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[Sailor Moon] Cada Vez que nos Encontramos, Cada Vez que nos Separamos - Capítulo 2, escrita por Anita

Autora: Anita
Fandom: Sailor Moon
Gênero: Comédia romântica, Realidade alternativa
Classificação: 14 anos
Status: em andamento
Resumo: Usagi/Mamoru. Usagi está na faculdade e acaba de terminar com Seiya, seu primeiro namorado de toda a vida, quando decide aceitar um emprego de meio período no bar de seu amor de adolescência, Motoki. Entre os desafios dessa aventura, o passado decide reaparecer na sua frente, especialmente quando o homem que mais a atazanava retorna a Tóquio, Mamoru. Ela percebe então um conflito entre o que sente por Seiya e por Mamoru. A história também vai explorar os romances de cada uma das senshi! 

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Olho Azul 20 Anos Apresenta:

Cada Vez que nos Encontramos,
Cada Vez que nos Separamos


Capítulo 2 — Sentimentos Fortes

  Usagi olhou de novo para o banco onde Seiya estava sentado. Mais gente havia chegado naquela quinta-feira e, apesar de estar longe da lotação máxima, o bar trabalhava em ritmo de final de semana. Por essa razão, ela decidiu adiar a continuação de sua conversa com o ex-namorado e começar a trabalhar. Não, a razão era simplesmente precisar respirar antes de dizer qualquer coisa. A felicidade que lhe tomara ao saber que os dois poderiam voltar havia sido interrompida pela chegada de um fantasma de seu passado, Mamoru Chiba. Era como uma lembrança de que sua vida não fora muito para frente desde a última vez que se viram. Devido a isso, por mais que quisesse abraçar Seiya e dizer que era louco em achar que ela não o aceitaria de volta, pediu um tempo para pensar, escusando-se por estar ocupada. Seiya, ao mesmo tempo em que aceitou, não fez qualquer movimento para lhe dar o espaço que acabara de ser pedido, remanescendo ali, com o copo de suco de laranja intocado à sua frente.

  Umas das mulheres na mesa mais barulhenta se pôs de pé e escolheu alguma música no karaokê. Por cima de sua voz, Usagi percebeu que estava sendo chamada por Seiya.

— Já está indo? — perguntou, ansiosa por fechar aquela conta.

— Não, só queria algum drinque legal. Que tal um rum com coca?

— Não é melhor só uma cerveja? — disse, suspirando. — E você nem terminou esse suco. — Fez menção de recolher o copo, mas o outro estendeu a mão como um escudo.

— Eu não sou fraco com álcool que nem esses japoneses. — Jogou a cabeça para trás, um japonês não mais engravatado e com o rosto bem vermelho fazia dancinhas enquanto tentava acompanhar a música cantada pela colega de empresa. — Posso ter um pouco desse sangue, mas acho que já diluiu tanto que agora só me restou o nome.

  Usagi assentiu. Quando foram apresentados, ela achara que Seiya era só um nome americano parecido com sua versão japonesa e espantara-se quando o estrangeiro lhe disse que até o escrevia em kanji. “Estrela e campo”, disse fingindo escrever na palma da mão da moça, roçando de leve a ponta de seu dedo quente a cada traço.

— Bem, já vou trazer, — resignou-se, virando-se para preparar a mistura, sem poder ignorar o complemento em voz alta, que lhe dizia para caprichar na dose.

  Estava também altamente consciente de como Motoki se entretinha conversando com o amigo no outro canto. Queria muito olhar para lá, saber se Mamoru estaria curioso com o estrangeiro com quem Usagi conversava. Permanecia indecisa se devia ir até lá e falar com ele. Fosse qualquer outra pessoa a quem não visse por anos, já o teria feito desde o início, correndo animada como um cachorro que fazia festa para o dono. Mas era justamente Mamoru...

  Suspirando, entregou o drinque para Seiya e foi atender um casal recém-chegado que se sentara no balcão. Toalha quente e porta-copo, ainda se repetia mentalmente, enquanto dava as boas-vindas com o cardápio e atendia o pedido.

— Pode recolher os copos daquela mesa de novo? Um deles não para de passar a mão na minha bunda — reclamou Rei, assumindo o casal recém-chegado.

— Mas é você quem os está servindo, né?

— Gorjeta nenhuma vale isto.

— E na minha bunda tudo bem porem a mão?

— Não se preocupe com isso. — Rei sorriu.

  Usagi pegou a bandeja, xingando-a mentalmente. Caminhou recolhendo tudo o que não estivesse mais em uso e só parou pois alguns deles queriam mais pedidos. Antes de sair, um dos homens perguntou pela outra mulher, e Usagi, aborrecida, teve que se conter para dar a resposta apropriada. De volta para trás do balcão, não podia acreditar que além de terem ficado longe de suas partes traseiras, ainda tiveram a cara de pau de perguntar por Rei. Era para estar aliviada de não ter seu espaço pessoal violado, mas ainda se sentia violada. Encheu os copos com os pedidos de bebida e levou-os até lá, voltando correndo para a cozinha a fim de preparar as onion rings. Voltou mais uma vez à mesa, serviu-os, recolheu os novos copos vazios e foi ao balcão. Ainda intocada.

