Notas Iniciais:
Olá!!! Aqui estou com meu mais novo projeto: Uma fic
de Cavaleiros do Zodíaco em Capítulos!!! Queria dedicá-la a três pessoas: Dimas
Juilk, que fez níver hoje!!!(dia 9 de fevereiro) e às minhas grandes amigas as
irmãs Pollyana e Laura que fazem terça dia 11 respectivamente 16 e 15. Bem,
essa fic é exclusivamente minha, mas gostaria de agradecer à Vane nascimento
por ter passado o olho corrigindo, hehe, mas só este capítulo... A seguir se
tartará de um casal um tanto incomum, mas que acho que se vocês lerem irão
gostar, desculpa a todos os fãs de Saori/Seiya, bem o Seiya tem uma grande
ponta aqui, mas acho improvável que ganhe este prêmio. Vou tentar dar-lhe um
final bem feliz porém!!!
Aproveitem a fic e mandem seus comentários ao
fim!!! São realmente muito Valiosos. Lembrem-se que Cavaleiros do Zodíaco não é
meu, mas posso fazer o que quiser nesta fic, e farei! Gosto de finais felizes e
muito romance, porém não terei pena de personagem algum até que isto aconteça!
Leiam agora:
Olho Azul Apresenta:
Quando Nossos Olhos
se Reencontrarem...
se Reencontrarem...
Capítulo 1 – Sempre Sonharei
Contigo
A rua estaria
completamente deserta, se não fosse pela enorme e luxuosa casa que ocupava todo
o quarteirão. Também os postes já se haviam apagado e o vento gélido da noite
percorria o local sem obstáculos.
O rapaz, sentado no sofá desta casa, olhava o relógio, já passava da meia-noite e o silêncio predominaria na sala se não houvesse o tic-tac. Seus olhos castanhos percorreram a mansão na qual crescera, os empregados já estavam dormindo e não mais havia crianças.
Uma luz, que vinha de fora, iluminou onde
estava, fazendo aquela solidão ainda mais assustadora. O jovem, que devia ter
uns dezessete anos, levantou-se para tomar um abrigo. Sabia que se fosse pego
se daria mal, mas não era bem este o motivo da ação. Enganar-se, fingir um
perigo, era realmente emocionante.
-A
noite foi perfeita...-disse uma voz masculina. Era um homem de uns vinte e seis
anos.
-Também
foi este meu parecer...-dizia a garota esbelta num vestido de noite. Seus
cabelos roxos caíam pelos ombros e seus olhos verde- azulados miravam o seu
acompanhante.
-É
uma pena a Lua ter sumido, provavelmente vem chuva...-o homem falou enquanto se
aproximava.
-Sim,
com certeza, uma pena... Tenha uma boa noite.
-E
o meu beijo de boa noite?-o rapaz perguntou sorrindo, inclinando-se até tocar
nos seus... Bochecha?
-Até.-e
a porta se fecha à sua frente.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Parabéns!
Você conseguiu chegar até a porta de casa! Qual será seu próximo passo,
Saori?-o rapaz de antes aplaudia no escuro. Saori sorriu de leve.
-Quem
sabe? E o que faz acordado a essa hora?
-Eu
queria ver com meus próprios olhos se o solteiro mais cobiçado da cidade faria
com que se rendesse
-Pelo
menos não fugi do encontro, desta vez... Tenha uma boa noite, Seiya. Amanhã
teremos muito trabalho.
-Boa
noite, Saori.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Seiya levantou-se com ar renovado. Tinha custado
a dormir pensando em Saori Kido. Aquela mulher o intrigava... E isso o
encantava.
Desde que as batalhas haviam acabado, o
império da família Kido só crescia. Hoje Saori dominava o mundo e tinha a sua
idade! Ele próprio também tinha uma ótima posição, o seu acompanhante, o
assistente pessoal. Era respeitado e quase tinha os mesmos poderes que ela.
Ficou decidido que cada cavaleiro receberia
crédito ilimitado no banco. E Saori garantiu que tivessem diplomas para que
seus estudos não se atrasassem. Haviam aprendido com seus mestres, por isso
sabiam mais que qualquer um.
Mas no fundo, aquela mulher poderosa era só
uma garotinha... Uma garotinha inocente e sonhadora. Seiya também se tornara
seu confidente.
Sabia que a garota, por mais que tentasse
sair em encontros, com ricos e famosos, nunca se esquecera de seu primeiro
amor. Por isso nunca seguiu em frente.
