, é mais como uma forma de se divertirem antes de o trabalho duro começar.

  Sasha retribuiu as palavras com um mexer de lábios, seus olhos haviam perdido o foco mais uma vez. Após observá-la por mais de um minuto, Sísifo fechou o punho. Não fazia muito tempo desde que a trouxera até aqui, mas era o bastante para já haver entendido todos os suspiros desde que a tal festa lhe fora mencionada.

- Minha deusa, creio que possamos ir conhecer o festival. Se essa for sua vontade.

  Agora, os olhos que ela lhe voltava em resposta pareciam brilhar de ansiedade.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Fazia já algum tempo que Sasha não lhe segurava a mão. Quando a trouxera ao Santuário, por todo o caminho, ela a havia apertado como se pudesse cair em um abismo quando a soltasse. Aos poucos, a pequena menina passara a confiar mais em seus arredores até não mais precisar do toque de Sísifo para lhe assegurar. Era bom, sempre pensara ele. Era bom que houvesse aprendido não precisar prendê-lo fisicamente, pois sempre estaria a seu lado.

  Em meio à festa barulhenta, ele pedia por um retorno ainda que temporário do costume. Contudo, Sasha já corria para algum novo lado.


-Olha! Eles estão apostando aqui! – Ela apontou para uma mesa rodeada de homens apostando em uma queda de braços, torcendo animados por cada lado. – O Tenma adorava brincar disso no orfanato. Mas eu sempre ganhava dele! – Ela começou a levantar as mangas do capuz que Sísifo insistira que usasse para sua proteção e entrou na roda.
- Minha... – Sísifo engoliu o tratamento e a seguiu. Quando estava próximo o bastante, cochichou-lhe. – Não quero desapontá-la, mas creio que só haja ganhado de seu amigo devido a seu cosmo. Sage não gostaria que o utilizasse agora em uma aposta.

  Sasha o olhou pensativa. Os olhos, antes vidrados na disputa, agora caíam a seus pés.

- Meu cosmo?
- Exato. Creio que, em meio à adrenalina, haja se valido dele sem perceber. Hoje que está em pleno treinamento, poderia fazê-lo conscientemente, mas não o recomendo. – E, por puro costume, mexeu a boca ao final, gesticulando “minha deusa”.
- Ah... – Então, sorriu levemente. – Eu não usaria. Não seria justo.

  Sísifo sorriu-lhe de volta e retornou aos homens, que pareciam haver terminado. Um erguia os braços, flexionando os músculos em desafio para sua plateia.

- Permita-me. – O cavaleiro deu um passo à frente e também ajeitou as mangas de suas vestes.
- Não. Não tem sentido se não for eu. – Sasha agora tinha a mão presa a seu braço. – Olha! – Apontou para outro canto do festival.

  Em seguida, ela correu para onde porcos estavam para ser leiloados. A capa que deveria lhe ocultar a identidade apenas lhe cobria parte das roupas, enquanto o capuz dançava caído em suas costas.

- Olha aquele! – Apontava divertida sem conferir se Sísifo havia de fato lhe seguido até lá. – Parece arrumado para conhecer a família de sua noiva ou algo assim. – Então gargalhou, já distraída com outro dos porcos sendo alinhados dentro da cerca que os separava do público. Sísifo lhe subiu o capuz uma vez mais.

  Antes mesmo que o leilão terminasse, Sasha já se havia dispersado seguindo outra multidão. Um pequeno grupo se apresentava com instrumentos musicais, tocando uma melodia ligeiramente familiar para Sísifo. A menina não conseguia conter os ombros de excitação, mexendo-os em todos os ângulos possíveis enquanto observava os rapazes.

- Por que não experimentam?

  Sasha voltou-se em direção à voz que o disse. Dentro de uma das barracas que os cercavam, um homem barbudo estendia um prato cheio de uma substância branca gosmenta, coberta por várias cores de temperos. Não obstante o som da música, fora audível o barulho vindo de dentro da menina.

- Minha deusa, tem certeza de que quer comer aquilo? – Sísifo curvou-se um pouco e apontou para o prato.
- Eu... posso?

  Ele investigou as moedas que pegara em sua casa. Com certeza, não podia dizer que não tinham dinheiro, mas a situação ainda o incomodava.