  Ao menos, pôde aproveitar o momento de calma para observar Mamoru de trás, com medo de a qualquer momento ele sentir seu olhar e fazer piadinha. Ele parecia mais alto, se era possível. E encorpado, mas isso podia ser a roupa que estava usando, talvez até tivesse ombreiras. Mas quem usava ombreiras neste século? Bebia lentamente um coquetel e respondia a Motoki o que este conseguia lhe perguntar entre limpar o balcão e a pia. Poderia ir lá e reclamar que o chefe não estava trabalhando, Motoki sempre lhe dera toda a liberdade, mas ainda não conseguia decidir se queria falar com Mamoru. Ele próprio não viera lhe cumprimentar, apenas baixara a cabeça rapidamente e se direcionara ao oposto no balcão. Por que ela devia andar até lá? Decididamente, o homem não padecia de falta de atendimento com Motoki sempre ali. Bem, se tivesse que falar com ele, ia ter que ser por uma boa razão, decidiu por fim, voltando à mesa problemática para atender mais pedidos e recolher pratos e copos vazios.

  Mesmo ela estando de férias da faculdade, Motoki sempre fora enfático para que Usagi saísse no horário certo. Até em um dia caótico como aquele, ela sabia que tinha que ficar ali apenas até as onze da noite, a partir de quando era para juntar suas coisas e ir. Não receberia além das onze nada além de uma bronca de seu patrão. Motoki tratava igualmente todos os de meio-período por achar que jovens deviam ser jovens e se divertir enquanto podiam. Não era também muito diferente para ele, sempre aparentando estar entretido com as conversas dos clientes. Usagi também queria um dia descobrir sua vocação e correr atrás dela como seu irmão postiço fizera.

  Eram quase onze da noite quando ela se aproximou de Seiya, já na sua terceira cuba libre, e anunciou que estava indo.

— Ainda tem bastante gente aqui, tem certeza? — Ele apontou mais uma vez para o grupo atrás.

— Esses não ficam muito depois, todos temos nosso trem para pegar, né? E já estão bêbados demais pra pedirem muito mais... — Passou um pano para limpar perto de Seiya e deu-lhe as costas. Não deixava de registrar que Mamoru ainda estava ali, com a mesma expressão de antes. É, no final, não se falariam; era melhor assim.

  Usagi caminhou até o armário, consciente de que passava na frente de Mamoru, e pegou sua bolsa e casaco. Como já combinado, as contas pelo serviço eram acertadas aos sábados, a menos que ela não pudesse ir naquele dia. Motoki o fazia como um incentivo para que ninguém faltasse ao turno mais pesado, com exceção de Rei e outra pessoa, que nunca estavam nos sábados e raramente nas sextas. Para a felicidade de Usagi, apenas em dias especiais, os turnos coincidiam com o da dondoca temperamental.

  Olhou para a própria, quem entregava um último pedido a um jovem que a convidara para mais um drinque. Apesar de convites para drinques não significarem algo em especial, aquele provavelmente havia gostado da Rei. Não seria o último, com certeza. Talvez pelo lucro duplo que Motoki aceitava que ela continuasse na equipe, mesmo não podendo ir nos dias de maior movimento. Isso e sua disponibilidade nos dias de semana para cobrir qualquer um. Rei não morava longe dali, Usagi ouvira uma vez, então podia trabalhar a qualquer hora, sem depender de trem.

  Por isso, não a esperou terminar e seguiu sozinha pela porta, despedindo-se somente de Motoki assim que ele se direcionou à cozinha.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  O vento do lado de fora a lembrou de que estava sem o casaco, mas era bom sentir ar puro, sem o cheio de álcool e cigarro que ficava no interior do Drunk Crown. E aquele tinha sido um dia tão cheio de tudo que Usagi poderia chorar de emoção por sair da realidade paralela. Quando chegou às escadas para o térreo, porém, a porta do bar abriu e a fez se virar.

— Por que não me esperou? — Seiya inquiria, com seu casaco vestido apenas pela metade.

— Achei que fosse ficar mais um pouco.

— Eu só estava te esperando sair, para conversarmos melhor.

  Usagi pensou na hora em como tinha ao menos quarenta e cinco minutos se quisesse ter certeza de não perder o trem.

— Eu realmente queria continuar de onde paramos. — Seiya havia se aproximado de um jeito incerto. O cheiro dos drinques que tomara chegava leve ao nariz de Usagi, não competindo muito com o perfume. A grande indicação de que o homem havia bebido um pouco demais era a ausência de distância entre ambos. — Pra mim, é como se nada houvesse existido nos últimos meses. Não quero recomeçar e sim, continuar. — Com isto, ele a beijou com firmeza.

