Notas Iniciais:
Sim, enfim o último capítulo, foi muito bom receber os e-maisl de
vcs cobrando cada vez os capítulos! E sinto muito pelos constantes atrasos e
demoras. O importante é que acabou. Lembrem-se q cavaleiros não é meu, mas
pretendo continuar a fazer fics sobre eles huahauahuahauha. Aos que sentirão
falta do Ikki e da Saori, quem sabe eu faça mais fics com o casal? Agora à
Fic.
Olho Azul Apresenta:
Quando Nossos Olhos
se Reencontrarem...
se Reencontrarem...
Capítulo 8 – Das Cinzas Sempre Surge Um Novo Amor
-Algo
falhou e, ao tentar aterrizar, o avião...-Saori sentia-se afogando, ouvindo a
voz de June falar o que já sabia e não queria constatar- ele acabou caindo...
Eu sinto muito... Eu sinto muito, Shun. O rádio disse que não houve
sobreviventes.
-Ikki...?
Meu irmão!? June, diga que é mentira!-Shun parecia outro, sacudindo a namorada
até que esta sorrisse e negasse a história.
A única que não derramou uma lágrima sequer,
até então, era Saori. Porque não era verdade. Porque ela havia dormido no
trânsito, enquanto sonhava com o telefonema que daria a Ikki. Enquanto escolhia
as palavras de confissão. Ou porque nem havia acordado. Aquele dia todo fora um
sonho, que agora virava um pesadelo terrível.
Por que mais seria?
Era impossível que um cavaleiro tão forte, um
jovem tão cheio de futuro, tivesse morrido daquela forma patética.
Era uma ilusão, um horrível pesadelo.
E assim a menina ficou, estática. Queria
abraçar alguém, algo... Ikki. Sim, abraçá-lo e ouvi-lo dizer que era mentira.
Que ela não tinha deixado o amor da vida dela sair voando...
E ele insistira tanto... Pedira tanto pra que
ficasse.
Ela era a culpada! Se não fosse orgulhosa, se
tivesse raciocinado um pouco... Tantos sinais! Tudo indicava para ela tê-lo
pedido para ficar. Tudo.
E agora?
Agora tinha ouvir alguém negar, alguém tinha
que negar aquilo. Ela ia passar o filme, ler a última página do livro... Ter o
final feliz por que tanto pedira. Aquele que sentia que ganharia, como toda
mocinha merecia.
-Saori...-A
voz de Shun era distante –Saori, ei, Saori.
Mas foi se aproximando e as luzes voltaram
aos seus olhos.
-Shun?
Eu...
-Ela
está bem...-Ouviu dizer para alguém próximo.
-Que
alívio! Senhorita Kido, nunca mais nos dê este susto,-Jabu dizia, sacudindo-a.
Estava numa sala. Sua sala de estar. E
rodeada de amigos. Shun, June, Tatsumi, Jabu... Todos pareciam tão preocupados.
-O
que houve?-ela perguntou, ainda em transe.
-Você
ficou parada sem nem respirar lá fora... Shun te trouxe até aqui e estávamos
tentando te acordar, ou sei lá o quê, -June dizia, com os olhos vermelhos.
E a realidade retornou.
-Ikki!
Onde ele está!?-Ela levantou-se do sofá em que a haviam sentado.
-Ojousama...
Ele está...-Tatsumi não conseguira completar. Por mais atritas que houvesse
tido com o jovem, também parecia ser uma perda muito dolorosa para ele.
-É
impossível! Ele está bem! Ele está dormindo no quarto ou então ainda está
voando para a Alemanha... É isso, o que mais seria? Aviões não caem assim.
Nunca! Ele não morreu –Saori gritava cada vez mais alto, Talvez assim fizesse
aquilo realidade.
Algo quente a abraçou.
-Ojousama...-era
Jabu, -Por favor, entenda... Já aconteceu, não podemos fazer nada. Por favor.
-Jabu...-a
jovem deitou sua cabeça pesada no ombro do fiel guardião e finalmente chorou.
