Notas Iniciais:
Eu acho que isso é mais velho que Zeus, ou as
armaduras, ou pior: que o Mestre Ancião (sim, muito velho), mas deve ser dito
(ou não ? quem inventou isso aqui? Só serve pra eu usá-lo pra surto de
comediante): Saint Seiya não é meu. A Fanfic é. Sim, eu copio do Masami
Kurumada, mas nem pensem em me copiar, porque eu sei Português e algumas outras
línguas, tenho amigos que falam o resto e lêem muitas fics. Você não tem
escapatória.
Olho
Azul (quase não) Apresenta:
Quando Nossos Olhos
se Reencontrarem...
se Reencontrarem...
Capítulo
5 – Quando Meu Olhar se Fixa à Espera do Teu
Todos se levantaram ao verem Ikki entrar, acompanhado de Saori, na sala.
-Ele vai conosco.-Seiya
respondeu, meio alegre por Saori não ficar sozinha naquele dia, com todas
aquelas crianças ao redor.
-Exato. Vai mais alguém além
de nós?-perguntou Ikki vendo Shun, Hyoga e Shiryu, com seus amigos.
-Nós!-Carl respondeu com
Sabine ao seu lado.
-Ou pretendia nos largar,
garotão?-esta perguntou, alegre. Mas, no fundo, arquitetava cuidadosamente seu
plano.
-De forma alguma!-Ikki
respondeu, sorrindo. Sua consciência estava parcialmente limpa e, agora, as
coisas deviam dar certo. Contanto que mantivesse sua mente limpa de pensamentos
em Saori.
-Nós também!-alguém
apareceu, meio sem fôlego, na sala.
Aioria chegava acompanhado de Miro, Camus e
Saga. Logo atrás vinham June, Marin e Shaina.
-Ah, claro! Eu chamei os
cavaleiros do Santuário para que se divertissem um pouco aqui no Japão.-Saori
explicou. –A vida não é feita só de treinamento. Mas todos os demais tiveram
que ir. Estes aqui não tiveram nenhuma desculpa, porém.
-É mesmo! Eu tô doido pra ir
lá, além do mais!-Miro falou, já em direção à saída.
Os demais o seguiram até as vans, que os
aguardavam na rua.
-E as limusines?-brincou
Hyoga.
-Achei que chamariam muita
atenção... Mas era o que Seiya havia pedido.-Saori explicou, já entrando em uma
delas.-Não se preocupem, elas também são bem confortáveis. Especializadas em
levarem grandes grupos a todos os lugares.
E assim seguiram.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Haru no Hoshi
O enorme grupo chegou lá e foi recepcionado
por vinte crianças. Todas muito alegres por finalmente saírem do orfanato e se
divertirem, como deveria ser.
-Seiya-niichan!
Seiya-niichan!-gritavam todas.
Sendo que umas ousavam um Kido-neechan. Mas
eram rapidamente repreendidas por Miho.
-Amamiya-san, que surpresa!
Fico feliz em vê-lo.-ela comentou.
O rapaz apenas sorriu.
-Não viria?-perguntou
Sabine, ao seu lado.
-Ontem, ele disse que
não...-Miho respondeu.
-Bem, não fui tão curto e
grosso assim, fui?-o rapaz tentou confirmar.
Miho apenas assentiu com um sorriso.
-Meu nome é Carl Benneck.-um
braço apareceu na frente da menina.-É um prazer.
-É... Miho... Sou quem cuida
destas crianças...-ela respondeu, meio vermelha e sem saber o que fazer.
-Não liga para ele... É um
conquistador barato. Sou Sabine Krüger!-e fez o cumprimento que muitas vezes
vira os japoneses fazerem.
-Prazer!-Miho
respondeu.-Vocês não parecem ser daqui.
-É tão visível assim?-Carl
perguntou. Mas ao não receber resposta, apenas fez uma careta.
-Eles são da Alemanha.-Ikki
respondeu.
Logo, Seiya anunciou que todos entrassem. As
crianças saíram correndo, apesar dos gritos de Miho.
-Seiya-niichan, vamos ao
Carrossel? –uma menina ruiva lhe perguntou.
-Hã... Tudo bem! Alguém mais
quer nos acompanhar?-e lá foi com todos os que quiseram.
O grupo se dispersou.
O parque era grande e aberto. Uma raridade em
termos de Japão. Os brinquedos eram novos, seguros e feitos com tecnologia de
ponta. Para completar, o parque estava vazio naquela segunda. Com o inverno, a
temperatura começava a cair, apesar da manhã bem quente.
Ikki caminhava com Shun e Sabine. Durante
toda a confusão do baile, não tinham podido conversar muito.
-Então vocês decidiram romper?-o
garoto perguntou.
-Isso mesmo! E aí o Ikki
virou galinha!-ela acrescentou.
-Como assim!? Não posso
namorar garotas?-Ikki se defendeu.
-A última que beijou... Qual
era o nome dela?-Sabine perguntou, cinicamente.
-Você venceu...
-Como assim, niisan?
-Bem, a gente conversou
tanto que me esqueci de lhe perguntar o nome... Foi no avião para Seoul.
-Conversaram?-Sabine
perguntou, insinuando.-Sei... Só que beijar e falar ao mesmo tempo deve ser um
feito, né?
-Nós conversamos sim. Eu
também não beijo qualquer uma.
-Devo me sentir lisonjeada?
-Vocês são engraçados quando
brigam!-Shun comentou, rindo.-Lembram-me Kigeru e Miki...
-Seus amigos?-perguntou
Sabine.
-Sim.-Ikki respondeu. – A
diferença fundamental é que Kigeru é apaixonado por Miki. E a Sabine é passado
para mim, Shun. Não vem que não tem...
-Mas não foi o que eu quis
dizer... Se bem que vocês dois devem ter feito o par ideal! É só que... Vocês
discutem igualzinho.
-É discussão de quem se
conhece!-Ikki disse, puxando Sabine para si, pelo ombro.
A menina se sentiu um pouco vermelha. Ikki,
diferente de Carl, raramente se mostrava tão impulsivo com os amigos. Logo,
fazia um tempo que ele não lhe puxava assim... Talvez desde que tinham rompido.
E era tão bom...
“Não!”, gritou dentro de si.
“Não posso ficar pensando nestas coisas, se eu não agir rápido, Ikki nunca será
meu...”
-Ikki... Shun...-ela falou,
tentando se desvencilhar do abraço de Ikki.-Eu vou ver as crianças, mal falei
com elas... E também Saori Kido, quem sabe não consigo uma exclusiva? Até mais!
-Você se lembra do ponto de
encontro?-o amigo lhe perguntou.
-Sim!-assentiu para
enfatizar, mostrando-lhe um belo sorriso.-Na porta do parque às sete, para
irmos jantar!
-Até mais, Sabine-san!-Shun
lhe falou.
-Ja ne, Shun-chan!-ela
disse, sumindo da vista dos outros. Se ficasse mais um pouco ali, Ikki saberia.
E, caso isto acontecesse, ela não teria mais chance alguma.
Uma hora teria que ficar a sós com Ikki...
Mas não naquele momento.
-Niisan...-Shun sentou-se
num banco.-Eu ainda não pude falar nem com June nem com Miki... Ambas parecem
me evitar. O que faço?