  Os lábios de Seiya. Tão quentes... Os únicos lábios que ela já soubera beijar agora voltavam aos dela, esfregando-se com força como se houvessem encontrado água após um longo caminho no deserto. Sua língua invadia a boca de Usagi e suas mãos seguravam seu rosto com firmeza, massageando-o. Então, desceram para seu ombro, para suas costas, puxando-a para mais perto daquele corpo quente. Quem precisava de ar puro quando podia ser inebriada por aquilo? E como Usagi precisava perder os sentidos mais uma vez naqueles braços! Normalmente, brigaria pelo fato de uma das mãos já estar abaixo de sua cintura, mas hoje Seiya podia fazer tudo que Usagi não se importaria, apenas queria ser dele novamente. Sua barba roçou seu pescoço, ela estava feliz que já estava mais tão frio que se desse ao trabalho de carregar um cachecol, ou o bafo quente do outro não lhe estaria fazendo cócegas.

— Como eu precisava disto de novo! — ele murmurou enquanto beijava seu ouvido, em uma das raras vezes em que seu japonês estava longe de parecer fluente.

  Era mesmo, os detalhes de que Usagi se esquecera naqueles mais de dois meses. Seiya regredia bastante sempre que a beijava.

  Ela sorriu, passando a mão pelos cabelos negros dele. Eram tão macios... Poderia ficar distraída com eles por horas. Às vezes, quando terminavam de se beijar, Usagi ficava puxando o rabo de cavalo que o namorado sempre usava, pois sabia que ele iria reclamar e ter que consertar o estrago. Desta vez, ela não o fizera de propósito, tão pouco ele pareceu se importar, ocupado puxando-a com ainda mais força contra o corpo dele.

  De repente o beijo se rompeu e já era hora. Os lábios da moça estavam já doloridos, mas ela não teria coragem de sequer buscar ar. Morreria feliz, asfixiada naquele perfume. Então, percebeu que Seiya estava gargalhando.

— O que foi? — perguntou confusa, procurando em si qualquer pista do que poderia ter causado aquele riso.

— Alguém totalmente nos viu.

— Por que acha isso?

— Porque alguém acaba de subir a escada com o maior cuidado pra gente não ouvir...

— Pode ter sido impressão. Você bebeu bastante.

— Eu estou bem. — Ele sacudiu a mão  com indiferença.

— Bem bêbado? Confessa logo... — Divertindo-se Usagi começou a pôr o casaco. Ele havia acabado no chão em algum momento do beijo junto com a bolsa.

— Nem tanto, mas talvez parte da minha alegria não se deva a você.

— Sei. — E deu um leve tapa na nuca. — É melhor andarmos até a estação.

— Odeio que agora vamos pegar trens em direções opostas...

— Não me importaria se quisesse fazer o loop na direção errada para vir comigo.

— Pode ser uma boa ideia. — Ele puxou a mão de Usagi em direção à escada.

  Ela sorriu com a empolgação fazendo cócegas em seu estômago. Normalmente, apenas ele teria levado a oferta como uma piada, já que triplicaria seu tempo de viagem. A própria não teria aceitado nem mesmo agora que acabaram de se conciliar e seu amor por Seiya estava na intensidade máxima, pensou enquanto abraçava o braço do outro e descansava sua cabeça ali. O comichão borbulhava ainda mais dentro dela.

— E quando vamos ter nosso próximo encontro? — A pergunta dele, que tentara ser casual, não conseguiu o que pretendia.

— Amanhã? Podíamos dar uma olhada nas lojas ou algo assim...

— Eu tô meio ocupado esta semana, vou ter que mudar para mais perto do curso. Ele fica longe, não sei se você lembra. Mas domingo seria ótimo! Marquei de sair com um pessoal que era da minha turma pela noite, poderíamos ficar juntos de tarde e irmos à reunião; você se lembra deles, né?

  Seiya sempre andava com outros intercambistas e raramente falava com japoneses mesmo, a menos que fosse algum que já houvesse feito intercâmbio. Por isso, o “pessoal” a que ele sempre se referia costumava incluir pessoas como Taiki e Yaten. Os demais variavam com o tempo, por isso, Usagi não mantinha a conta.

— Faz tempo que não os vejo... Mas domingo é impossível. Tenho que ficar aqui sábado até o primeiro trem, aí chego em casa e apago direto; pulo até o almoço.

— Vamos sim. — Ele apertou sua cintura com cara de pidão. — Eu te ligo e te acordo.

  Usagi fez bico pensando enquanto passava seu cartão pela catraca. Queria muito vê-lo, mas só sua mãe sabia como ela não tinha qualquer energia nos domingos.

— Eu acho que poderia sair com o pessoal à noite, mas à tarde não dá mesmo.

— Não pode não ir no sábado?

