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[Lost Canvas] Se a deusa da sorte sorrir - Capítulo 2, escrita por Nemui

Capítulo 1 – Capítulo 2 – Capítulo 3
Autora: Nemui
Fandom: Saint Seiya - The Lost Canvas
Gênero: drama, aventura
Classificação: 12 anos
Status: completa
Resumo: Uma série de assassinatos relacionados a jogadores de dados leva Sísifo a uma investigação próxima ao local onde supostamente encontraria alguma pista sobre o paradeiro da deusa Athena.


No dia seguinte, como esperado, mais um corpo apareceu. Um soldado veio avisar Sísifo logo ao amanhecer, batendo com força em sua porta.

“Senhor Sísifo! Senhor Sísifo! O capitão mandou chamá-lo! Acharam mais um corpo!”

Sísifo acordou e abriu a porta, ao mesmo tempo em que vestia seu casaco. Akakios ouviu e também saiu no corredor.

“Quem foi? Sabe quem foi?”

“Dizem que foi um homem chamado Emilio.”

“Não é o Emilio, o vidraceiro?”

“Ele mesmo. Senhor Sísifo, poderia me acompanhar?”

“Me dê só um minuto, eu já vou.”

“Chiara, não saia daqui! Eu vou com o senhor Sísifo”, avisou Akakios, também se preparando, inclusive com sua espada.

“Eu não me lembro de pagar a sua espada”, comentou o cavaleiro.

“Dane-se o que pensa, Emilio é meu amigo! Eu preciso ver isso!”

O guarda saiu correndo, e os dois acompanharam-no sem problemas. Como previram, o local de descarga do corpo fora diferente e distante do ponto onde o verdadeiro crime havia sido cometido. Estavam na principal rua comercial da vila, com grande visibilidade. Várias pessoas comentavam em volta sobre o ocorrido, já não tão surpresas, quando chegaram. Akakios quis tocar no corpo do amigo e foi impedido pelo capitão.

“Calma lá, rapaz, ninguém pode tocar no corpo.”

“Ele era o meu amigo! Emilio…”

“Ele também jogava dados, não?”

“Sim… Ele também… Mas tinha parado! Estava com medo das mortes! Pobre Emilio…”

Sísifo teve maior acesso ao corpo. Observou os ferimentos e notou vestígios do mesmo cosmos da noite anterior, mas muito sutis, quase imperceptíveis. Os golpes foram do tipo cortante, gerando graves e profundos ferimentos. Podia facilmente reconhecer os órgãos atingidos, inchados e escapando do corpo, já com forte odor. Na mão direita, havia um pequeno dado de madeira, manchado de sangue. Levantou-se e afastou-se do corpo. O capitão veio até ele.

“E então, senhor Sísifo?”

“Nossa suspeita estava certa, capitão… Pobre homem. Foi atacado de frente, não teve nem tempo de defender-se.”

“Encontrou alguma pista do criminoso?”

“Só da técnica que utilizou para matá-lo, mas nada relacionado a seu paradeiro… Akakios, você é amigo dele. O que pode me dizer sobre Emilio?”

“Ele é… era um cara tão bom. Sempre jogávamos, sempre nos divertíamos. Com dinheiro ou sem, apenas pela diversão. Já me ajudou e também nos hospedou de graça quando fomos expulsos de casa. Ele não merecia esse fim… Droga.”

“Era do grupo de apostadores mais ricos?”

“Lógico que não. Era como todos nós, apostava pouco… O negócio dele era divertir-se, evitava a emoção de grandes apostas. Ultimamente ele andava com medo… mas eu pensava que ele estaria seguro, pois nunca foi um apostador radical. Que droga…”

“Eu sinto por ele. Prometo que farei de tudo para descobrir quem é o culpado. Enquanto isso continuar, mais pessoas acabarão mortas…”

“Mas o que o senhor pode fazer?”, questionou o capitão. “Pelo que entendi, não tem condições para encontrar o criminoso tão facilmente.”

“Eu vou descobrir. Tenho os meus meios.”

“Eu posso ir com você?”, pediu Akakios. “Isso está entrando demais no terreno pessoal para mim. Além disso, eu posso ser a próxima vítima, por ter o costume de jogar.”