Após um banho quente, ele pôs um terno e uma
gravata, estava pronto para a reunião de hoje. Ainda odiava aquelas roupas, mas
eram as normas.
“Malditas!”-disse
pondo aqueles sapatos italianos apertados.
A base da Fundação era ali mesmo. Havia um
prédio da empresa que se impunha por perto, mas Saori fez questão de pôr os
poderosos ali...
Hoje os cavaleiros não são mais lendas e sim
heróis mundialmente conhecidos. A Fundação ainda tinha seus deveres normais e
agora era a encarregada de proteger o mundo. O mesmo cientista que criou os
cavaleiros de aço, desenvolveu uma espécie de armadura mais simples que dava
poderes mecânicos a quem a usasse, não havia queima de cosmo.
Muitos jovens estavam sendo treinados pelo
mundo e ajudariam a polícia a combater o que fosse.
Saori era a nova ONU.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Uma batida na porta e a reunião estava
interrompida.
-Seiya!
Atrasado de novo? Não posso acreditar...-Saori dizia da cabeceira da
mesa.-Pegue seu lugar e preste atenção.
O rapaz fez o mandado sem reclamar. Pensou
por um instante em como tinha mudado. Nunca deixaria assim se lhe dessem uma
ordem. Tinha sido domado...
Há alguns anos dizia a um cavaleiro que era o
cachorrinho de Saori, pois fazia de tudo, sem reclamar. O engraçado, melhor,
irônico, é que ele próprio já pulou de um precipício por ela...
Naquela época tinha suas dúvidas, mas hoje
ele sabe o porquê de tanta docilidade da sua parte. Um tanto óbvio para alguns,
porém o próprio demorou a entender.
Era uma criança... Não ligava para muito além
de diversão, implicância... Agora o cachorro era ele. E ele estava mais que
apaixonado por Saori Kido. A mulher que nunca o corresponderia...
Por gostar tanto assim daquela garota, ele a
incentivava a sair mais, conhecer outras pessoas. Mas Saori ainda pensava no
seu bom e velho amor...
-Seiya...
Seiya!-ele olhou a mulher em questão, estava vermelha e tentando se controlar
para, provavelmente, não o enforcar.-Eu desisto, está aprovado.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Saori sentou em sua poltrona. Na sua mesa
estavam algumas fotos; a sua mais querida não era a dela com a sua principal
equipe de trabalho, ou a com Seiya, atualmente seu melhor amigo. Era a que
tinha conseguido com aquele de quem mais gostava.
Tinha sido há alguns anos, na última vez em
que o vira, numa festa de Natal...
-Saori...-ela
olhou o jovem à sua frente e sorriu, estava prestes a lhe dar uma bronca por
ser distraído, e olhe para ela. A própria navegava em suas lembranças.
-Seiya...
Deve prestar mais atenção nas reuniões, nem sabe o que foi aprovado hoje.
-Ah,
eu perguntei ao Tanaka e ele já me disse tudo!-ela sorriu, Seiya sempre dava um
jeito.-Queria falar sobre a outra reunião, certo?
Ele estava sério de repente. A jovem à sua
frente assentiu, oferecendo-lhe o assento.
-O que
devo fazer, Seiya?-ela deitou a cabeça entre os braços cruzados sobre a mesa.
Convocar a tal reunião significava o renascer de muitos sentimentos.-Não sei se
estou realmente pronta.
-Saori-san,
sabemos muito bem que se ele aparecer será um milagre.
-E
o tal milagre aconteceu na reunião de Natal, na qual, caso não se lembre,
ninguém, além dele, compareceu.
-Eu
fui.
-Você
não conta!-ela falou sorrindo.-Mas o que faço!?
-Ainda
permaneço com a mesma opinião. Chame todo mundo e torça para que não venha!
-Mas
quero que ele venha.
-Você
não sabe o que quer...-ele falou, já saindo do escritório.
-Aonde
vai?
-Tenho
que ver os endereços de cada um, não é?
-Certo...
-Eu
te ajudo, Saori, não se preocupe.-e se foi.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
A neve caía lá fora.
A casa finalmente tinha aquecimento central e
todos estavam ali, esperando serem ajudados. Crianças brincavam, riam,
choravam. Adultos imploravam auxílio e auxiliavam.
No fim da sala principal tinha uma porta. E
lá era o escritório de Hiko Koyesky.