— Não, sem cogitação. Mas domingo peço que alguém me substitua. O que acha?

  Seiya sorriu enquanto concordava e marcava um ponto de encontro na estação próxima de onde pensavam ir.

  Mas Usagi não ouviu muito, estava distraída observando um homem de cabelos negros, terno e gravata, sentado e distraído do outro lado enquanto esperava o trem chegar. Mamoru não a havia percebido, com certeza, pois olhava para algo acima da pasta em suas pernas, talvez alguns desses equipamentos portáteis que nem computador. O trem chegou à plataforma e o levou junto.

— O que houve? — perguntava Seiya, puxando-lhe as bochechas sem força.

— O quê?

— Você suspirou.

— Eu? Impressão.

  O namorado sorriu-lhe e disse:

— Tá tão feliz assim, é? — E voltou a lhe apertar as bochechas. — Compreendo, por que não sou nada diferente.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Mamoru afrouxou a gravata no pescoço antes de abrir a porta do Drunk Crown, o bar maluco que Motoki bolara usando o nome do salão de jogos em que ele trabalhara durante a faculdade. Nem era uma ideia tão louca assim, olhando com calma. Era apenas mais um bar. E Motoki levava jeito para o que estava fazendo e conquistava facilmente os que passavam por ali.

  Tão logo entoru, ouviu saudação de boas-vindas da equipe, muito maior que as duas meninas que se trombavam a cada pedido do público inesperado de quinta-feira. Caminhou até o banco no canto próximo à cozinha de sempre e ali sentou, grato por estar vazio. Após um dia de trabalho, não, uma semana inteira de trabalho, Mamoru não queria ter que escolher lugares.

— Olha quem veio! Não o esperava hoje, — disse Motoki, pondo automaticamente um cinzeiro, apesar de Mamoru não fumar e uma toalha quente. — Então, vai querer algo hoje?

— Pode me trazer algo não alcoólico por enquanto? Que tal calpis? — Pendurou sua pasta no pequeno cabide escondido abaixo do balcão e começou a olhar para o cardápio. Não queria ficar alto como ficara na última vez por beber de estômago vazio.

  Mamoru percebeu o que já devia ter imaginado: entre os que estavam por ali, uma loira de cabelos loiros se destacava. Ela devia estar falando mais alto que os demais, só podia ser por isso que, mesmo atendendo a mesa mais distante dele, que se podia distinguir claramente enquanto ela conferia o que haviam acabado de lhe pedir. Ele passou a mão pela fronte, massageando ali. O melhor era tirar os olhos de Usagi. Ela sempre o odiara e aquilo ficara claro para ele pouco antes de partir de Tóquio muitos anos antes.

  Assustou-se quando percebeu que o copo com seu pedido já havia chegado, e uma jovem alta perguntava se ele gostaria de algo mais. Mamoru olhou rapidamente o cardápio mais uma vez e apontou, dizendo:

— Uma pizza, por favor.

— Logo a trarei. — Sorriu a jovem, indo para a cozinha.

  Motoki estava bastante ocupado naquele dia, indo apenas por instantes até onde Mamoru estava. Isto lhe dava tempo demais para observar Usagi se atrapalhando durando o serviço. Lembrou-se de como ela estava com um estrangeiro na quinta anterior, deixando-o na posição de apenas passar e fingir não ter visto o beijo intenso que ambos trocavam. Mais tarde, ele os viu novamente, abraçados na plataforma do trem, enquanto conversavam distraídos um com o outro.

  E ele? O que havia feito naqueles anos passados em Nagasaki? Trabalhara noite e dia no primeiro ano até passar sua fase experimental apenas para trabalhar mais. Não podia dizer que não estivera com nenhuma mulher, mas fora de tal forma que também não havia como chamar de relacionamento. De toda forma, sua prioridade havia sido ganharuma promoção para a capital do país, então, não pensava muito no problema até agora que chegava a seu novo posto, já em Tóquio. Desta vez, tinha um bom apartamento apenas preenchido com caixas de sua mudança na semana anterior. Não conhecia ninguém em seu departamento, nem sequer para considerar ir com eles naquele sábado, beber em outro bar. Poderia até tê-los chamado ali... Motoki seria esse tipo de pessoa, com certeza.

  Bem, após pôr a vida em pausa para conseguir aquela promoção na empresa, Mamoru tinha que se manter firme na promessa de fazer aquele tempo valer. Ademais, estava havia apenas uma semana no novo lugar, nada com que devesse se desesperar. Havia se adaptado bem ao cargo e naquele mesmo dia recebera um elogio de seu superior. Restava-lhe organizar seu apartamento, o que faria no domingo seguinte, e sua vida pessoal.

  Acordou de seus pensamentos com um suspiro na sua frente. Levantou os olhos para ver Usagi quase sair correndo com o prato vazio de sua pizza. Riu-se daquela atitude. Devia ter sido o mais próximo que estiveram desde que ela passara por ele para pegar suas coisas no armário, na quinta anterior.