Era bom chorar. Chorar e se cansar. Ocupar a
mente; esquecer por que se chora. E aquele era um corpo quente, reconfortante.
Era um amigo que sempre estivera ali. Mas ele nunca entenderia o que se passava
por dentro dela. Nunca...
Mas isso já era o bastante. Um ombro no qual
compartilhar o peso de sua cabeça tão pesada. Abarrotada de pensamentos.
-Eu
estou aqui, ojousama... Sempre –Jabu repetia, enquanto ouvia sua amada chorar
por outro. O amor dela não era mais segredo para ninguém. Não fazia mal. Ele
sempre estaria ali por ela.
Sentia o corpinho dela tremer ora
desvairadamente, ora em ritmo. E ao sentar, apertava-o, confortava-o com o que
podia. Ele também entendia um pouco da dor. Nem ele podia segurar as lágrimas
por perder não só um amigo, mas o motivo de felicidade da sua Deusa. Era
duro... Era duro ver aquela guerreira chorar como uma princesa presa em uma
torre medieval.
Mas ele estaria sempre ali para ela. Sempre.
Com o tempo o corpinho da menina passou a se
acalmar. Até que ficou num choro mudo e numa respiração rítmica.
-Ela
dormiu...-ele falou, enfim dando-se conta da realidade.
Shun estava em outro sofá com a namorada,
deitado em seu colo. Parecia quase que em transe. A amazona acariciava seus
cabelos e, sem saber o que mais fazer, sussurrava algumas palavras doces para
ele.
Tatsumi estava estático ao lado de Jabu.
Segurava uma bandeja com um copo d’água que já parecia ter esquentado.
-Ela
não vai querer, né?-ele perguntou ao cavaleiro.
-Ninguém,
Tatsumi. Eu sinto uma rolha presa na minha garganta. Acho que todos nós.
-Ela
dormiu?
-Sim.
Vou levá-la até seu quarto e ficar por lá com ela. Chamo se precisarmos de
algo, certo?
-Eu
vou ver se encontro alguém para cuidar dos trâmites legais. No final das contas
não vai demorar muito até ligarem Amamiya com a Fundação, que o adotou quando
mais novo.
-Tem
razão –Jabu pegou a menina nos colo e a levou com um bebê para seu quarto.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Eu
ainda não consigo acreditar. Ele... Ele era a única coisa que significava
família pra mim, June –Shun comentava, sentando-se no sofá.
-Entendo
o que diz, senti algo assim quando o Mestre morreu. Como Ikki te criou, Albior
também esteve lá pra mim. Não sei se eu agüentaria outra perda assim. Mas acho
que sempre agüentamos; temos que entender que sempre perderemos as pessoas que
amamos. De uma forma ou de outra, as perderemos. Ninguém é pra sempre, né?
-Mas
assim de repente!? Ele tava falando em filhos!
-Que
coisa... Falecer assim. Mas agora tudo vai começar. O mordomo lembrou bem:
trâmites legais. Foi um acidente catastrófico...
-Droga!
Não consigo pôr na cabeça que meu irmão não está aqui! E o pior é que ainda o
sinto. Algo lá no fundo diz que isso é tudo uma mentira.
-Shun,
vá tomar um banho gelado ou quente... Sei lá; mas relaxe. Eu vou pedir para alguém
da cozinha fazer um chocolate quente pra você. Se dormir, acordará com a cabeça
mais pronta pra realidade. Vá, Shun...
-Obrigado,
June. Acho que se eu não tivesse alguém do meu lado... Estaria mais que
perdido. Sou tão imaturo; ainda não tinha considerado que meu irmão fosse
partir.
-Mas
isso já não ocorreu antes?
-Sim,
porém no meio de batalhas. Sempre havia um objetivo para apagar da minha cabeça
o que ocorria, seguir em frente. Agora é a vida e nada mais. Nada mesmo...
-E
eu?
-Quê?
-Shun,
temos uma vida inteira pela frente! Eu te amo, Shun. Não sou seu irmão, mas
estou aqui. Serei uma irmã, uma mãe, uma melhor amiga; o que quiser! Porque eu
te amo!