Seus cabelos loiros estavam presos em coque e
seus olhos azuis olhavam todas as contas a pagar.
“Aumentou
muito...”-pensou, olhando a conta de luz. Após o aquecedor novo ela achava que
diminuiria... Mas como havia muita gente ali, as luzes ficavam acesas até
tarde. “Mal posso esperar pelo verão.”
Olhou para a noite de seis meses lá de fora.
A neve insistia em cair e todo o povoado se concentrava na sua casa de auxílio
sem fins lucrativos. Era quase o point dali.
Tinha viajado ao Japão, pela primeira vez, há
três anos ou um pouco mais que isso. Lá cursara escola técnica de enfermagem e
se prometeu voltar para ajudar seu país. Mas em Moscou a vida era difícil para
fazer caridade, por isso embarcou num avião e foi parar ali. Ou melhor, ali
perto, pois o local ainda não tinha nem rodoviária.
“E
nem estradas...”-olhou novamente a grossa camada de neve no chão. Era um
espetáculo realmente lindo, mas que podia ser mortal para os pobres dali.
Montou o local com o dinheiro do pai, que era
um russo muito rico, e o mantinha com a herança da mãe, uma japonesa.
Funcionava há apenas três meses e meio e o dinheiro já faltava.
Prometeu-se, quando começou, nunca mais
voltar pra casa por dinheiro. Por isso, mandava milhares de cartas a ONGs que
pudessem ajudar. Óbvio que as respostas ou eram não, ou não existiam.
Tinha que dar um jeito de conseguir o
dinheiro necessário, ou, além do fim de seu sonho, ela estaria dura e teria que
se humilhar voltando para Moscou.
-Koyesky!
Koyesky!-uma mulher gorda apareceu, carregando... Arrastando uma criança de
sete anos pelo braço. Gritava com tanta intensidade seu nome, que fez a moça
pular da cadeira. Atrás da mulher um homem magro com enormes óculos entrou
apavorado.
-Hiko,
eu sinto muito! Essa mulher quase arrombou a porta, não pude detê-la, como
tinha me pedido...
-Está
tudo bem, Rusky-san...-ela falou, sem querer com o sotaque japonês que acabou
herdando... O rapaz se esforçou para não rir de seu nome pronunciado com um L
ao invés de R.
-Estava
pensando muito, hein?-ele perguntou, ela fazia aquilo sempre que estava muito
distraída.
-Depois
conversamos. Muito bem, senhora, o que quer?-Rusky se retirou.
-É
o meu filho, querida! Está quente, mas treme, tosse que nem um condenado... Eu
não sei mais o que faço, agora não quer comer!
Hiko sorriu, com o inverno rígido era comum
aparecer alguém com gripe. As pessoas sempre exageravam no nervosismo e
raramente aparecia algum caso sério.
-É
só uma gripe, acredito. Escute, não estou atendendo hoje, mas pelo que disse
não há nada com o que se preocupar. Por isso vou te dar um remédio e se ele não
quiser, obrigue-o a tomar. Caso não melhore em cinco dias, volte aqui.
A mulher pegou o vidrinho da mãe da jovem e
se foi, arrastando a criança. Com a porta aberta, Hiko pôde ver o quão cheio
estava o saguão. Deu um suspiro e falou resignada:
-Está
bem, que o primeiro entre!-ela nunca tinha folga, não resistia... Sentou-se em
sua cadeira e foi atendendo um após o outro. Não era médica, nem fingia ser.
Receitava remédios simples e quando o assunto era mais grave, fazia o possível
para que alguém ajudasse o paciente a conseguir tratamento. Raramente conseguia.
-Senhorita!
Senhorita, está me ouvindo!?-ela olhou assustada para o homem à sua frente. Era
jovem, tinha cabelos loiros e olhos azuis que a miravam calma e intensamente. O
problema não era com ele... Podia ser grave, pois o filho/irmão/vizinho/amigo
não o acompanhava. E nunca o tinha visto por ali...
-Eu
sinto muito, eu tive um dia cheio hoje, senhor. Em que posso lhe ajudar?
-Já
lhe contei tudo...
-De
novo...
-Como?
-Eu
estava aérea de novo, pode repetir?-ele a encarou ainda mais.
-A situação
é séria e ainda fica aí... Se não está bem, não deveria estar aqui...
-Repita,
por favor, ou vá embora, meu tempo é precioso para todos ali fora.