— Com licença. — Levantou a mão, com um sorriso de autossatisfação.

  Usagi parou no mesmo instante, como se houvesse congelado. Depois, olhou para todo o espaço na parte de trás do balcão, onde não havia qualquer outra pessoa com Motoki na cozinha junto de outro rapaz e a menina alta recolhendo copos das mesas. Então, ela olhou para as mãos, onde ainda estava o prato e fez menção de ignorar o chamado. Percebendo-se disso, Mamoru falou com um pouco mais de firmeza:

— Eu gostaria de fazer um pedido.

  Os ombros da moça desceram e ela voltou-se resignada, segurando o prato agora como se fosse uma bandeja e caminhando de volta.

— Poderia saber o que deseja, senhor? — perguntou, olhando para algum ponto distante dos olhos de Mamoru.

— Eu tava pensando em pedir um Khalúa Milk, mas será que você pode misturar bem? Acho que se chama Khalúa Latte ou algo assim... — E sorriu, como um cliente educado.

  Usagi olhou ao redor, ainda certa de que a ajuda viria e alguém jogaria uma rosa no meio daquela batalha para proteger do sujeito maligno que lhe pedia algo fora do cardápio. Como isso não aconteceu, apenas um rapaz passara ocupado por ela para preparar alguma outra bebida, Usagi virou-se de novo para ele.

— Você quer que eu misture mais?

— É, é bem simples.

— Por que eu não te dou o de sempre e você mesmo não mistura? — a pergunta veio em um tom vago, dificilmente interpretado como rude.

  De fato, Mamoru sempre o fazia ele mesmo quando ia a algum bar sem a bebida no cardápio, afinal, seria bastante incômodo ficar especificando o que queria. Mas possuía a liberdade de pedir aquilo a Usagi, por isso, insistiu:

— É só balançar. Acho que fica melhor se o fizer antes de pôr no copo com o gelo. Quer que eu te ajude?

— Eu sei fazer sozinha. — E sacudiu com força o prato vazio de pizza, antes de sair para a parte de se preparar as bebidas.

  Pouco depois chegara exatamente com o que lhe havia pedido, havendo até adicionado uns cabos de canela ao coquetel. Um sorriso de vencedora, como se o ousasse a achar algum defeito. Mamoru, por sua vez, sentiu-se frustrado que não houvesse realmente o que lhe ensinar de diferente, que alguém já o houvesse feito antes.

— Motoki deveria acrescentar ao menu, se a bebida existe — comentou assim que ela a pôs em cima do porta-copo.

  Mas Usagi o ignorou e foi limpar o que acabara de sujar, mais o prato de antes.

— E, então? — Motoki surgira do nada quando o copo estava na metade. — Por que veio hoje aqui? Não disse que devia sair com o pessoal do seu departamento?

— Preferi ir a algum lugar onde não tivesse que falar muito. Estou cansado para ficar de conversa fiada.

— Mas não pra implicar com a Usagi, né? Ela tava reclamando que pediu algo fora do cardápio.

— Nada difícil, ela até sabia fazer.

— Mamoru, você não acabou de chegar lá? No lugar que você tanto queria? Não fica bem você faltar às reuniões.

— Eu vou na próxima, não se preocupe. Antes disso, por que não vem à minha casa amanhã? Tô pensando em fazer algum almoço decente e aí você poderia conhecê-la melhor agora que as caixas não ocupam toda a paisagem.

  Motoki riu-se.

— Acho que não vai dar. Fecho umas cinco aqui e ainda dou uma limpada depois pra não ter problema de coisa se infiltrando nos móveis no dia seguinte.

— Outro motivo para não querer cozinhar no dia seguinte.

— Normalmente, mal janto nos domingos. É uma vida diferente, isso de ficar em bar.

— Está dizendo que não tem tempo livre?

— Bem, no início nem tinha, mas com a Makoto, aquela bem alta que tá hoje aqui, e agora a Usagi, fico mais tranquilo para folgar de vez em quando.

— E como a Usagi pode deixar alguém mais tranquilo? — perguntou, sem segurar uma risada.

  Motoki gargalhou ainda mais alto e explicou:

— Ela é meio atrapalhada, mas não faz nada por mal. Aliás, os clientes a adoram, digo, os de dia de semana, que só vêm beber e conversar. Sábado é uma galera mais diferente, né? — Olhou a seu redor e sorriu fraco. — Seria bom se Usagi decidisse assumir o bar comigo; é o que venho pensando desde que ela chegou.

— Contanto que não a deixe sozinha...

— Dê um crédito a ela!

— Estou bebendo algo que ela preparou, né? — E riu-se. — Só pensei agora que ela bem pode ter dado um cuspe de dose extra.

  O amigo fez que sim com os lábios e voltou ao trabalho, bebendo com um cliente recém-chegado e participando da conversa de mais um, sobre algum escândalo recente de celebridade.