- Não sei se lhe faria bem, não está acostumada com esse tipo de comida.
- Mas, Sísifo! Antes comíamos qualquer coisa que houvesse no orfanato. Eu morreria de fome antes de envenenada.
- Sua identidade parece segura por enquanto, - disse olhando ao redor. Todos estavam entretidos demais com a festa para considerarem a possibilidade de terem uma divindade entre eles.

  Após ajeitar-lhe o capuz novamente, ele anuiu por fim:

- Mas permita-me comer primeiro.

  Sasha hesitou um pouco antes de concordar. Poucas crianças de sua idade entenderiam tão bem o que lhe fora dito.

- Aposto que está muito bom! – disse, enquanto observava com olhos enormes a porção ser derramada no prato do cavaleiro.

  Os dois se sentaram em uma longa mesa rústica e Sísifo começou a comer o alimento tentando não pensar em nada. Ao contrário do que Sasha esperava, a gororoba era ainda pior do que parecia a primeira vista. Eram muitos temperos brincando na língua do cavaleiro para ele conseguir dizer ao certo o que era pior ali. Ao terminar, ele entornou o copo de água em um gole e pediu outro sem sentir qualquer alívio à queimação em sua língua.

- Posso agora?

  Ele se assustou ao perceber que havia se esquecido de Sasha por um momento. Penitente pela própria falta, Sísifo apenas assentiu antes de retornar ao copo.

- Ah, como é gostoso! – disse após colocar a comida na boca pela primeira vez. 

  Uma gotinha de lágrima brilha no canto dos olhos da moça, fazendo o peito do cavaleiro queimar momentaneamente. Perguntou-se que tipo de comida lhe era dada na época do orfanato. De toda forma, aquela foi uma das raras vezes em que se sentia contente por ela não estar mais lá com seu irmão e amigos.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Tão logo pusera as moedas sobre a mesa pelos dois pratos de grude, notou que Sasha já havia debandado de novo. Esforçando-se para não perder a paciência com a própria deusa, Sísifo apressou-se até onde ela seguira. Era outra das barracas do festival, e um homem fazia um pequeno malabarismo com três bolas enquanto desafiava os passantes a acertar os vários objetos alinhados em prateleiras de madeira.

- Ah, vai pegar algo para a sua irmãzinha? – O homem olhou para Sísifo; então, abriu um sorriso de dentes podres em direção a Sasha. – Talvez... aquele lindo lenço? – Fez menção a um tecido púrpura enrolado sobre uma das prateleiras.

  Estava pronto para responder que Sasha era nova demais para essas coisas de mulher quando notou na menina os mesmos olhos vidrados que ela vinha lançando aos porcos, aos músicos, à gororoba. Sísifo entregou com um suspiro as duas moedas em pagamento, feliz por haver trazido o bastante para satisfazer sua deusa.

- Aqui estão as bolas, você tem três tentativas. – O homem entregou as mesmas que vinha balançando para o público. – Facílimo, não?

  Não, para uma pessoa destreinada não seria fácil derrubar um lenço inteiro daquela prateleira, pensou. Teria que combinar força o bastante, com a mira apurada de forma a não bater a bola contra a madeira. Contudo... Sísifo exibiu seu sorriso mais confiante. Tiro ao alvo era sua especialidade.

- Sísifo? – Sasha segurou diretamente em sua mão. – Eu quero fazer isso. Já te disse: se for eu mesma, não terá graça.
- Mas é o lenço que a senhorita quer, certo?
- Tenho certeza de que isto não é igual a uma queda de braços. Posso tanto quanto qualquer outro aqui.
- Mas eu...
- Eu sei. – Ela assentiu. – Por isso mesmo; terá menos graça ainda se for você!

  Ele sentiu m sabor amargo na boca que em parte estava relacionado ao grude ingerido antes. Mas também pelo arrependimento de haver decifrado por que Sasha fora capaz de vencer seu amigo na queda de braços.

  Após receber a primeira bola, ela deu um passo para trás e fechou um dos olhos por um momento. Depois, testou fechar o outro. Inconscientemente, a ponta de sua língua ensaiou sair por seus lábios enquanto ela se concentrava.