-Muito
bem... Tenho um grande amigo e há dois dias que o chamo para sair e ele me diz
estar sem ânimo. É um garoto de dez anos e que adora quando saímos juntos. Pois
hoje fui até a casa dele, pela manhã, e estava deitado, ainda dormindo. Pus a
mão em sua cabeça e ardia de febre.
(Notas:
Decidi que Yakoff terá uma família, mais detalhes em breve...)
-Então
por que não o trouxe?
-Está
fraco demais... A mãe me disse que não o deixaria sair neste frio, e como não
sei de hospital algum aqui perto ela me sugeriu vir até aqui.
-Entendo...
Mas não posso atender pessoas que não venham aqui, por isso vou lhe dar uma
receita caseira para baixar sua temperatura, e marque um horário para voltar
com ele.-ela começou a escrever numa folha de papel, quando sentiu a caneta lhe
ser tomada. O jovem estava a seu lado e seu olhar se intensificou ainda mais,
para espanto de Hiko.
-Não...
Você vem comigo.
-Por
favor, senhor... Eu não posso, não viu quantas pessoas-
-Eu
espero, são cinco e aqui vai até seis.
-Eu...
-Vai
até lá sim.
Hiko suspirou resignada, tinha que parar de
ceder tão facilmente... Estava ficando um absurdo.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Seis
horas
O último paciente saía da sala. A jovem
estava exausta, nem era dia para aquilo, mas havia tanta gente! Agora tudo
estava tranqüilo ali... Pegou seu casaco mais grosso e se despediu de Rusky.
-Já
vai?-ele perguntou, sentado numa mesa no meio do local.
-Sim...
Se alguém me procurar, diga que volte amanhã.
-Certo.
-Ja
ne, Rusky-kun.-ela sorriu com sua própria brincadeira, era bom para aliviar a
tensão.
Abriu a porta e sentiu a rajada de vento que
vinha lá de fora, a tempestade parecia ter se intensificado, e mal podia ver o
que estava à sua frente. Por sorte a pousada ficava ali perto. O senhor de lá
permitiu que ficasse sem pagar após salvar sua esposa da comida que a havia
engasgado. A velha parecia que morreria naquele segundo... E iria se não fosse
por Hiko.
Sentiu uma mão a puxar pelo ombro.
-Que
bom que finalmente tudo acabou.-falou o rapaz de mais cedo.-Agora podemos ir
salvar Yakoff.
-É
o nome do menino?-ela perguntou se recuperando do susto.
-Sim.
Vamos antes que amanheça, hehe.-ele sorriu.
-Mas
pra onde estamos indo é...
-Um
beco sem saída? Foi onde pus o que nos levará até lá, é um tanto longe.
E lá estava um jet-ski branco com azul.
-Com
essa neve...-ele falou dando-lhe um capacete e pondo o dele.-Nunca poderia ter
vindo de carro.
Hiko sorriu antes de entrar.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Chegamos.-ele
falou, ajudando-a a descer.
-Que
bom.-ela lhe entregou o capacete e observou a casa simples a sua frente, não
havia nada de incomum ali.
-Vamos?-ele
chamou e uma senhora de cabelo loiro veio atender.
-Até
que enfim! Yakoff piorou desde que saiu... Está delirando, diz ser o cavaleiro
de Cisne e que é um defensor de Athena contra o terrível Mestre da Neve!-Hiko
segurou uma gargalhada, essas crianças e seus heróis... Conhecia a lenda dos
Cavaleiros e principalmente seus feitos. O povo lhe falava que uma vez dois
Cavaleiros se haviam enfrentado: o Mestre, que havia se tornado mal e feito
vários homens trabalharem para a construção de uma pirâmide de Gelo, e o seu
discípulo, o vencedor. Ela tentava acreditar e até viu os restos da tal
pirâmide, mas o máximo em que acreditava era nos Cavaleiros do Japão, a mando
de Saori Kido.
-Senhorita
Koyesky?-a mulher lhe olhava preocupada.-Está bem?
-Sim,
só um tanto cansada.
-Aceita
alguma coisa?-estavam dentro da casa, mas ainda estava frio, sem um aquecedor,
só a lareira quebrava um pouco do gelo.
-Claro!
Um chá quente por favor.-e ela se foi.
-Yakoff
está ali.-ele lhe apontou uma porta semi-aberta.
-Qual
seu nome?-o rapaz a mirou espantado, era a primeira vez que ela perturbava sua
calma.
-Numa
hora dessas... Acho que não importa.