  Mamoru pediu novamente a bebida, mas desta vez quem o atendera fora a moça alta chamada Makoto. Usagi passara a evitá-lo, persistindo assim pelas horas seguintes.

  Notando que já relaxara o bastante, achou que era hora de voltar para casa. Motoki apenas ficava mais ocupado e Mamoru nunca havia sido fã da ideia de beber sozinho em um bar; havia um ar depressivo nisso que apenas poderia deixá-lo ainda pior em qualquer hipótese.

  Olhou uma última vez para Usagi, quem conversava animada com um senhor de idade, entretida em algum jogo com ele. Então, fechou a porta e subiu a escadaria de volta para seu mundo.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Usagi conferiu se havia trazido o celular, não acostumada a ser aquela que chegava antes. Estava já na hora, e nada de Seiya aparecer no ponto de encontro. Mandou uma mensagem, avisando que já estava esperando e suspirou, recordando-se do quase encontro de domingo com os amigos de Seiya e japoneses aleatórios tratados pelo grupo de estrangeiros como melhores amigos. Usagi havia se cansado mais ficando sentada naquela izakaya do que em pé no sábado anterior, limpando a sujeira dos outros. Antes, era divertido ver o namorado em seu ambiente, comportando-se como um estrangeiro, sequer falando japonês. Havia algo de muito legal em conhecer alguém assim. Agora perguntava-se se sua cabeça não tinha registrado bem que, na verdade, ele era um estrangeiro. E mais, que Seiya era quase outra pessoa naquele jantar, que sempre esquecia como Usagi não sabia inglês e esperava que ela estivesse acompanhando todas as conversas.

  Mãos quentes cobriram seus olhos e seu coração bateu enquanto fingiu errar o nome, chamando por outro homem carinhosamente. Seiya a virou abraçando-a e pedindo desculpas pelo atraso. Usagi ainda ficava vermelha com toda aquela demonstração de afeto em plena estação, mas tentava não ligar, aquele era o ponto bom, tentava lembrar, apesar da irritação sofrida no domingo.

— Que bom que você não precisou ir trabalhar hoje de tarde. E foi um bom motivo para se livrar da faxina geral, não? — disse Seiya, pegando sua mão e já seguindo para a rua comercial logo em frente à estação aonde queriam ir para ver as lojas.

  Usagi assentiu sinceramente. Era terça-feira e fazer a faxina usual no bar naquele dia era uma tarefa bastante chata que, por durar poucas horas, rendia pouco. A compensação era às vezes estender para o turno da noite, mas exatamente por ninguém ir lá nas terças que Motoki liberava a pessoa logo após achar que estava tudo pronto para receber os clientes.

— Mas com isso, desde sábado que não vou lá...

— O importante é estarmos juntos!

  Após uma volta, os dois haviam já feito várias compras para a nova casa de Seiya, para a qual ele já estava praticamente mudado; entretanto, preferia dormir no apartamento vazio por ficar mais perto de todos. Um pouco cansados de andar, entraram em um restaurante familiar e comeram uma janta antes da hora, aproveitando para conversar sobre amenidades enquanto ele segura firme sua mão por cima da mesa e mexia em suas pernas por baixo.

— E está se sentindo melhor? — perguntou Seiya, enquanto já comiam a sobremesa.

  Usagi tirou os olhos do tiramisu com sorvete e olhou interrogativa para o namorado.

— É que no domingo você tava meio chateada e me disse que tinha visto um cara insuportável no bar ou algo assim.

  Apesar de ver Mamoru não haver sido mentira, tampouco que ele fosse insuportável, tentando aborrecê-la com um pedido fora do cardápio, e antes disso fazendo questão que Usagi tivesse que atendê-lo, ele tinha sido sua desculpa para explicar seu desconforto perto dos amigos de Seiya.

— Ah, é. Não o vi mais.

— Disse que era um amigo do seu chefe?

— Ah, não se preocupe com ele.

  Seiya a olhou como se ela houvesse falado algo muito errado ou absurdo como “eu sou inteiramente apaixonada por ele”, por isso Usagi o olhou de volta assustada também.

— É que se alguém que você quase não vê te deixou tão brava, deve ser algo que me importa, né? — explicou ele.

  Usagi sorriu, aliviada que fosse apenas aquilo.

— E então, não vai me contar sobre ele? — Seiya insistiu

— Não sei se quero me aborrecer. — Ela pôs na boca uma quantidade considerável de sorvete com um pequeno pedaço do doce.

— E se for num karaokê enquanto você canta o que quiser? Eu pago bebida alcoólica à vontade!

— Não, sem álcool perto de mim. Compre um macarrão e eu serei feliz!