  Com o primeiro lance, a bola passou a poucos centímetros lenço, fazendo-o dançar sobre o ar. Na tentativa seguinte, tal qual Sísifo previra, a bola quicou sobre a madeira e bateu sobre o pano no teto da barraca antes de cair inerte no chão.

  Sasha olhou de volta para seu cavaleiro e pegou a última bola trêmula.

- É melhor respirar um pouco primeiro, - sugeriu-lhe.
- Eu estou bem! – Ela deu um passo a mais para trás e lançou.

  O lenço foi arrastado pela madeira e parte do mesmo deslizou, quedando-se pendurado apenas pela outra metade.

- Ah, sinto muito. A regra é derrubar no chão. – O homem mostrou seus dentes podres novamente enquanto recolhia as bolas. – Mas foi por pouco! Se quiser tentar mais uma vez, não mudarei nada do lugar.

  Sasha olhou animada para Sísifo, que assentiu.

- Mas são as últimas moedas, - disse-lhe ao entregá-las.
- Tem certeza de que está tudo bem gastar assim?
- Não vejo melhor uso para elas que para fazê-la feliz.
- Eu vou conseguir! Tenho um plano! – Ela se debruçou na madeira que separava o homem do restante do festival e perguntou: – Posso lançar duas bolas de uma vez, moço?

  O homem considerou a pergunta por um tempo, mas deu de ombros.

- Fique à vontade, minha filha.

  Após recuperar as duas bolas, Sasha refez o ritual de antes. Parecia bem mais calma enquanto se preparava para o lançamento. Era bom vê-la entretida como uma criança de sua idade, pensou Sísifo satisfeito consigo mesmo. Concomitantemente, a terceira bola em sua mão parecia quente. Ele próprio desejava aquele desafio, poder trazer um novo sorriso para ela.

  Com bastante força, Sasha deu o primeiro lançamento.

  A bola passou rápida pelo tecido, lançando a metade ainda sobre a prateleira no ar. No instante seguinte, ela jogou com a outra mão a segunda bola. Então aquele era o plano! E era muito bom, após a primeira levantar o pano, a seguinte se prenderia e o arrastaria consigo para o chão. Contudo, no afobamento, Sasha não conseguira controlar a outra mão. A bola passou torta sobre as prateleiras e caiu do outro lado sem tocar em nada. O tecido voltou à posição anterior.

- Ah... – Sasha olhou frustrada para o pano e então para sua mão esquerda. – Eu errei.
- Mas foi uma estratégia formidável, - disse Sísifo ao lhe oferecer a última bola.

  Já desanimada, Sasha apenas fez como de início e jogou a bola em direção ao pano sem qualquer intenção mais complicada. Talvez, exatamente porque a tensão havia passado, ela conseguira fazer o pano se mexer ainda mais um pouco, balançando-se sobre a madeira.

- Não vai cair. – Ela se virou para ir embora, antes mesmo de se poder ter certeza de suas palavras.

  Todavia, estavam corretas e o pano permaneceu sobre a madeira.

  Sísifo agradeceu ao homem e começou a segui-la.

- Eu posso tentar jogar uma vez, minha deusa. Tenho certeza de que ele nos permitiria com a moeda que tenho. Uma tentativa por uma moeda me parece justo. – Mostrou-lhe a derradeira enquanto seguia os passos apressados da menina.
- Não. Realmente, assim não tem graça. Sinto muito, Sísifo, mas podemos ir embora? Já está anoitecendo.

  Ele assentiu, sem mais o que pudesse fazer.

  Considerou pegar-lhe em sua mão, ao menos segurar-lhe o ombro para mostrar que estava ali, mas não iria mudar nada. Havia muitas coisas de que um cavaleiro nunca poderia proteger sua deusa, concluiu ele. Mas acrescentou-se: por isso mesmo deveria garantir que todas as demais não lhe atingiriam, não importava o quão difícil fosse o alvo.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Estavam em frente ao salão do Mestre quando uma voz os chamou da direção do templo de Peixes. Ao longo do caminho de volta, alguns dos cavaleiros haviam já perguntado vezes demais sobre como fora o primeiro festival de Sasha. Os maneirismos de Kardia eram tudo de que menos precisavam.