-Eu
me chamo Hiko Koyesky, e me perdoe a grosseria, mas o trabalho é longo e sem
frutos...
-O
importante é que vai tentar ajudar Yakoff até que alguém possa vir. Meu é
Alexei Hyoga, mas só me chamam pelo segundo nome. Hiko é um nome japonês...
-Minha
mãe é de Yokohama, uma cidade de lá. Mas meu pai é russo.
-Coincidência...-ele
falou.-Meu pai era japonês e minha mãe russa.
-Era?
-Aqui
está o chá, senhorita Koyesky.-a senhora voltou.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Ele
está muito quente, é melhor que vá a um médico de verdade. Acho que terei que
ir a Moscou semana que vem. Poderei levá-lo comigo a um conhecido.-ela dizia a
Hyoga, saindo do quarto e tomando mais um pouco de chá.
-Não
será necessário, Koyesky-san...-falavam em japonês, para que a mãe não se preocupasse
mais.
-Como
assim? Ele está muito mal, Hyoga-san, se não o tratarem logo ele pode sucumbir.
Bling
Blong
-Hyoga...-a
mãe de Yakoff voltou com uma carta na mão.-É para você, o mensageiro não o
encontrou em casa e tinha que ser em mãos...
-O
que será tão importante?-ele pegou a carta e se sentou novamente.
-O
que diz? É sobre o garoto ou algo assim?-Hiko perguntou, falando ainda em
japonês.
-Não,
vem do Japão, de uma antiga amiga. Pede para que nos reencontremos e levemos
quem pudermos. Yakoff amaria ir e conhecer a todos, é uma pena...
-Mas
vai levá-lo para se tratar, não é?
-Eu tenho outros planos, usei meu plano de saúde para chamar o médico mais próximo até aqui. Eu só te chamei para saber o quão grave era... Ele terá que ficar para ser examinado, além do mais, do jeito que está fraco não resistiria.
-Eu tenho outros planos, usei meu plano de saúde para chamar o médico mais próximo até aqui. Eu só te chamei para saber o quão grave era... Ele terá que ficar para ser examinado, além do mais, do jeito que está fraco não resistiria.
-Não
exagere. Bem, acho que vou deixar uma receita para ver se ajuda e irei embora.
-Certo,
eu te levo.-ela anotou tudo e se despediu da mãe de Yakoff, quando chegaram até
o hotel ela desceu.
-Arigatou,
Hyoga-san.
-Eu
que lhe agradeço. Escuta, está afim de ir comigo até o Japão? Parece muito
cansada, encare como um feriado prolongado.
-Eu
não sei, tenho que ajudar as pessoas aqui...
-Precisa
de patrocínio pra isso aqui, né?
-Verbas...
E sim, ainda tenho que ir a Moscou para uma reunião com uma indústria que nos
ajudará.
-Pois
essa minha amiga é a presidente, dona, ou que quer que seja... É a cabeça da
Fundação Graad. Muito importante em todo mundo, caso não saiba, tentarei convencê-la
a te apoiar, acho que precisa disso, né?
-Por
que faz isso?-ele apenas sorriu.
-Eu
te busco depois de amanhã, às seis, lá no seu lugar.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Shiryu olhou um último menino sair da pequena
casa. Atrás dele saía Shunrei com um sorriso, como sempre. A jovem tinha
começado a dar aulas fazia pouco tempo, mas já era amada por todos da vila.
-Olá,
Shiryu!-ela disse, ainda sorrindo.
-Parece
ter sido uma aula proveitosa...-ele falou, já andando em direção aos Cinco
Picos.
-Sim,
muito boa! Obrigada por vir me buscar de novo, mas realmente não precisa...
-Não
me perdoaria se algo lhe acontecesse.
-Hihi,
como um avião de papel me atingir a cabeça?
-Qual
deles!?-Shiryu fingiu-se pronto para matar.
-Hihihihihihi,
todos...
-Que
se preparem para a fúria do Dragão!
-Ótimo,
é bom saber que vai me defender de garotos inocentes! Agora vamos que quero
preparar uma sopa bem gostosa para você e para o Mestre Ancião.
-Está
bem!
E voltaram a caminhar em paz, porém felizes.
-Senhor
Shiryu! Senhor Shiryu, uma carta para o senhor!-um rapaz apareceu e a entregou,
indo embora imediatamente.
Shunrei viu o remetente enquanto o seu amor
secreto lia seu conteúdo.
-Kido?