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

  Usagi estava pulando pela sala de karaokê após contar ao namorado toda sua história com Mamoru, se poderia chamar aquilo de história. Era melhor considerar uma série de infortúnios em que ela parecera haver provocado ele em seus piores dias e ele aparecera na sua frente para dar uma de convencido nos piores dias dela. Depois, Mamoru havia conseguido um emprego longe, e eles nunca mais se viram. Bem, ela achava que nunca mais se veriam, mas trabalhando com o melhor amigo dele e com o próprio de volta à cidade, ficava difícil pensar o mesmo agora. Para completar, Mamoru havia agido tal e qual faria anos antes, mostrando que nada mudara entre ambos. Na conversa, Seiya cogitara que podia ser apenas uma reação instintiva de Usagi que provocara a contrarreação semelhante. Entretanto, ela não queria mais pensar nisso. Então, pegou o microfone para cantar músicas animadas.

  Seiya batia palma e a animava a cada música, até que decidiu ele mesmo pôr um dueto, de início mais agitado na esteira do que a namorada vinha escolhendo, mas os seguintes ficavam cada vez mais românticos. Os dois estavam quase abraçados quando ele começou a beijá-la. A luz fraca do quarto de karaokê e o cansaço pela energia recém gasta faziam Usagi sentir-se quase em um sonho. Ela jogou seu corpo em busca do apoio firme e quente dos braços dele enquanto suas línguas estalavam a cada instante. Sentiu-se levada até o sofá e, sem interromper o beijo sentou-se seguida pelo outro. Estava em um estado como que hipnotizado, razão pela qual se passara tempo demais para notar que a mão de Seiya agora estava demais de sua saia e avançava para cima, já tocando em sua calcinha. Aquele foi o momento exato em que um alarme em seu corpo gritou perigo e, incerta de onde saíra toda a força, Usagi o empurrou de cima de si para o outro lado da sala.

  Do canto oposto do sofá, Seiya ainda se recuperava do empurrão e, possivelmente da intensidade do beijo trocado. Ajeitou o cabelo e voltou para perto da namorada, agora acariciando seus cabelos.

— O que houve? Ficou brava? — perguntou, voltando a beijar seu pescoço, sua língua passando em alguns pontos do percurso.

— Você e sua mão precisam se desculpar antes de ficarmos de bem. — Usagi fez o possível para ignorar os calafrios que a carícia causara e empurrou o peito do outro com as mãos, virando brusca a cabeça para o lado oposto.

— Estamos em um karaokê, lembra? Não dá pra ver nada de lá de fora, garanto. Muito menos onde minha mão estava. — E riu-se com o rosto vermelho pelos próprios pensamentos.

— Não tem nada a ver com karaokês!

— Já sei, já entendi. — Seiya sorria e enlaçou-a até que sua mão estivesse na bochecha oposta, fazendo a cabeça da namorada voltar novamente em sua direção. Ele a beijou ternamente nos lábios. — Você me desculpa? — O ar de seu sussurro fazia cócegas na boca de Usagi.

  Ela, enfim, começou a devolver o carinho e passou a mão no cabelo do namorado antes de se entregar a outro beijo. Seiya a puxou para tão perto que suas pernas estavam quase enlaçadas, enquanto começava a lhe beijar no espaço entre ombro e o pescoço. Aquilo fazia um pouco de cócegas e Usagi não conseguiu segurar o riso. Agora sua orelha era levemente mordida entre beijos que quase a deixavam surda.

  Seiya, então, apesar de ninguém poder ouvir nada do lado de fora com o som alto da propaganda da loja de karaokê agora que nenhuma música mais tocava, disse-lhe bem baixo:

— Vamos para outro lugar?

  Ela havia ouvido bem a pergunta, mas sem compreender o significado inicialmente. Talvez Seiya estivesse cansado daquela posição? Ou queria ficar assim ao ar livre? Usagi até gostava de abraços e carícias, mas beijos em público não a deixavam à vontade o bastante, Seiya não podia ter esquecido isso. Contudo, quando a mão dele subiu novamente até sua calcinha, ela teve um raro momento de percepção. Era tão clara como um raio bem na sua frente.

  Com mais força que antes, ela o empurrou ao chão.

— Não foi pra isso que voltamos.

— Vamos, estávamos em um ótimo momento, Usagi.

— Uma pena que você estragou tudo. — Ao se ouvir com voz chorosa, percebeu que seus olhos lacrimejavam.

— Já faz um ano, né? Que estamos juntos, né? Tem que estar na hora. Como uma comemoração. — O japonês de Seiya era quebrado, mas compreensível demais para o desgosto de Usagi.

  Ela sentou-se direito no sofá e olhou para a enorme tela onde algum artista apresentava sua música nova.

— Usagi... Tá com medo de mim?

  Quando voltou a focalizar as imagens à sua frente, Seiya estava sentado no chão à sua frente, apertado com as costas na mesinha, e agora pegava em suas mãos, pousadas, quase mortas em seu colo.

— Olha pra mim, sou a pessoa que mais te ama! Como algo assim pode ser ruim?