-Deixe de ser um chorão,
Shun...
-Como assim?
-Eu nem conheço essa June...
Mal falei com Miki... Como posso te aconselhar? Talvez, dessa vez, você esteja
sozinho...-era o melhor a aconselhar. Depois de tudo o que dissera na noite
passada, aquilo era tudo o que bastava dizer. Não era o entendido nos assuntos
amorosos, nem podia mandar na vida de seu irmão. Se ele quisesse ser feliz no
amor, então não seria com planinhos... Seria por si próprio que conseguiria.
-Mas... Eu estraguei tudo!
-Não vejo em quê.
-Dei um fora na Miki e
deixei a June no vácuo.
-Continuo sem entender...
Você não gosta da Miki, só a feriria falando qualquer outra coisa.
-Não foi por querer...
-Certo... Mas se
amenizasse... Não... Não é cavalheiro “enrolar” uma garota.
-E não é isso o que estou
fazendo com June?
-E o que diria a ela?
-Não sei.
-Então... Decida-se! Cresça!
-Como você e Sabine?
Olhos de Ikki se encolheram a pontos e seu
rosto ficou pálido. Finalmente sentou-se ao lado do irmão. Mirava
ininterruptamente o solo... Como ele notara?
-Ikki... Eu não sei o que há
entre você e Sabine, mas... Há.
-Não, não há nada... Nós
rompemos há muito tempo, acabou.
-Então pare de ir atrás dela.
-Não estou fazendo isso... É
muito mais complicado que isso.
-Pode me contar?
Ikki mirou o irmão... Era o mais maduro a se
fazer... Abrir-se. Mas, como? Por onde começar? Saori...
-Saori...-podia sentir o
olhar de Shun, fixo em si. Mas não ousou encará-lo...
-O que Saori-san tem a ver
com isso?
-Eu não posso tê-la, Shun...
E Sabine... Bem, eu posso.
-Saori-san? Não entendo.-mas
ao notar que o irmão não olharia, decidiu apenas aceitar o fato.-Então está
usando uma para esquecer-se da outra? E sou eu quem tem que crescer!?
Diante de tal grito, Ikki finalmente olhou o
irmão.
-Saori-sama é minha deusa.
Não estou usando Sabine... Apenas não posso me envolver com Saori-sama.
-E onde Sabine entra?
-Em lugar algum. Não há nada
entre nós, repito.
Ao fundo, um vulto se mexeu. A conversa
estava encerrada e o plano estava armado.
Hiko sorriu levemente. Alguém ali ainda seria
feliz.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Onde está Camus?-Marin
perguntou a Shaina.
-Saiu com Miro e
Saga.-respondeu friamente, não gostava de ser olhada tão intensamente por
aquelas crianças.
-Aioria também foi... Isso
não é bom.-Marin respondeu, sentindo a irritação da amiga na própria pele. Mas
aquilo era mais importante.
Aioria e Miro eram bons amigos e estavam
sempre armando algo. Saga e Camus também eram amigos e, normalmente, não eram
alvos dos outros dois.
-Estarão armando de
novo?-perguntou June.-É um tanto fora da rotina de ambos... Eles não têm medo
de Saga?
-Também do Camus... Como não
pensei nisso, antes...-completou Shaina, esquecendo os olhares curiosos nas
três.
-Já foi bem suspeito terem
te pedido para ficar mais, não é Shaina?-perguntou Marin.
-Sabiam que eu seguraria
Camus. E assim, Saga.
-Mas também tentaram com os
outros... eu ouvi.-June falou.
-Não conseguiram porque não
queriam, conheço o namorado que tenho.-Marin afirmou.
-Mas é atípico que mexam com
Camus-kun e com Saga, também.
-A menos que seja só um
deles a vítima...-June falou.
-Acha que Camus está junto
com Aioria e Miro nessa?-Marin perguntou, mas sem muita necessidade... No
fundo, sentia um frio na espinha. Mexer com Saga podia resultar em problemas
para Aioria.-Aaaaai! Aquele cara não se emenda!
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Ei, Hiko!-alguém gritou o
nome da menina.
“Ah, meu Deus!”, ela pensou
ao identificar a voz de Hyoga.
Não havia ninguém por perto para aplicar o
truque do baile. Então decidiu ir a algum brinquedo.
Entrou no primeiro, sem nem ver o que era.
Para dar de cara com milhares de Hikos.
-Eu te vi entrando
aqui...-Hyoga gritou, estava bem próximo...-Achei!
A menina olhou para o lado para ver vários
Hyogas em volta de um verdadeiro. Só sorriu.
-Que bom! Eu estava me
sentindo perdida aqui...-mentiu.
-Não sei por que motivo anda
fugindo de mim, mas preciso te falar algo sério... Vamos sair daqui?
-Fugindo? Eu? Por que faria
isso, Hyoga?
-Também não entendo sua
cabeça...-pegou a mão de Hiko e a puxou.
Assim, caminharam até um local, um tanto
longe do parque. Era um lago de tamanho médio e água cristalina, com vários
pedalinhos parados na entrada do brinquedo. O funcionário lia um jornal
entediado, encerrando sua ação ao avistar os dois. Mas percebeu que não iam
exatamente para lá.
Hyoga virou à direita e foi em direção a uma
árvore, onde havia um banco. Ali eles se sentaram, encarando o calmo lago.
-Depois que nos beijamos...
Eu fiquei com uma coisa na cabeça.-ele começou. Sem olhá-la nos olhos, suspirou
fundo.-E não tem a ver contigo. Faz tempo que não penso nisso... E agora que
tenho alguém... Isso volta a me atormentar.
-Do que está falando, Hyoga?
-De uma garota.
Os olhos de Hiko se encolheram. Era o que
Seiya havia alertado, mas mesmo assim... Mesmo fugindo dele, ou talvez por
fugir dele, estava apaixonada. Era trágico aquilo... Acabara de notá-lo. Logo
depois de ele lhe dizer que não tinha chances, ela notava algo assim...
-Uma garota?-repetiu
calmamente, para ter certeza de que havia entendido.
-Sim... Não a vejo há muito
tempo. Eu tinha catorze anos da última vez.
-Uma paixão de adolescente...
-Não. Mas uma paixão, sim. O
nome dela é-
-Fler... Seiya havia me
dito... Falou para não me envolver contigo por causa dela.
-Ele sempre intrometido.
Mas, bem... A verdade é que Fler... Eu não a vejo há quatro anos. Ela mora no
Norte da Europa e a conheci quando visitei seu país. Gostei muito dela, mas...
Bem, tive que voltar. Achei que a tinha esquecido, cada um tem a sua vida e
prefiro ficar na Sibéria, para ajudar aquele povo tão miserável. Coisas têm que
ser sacrificadas, não é? Quando nos beijamos, lembrei-me dela. E isso só foi
aumentando... Esse peso... Esse peso de não ter ficado lá. É intenso demais!
Então, eu decidi que hoje vamos embora, Hiko. O pessoal vai sair pra almoçar e
a gente vai pra Sibéria, ali te deixo e... Bem, decidi que vou para lá, para
Asgard. Se Fler aceitar ir comigo para minha terra, assim será, se não, bem, eu
fico.