- E aí? Soube que deram uma passada lá na vila!
- Sim, estamos todos um pouco cansados. Por que não conversamos amanhã?
- Nem quero conversar, Sísifo. É que eu também acabei de voltar e bem... Mas nem sabia que tinham ido até me dizerem agora há pouco. Aí que trouxe um presente para a Sasha.

  Sísifo o viu tirar algo do meio das roupas e observou incrédulo do que se tratava enquanto era oferecido para a presenteada.

- Oh. – A pupila de Sasha se dilatou quando viu o mesmo lenço que vinha querendo.

  Se ao menos o idiota do Kardia lhe houvesse consultado antes, Sísifo poderia ter impedido aquela lembrança dos eventos de mais cedo. Por que ele sempre tinha que agir sem considerar nada? Sísifo tentou ponderar o que fazer enquanto a própria Sasha não reagia.

- Kardia, o que a nossa deusa faria com esse pedaço de pano? – E afastou a mão estendida do outro cavaleiro. – Dê isso para aquelas meninas que vivem na sua cola.
- Ué, ela parece ter gostado.

  Sísifo voltou-se para Sacha e percebeu os mesmos olhos virados de tantas vezes antes, agora voltados para o tecido.

- Sim! – Sasha pegou o lenço e o apertou contra o peito. – Muito obrigada, Kardia! Eu estava mesmo querendo ele.
- Ah, quer dizer que o viu no festival e o pão-duro do Sísifo não te deixou pegar, né? – O outro cavaleiro gargalhou.

  Antes que a menina precisasse narrar os acontecimentos infelizes, o próprio Sísifo decidiu também agradecer.

- Ah, que isso! Só queria trazer um pedacinho do festival. Como o moço que vendia comida não me deixou trazer um pouco, aí escolhi algo que mulheres gostam.
- Aquela gororoba... – resmungou Sísifo.
- Mas estava muito boa!
- Sim! O melhor prato que comi desde que cheguei ao Santuário, - acrescentou Sasha.

  Neste momento, Sage apareceu na entrada de seu Salão e chamou para que a menina entrasse, pois ainda teriam estudo antes da última refeição do dia.

- Eu tenho que ir agora. Muito obrigada, Kardia!

  Quando estavam somente os dois, Sísifo se preparou para voltar para casa. Mas antes, congratulou Kardia mais uma vez. Podia estar um pouco desapontado que Sasha houvesse aceitado o lenço como presente daquele homem quando não lhe deixara pegá-lo para ela, mas o sorriso que ela acabara de esboçar valia muito mais.

- Você conseguiu na primeira tentativa?
- As bolas? Eu até tentei de primeira, mas quando vi que ia ser difícil usei um pouco o cosmo. Com ele fica fácil, né? Que nem uma agulhada. – Havia algo de sádico no último comentário, enquanto mostrava a unha de seu indicador.

  Sísifo preferiu não comentar mais nada sobre isso, apenas pediu que não o dissesse para Sasha, caso lhe perguntasse. Mesmo não parecendo compreender, Kardia concordou e se despediu.

  Naquela noite, Sísifo não conseguiu dormir. Talvez houvesse sido a frustração, ou a insegurança de algo acontecer com sua deusa durante o festival, mas estava certo de que o maior culpado de sua insônia era aquele prato de comida estranha. Ao menos, Sasha parecia haver se esquecido da frustração no dia anterior e desfilava com seu novo lenço.  Sísifo tentou se agarrar àquela imagem durante todo o dia seguinte enquanto fazia seu trabalho, lutando contra o mal estar para não preocupá-la.

FIM!

Anita, 06/12/2012

Notas da Autora:

Agradecimentos à Nemui pelo incentivo para escrever mais uma história e principalmente pela ideia cedida. Eu realmente não ia escrever nada assim antes, mas também não sabia bem do que eu queria falar. Espero que resultado não tenha ficado parecido com a história dela que me inspirou... Se ficou, espero que ela ao menos tenha gostado do Sísifo!



Peço desculpas pela falta de verossimilhança histórica. Foi difícil descobrir exatamente o que um festival possuiria naquela época, então muito ali foi inventado.



Não se esqueçam de comentar, por favor!
 

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