É uma outra batalha?-ela perguntou, numa voz bem baixa.
-Não.
Ela quer que todos se reúnam neste sábado... Implora para que ninguém falte e
que levemos nossos amigos, pois parece que somos os únicos convidados e será
uma festa chique.
-Você
vai?
-Só
se minha acompanhante for...-ele lhe estendeu a mão galantemente. A garota
sorriu meio sem graça, enquanto a aceitava e assentia com a cabeça.
-Claro!
Mas e o mestre?
-Quer
apostar como ele não vai?
-Não,
eu já sei a resposta...-ela continuou sorrindo enquanto chegavam.
Ainda era quarta e partiriam no dia seguinte.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Crianças!-a
menina de cabelos azuis gritava. Era hora de almoço naquela quarta.
(Notas:
Estou tentando ignorar fusos)
-Crianças!-elas
gritava mais uma vez, era a hora em que ficavam mais agitadas.-Esperem, para
onde estão indo?
Mino continuou a correr ao redor da casa que
era o orfanato. Ao virar a parede deu uma parada brusca, todos haviam se
aglomerado em ponto em comum.
Então voltou a correr novamente, agora para
abraçar o visitante.
-Seiyaaaaa!
-Mino!
Que susto...-ele respondeu, abraçando de volta a amiga de infância.
-Que
bom vê-lo, entre, vamos almoçar juntos...-a menina falou ainda mais animada.
-Certo...
Ela fechou a porta e estavam numa sala
privada, onde ninguém os espiaria. O Sol era fraco lá fora e ventava
calmamente. Um cenário perfeito na mente de Mino.
-O
que veio fazer aqui hoje?-já haviam terminado de comer com as crianças e Seiya sentava
acariciando a barriga.
-É
que a Saori tá dando uma festa pra todo mundo se reencontrar... Queria que
fosse como minha acompanhante...
-Eu
não sei... Essas festas dela costumam ser tão chiques, Seiya...
-Esta
não será exceção, por isso vim pessoalmente, vamos fazer compras!-a menina
ficou vermelha.
-Não
é só a falta de roupa!-ela gritou, mas logo se acalmou, como Seiya costumava
ser superficial...-É que eu me sinto meio por fora...Todos lá e eu sobrando.
Sem contar que você é perito em me largar pelo primeiro rabo-de-saia.
-Ah,
mas está tudo bem se isso acontecer...-ele falou, se inclinando na poltrona com
os braços apoiando a cabeça.
-Era
pra dizer que não ia me largar, Seiya! Mas por que vai estar tudo bem? Só
porque você vai se dar bem, não quer dizer que eu vou estar numa boa...
-É
que vai o pessoal lá... Você conhece! O Shun, o Shiryu, Hyoga... Sabe, a turma!
-Mesmo?
-Sim,
o Jabu e os outros também, infelizmente, mas tudo bem...
-Vocês
dois ainda discutem, né?
-Hehehe!
O que importa é que acho que conheço todos os que vão.
-Logo
você não vai me largar...
-Tomara
que sim! Pô, mina, tô na seca, entende? Encalhado há duas semanas... Saori me
entope de trabalho e num dá nem pra sair...
-Bem
feito!-ele se inclinou na direção da garota, em pé ao seu lado.
-Com
ciúmes?-e piscou o olho, apenas pra levar um tapa.
-Nunca!
-Então
vamos que te quero linda nesta noite!
-Contanto
que não paquere ninguém no shopping...
-Certo...
-E
fique comigo o tempo todo.
-Tá...
-E
não fuja pro videogame!
-Isso
não vale!
-Seiya,
é um famoso empregado da Fundação Graad, como consegue ser tão infantil!?
-É
a vida...
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Finalmente,
o último dia de aula! Férias de Inverno, aqui vamos nós!!!-a garota de cabelo
lilás e olhos dourados falou.
-Calma,
Miki... Cuidado pra não cair enquanto pula! Ou quando voltar do hospital ainda
vai ter dever acumulado na faculdade!-um rapaz de cabelo vermelho e olhos castanhos
respondeu e Miki lhe deu a língua.
-Que
tal irmos lá em casa comemorar!?-um terceiro propôs, este tinha olhos
azul-esverdeados e cabelos verdes.
-Se
Shun convida nóis vai, hehehe!-falou Miki mudando a direção para a do carro
verde escuro no estacionamento.