-É assim, então?
-Eu pretendia te contar mais
devagar, mas como Seiya já havia te dito algo...
-É assim, então?-repetiu.
-É.-ele baixou a
cabeça.-Vamos nos divertir e nos despedimos ao fim do dia.
Hyoga se foi, sentia-se um pouco mais leve.
Hiko havia reagido muito bem; melhor que o esperado. Agora era só voltar para
Fler!
-Ele... Ele...-ela fala para
si em voz alta, como se para acreditar melhor. –Ele vai embora, vai me deixar.
Levantou-se.
“Não, ele não pode! Seiya
ainda não está com Saori... Eu planejei tanto! Não é justo... Ainda nem garanti
o dinheiro da minha Central. Eu não vou pedir a meu pai, não me rebaixo a
tanto. Sou independente! Vou ficar e pedir à Saori... Hyoga não pode ir... Não
pode terminar com Fler, ele vai terminar comigo e com mais ninguém, minha
história vai ter final feliz!”, pensou. Tudo lhe ocorria muito rápido. Eram
muitas decepções de uma só vez...
BUM!
Havia se chocado contra alguém.
-Sinto muito! Não via por
onde andava!-falou, olhando para a pessoa.-Seiya!
-Hiko...Seus olhos...
Ela enxugou as lágrimas que se formavam
rapidamente e sorriu forçado.
-O que tem eles? Estão mais
bonitos?
-Não... Você está chorando.
Estão vermelhos e úmidos, por isso estão feios! O que houve?-encaminhou-a então
para um banquinho ali perto. Ia com Miho e as crianças ao pedalinho, mas aquilo
teria que esperar.
-Eu não vou poder te
ajudar.-então caiu no pranto.
-Como assim?
-A ficar com Saori... Não
vou poder...
-Está tudo bem, eu sei que
não tem jeito. Por que não a ajuda com a ficar com a pessoa de quem ela gosta,
hein? Pelo menos ela será feliz assim.
-Não é isso... Hyoga. É
ele...
-O que é que tem ele?
-Ele vai embora... Não, nós
vamos embora. Melhor, eu vou para Sibéria e ele vai pra Asgard, ou algo assim.
Pra ficar com aquelazinha!
-Fler? Como assim? Hiko! Eu
te disse, não precisa me ajudar, volte tranqüila pra casa e- então parou no
meio da frase. Não era aquilo, ela não choraria por algo assim...-Eu te disse
pra não se apaixonar por ele! Agora vai ser outra de coração partido...
-Eu sei...
-Agora não há o que fazer...
-É...
-Mas você fica!
-Quê?
-Não pode ir sem me ajudar
antes, certo? Você fica. Ou eu não te ajudo com a Central.
-Mas... Seiya...
-Se não quiser ajuda, tudo
bem, vá.
-Obrigada!-e o abraçou,
agora chorando de alívio, era melhor se não voltasse agora para aquele lugar
frio e cheio de problemas... Voltaria depois, cheia de soluções!
Seiya abraçou de volta, um tanto vermelho de
surpresa. Não sabia que Hiko podia ser tão expansiva e se sentia bem, era ótimo
ajudar. Entendia aos poucos a dedicação daquela menina por aquele bando de sem
destino.
-O plano é o seguinte!-ela disse,
se afastando.
-Plano? Que plano?
-Saori, lembra? Bem, você
vai ficar hoje com ela!
-Como?
-Amamiya está meio que
enrolado com aquela amiga dele.
-Shun? O que ele tem a ver
com isso?
-Não! O Amamiya que chegou
hoje, Ikki. Ele ainda sente algo pela amiga, uma ex-namorada. Então ele deve
andar com ela por hoje. Você só vai ter que puxar a Saori pra cá pro pedalinho
pra “ajudar com as crianças” e ficar com ela depois que os pestinhas já se tiverem
ido com a menina.
-Com a Miho?
-Hai, isso mesmo. Aí você a
chama de novo pra ficar, algo sobre continuar ontem e pronto!
-Não vai dar certo.
-Larga de ser pessimista e
mãos à obra!
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Pronto!-Saori disse, após
embarcar com mais uma garota naquele brinquedo.
Era bom afastar um pouco sua mente de Ikki. Aquela manhã tinha sido tão
estranha! Por que lhe teria pedido desculpas? Tudo ficou tão mal explicado... E
agora ele só ficava com aquela alemã... Muito estranho..
-Vamos apostar
corrida?-Seiya também havia embarcado uma criança num outro e agora acenava
para ela.
-Com certeza!-ela respondeu
sorrindo. Era muito difícil até de esquecer “um pouco” de sua situação incerta.
Miho observava os dois na lagoa. Era
interessante como o brilho no olhar de Seiya mudava na presença de Kido. No
baile estava tão tristonho e agora...
Sentia ciúmes e inveja por não surtir tal
efeito nele mas, ao mesmo tempo, estava feliz por não vê-lo mais tão para baixo.
-Por que não está pedalando?
-Como?-virou-se para ver o
alemão de mais cedo.
-Com as crianças... Estão
todas aqui fora, por que não pedala com uma delas?
-Porque alguém tem que tomar
conta delas enquanto os dois estão lá dentro.
-Ah, que chato! Devem estar
ansiosas... Alguém quer ir comigo então? O tio Carl ama um pedalinho!
Todas levantaram os braços e umas pediram que
fossem elas.
-Vamos por ordem alfabética
então!-Miho deu a idéia. E Carl, então, entrou com a primeira criança. E logo
com muitas outras.
Meia hora depois, todas já haviam ido duas
vezes.
-Que tal irmos lanchar
algo?-Carl sugeriu, com todos assentindo.
-Legal!-um gordinho gritou,
arrancando risadas de todos os presentes.
-Eu não estou com muita
fome... Por que não vão vocês? Eu vou andar mais um pouco!-Seiya declarou.
-Tudo bem. Menos um pra
comer...-brincou Carl.
-Eu também já comi o
bastante no almoço para o dia inteiro. Mas se alguma criança ainda desejar
pedalar, estou à disposição.-Saori disse, sorrindo.
-Sinto muito, senhorita
Kido, mas é melhor todo mundo ir comigo. Nós nos vemos daqui a quarenta e cinco
minutos aqui mesmo, está bem?-Miho falou, olhando o relógio.-Às quatro horas em
ponto, ou seja...
-Tudo bem!-ela respondeu, já
os vendo partir.
-Quer pedalar mais um
pouco?-perguntou Seiya um pouco atrapalhado, não esperava ficar a sós com ela
tão facilmente.
-Sim, eu não sabia que algo
tão infantil pudesse ser tão bom.-disse Saori sorrindo, já em direção à lagoa.
Seiya ajudou-a a subir e logo entrou também.
-Realmente é ótimo!-exclamou
o jovem, mas realmente não se referia ao brinquedo.
-E como vai tudo Seiya?
Gostou do parque?
-Sim! É perfeito! As
crianças estão amando e fico feliz que tenha vindo.-então houve uma pausa e ele
continuou.-Hyoga vai embora hoje...
-Ele me disse, almoçamos
juntos com Shiryu e Shunrei, que também estão partindo.