-June...-Shun
beijou sua amada, ainda com lágrimas nos olhos.
Um barulho interrompeu o beijo.
-O
que é isso?-June perguntou.
-É
meu celular... Deve ser Miki ou Kigeru. Deviam saber o número do vôo. Não estou
pronto pra falar com ninguém. Depois de um banho ligo pra eles. Não me deixa
dormir sem fazê-lo.
-Está
certo!-a amazona sorriu.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
A menina levantou-se. Sim, sentia-se uma
menina. Era uma sensação extremamente familiar. A de estar num quarto escuro, a
de sentir um vazio, a de perder alguém.
Aquilo havia acontecido quando ainda era bem
nova e perdera seu único sustento e elo com o mundo afetivo. Dessa vez não era
nada diferente. Talvez estivesse se sentindo ainda mais criança.
Por anos e anos, lutara para não mais ser
vista como uma criancinha num mundo de cobras peçonhentas e lobos famintos.
Agora chorava, querendo ser tratada como tal. Queria muito aquele conforto que
só as pessoas que aquela de capuz negro havia levado para longe.
Tantos sinais... Era o que lhe vinha à
cabeça. Tantos que só agora se revelavam sempre presente. Ela mal conseguia
descrever a frustração. Se não fosse seu orgulho em querer provar que podia
viver sozinha sem se humilhar por um homem.
Humilhar-se? Aceitar que alguém fique a seu
lado era isso? Se ele tivesse ido para a Alemanha e nunca querido retornar
seria bem merecido para ela.
Ikki só queria afeto da parte dela... Um que
ela sempre foi cuidadosa o bastante para não mostrar. Afinal, quantas vezes não
lera que homens não gostam de mulheres “em cima” deles?
Besteira!
E agora ela o havia matado. Era tanta culpa...
E como queria que ele a abraçasse. Só ele
seria capaz de lhe aliviar a dor. De tirar aquele aperto de seu coração.
E mais uma vez seu celular tocava. Seria
Seiya que ouvira sobre a morte? Algum outro Cavaleiro? Talvez Julian...? Não
ninguém saberia do vôo de Ikki. Talvez fosse Seiya,seu grande amigo.
Caminhou até sua bolsa e tirou o celular de
lá. O minúsculo objeto metálico vibrava em sua mão, mas a pequena tremia tanto
que nem sabia se era realmente ele.
Não, nem Seiya. Nem Seiya a aliviaria. Nem se
ele estivesse aqui seria capaz daquilo. Talvez, a deixasse ainda mais
desesperada.
Esperou que o toque e a vibração cessassem.
Quando o silêncio voltara, a menina abriu e desligou o aparelho. Naquele
momento ela só queria ouvir suas lamúrias e nada mais.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Shun não sabia que um banho podia lhe fazer
tanto bem. Ainda se sentia triste, mas não havia tantas pontadas agora em seu
coração.
Ainda um tanto úmido, e com a roupa vestida
de forma apressada sobre o corpo, saíra do banho com olhos vermelhos.
O quarto estava escuro, apesar de ele ter
certeza de que do lado de fora ainda era um dia normal como outro qualquer. A
cama permanecia arrumada, porém June havia se deitado e adormecido, enquanto
esperava o fim do banho do namorado.
O jovem de cabelos esverdeados suspirou;
normalmente a acharia linda daquela forma. Mas Ikki não estava mais lá. Nunca
mais.
Com um novo suspirou deitou-se ao lado da
jovem. Seu corpo estava cansado, ansiando por um bom descanso.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
O jovem de cabelos loiros escuros continuava
a observar a caixa eletrônica a sua frente. Não entendia o que estava havendo.
Olhava para a CPU do computador e depois para o monitor. Então olhava para o
teto, suspirava e recomeçava o ciclo.
-O
que há, senhor Jabu?-o mordomo moreno e desprovido de cabelos indagava. Mas a
pergunta já fazia parte do ciclo. Quantas vezes Tatsumi já a repetira ao rapaz?