Shun era o único dos três que morava sozinho
e ainda tinha um belo dum carro. Já eram amigos há muito tempo, mas o jovem de
dezessete anos ainda era um mistério para ambos.
Ao chegarem à bela casa entraram, enquanto o
de cabelo verde ficou para ver a correspondência. Uma única carta estava ali.
Ao ver o remetente, os olhos do jovem cresceram.
-Algum
problema?-perguntou Miki.
-Não...
-Abra
logo a carta! De quem é?
-De
uma antiga amiga...
-Iiiiiiii!-ela
insinuou.-O que diz?
Shun abriu e leu.
-Que
é para eu ir à festa...
-Que
festa?
-Não
sei...-ele respondeu e se preparou para entrar quando um homem chegou.
-É
o senhor Shun Amamiya?-o homem perguntou, Shun viu em sua roupa a marca da
Fundação Graad.
-Sim...
-Assine
aqui para receber a carta.-ele assinou e pegou a mencionada, lendo-a logo,
enquanto o homem desapareceu.
-E
agora? De quem é?
-De
outra amiga, este é o convite para a tal festa, parece que ela quer reunir o
pessoal e pediu para levar conhecidos... Traje a rigor.
-Obaaaaaa!!!
Kigeru!!! Kigeru, vamos a uma festa com os velhos conhecidos de Shun!!!-Miki
entrou gritando, com Shun atrás dela.
-É
verdade?-Kigeru perguntou, sentado no sofá assistindo tevê.
-Sim.
-Ótimo!-o
jovem respondeu.-Finalmente descobriremos mais sobre o misterioso passado de
Shun Amamiya!
-Misterioso?-ele
perguntou com uma gota na cabeça.
-Como
um cara de dezessete anos mora sozinho, estuda numa faculdade cara, é órfão e
dirige um carrão!? Resposta: Sendo Shun. Hehehehe.
E todos o acompanharam.
Mas Shun logo parou para olhar para janela,
pensava de uma forma diferente. Voltar a pensar de forma que seja como os
pensamentos de um Cavaleiro, lembrar das sangrentas batalhas, do sofrimento, da
dor... De repente outra coisa lhe veio à mente.
“Será
que Ikki irá? Faz tempo que ele não me manda notícias...”-Shun pensou.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Bling
Blong!
O jovem levanta-se da mesa do computador para
ver quem lhe chamava. Era de estatura normal, tinha cabelo azul escuro e olhos
azuis bem claros.
-E
aí, Ikki?-o visitante o cumprimentou.
-Ei,
Carl, como vai? Entre...-o jovem entra, tinha cabelos castanhos claros e olhos
bem verdes.
-Uau!
O inverno era assim no Japão?-ele falou tirando o casaco. Ikki simplesmente
balançou a cabeça.
-Não
em Tóquio...
-Bem,
mal são cinco e já está quase escuro... Pelo menos não temos tempestade de
neve... Por falar nisso, tem café aí?-Carl sentou-se no sofá.
-Sim,
preparo num minuto.
-Que
carta é essa?-o jovem pegou uma carta em cima da mesinha da sala e a
examinou.-Fala sério! Tá em Japa... É do teu maninho, é?
Ikki volta com duas xícaras de café e um
bule, pondo a bandeja em cima da mesinha.
-Não,
recebi nesta tarde...
-E é
sobre ela que quer falar? Puxa, parecia urgente pelo voice mail...
Ambos trabalhavam para uma empresa, era em
casa e recebiam bem. Contanto que cumprissem 160 horas por mês de trabalho, os
patrões ficavam satisfeitos. Ikki havia passado uns tempos em vários países,
até que pediu para se estabilizar naquele que se tornara especialmente querido.
A Alemanha era o país-natal de Carl, que apresentou tudo a Ikki.
Agora moravam no Norte do país, um
aldeiazinha próxima a Hannover. Tinham, em geral, a tranqüilidade, e se
precisassem de mais iriam aos grandes centros. Era a vida calma que Ikki pediu
a Kami.
-Sim,
quero que venha comigo ao Japão.-ele respondeu.
-Isso
é longe...
-Mas
nunca conheceu, seria legal ir contigo.
-Pra
quê?
-É
uma amiga, ela quer reunir o pessoal e quer que levemos conhecidos, vai ter uma
festa a rigor, mas creio que irão querer aproveitar pra farrear nas danceterias
de lá. Vai ser, com certeza, divertido...