-Pedi que Hiko ficasse...
-Alguma segunda intenção?
-Não da minha parte. Ela
quer uma ajuda á Central de lá da Sibéria. Decidi ajudar, em nome da Fundação.
-Eu já pretendia fazê-lo.
-Não parecia.
-Ela é uma menina orgulhosa,
Seiya. Tem o pai rico, a quem poderia pedir ajuda, mas não se rebaixa a tanto.
-Creio que só queira fugir
das asas do pai, nada mais normal. É mais independente se endividar pra comprar
o primeiro carro que pedir o dinheiro emprestado com o pai, não é?
-Você gosta dela?
-Não.-o garoto se assustou e
parou de pedalar por um momento.-Por que tal pergunta?
-Parecem se dar tão bem...
Até quis que ficasse... Tem certeza?
-Absoluta, Saori.-então
olhou a menina nos olhos.-Na verdade... Eu já tenho alguém que amo.
-Mesmo? Deve ser uma garota
de sorte... Ou te recusou.
-Ela gosta de outro...
-Ah... Cruel destino o
nosso, não é? Ikki e aquela menina... Ouvi que são ex-namorados. Aposto que
ainda há algo. Eu conheço a sua? Talvez possa te ajudar, como você me ajuda!
-É você.
Naquele momento as cores da menina se
esvaíram por total. Tudo corria muito rápido... Imagens de Seiya conversando
com ela sobre o convite; tentando convencê-la a sair com mais um garoto;
pedindo-lhe para que fosse aquele que a beijaria primeiro; falando que Ikki
havia chegado... Tudo se misturava.
Ele já lhe havia dito aquilo, naquele mesmo
dia, durante o baile... Ele havia lhe dito que a amava... Mas, aquilo era o
momento, não é? Para que tudo fosse perfeito. Ela não era a que tornava sua
vida miserável, só por não corresponder aos seus sentimentos... Como Ikki lhe
fazia...
Não, ela não wera... Ele não gostava dela,
era brincadeira...
-Você me pegou!-declarou,
forçando um riso, para descontrair o momento.
Mas o rapaz continuou sério, olhando-a nos
olhos fixamente. Não podia ser...
-Não! Isso é brincadeira...
Você...
Então ele foi se aproximando pouco a pouco.
Ela tentou recuar... Seus corações batiam forte demais. Ele estaria a ponto de
dar seu primeiro beijo apaixonado e, ela, o seu primeiríssimo... Mas ele não
era Ikki... Nas suas fantasias, ela beijava Ikki. Ele era aquele que lhe
ensinava o que era o amor... Era ele!
Fechou os olhos, tentando se dizer que aquilo
era ilusão, um sonho ou pesadelo, ou uma simples quimera... Mas ainda sentia
Seiya se aproximando...
Até que algo quente e macio lhe tocou os
lábios semicerrados. Era Seiya que fazia força para que sua língua entrasse na
boca que tanto desejava... Saori pôde sentir os fortes braços a enlaçar-lhe,
como um escudo protetor... Tudo rodava, tudo se remexia dentro dela... Seus
lábios cederam aos do garoto e o beijo aconteceu.
Foi diferente. Não foi ruim, não foi
decepcionante. Somente diferente. Mas também não relutou. O estrago havia sido
feito, então ela foi com todo o coração. Respondendo a cada carícia, bagunçando
os sedosos cabelos castanhos... Tentando fingir que eram azuis...
Foram chegando cada vez mais para trás,
esquecidos de onde estavam e de quem eram... Seiya sentia seus olhos se
umedecerem... Eram lágrimas de alegria e descrença de que aquilo acontecia com
ela. De que aquela mulher em seus braços era Saori e não uma peituda
qualquer... De que ela respondia com a mesma intensidade que-
SPLASH!
-Seiya!-ela gritou, tentando
entender o que fazia dentro daquela água gelada. Ventava forte então e Saori
havia se esquecido de como se nadava, tão atordoada estava.-Ajuda... Por favor,
me ajuda!
Logo estava de volta à terra firme. Seiya a
carregou nos braços até a grama. Mas ao deitá-la não resistiu e a beijou
novamente.
-O que houve!?-uma voz
masculina perguntou, chegando correndo em auxílio de quem havia gritado por
ajuda.
Seiya e Saori se separaram, molhados ambos,
para encararem Ikki e Sabine a olhar-lhes assustados.
-Ikki...-ela se limitou a
dizer, tremendo por causa do vento.
-Estávamos pedalando e
acabamos caindo... A Saori... Ela se afogou e eu estava... Bem... Estava
fazendo um “boca-a-boca”.-Seiya respondeu rapidamente, enquanto Saori se
consertava, sua blusa de seda e seu jeans estavam arruinados e encharcados.
-Nossa... Ela gritou tanto
que eu achei que fosse outra coisa...-Ikki respondeu.-Saí correndo até aqui.
-E eu nem sabia que você
corria tanto.-comentou Sabine.-É melhor irmos procurar uma loja para vocês dois
se trocarem para algo seco. Está um pouco frio agora.
-Ela está certa.-Ikki então
tirou seu casaco e o vestiu nos ombros de Saori, que o aceitou um pouco
vermelha.-Vamos, Sabine e eu estávamos bem nos fundos de uma...
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Eu acho que esta vai ficar
perfeita em você!-disse Sabine, mostrando a Saori um top com o nome do parque.
-Não... Muito... Curto,
justo... Não é muito meu estilo...
Ikki e Seiya estavam do outro lado da loja.
-Escolhe logo... Você é
muito lerdo!-Ikki comentou, com os braços cruzados, apoiando o corpo no balcão.
-Ai, sei lá! Nenhuma me
parece na moda o bastante!
-Quem mandou cair do
pedalinho!? É até ridículo...
-Nós nos distraímos...
-Só você mesmo, Seiya...
-O que tem eu!?
-Você é cara-de-pau demais!
Tava na cara que vocês estavam se beijando na hora do “boca-a-boca”...
-E você e Sabine!? Nos
fundos de uma loja... Sei!
-Bem, eu admito, estávamos
nos beijando sim... E vocês nos atrapalharam...
-Bem que você queria ser eu,
não é?
-Quê!?
-Queria ter beijado a Saori,
ser o primeiro dela, mas fui eu! Eu a beijei primeiro, ela é minha!-Seiya
desabafou.
-Como, por que fala tantas
besteiras?
-Porque são verdades.
-Sou maduro o bastante para
saber que Saori não pode ser minha. Acorda! Ela é uma Deusa. Merece algo melhor
que alguém como eu.-ele diz, olhando para as meninas, que iam em direção ao
vestiário. Deveria mesmo ter dito aquilo a Seiya? Era quase uma confissão
assinada de seu crime.
-Ikki...-Seiya estava mais
que pasmo... Ikki tinha dito que retribuía os sentimentos de Saori, ou só era
impressão sua?
-E esse assunto só deve
ficar entre a gente, Seiya, já matei mais de mil e não me incomodo se tiver que
adicionar mais um à lista. Estou falando sério. Terei que me contentar com
Sabine... Se quiser mesmo segurar a Saori, faça e assuma a culpa depois.-então
ele abaixou os olhos.-E nunca a machuque, ouviu?