O relógio marcava a sexta hora e o céu já
estava quase que completamente escuro. Um sino distante anunciava a todos que a
noite já chegava e só aquilo fora capaz de quebrar o ciclo.
-Senhor
Jabu?
-Não
existe...-o rapaz enfim falou.
-O
quê?
-Ikki...
Ele usou uma passagem no nome dele? Você sabe?
-Não,
senhor. Não faço idéia. Amamiya foi aquele quem comprou tudo, a firma não tem
nada a ver com isso.
-Estará
usando um nome falso ou o quê...?
-Afinal,
o que houve, senhor Jabu?
-Na
televisão, passaram a lista dos falecidos. Fiquei o dia todo aguardando.
Poderíamos ter errado o número do vôo, ou sei lá. Talvez Amamiya tivesse
sobrevivido, não é?
-Falsas
esperanças... Se bem que é como dizem: “coisa ruim não morre”.
-Também...
Mas, de fato, o nome dele não estava lá. Pensei comigo: eu posso ter me
perdido. Então fui ao site da companhia e nada. Não consta aqui.
-Será
que só puseram os corpos identificados?
-Não.
Também pensei assim. A lista dos identificados existe em separado. Mas esta é a
lista dos que embarcaram.
-Será
que realmente temos o número errado do vôo?
-Tenho
como descobrir se arranjar o CPF do Amamiya pra mim, Tatsumi-san.
-Isto
é bastante fácil.
Em cinco minutos, Jabu já tinha todas as
passagens já compradas por Ikki naquela companhia.
-Ele
comprou a passagem para aquele vôo sim...-o jovem falou com um tom intrigado.
-Então
não embarcou?
-Mas
Kido-ojousama o viu indo ao portão de embarque!
-Devo
acordá-la, senhor Jabu?
-Eu
não sei... Não quero dar-lhe falsas esperanças.
-E
quanto ao irmão?
-Pobre
Shun... Mas faça-o. É importante demais. Algo aconteceu com Ikki para não ter
dado notícias, caso não tenha embarcado.
-Sim,
senhor.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Shun não podia acreditar naquilo. Se aquilo
fosse verdade podia significar que seu irmão estava vivo. Mas também podia
significar problemas. Pois Ikki morrera ali onde não estava legalmente presente.
Sua cabeça dava voltas. Talvez pelo longo
sono.Talvez pela esperança de ver seu irmão. Talvez sem razão alguma.
-O
que acha, Shun?-Jabu perguntava, mostrando novamente a lista de embarque.
-Ikki
entregou a passagem ao homem...
-Mas
entrega-se a passagem assim?
-Não
sei, mas ele a entregou. Talvez só a exibiu, não sei. Mas ele entrou lá, Jabu.
-Então
o nome dele deveria estar na lista de embarque. Deve ligar para a companhia e
ver o que houve, Shun.
-Eu
não estou em condições para isso, Jabu. Não poderia fazê-lo por mim?
-Você
é o parente. O único. Sinto muito...
-Amanhã
ligarei. Agora quero descansar mais um pouco...
-Não
há necessidade de gastarem telefone, senhores,-Tatsumi falou entrando na
sala,-O caso já foi solucionado.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-**-*
Um barulho alto vinha da porta corrompendo o
silêncio fúnebre que se havia instaurado no local.
A jovem semi-adormecida, que distraidamente
mirava o teto num estado de transe, acordou de súbito.
De início, era difícil entender. Como quando
se está sonhando e acorda com uma catástrofe ocorrendo. Você mal sabe o que há
que todos gritam.
Assim estava Saori, ouvindo alguém bater à
porta.
-Quem
é?-enfim pôde dizer. A voz não enganava ninguém. Parecia alguém que havia sido
sedada. A verdade era que a dor havia se encarregado daquilo. Fora tanto que já
não sentia nada, nem mesmo seu próprio corpo.
-Sou
eu, Kido-ojousama, Jabu. Tenho algo importante a te mostrar. Saiu a lista de
embarque do vôo do Amamiya.