-Interessante,
conhecer os velhos do Ikki...-como Shun, Ikki tinha relações com pessoas
normais e parecia viver uma vida normal. Separava tudo relacionado ao passado,
mantendo um enorme segredo de todos ao seu redor.-Quando vamos?
-Não
sei... O que acha de amanhã? É quinta e a festa é sábado, vai dar pra curtir
legal...
-Humm,
amanhã não vai dar, vê se pode comprar passagem pra sexta, então...-Ikki entrou
em vários sites e todos informaram que os vôos, saindo Hannover, estavam
suspensos, devido à neve.-Mas nem estamos numa tempestade...
-Que
tal pegarmos o carro para ir pra França, parece que tem vôo de lá... Vai pra
Suíça e aí a gente espera por um pro Japão.
-Que
viagem... A gente teria que ir pra uma cidade com aeroporto, ir pra Paris e aí
irmos pra Suíça.- disse Carl usando seu Pal-m. Vale a pena tanto esforço?
-Vamos
ver, caso não dê, não deu...
-Seu
irmão vai estar lá?
-Provavelmente.
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
A sala estava mais uma vez escura, e, mais
uma vez, o jovem de cabelos castanhos e olhos da mesma cor aguardava uma certa
senhorita.
Mas esta apareceu sozinha e não veio de fora.
Saía de seu escritório e vinha até ele, parecia um tanto triste.
-Eles
todos confirmaram?-Seiya perguntou.
-Não...
Falta um, que sei que recebeu a carta...-ela chegou com uma prancheta e
sentou-se ao lado do amigo.
-Ikki?
-Claro!
-E
você queria tanto que todos viessem, né?
-Bem,
mas todos receberam, aqui estão as assinaturas, só Hyoga que não foi ele, mas
já confirmou, virá com mais um.
-Será
que é o garotinho?
-Quem?
-Eu
o vi quando ajudei Hyoga com o Mestre Cristal. Yakoff o nome... Muito maneiro o
pirralho!
-Shun
trará dois, Shiryu um... E você, Seiya?
-A
Mino, fomos hoje comprar roupa pra ela, mas discutimos porque enquanto ela
escolhia, eu fui jogar videogame...
-Você
não muda...
-Hehehehehe!
-Só
espero que Ikki venha...
-E
os outros?
-Sim,
Seiya, Jabu virá.
-Não
é justo!
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
E a Lua lá fora aparecia tímida para iluminar
a todos aqueles que ansiavam pelo dia seguinte...
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
-Os
vôos de Paris foram cancelados...-falou Ikki pelo voice chat.
-E
agora? Como iremos pra Suíça?
-Eu
não sei...-lá fora a tempestade de neve caía.
-Será
que conseguimos um vôo pra Espanha?
-Boa
idéia!
Continuará...
Anita
25/12/2002
Notas
da Autora:
Uau!!!
É Natal!!! Feliz Natal!!!
O
quê estão achando!? Decidi fazer uma fic grande, mas eu mesma me cansei, então,
ainda está grande pro que anda saindo da minha parte, mas não tão grande quanto
eu queria...
Tenho
certeza de que o prox cap será bem maior, não se preocupem, okay???
Abaixo
está um formulário, eu o recebo em meu mail e só eu leio, logo podem usá-lo à
vontade! Sejam sinceros e não sucintos, em outras palavras não segurem o que
quiserem dizer!!! Gosto de mails longos e verdadeiros. Se quiserem algum tipo
de resposta, tentarei mandá-la o mais rápido possível, usem o seu e-mail de
verdade no campo de mail!!! Não precisam modificar o nome ou cap da fic, mandem
qts quiserem. Pode parecer que deu erro, mas normalmente não, é que sou péssima
com html. Mandem um mail, caso eu demore uma semana, nele perguntem se recebi
os coments. Nunca se sabe o q pode ter acontecido, né? Não se esqueçam de
visitar meu site Olho Azul para novos capítulos/outros fics http://olhoazul.50webs.com/ e
para quem não sabe o que é um projeto na minha cabeça, isto significa uma
história na qual ponho todo o meu coração e tento lançar o mais rápido
possível. Caso queiram mandar mail mesmo: anita_fiction@yahoo.com
Poxa vida. Voltar aqui e ver meu nome no inicio do post me trouxe grande nostalgia. Esperar cada capítulo era muito bom. Parabéns mais uma vez. Gostei demais dessa obra!
ResponderExcluirAaaah, obrigada por ainda se lembrar! Olha a data disso! Muito obrigada mesmo!
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