-Eu... Eu vou ser o melhor
homem que ela poderá ter! Você verá...
Então Saori apareceu de volta, com outra
calça jeans e uma blusa baby look azul com o nome do parque escrito.
-Estou pronta,
Seiya.-declarou.
-Eu também!-ele disse,
pegando a primeira camiseta azul à sua frente, para que combinassem.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Então é isso...-completou
Kigeru.
Miki forçou uma risada, ainda olhando para
outro ponto, sem realmente focalizar. Sabia que eram as crianças comendo...
Várias vezes ficara observando durante as milhares de piadas do amigo. Não conseguia
se concentrar. Este era o problema...
No fundo... Queria ir lá, falar com Shun...
Mas...
Sim, tinha feito um papel ridículo no dia
anterior, pusera tudo a perder e tão cedo não ouviria falar do amigo.
“E agora?”, pensou,
suspirando.
Mudando o peso de uma perna para outra,
também mudou o campo de visão para encarar a menina de cabelos loiros. Fora ela
quem dançara com Shun durante a festa... Em seu lugar.
-Quem é?-finalmente criou
coragem e perguntou a Kigeru.
-Como?-ele parou de contar o
que devia ser mais uma piada e olhou na mesma direção.-Ah! As amazonas! São
incríveis, né? Tão misteriosas com aquelas máscaras...
-Você sabe os nomes delas?
-Tentei conversar com uma...
A namorada de um dos amigos do Shun... Mas não obtive tanto sucesso. Marin... É
a ruiva... Acho que a-
-A loira, quem é a loira de
cabelos lisos?
-Esta eu não sei. Sei que a
de verde é Shaina. Namorada também de um deles... O Camu, Cumi, ou algo
assim... Um de cabelo azul... esta não tem namorado, acho... Estava mais
isolada, conversando com o Shun... Sim, por que não pergunta ao- neste momento
Kigeru compreendeu a estranha pergunta.-Bem, não são namorados; eu te garanto.
-Certo... Mas serão, não é?
-Olha, não falo com Shun faz
tempo, nem sei onde está agora. Não sei muito, mas acho que não há ninguém no
coração dele neste momento. Quanto a ela, bem... Não faço idéia.
-Devo falar com ela?
-Tá maluca!? Deixe-a pra
lá... Isso é entre você e Shun, Miki... Ela deve estar na mesma corrida que
você. O que faria numa Fórmula Um? Sabotaria o carro do adversário, ou
treinaria o máximo possível? Eu sei que você pode, amiga!-Kigeru disse,
forçando um sorriso. Não era por ele estar incentivando a sua amada no caminho
de outro, era porque ele sabia que ela não tinha chances... Shun não era de
mudar de idéia... E a afirmação dele fora forte o bastante. Ele não gostava de
Miki e nunca gostaria.
-Kigeru...-alguém o chamou.
Miki deu um pulo, tamanho o susto. Era a
primeira vez que encarava Shun desde o dia anterior... E seu coração tremia
muito.
-Você pode me liberar a
Miki? Há algo sobre o que precisamos falar...-Shun falou.
-Claro!-ele assentiu, já caminhando
em direção às amazonas.-Marin e eu temos uma conversa mal terminada mesmo!
-Miki...-Shun foi o primeiro
a quebrar o silêncio.-Vamos até um banco...?
-Certo...
E caminharam para um lugar mais calmo,
sentando-se. Ficaram olhando a montanha russa se mexendo com vários turistas.
-Pensei que o parque tivesse
sido fechado...-ela declarou, sem olhá-lo nos olhos.
-Não... Somos apenas mais um
grupo de excursão.
-Eu sinto muito.
-Como?
-Por ontem... Fui uma idiota!
-Não, o culpado fui eu...
-Não foi não... Eu ouvi que
falavam de mim e fiquei ouvindo... Isso é espiar... Uma coisa feia... E ainda
por cima reagi tão amargamente a algo que realmente não foi sua culpa... Eu não
ser seu tipo...
-Sabe que não vou negar
isso, não é?
Miki levantou a cabeça assustada, olhando
Shun nos olhos agora. Nunca o tinha ouvido tão maduro... Sempre fizera o tipo
criança sozinha, precisando de consolo.
-Sabe que não direi que você
faz sim... Só pra te acalmar... Não posso mentir... É uma das minhas melhores
amigas e não posso mentir pra você.
-Você gosta daquela loira?
-Como?-Shun se
sobressaltou... Como ela soubera que ali havia algo?
-Daquela amazona... Dançaram
ontem...
-Dançar não significa nada...
-E ela parece tão forte, tão
segura de si... O meu oposto, acho. Eu me esforço para ser do tipo bonitinha,
menininha... E ela é o tipo “mulher independente”. Ela é seu tipo?
-Miki, “não gosto” não é
igual a “gosto”... Antes fosse assim tão simples.
-O que há entre vocês?-ela
perguntou com mais intensidade.
-Somos amigos... Eu não
estaria aqui se não fosse por ela... Quando pequeno fui mandado para uma
espécie de escola muito rígida. Ninguém gostava de mim... Por ser tão fraco e
chorão. Mas ela me apoiou e me ensinou a suportar os desafios impostos. A
vencê-los sozinho. É isto o que há entre nós.
-Shun...-Miki olhou o amigo
sem saber o que dizer... Sabia que não era só aquilo, algo entre o seu instinto
por amá-lo e sua intuição feminina lhe dizia... Havia sim e ele nem notava.
Então o abraçou, com lágrimas nos olhos.
-Eu sei que não vai dar para
ser como antes, mas... Mas podemos tentar, não é?
-Sim...-Shun disse, meio
surpreso, devolvendo o abraço.
-Vamos tentar sim! Prometa.
-Eu prometo, Miki, prometo...
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Finalmente!-Marin disse ao
ver seu namorado regressar junto a Miro.-Onde foram!?
-Dar uma volta...-Aioria
respondeu, meio surpreso com a rapidez da garota. Só então notou um homem ao
lado dela-Quem é você?
-Ah, sou Kigeru, amigo de
Shun Amamiya, conhece?
-Claro! Um cara show de
bola!-interrompeu Miro.
-Ele ficou me fazendo
companhia...-Marin disse.
-Não vai me fazer sentir
ciúmes, sabia?-Aioria disse, olhando agora as crianças, que brincavam com a
menina e com outro cara, um dos alemães.-Sabe onde está Seiya? Estou preocupada
com ele...
-Você tá parecendo radar...
Quer saber onde todos estão!-Aioria disse, arrancando risos dos outros dois.
E se voltando para Kigeru:
-Sua namorada também é assim?
-Não tenho namorada...
Hehehe!
-Não? Mas e a
menina?-perguntou Miro.
-Somos somente
amigos...-disse Kigeru, agora também olhando as crianças. Aquilo doía quando
dito...
-Mesmo assim, cadê
Seiya!?-Marin insistiu.
-Por quê? Seu namorado não
basta?-Kigeru perguntou, sorrindo. Tentava se descontrair e também alterar o
rumo da conversa.
-Não é isso...-Aioria
interveio, quando Marin, ao invés de responder, olhou para os lados.-Ele é
quase um irmãozinho dela... Sabe, perdeu a irmã quando novo. Um adotou o outro.