-Depois
eu vejo, Jabu... Quero ficar longe disso.
Era duro demais encarar que ela tinha que
cuidar daquilo. Sua Fundação era a tutora legal de Ikki até que ele completasse
vinte e um anos. Ela teria que cuidar dos trâmites...
-Está
bem... Mas venha parar a janta, sairá em meia hora.
-Eu
prometo.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
O que a água não conseguira apagar, a melhor
maquiagem do mundo ocultara. Kido descia a escada com a mesma altivez de
sempre. Não que quisesse mostrar sua independência, como outrora. Ela só queria
poder se ocupar de algo. E que este algo fosse sua aparência.
A conversa vinha animada na sala principal de
jantar, onde ela sempre fizera sua refeição noturna.
Seria alguma notícia boa? Seria tudo de antes
um pesadelo?
Que assim fosse... Que assim fosse... Que
assim fosse...
Suspirou e continuou caminhando, ainda
implorando para o tempo voltar à noite anterior, a qual passara ao lado do
amado.
Que assim fosse...
Abriu a porta com a classe usual e fez sua
entrada.
Tudo começara a rodar depois de então. A mesa
se misturara à cadeira e ao lustre do teto. O enorme relógio de pêndulo parecia
balançar mais que o próprio. O rosto de Shun, de Jabu, de Tatsumi e de outros
se embaçaram mostrando gente que não deveria estar ali. Seiya, Shiryu, Hyoga,
seu avô, Ikki...
Enfim, escureceu.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Aí
está você!-uma voz masculina familiar falou.
-Quantas
vezes já desmaiou desde semana passada, ojousama?-e depois outra.
E mais e mais...
Estaria insana? Por que via Shiryu, Hyoga,
Seiya e Ikki ali? Os quatro... Nenhum dos quatro deveria estar ali. Nenhum!
Sim, estava doida.
-Ficamos
preocupados... Começou a ficar cada vez mais pálida, e mais e mais, até que
caiu...- “Shiryu” disse.
-Precisava
ver a cara do Jabu, foi hilária!-“Hyoga” completou.
-Claro
que fiquei preocupado. Ela estava muito branca!
-Poderia
até fazer propaganda de sabão em pó: “Além dela, ninguém deixa mais
branco”,-“Seiya” dizia com um sorriso.
-E
aí, Saori? Surpresa? Eu quase morri quando vi todo mundo...-Shun dizia com
lágrimas nos olhos.
-Isso
aqui é verdade?-a jovem, enfim, perguntava.
Todos os presentes a olhavam com gotas de
suor no rosto.
-Claro
que é! Quando soube de Ikki saí correndo de Asgard. Nem avião peguei...-Hyoga
começou, -Então ele me ligou e explicou que estava bem e –o jovem pausou,
notando que a moça não estava ouvindo uma palavra, tão fixamente olhava para
Ikki.
-O
que faz aqui!? E o avião?
-Eu
tentei te ligar, Saori... Pra você, pro Shun... Nenhum dos dois quis atender.
Então liguei pro Seiya e ele avisou os outros. Falou para esperá-los no
aeroporto mesmo que ele ia fretar um vôo pra cá e viria assim que Hyoga
chegasse à Rússia.
-Você
está vivo...?-Havia lágrimas em seus olhos. –Como!? Não houve sobreviventes,
certo?
-Mesmo
se fosse assim, sou a Ave de Fênix! Não vai ser um mísero acidente que vai me
matar quando nem um Deus conseguiu.
-Mesmo!?-Agora
as lágrimas rolavam livremente. Fora tudo um pesadelo!
-Eu
nunca embarquei, Saori. Mas como as estradas estavam um inferno, nenhum táxi
estava vindo nesta direção; pra se somar a isso, Seiya pediu para esperá-lo. E
quando liguei pra você nada-
Ele nunca completara a frase, pois os lábios
de Saori acabaram por impedir os dele.