— Eu não quero... só isso.

— Nós voltamos de onde paramos, não foi o que você me disse? Então, vamos continuar, não há nada mais no caminho. Acabou a data de validade. — Deitou sua cabeça, como um cachorro que pedia um cafuné. — Eu quero você esta noite.

  Normalmente, aquele era o típico estilo Seiya para lhe derreter o coração e convencê-la ao que fosse. Não naquela noite.

— É melhor eu ir pra estação, já tá bem tarde e não quero perder o trem.

— Não muda o assunto. — Seiya levantou uma perna, firmando o pé no chão. — E fala com as palavras certas. Sabe como odeio esse jeito indireto dos japoneses.

— E eu odeio como você não quer prestar atenção em mim; é fácil entender.

— Que você quer estagnar a relação? Olha, daqui pra frente não vai ser fácil vir para cá. Estou perto de Tóquio, mas não tanto assim. Também tem o estágio de treinamento no curso e tudo. Não é como se você estivesse com tempo justo nos domingos, certo?

— Não tem nada a ver. — Chorou de volta.

  Seiya levantou-se por completo e consertou o seu rabo de cavalo.

— Você é que pensa. Para os homens, não é tão fácil assim comer sentimentos no ar. Para mim não é.

— Comer sentimentos?

— É, ficar se alimentando de amor, carinho, ternura, queria ouvir sua voz... Eu gosto disso, mas quero você também. Você inteira pra mim. Mas você não me quer, não quero saber isso. Digo, não entendo.

— Eu vou pra casa, Seiya. — Usagi já havia pegado sua bolsa e o casaco que trouxera. Andou até a porta, ainda esperando que aquilo fosse diluir. Não fora a primeira discussão com aquele conteúdo que já tiveram, apenas a mais direta. E Seiya nunca parecera tão apaixonado pelo assunto como naquela noite. Logo sua cabeça esfriaria, e ele a levaria até o trem.

— Vou terminar as horas que pagamos.

  Ela se virou para notar que ele já estava com o controle, procurando alguma música. Queria bater a porta quando passou por ela, mas não teve coragem nem de extravasar aqueles sentimentos confusos pelo que acontecera. Pois talvez ele estivesse certo, talvez houvesse algum problema com ela.

  Após pagar por sua parte, o que raramente faria com Seiya, mas propositalmente fizera no momento, Usagi pegou seu celular e mandou um e-mail para a mãe, avisando que ficaria fora naquela noite com uma amiga. E outro para que Minako a encontrasse no Drunk Crown, se estivesse livre. O lugar era símbolo de sua superação de Seiya; tinha que acalmar a dor no coração que quase a fazia voltar para a sala onde o deixara só. Naquele momento, estava pronta até para discutir com Mamoru, Talvez até ansiasse pela oportunidade de dar um soco em alguém.

Continuará...

Anita, 27/02/2012

 

Notas da Autora:

  E continuo sentindo a história bastante atrasada com o que planejei. Previa seus capítulos, mas neste ritmo deve ficar bem mais. Veremos se depois a história fluirá mais rápida. Também aqui apresentei um pouco do ponto de vista do Mamoru. Quase todas as suas cenas não haviam sido previstas ou foram adiantas, fiquei a ponto de atropelar toda a linha do tempo do planejamento por isso! Ao menos gostaram?

  No próximo capítulo o Mamoru deve aparecer com tudo, com uma ótima cena Mamoru Usagi como eu tanto quero escrever *_* Ou alguém aqui tá torcendo pelo Seiya? Não deixem de dar sua opinião, posso ser do outro time, mas estou aberta a qualquer sugestão sempre! Dependendo de como a história ficar, o final pode ser bem diferente, isso sempre acontece! O Seiya já conseguiu umas cenas enormes que não estavam nos planos, já atrasou todo o calendário, daí a ficar com a Usagi no final falta muito pouco!

Mais uma vez, obrigada por lerem este capítulo, espero que tenha sido o bastante para fazê-los lerem o próximo também! Um agradecimento muito especial a todos que comentaram, adorei receber o feedback, muito feliz mesmo por vocês terem me esperado por todo este tempo! Um beijão pra Mari.Tsuki (x2), pra Spooky e pra Thaís. Muuuito obrigada!

Como sempre, comentários podem ser enviados para anita_fiction@yahoo.com e para mais fics visitem meu site Olho Azul. Até mais!

(03/03/2022)

Próximo Capítulo

2 comentários:

  1. Ai meu Deus, atrasadíssima pra esse capítulo, mas to aqui e já to partindo pro terceiro que tá disponível! Hahahahaha Torcer pro Seiya? Jamaaaaaaaaais, meu coração sempre será UsaMamo <3 E vamos de terceiro capítulo que eu to AMANDO essa história!

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    Respostas
    1. Obrigada por voltar! E obrigada pelo comentário, fico tão feliz sempre que recebo um!

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