-Legal!-Kigeru disse.-Mas
não rolou nada? Nunca?
-Não.-Marin disse
firmemente.-Seiya não é tão galinha assim... E, como Aioria disse, sou a irmã
dele.
-Finalmente achei uma que
está livre de Seiya!-Kigeru declarou.
Todos riram.
-Parece que nem Kido
resistiu-disse Miro, olhando por cima dos ombros de Kigeru.
Lá surgiam Seiya e Saori, de mãos dadas.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Então eles estão juntos...
Sabine mirava o amigo. Eles estavam sentados
em um banco, em silêncio. Ao saírem da loja tinham se separado do outro casal e
ido parar ali, onde observavam o pedalinho, vazio.
-O que disse?-perguntou ela,
afinal. Havia se passado um bom tempo em silêncio, e ele soltara aquela.
-Saori e Seiya... Estão
juntos. Eu não diria impossível, ou inimaginável. Não sou tão cego a ponto de
nunca haver notado o olhar dele para
ela. Mas ela correspondendo...
-E o que eles têm a ver com-
-Realmente
incrível!-ignorando Sabine, continuava a fitar o nada e a pensar de tudo.
A menina se sentiu mal. Agora há pouco, se
beijavam apaixonadamente. Tinha sido de repente, mas ela decidira investir
nele. E ele aceitara! Ela se inclinou, Ikki entendeu a dica e foi em frente.
Sabia que não seria só aquilo para
reconquistá-lo, mas também não esperava que, numa continuação do que foi
interrompido pelos gritos da garota, ele levantasse tal assunto.
Não falou nada e se levantou. Deixou-o.
Ikki nunca seria dela e já estava na hora de
se mancar daquilo... Foi embora, para ver as crianças, tão fofinhas. Não
escrevera sobre Saori Kido, ela era uma ladra! Diferente da tal espanhola, ela
tinha o coração de Ikki; aquilo era inaceitável.
Não nutria ódio por ela, nem inveja. Mas
nunca lhe teria afeição.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
BUMP!
-Eu sinto muito!-Sabine
disse, ao notar que havia topado com alguém. Estava distraída demais para olhar
por onde andava.
-Eu é que o digo... Estava
procurando meu amigo e, portanto, distraído. Peço que me perdoe.-o homem lhe
disse, sorrindo galantemente, como aqueles cavalheiros antigos.
-Está tudo bem, a culpa foi
de ambos, então, hehe.-Sabine respondeu, tentando forçar um sorriso. Mas após
tal decepção, era difícil. Por melhor que fosse em enganar as pessoas.
O homem continuava a olhá-la. Ele tinha olhos
verde-azulados e a expressão séria, altiva. Quase a pose de um nobre.
-Também não parece
daqui...-Sabine comentou. O que seria melhor para curar um coração partido? Uma
descontração!
-Sou grego. Vim para o baile
e fiquei a pedido de Kido. E você?
-Ah, sou amiga de Amamiya
Ikki, conhece?
-Ah, claro...
-Sou da Alemanha!-disse,
forçando um sorriso.
-Sente saudades de lá, ou
algo assim? Parece triste...
-Não... Não é isso. É que
estou... Cansada! Aí meus olhos estão um pouco vermelhos, hehe.
-Certo...
-Disse procurar um amigo?
Talvez eu possa te ajudar...
-Ele também veio da Grécia,
não creio que o conheça.
-Como é?
-Tem os cabelos quase da cor
dos meus e olhos azuis. É alto... Bem, é isso... Não sei mais o que dizer...
-Qual o nome?
-Meu? Saga.
-Não... Do seu amigo.
-Ah, sinto muito. É Camus.
Ele pediu que eu fosse a um lugar aqui do parque, mas, quando cheguei, ele não
estava lá. Fiquei esperando por um tempo, e nada de o Camus aparecer...
-Vai ver ele não sabia onde
era e não encontrou. Ou você ouviu errado, ou há dois semelhantes...
-Mas já o procurei em tudo...
-Vai ver ele está escondido
com alguém...-Sabine insinuou, sorrindo.
-Ele tem namorada.
-Aiaiaiai... Ele pode estar
com ela.
-Não. Shaina também o
procura.
-Que tal irmos comer algo?
Vai ver ele foi fazê-lo.
-Não sei...
-Eu não mordo ninguém!
Vamos...-e o puxou pela mão. Saga não estava entendendo. Ninguém era assim com
ele... Tão expansiva! Por causa da Batalha das Doze Casas, as pessoas mantinham
distância. Shaina e Marin eram as únicas que falavam com ele e que não eram
Cavaleiros de Ouro. Mas ambas o faziam porque eram namoradas de seus amigos.
Aquela garota, além de tratá-lo como se não
fosse ninguém, como se seus méritos de Cavaleiro não servissem para nada, o
fazia sentir-se um amigo íntimo.
Ao invés de se sentir incomodado... até que
ele estava gostando.
-Eu quero sorvete,
senhorita!-disse Sabine à atendente da lanchonete.-Você também?
-Eu?-Saga perguntou, pego um
tanto de surpresa.
-Não há ninguém mais que eu
conheça por aqui.
-Ah, bem... Eu não sei...
-Ai, você é muito
lerdo!-então ela se voltou para a atendente.-Dois sorvetes de creme e com calda
de chocolate.
-Certo...-a menina
respondeu, logo entergando-lhes o sorvete.
Ambos foram para uma mesa e ficaram
observando os transeuntes. Ao fundo se encontravam Aioria e Marin.
-Ah, Aioria!-exclamou Saga,
fazendo menção de se levantar, com o sorvete na mão.
-Quem?-Sabine perguntou, com
isso segurando-o em seu lugar.
-Aioria, é um dos meus
amigos, ele deve saber do Camus.
-Mas toma o sorvete
primeiro...-ela disse, desapontada por perder a companhia. Tinha medo de ficar
sozinha e começar a chorar. Não queria ir para fossa por causa de Ikki, não de
novo. Não valia tanto a pena assim...
-Certo...-Saga respondeu,
resignado. Mas, de certa forma, não ligava mais tanto assim para procurar
Camus, queria ficar ali. Queria conhecer aquela misteriosa garota que cruzou
seu caminho. Era como se o destino...
-E, além do mais, deixe-o
com a garota, vai ver ele marca uma... Você só iria atrapalhá-lo.
-É a namorada dele.
-Ah. Todos os seus amigos
têm namorada!?
-Basicamente.... Todos os
que estão aqui. Com exceção de Miro, mas ele não é tão amigo assim, e também...
Bem... Ele é muito criança pra isso! Já me surpreende o Aioria...
-Qual é a diferença de idade
entre vocês?
-Oito anos.
-Não é muita. Pra mim é você
é que é metido a adulto...
-Tenho trinta e dois anos...
Já sou adulto.
-Isso torna Aioria um homem
de vinte quatro anos e adulto!
-Idade não diz nada... A
idade mental deles deve ser menor que zero!
-Crianças podem ser mais maduras
que adultos...
-Você é chata!-Saga
replicou, já um tanto nervoso; não estava acostumado a ser contrariado. Nem
mesmo Aioria ou Miro o ousavam fazê-lo.