-Sinto
muito, Ikki! Fui orgulhosa demais e nunca te pedi pra ficar. Não queria que
ficasse por pena de mim e sim por amor. Então não pedi, eu sinto muito. Eu
queria muito! Fique, por favor, nunca mais volte à Alemanha. Que se danem suas
coisas e seu emprego... Fica comigo!
Ela o abraçava bem forte, não se importando
com todos os olhos que os fitavam. Ikki estava ali!
-Não
quero voltar. Que idiotice a minha... Não lutar por um amor e me dar por
vencido daquela forma! Eu fiquei por você, Saori. Eu te amo... E faz muito
tempo. Se não disse antes foi burrice, estúpidas conclusões que não valem a
pena serem mencionadas.
-Eu
também, Ikki, eu também! Ai, estou tão feliz!
Ambos estavam.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Então
foi realmente você quem ligou...-Shun falou, olhando para o celular dele e de
Saori.
-E
me ignoraram, -Ikki falou imitando mágoa.
Saori o abraçava novamente.
-Desculpa,
Ikki. Mas acho que não vou mais te largar... Nem acredito que não embarcou.
-É,
por isso Jabu não me viu na Lista de Embarque. Ele ignorou a lista de
sobreviventes, que foram os que por um motivo ou outro não embarcaram, -Ikki
deu um leve beijo na testa da nova namorada e olhou para o irmão mais novo.
Shun havia ficado tão feliz com seu retorno que mal havia jantado. –Irmão,
tenho um favor para te pedir. Jura que aceita?
-Claro,
oniisan, qualquer coisa!
A jovem olhava intrigada para o namorado.
Algo lhe dizia que tinha a ver com ela, talvez a forma com que Ikki a olhava.
-Seja
o padrinho de nosso casamento -Ikki disse, espantando não só o irmão, mas como
também a noiva, -Sim, estou te pedindo em casamento, Saori-chan.
-Casar!?
-Aceita
ou não?
-Claro,
Ikki! Com certeza!-E ela o beijou.
-E
você, Shun?
-Com
uma condição.
-Qual?-Saori
perguntou.
-Nada
de sobrinhos pra me puxarem os cabelos!
E os três riram.
Saori e Ikki pararam e se olharam ternamente.
O olhar que passaram dias evitando. O olhar que passaram anos procurando. Um
olhar de amor, companheirismo e compreensão. Aqueles olhos haviam finalmente se
reencontrado.
FIM!
Anita, 18/03/2004
OMAKE!!!
Notas
Iniciais:
Esta
aqui será uma resposta a um desafio que me foi proposto, lembrando que Saint
Seiya não me pertence, e nem meu amado KangTa, porém há aqui a primeira
aparição de um personagem o qual verão muito em um futuro próximo, o nome dele
é Fahel, mesmo que aqui não esteja escrito. Aproveitando para fazer uma
propaganda da minha primeira fic original ^^
Capítulo
8.2 – Quando os Que Não Deviam Aparecem
Saori chora muito a morte de Ikki ao receber
a terrível notícia. Mas, neste momento, um ser de luz e de olhos vermelhos
redondos aparece e num trovão faz surgir um outro homem; não era seu Ikki. Era
mais atraente e arrumado, alto, atlético e de cabelo escuro.
-Olá;
sou KangTa, seu marido, e eu te amo.
-Kangta...
Que lindo nome! Eu também te amo...
E vivem felizes para sempre.
FIM!
Anita, 16/02/2004
Notas da Autora:
Certo, lá estava eu com a Vane e o Ikki no chat, nisso eu e
Ikki começamos a discutir e eu disse que poderia quando eu quisesse dar o fim
que quisesse à história. Ele não acreditou. Escrevi rapidamente o que está
acima e ele disse que duvidava que eu realmente fizesse isto.
Bem, disse que faria e aqui está! Bem feito Ikki-kun, vc se
ferrou!!!
