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[Saint Seiya] As Vítimas, escrita por Nemui

Capítulos: Único
Autor: Nemui 
Fandom: Cavaleiros do Zodíaco
Gênero: drama
Classificação: livre
Resumo: (Humor) Máscara tem uma péssima fama entre os cavaleiros de ouro por fixar nas paredes da Casa de Câncer as cabeças de suas vítimas. Mas por que será que isso acontece?



Era um dia como os outros no Santuário. Máscara montava guarda na casa de Câncer quando Aioria apareceu.

“Estou passando pela sua casa, Máscara.”

“Heh. E se eu não permitir?”

“Então terá de se explicar para o mestre depois, porque preciso ir realizar uma missão.”

“Então… o filhote de leão quer sair para pegar o jornal para o grande mestre?”

“Eu vou passar.”

Máscara não o impediu. Aioria caminhou apressado, com horror das cabeças incrustadas na parede do templo. Notou que havia mais cinco que ele nunca tinha visto.

“Você… andou matando pessoas inocentes de novo, não é?!”

Sem esconder o orgulho, o colega sorriu:

“Sim! Essas foram particularmente trabalhosas. Mas são uma beleza, não acha?”

“Seu miserável! Os cavaleiros não podem matar pessoas inocentes! Devem protegê-las!”

“Blah, blah, blah… Até parece que isso me interessa. Escute, seu irmão do traidor, vá beijar os pés do mestre e me deixe em paz. Eu estou muito ocupado!”

“Matando inocentes, não?”

“Como adivinhou?”, respondeu Máscara, rindo.

“Idiota! Nem sei como se tornou um cavaleiro de Athena…”

Aioria foi embora, e Máscara deu uma boa olhada nas novas cabeças da Casa de Câncer. Eram todas com uma boa proporção. Os rostos chorosos e cheios de lágrimas passavam a impressão de estarem vivos. As bocas, num arco de tristeza, exibiam dentes deformados.

Máscara admirava suas cabeças. Eram verdadeiras obras de arte. Enganavam-se aqueles que pensavam que paisagens sem graça em quadros podiam ser chamadas de obras de arte. Pois, para ele, a arte precisava indagar, provocar, remexer o estômago. As cabeças de suas vítimas eram exatamente isso: arte.

“Mestre, eu já posso sair?”

“Ah, mas é claro. Venha, vamos continuar.”

Um tímido servo voltou para o salão principal do templo, carregando uma mesa de bar com um tabuleiro. Sobre ele, havia dois bonecos feitos artesanalmente. Máscara aproximou-se e revelou o dado na mão.

“Se eu tirar quatro pra cima, ganharei esta rodada.”

“Mas se for menos que quatro, eu vou ganhar com certeza.”

“Vamos ver no que vai dar.”

Máscara da Morte agitou o dado na mão e lançou-o sobre o tabuleiro. O cubo rodou e rodou, atravessando campo e caindo no chão. Os dois olharam para baixo. Era um cinco.

“Ah, eu ganhei de novo!”, comemorou o cavaleiro.

“Foi uma vitória muito boa, senhor.”

“Obrigado. Desta vez, quase que você me vence. Mas eu venci! Agora sou dono do seu personagem! E como extensão do meu prêmio, sabe o que quero, não?”

“Sim, senhor. Vou anexar a cabeça do personagem na sua parede hoje mesmo.”

“Esse é o meu servo! Você é o melhor decorador que eu já tive.”

“É uma honra ouvir isso, senhor.”

Olhando em volta, Máscara procurou um espaço vazio perfeito para a sua nova cabeça. Para cada personagem conquistado no jogo de RPG, mais uma peça de arte aparecia na decoração de sua casa, vinda das mãos habilidosas de seu servo, um artista do Santuário.

“Ah, a arte… Nada como prender as cabeças de suas vítimas nas paredes de sua casa, só para chocar as pessoas no caminho!”

Máscara respirou fundo e soltou o ar devagar, com satisfação. Ver os rostos enojados de seus colegas cavaleiros era o seu mais querido hobby. Até Aioria voltar, uma nova vítima estaria fixada em seu belo templo.

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