-Quem sabe... Já ouviu a
fábula do rei?
-Como?
-Eu li num livro... É
antiga. O conselheiro do rei queria o poder, então envenenou o rio da cidade
com uma poção da loucura, mas o rei não a bebeu. Todos acharam que o rei era
louco e o mataram.
-E o que isso tem a ver
comigo?
-Você pode ser um daqueles
do povo, que se acha o todo são, e que pensa que aquele que é diferente está
doido.
-Está me chamando de criança?
-Presunção é algo bem
imaturo...
-Eu não sou presunçoso...
-Considera-se superior aos
outros quando não o é... Há melhor definição para presunção senão o que você é!?
-Não tem graça!
-Eu sei... Mas o sorvete
derretendo em sua mão tem.
Saga então notou que sua mão estava um misto
de branco com marrom. Toda melada.
-Com sua licença,
senhorita.-retirou-se até o banheiro mais próximo.
-Senhorita?-Sabine perguntou
de si para si. Como após tal discussão ele ainda pudera ser tão... educado.-É
muita presunção mesmo!
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Por que está olhando tanto
pra lá?-Shaina perguntou a Aioria.
-Pra onde?-o jovem
perguntou, se fazendo de desentendido, e abraçando Marin mais forte.
-Pra menina na
lanchonete.-Shaina arrematou.
-Bem... Eu tava era olhando
pro Saga com a menina na lanchonete.
-Bela desculpa!-e para dar
veracidade, Shaina gargalhou.-Saga? Com uma menina!? Uma menina bonita como
aquela? Nunquinha mesmo... Vai ter que se esforçar mais desta vez!
-Eu tava sim!
-Ele nem está lá.
-Estava... Mas se distraiu
com a conversa e deixou o sorvete derreter... Deve ter ido ao banheiro...
-Você é criativo. Ainda bem
que Camus não é assim, aquele cara vai estar frito quando voltar.
-Por falar em Camus...-Marin
interrompeu a normal conversa entre os dois. Shaina sempre queria pôr seu
namorado em maus lençóis.-Onde está Miro?
-Mandei que o procurasse.-a
amazona respondeu.
-Mandou? É... O Miro não
sabe resistir ao charme de ninguém... Nem mesmo ao da cascavel.
-O quê!? Que
cascavel!?-Shaina perguntou, tão rubra de raiva, que aquilo parecia avermelhar
a própria máscara.
-Não é o nome da sua
armadura?-Aioria perguntou inocentemente.
-É Cobra!
-E o que é a Cascavel? Está
querendo desprezar gente da sua própria raça, Shaina? Que coisa feia...
-Marin! Manda o seu namorado
parar!-Shaina, então, notou que Marin não prestava atenção à “conversa”.-Marin!
Marin! Dá pra me ouvir!?
-Hã?-a menina então notou
que estava sendo chamada e voltou a olhar a amiga.-O que houve?
-Eu é que pergunto! O que
olhava!?
-A lanchonete... Olhe.
Aio-chan tinha razão... Saga está mesmo com aquela menina. E agora que a
observo melhor, tenho certeza de que já a vi, talvez seja amiga de alguém.
-Aio-chan de novo!? Já te
pedi pra não me chamar assim...
-E eu pra você não olhar as
outras garotas...
-E por que você não pára!?
-Pergunta perfeita.-ela
retrucou, deixando o namorado quieto. Então Marin voltou a olhar Saga e a
menina.-Tenho certeza de que a conheço.
-É... Com quem
estaria?-perguntou Shaina.
-Ah! Lembrei... Alguém assim
não se esquece!-Aioria quebrou o silêncio.
-O que quer dizer com
isso?-Marin perguntou, calma.
-Esforce-se dessa vez, rei
da criatividade.-Shaina disse.
-Não é isso! Quero dizer que
ela aparenta ter personalidade forte. É a amiga do Amamiya!
-De Shun?-Shaina perguntou,
não muito convencida.-A tal da Miki? Não creio, pelo que o garoto... Kigeru...
Pelo que ele disse-
-Não! Do Ikki.-Aioria
falou.-Ela é a alemã.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Eu também acho!-Seiya
dizia, de mãos dadas com Saori. Ela parecia distante, talvez por causa de Ikki,
mas ainda era ela, a sua deusa, em carne e osso.
-Então você é capaz de fazer
esse relatório para amanhã?-ela perguntou, ainda meio distraída.
-Com certeza!-mesmo que
tivessem conversado direto sobre trabalho, aquele dia estava sendo o mais feliz
de sua vida. E talvez tão cedo não perdesse o posto. Nunca.
Mesmo com Ikki ali, ele a havia ganhado, ela
era dele! E, se tudo desse certo, para sempre.
-Bem, daqui a pouco já será
a hora de irmos embora... Conheço um restaurante maravilhoso para que todos se
divirtam muito.-Saori disse.
-Ah, eu nem quero saber
deles, na verdade...
-Por quê?
-Porque isso aqui não pode
melhorar de tão bom!
Por um momento Saori o olhou assustada e um
pouco vermelha. Depois sorriu de leve.
-Não devia dizer coisas
assim...-ela disse então, baixando o olhar.
-Mas é verdade... E espero
que um dia se esqueça do Ikki e que esse dia esteja perto!
-Pois é...
-Você está pensando nele, né?
-Sempre...
-Não devia...
-Sinto muito... Eu sei que
ele não está nem aí pra mim, mas... Eu não consigo, Seiya...
-Você devia esquecê-lo...
-Eu sei! Acha que é fácil!?
Seiya parou de discutir... Para que
discutiriam? Aquilo estava bom assim, que assim continuasse. Teria que aceitar
o fato de que teria de conviver com a sombra de Ikki Amamiya...
E as palavras do amigo não lhe saíam da
cabeça.
“Sou maduro o bastante para
saber que Saori não pode ser minha. Acorda! Ela é uma Deusa.”
Aquilo significaria que ele estava numa
esperança em vão? Ikki também gostava de Saori... No dia que ela o descobrisse,
diria a Ikki que ele era um bobo, que aquilo não tinha nada a ver e largaria
Seiya...
As palavras de Ikki se confundiam com sua
própria mente... Já não sabia se era sua cabeça lhe falando ou o rival
verbalizando seus problemas... Mas logo, aquilo resumiu toda a difícil situação:
Seiya deveria ser maduro o bastante para
saber que Saori nunca realmente seria sua... Deveria acordar, ela era dele.
Sim, mesmo que Ikki nunca se confessasse, nem
Saori o fizesse; num desses momentos em que Seiya não pôde estar presente, em
que ele falhou em notar, Saori dera seu coração ao Cavaleiro das Chamas e desde
então, fornicaria eternamente por ela.
-Eu entendo, agora.-Seiya
disse, tentando sorrir.
-Como?-a menina o olhou não
entendo o que houvera naquele meio silêncio.-No que pensava?
-Saori... Eu acho melhor
parar de pôr pedras no seu caminho... Eu queria, na verdade, construir uma
ponte, para que a cruzasse em direção à romântica felicidade. Mas acabei foi
machucando seus pés, com tantas britas desordenadas....
-Seiya, o que há
contigo?-ela perguntou sem entender.