É o fim da fic e
espero que tenham gostado, como em todo fim de fic gostaria de agradecer a meu
Deus que tah sempre comigo, à Vane, minha grande amiga q se deu ao trabalho de
revisar quase toda esta fic, a todos os que se dignaram a me cobrar pelos
capítulos que nunca vinham, inclusive aos que me ameaçaram ^^U
Bem, aqueles que querem mais detalhes sobre o fim original
da fic é só me mandarem um e-mail para anita_fiction@yahoo.com
e para mais fics minhas, sempre chegando antes de qualquer outro lugar está o
Olho Azul, meu abandonado site: http://olhoazul.50webs.com/
Beijos para vocês e até a próxima!!!
OMAKE II
Capítulo 8.3 – Quando os que Sobram Querem Mais
Um grupo de jovens se reunia numa sala
secretamente. Estavam indignados. Como podia acontecer aquilo!?
-Eu
protesto!-disse um de cabelos meio lilases, -Eu também exijo um par, pelo mesmo
uma aparição! Nem isso tive!
-É
isso aí, Mu!-todos concordaram.
-E
eu!? Tive um monte de aparição e fiquei sozinho...
-Ah,
Miro, pelo menos aparecer apareceu... Eu com minha beleza infinita, nem
menção!-Afrodite protestar passando as mãos pelos cabelos.
-O
mesmo para mim... Aliás, nenhum cavaleiro de prata apareceu! Por que só as
amazonas? E ainda querem direitos iguais, -Misty falava.
-Por
isso fundamos esta seita! Movimento Queremos Namorada!-o líder Ichi falou.
-E
eu a Saori!-Jabu comentou.
-E o
que é que eu estou fazendo aqui? Eu queria estar rezando meus mantras...- Shaka
disse, fazendo menção de sair.
-Nem
pensar, precisamos de alguém como você Shaka, perto de Deus...-Kanon comentou.
-Mas
o que você tá fazendo aqui se nem guerreiro de Athena é!?
-É
que... bem, eu também quero uma namorada...-o rapaz respondeu.
-Conheço
seus truques Kanon! Está tentando nos controlar também, não é!?-Mu disse.
-Err...
Bem... Por que tenho que sempre sofrer esse preconceito!? Nem posso me aliar a
vocês. Até o babaca do Saga conseguiu, por que eu não!?
-Eu
te entendo, caro Kanon. Você está conosco então...-Ichi falou, pondo um pin na
roupa de Kanon.
-Sim,
claro! Eu protesto!-O rapaz deu um sorriso malévolo. –Abaixo os Fanfiqueiros!
“Agora
conseguirei um grupo só para mim e destruirei de uma vez esses fanfiqueiros,
huahauhauahauha!”
Continuará...?
Anita, 18/03/2004
Notas da Autora (por toda a fic):
Sim, aí está o verdadeiro final com direito a omake.
Demorou mais saiu, nem acredito! Terminou!!! É tão bom ^^
Agradeço muito a todos os que me leram e a Deus por me permitir
terminar isso. É bem verdade que essa fic já tinha me dado nos nervos por não
ter seguido o rumo que eu realmente queria. Se possível serei eu mesma nas próximas
vezes, para que isto não aconteça mais. Buscar a perfeição é algo tolo, assim
como tentar agradar a gregos e a troianos. Em toda fic, tudo o que importa é o
quanto o autor pode se divertir. Então pode ser que eu tenha saído muitas vezes
da linha, por este combate dentro de mim. Mas a partir de agora, tentarei me
agradar primeiramente e torcerei pra que isso também agrade aos outros.
Por isso, a
todos os que torceram por mim, mandaram um mail ou mais (principalmente aos que
mandaram mais, hehe) aqui está meu sincero agradecimento. É por vocês que eu
cheguei até aqui. Não é um grande lugar, mas após a horrível experiência que
tive com esta fic sinto-me mais madura. Mesmo parecendo um tanto arrogante,
agora adquiri autoconfiança o bastante para ser eu mesma e mais ninguém.
Obrigada! Vejo todos na próxima ^^
Bem eu falei tudo o que tinha pra falar nas outras notas
então mande seus comentários para anita_fiction@yahoo.com
e visite meu site para novas fics http://olhoazul.50webs.com/
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