-Desculpa, eu só estava
concluindo, em voz alta, meus pensamentos.-então ele a olhou bem nos
olhos.-Agora entendo que não podemos ficar juntos. Não dará certo. Por menos
que eu queira, devo dizê-lo: vá e procure a sua vida, que o farei com a minha.
Tentarei achar alguém que em ame, ou coisa parecida. Ou até continuarei com
meus casos... São divertidos! Você tem duas opções pra sua: ficar com ou sem o
Ikki... Porque não importa com quem você esteja, pra você é o mesmo que não ter
ninguém, se essa pessoa não for Ikki. É assim, uns podem superar e outros não.
Não quero acabar como você, não quero mesmo. Então não devo acabar contigo.
Ainda posso me divertir com outras, então ainda tenho chance, não é?
-Seiya...
-Sim, se isto foi um namoro,
está acabado. É melhor eu ir e reunir as crianças com a Minu, já está quase na
hora de partirmos e ainda quero me despedir de Hyoga, Shiryu e de Shunrei.
Saori o olhou ir. Ainda estava boquiaberta.
Nunca vira Seiya tão maduro, tampouco se sentira tão criança... Não conseguia
engolir aquelas palavras... Como quando se descobre que Papai Noel só existe em
espírito, no outro Natal ainda se procura por pistas de sua misteriosa chegada.
Era difícil deixar com que a realidade entrasse... Era como se tivesse ouvido
que seria triste pra vida toda...
“O que faço agora?”
Ela não choraria... Estava na hora de
crescer... Sim, era só uma criança quando o assunto era sentimentos. Não o
queria mais.
Sorriu e se levantou. Também deveria se
despedir dos amigos.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Até mais, caras!-Seiya
dizia, abraçando Hyoga e Shiryu.
Saori observava a cena, enquanto se despedia
de Shunrei. Os outros já estavam chegando, inclusive Ikki com o amigo alemão.
Onde estaria a tal Sabine? Ikki estava também Minu e com as crianças do
orfanato, provavelmente ficou acompanhando o amigo.
Sabine apareceu com os Cavaleiros de Ouro
presentes e também com Marin e Shaina. Conversavam animadamente sobre a neve.
Todos diziam que queriam morar também num lugar que não fosse tão quente quanto
a Grécia. Mas a menina nem ao menos cumprimentou Ikki.
“Terão brigado?”
-Escuta, eu vou acompanhar
os três até o aeroporto e janto num lugar qualquer.-declarou Miro.
-Mas sozinho?-Marin
perguntou.
-Que tal também
irmos?-Aioria se ofereceu, recebendo um sorriso do amigo, de gratidão. Também
não parecia apreciar tanto a idéia de comer sozinho.
-Perfeito!-Miro disse.-Assim
podemos conhecer o tal do fast-food de que Sabine tanto falou!
-Por que não vamos todos
aqui da Grécia, será uma chance única!-Aioria perguntou, animado.
-Tudo bem por mim...-Saga
disse, mais porque não queria ficar entre tantos desconhecidos.
-Sabine, vamos?-Miro a
perguntou.-Saga tem muita vergonha de pedi-lo.
Isso arrancou sorrisos de todos da roda,
inclusive da própria que concordou com a cabeça.
-Isso não é verdade!-Saga
retrucou, por sua vez.
-Ah, é?-Camus disse, sempre
calmo.-Então mostre do que é capaz.
O amigo assentiu e se dirigiu a Sabine.
-Vamos com eles?-Saga, só
então, percebeu seu erro.-Vocês estão em algum tipo de conspiração!? Até você,
Camus?
E, novamente, todos riram.
-Não...-Shaina respondeu,
pelo namorado.-Na verdade, nem eu nem, Camus vamos, se foi isso que perguntou.
-Temos que ir.-Shiryu
informou, olhando no relógio.-Se realmente nos acompanharão, vamos.
E se foram, depois de mais um pouco de
despedidas.
-E nós vamos de volta ao
orfanato!-Minu anunciou.
-Mas vai perder o jantar,
Minu!-Seiya disse.
-Está tudo bem, eu como por
lá.
-Que tal você ir com eles e
depois ir para o restaurante. Ele é ótimo, sabe? A beira do mar... E bem
rústico, sem muitas frescuras!
-Eu não sei, Seiya...
-Eu vou contigo!-Carl se
ofereceu.
-Vai se perder se for,
menino.-Hiko disse.
-Quem é menino aqui? Sou
mais velho que você!
-Hiko, eu vou com eles, vem
junto.-Seiya convidou, uma volta de carro deveria animá-la um pouco, já que
parecia estar meio triste com a repentina partida de Hyoga.
-Está bem...-ela aceitou.
Logo eles se foram com Minu, Carl e as
crianças.
-Bem, como Seiya disse o
restaurante é bom.-comentou Saori.-Apesar de eu nunca ter ido lá, ele tem bom
gosto para estas coisas, pelo menos. Todos vão, não é?
Talvez com a briga com Sabine, ou o que
pareceu ter sido, Ikki não fosse... Mas a menina se surpreendeu quando ele foi
o primeiro a falar “claro”.
Teria ainda alguma chance? Seus olhos
continuavam a tentar se encontrar com os dele... Só esperava que aquilo
acontecesse, um dia.
Continuará...
Anita, 13/10/2003
Notas da Autora:
Antes de mais nada, o Olho
Azul, meu site, onde há muitas músicas para downloads, umas que ainda nem foram
lançadas, inclusive, e muitas fics (por falar nisso, preciso de fics! Mandem a
sua pro meu mail com um resumo) mudou de endereço, afinal, como notaram, a
intermega sumiu do ar. http://olhoazul.50webs.com/
é o atual e espero que fixo, afinal é um redirecionamento caso isso aconteça de
novo. Os que tinham fic lá, mande-os de novo também,s em a necessidade do
resumo.
Meu e-mail é anita_fiction@yahoo.com como sempre
foi e como sempre será: quero comentários sobre essa fic que sempre me dá um
trabalhão. O próximo será um capítulo quase que de despedida, tecnicamente, o
último, não sei ainda se haverá um 7, provavelmente, não. Essa fic cansa e já
me cansei dela, quase não recebo comentários nem nada! (mande-os, então)
Abaixo está um formulário, que não parece mas
funciona. Mas para isso é necessário que você ponha um e-mail (ainda não testei
se necessita pôr um e-mail válido), então eu pus o meu, pra quem não tem um, se
der erro, já que o de envio e de remetente é o mesmo, ponham o primeiro que
vier à cabeça, você não recebe confirmação de envio...
Bem, as reviravoltas foram a toda neste
capítulo, né? No fim, tudo voltou ao mesmo... E o próximo será de explícito
romance! Sim, finalmente, estou fazendo o que gosto! Pra falar a verdade, nem
acredito que acabei essa coisa, tive um bloqueio horrível... Os pares já estão
formados e qualquer um sabe o fim de cada um, mas ainda não sei se Ikki vai acabar
com Saori ou não... É uma cruel dúvida... O que acham? Mandem e-mails dizendo
se Ikki deve voltar pra Alemanha ou não! A cena do aeroporto já está pronta, só
falta saber se Ikki entra ou não no avião! Seu e-mail pode mudar a minha vida...
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