“…Está bem. Mas só durante o dia. À noite, é prudente que permaneça no bar.”

“É claro, eu preciso proteger a Chiara.”

“Então vamos… Recebi uma recomendação do Romano, preciso ir conversar com ele. Um sujeito chamado Fortunato.”

“Ah, ele… Ele e Romano sempre foram muito amigos… Um sujeito muito sortudo. Costumava apostar conosco até o ano passado. Do nada, desistiu.”

“Por que ele desistiu?”

“Terá de perguntar a ele… Mas duvido que responda. Não respondeu para nós. Simplesmente passou a recusar todos os nossos convites, disse que ia parar. Então não o chamamos mais. Não é incomum. Muitos saem quando acham que a diversão está pesando no bolso. O fato é que é estranho ele não dar uma justificativa como os demais. Nós sempre aceitamos, não sei por que esconder. Bem, cada um é um.”

“Interessante.”

De fato, era interessante. Sísifo queria conversar com o sujeito, mas não com a companhia de Akakios. Contudo, o mercenário era uma fonte de informação relativamente confiável e útil, o que lhe dava motivos para permitir sua companhia. Também era um ótimo guia, por ser morador da vila. Depois de expressar suas condolências à família do falecido, dirigiu-se à casa do carpinteiro e pediu, antes de anunciar sua chegada:

“Akakios, poderia esperar aqui? Eu gostaria de conversar a sós com ele. Tenho um protocolo rígido a seguir quando converso com as pessoas em meu trabalho.”

“Bem… Eu gostaria de ir.”

“Desculpe por isso. É que eu preciso mesmo ir sozinho. E também… poderia me emprestar os seus dados?”

“Claro. Mas não adianta apostar com ele, o cara já saiu dessa faz tempo.”

“Eu sei. Só quero ver se ele ainda tem amor pela coisa.”

Sísifo foi atendido pela esposa de Fortunato, que trabalhava no fundo da casa, numa bem equipada carpintaria. Era um homem forte e alto, com um corpo bem adequado ao trabalho pesado que prestava, bem como à luta.

“Boa tarde. Senhor Fortunato?”

“Sim? Em que posso ajudá-lo?”

“O meu nome é Sísifo. Sei que não me conhece, mas eu sou um dos encarregados da investigação sobre as mortes em série que vêm ocorrendo.”

“Ah, sim… É muita infelicidade mesmo. Que o Senhor tenha piedade dessas pessoas.”

“Será que posso conversar com o senhor a respeito? Romano disse que eu podia tirar minhas dúvidas sobre jogos de dados com o senhor.”

“Bem… Eu não jogo mais. Mas, se é o Romano que o enviou, é claro que posso fazer esse favor. Ele é um grande amigo, espero que seja logo inocentado. Não acho que ele seja capaz de fazer essas atrocidades, ainda mais por estar preso.”

“Eu quero muito provar a inocência dele. Espero que possa me ajudar. Hoje, encontraram o corpo de Emilio.”

“Ah, Emilio… Um sujeito tão bom… É uma pena. Então diga, senhor Sísifo… O que precisa saber?”

“Eu quero primeiro ouvir sua opinião sobre essas mortes. O que pensa delas?”

“Até algum tempo atrás, eu me divertia com todos esses homens, senhor. É claro que é uma tristeza e um perigo para mim também. Me preocupo com minha esposa, porque soube que até mataram a doce Marzia, que só servia a nossa comida. Todos gostavam muito dela.”

“Então o senhor tem afeto pelas vítimas.”

“Éramos bons amigos.”

“Eram? Não é mais?”

“Bem, é que acabei me distanciando depois que parei de jogar.”

“Por que parou? Posso saber?”

“O senhor está desconfiando de mim? Eu não tenho nada a ver com isso!”

“Não, não é isso! Só estou curioso. Muitos pararam de jogar por causa das mortes, mas o senhor parou antes, não é? É por causa dos prejuízos econômicos?”

“Não… Bem, sim, também é.”

“Mas existe um motivo principal.”

“São muitos fatores. Digamos que minha vida melhorou bastante depois que parei. O senhor gostaria de saber mais sobre as vítimas, não é? Eu posso falar, porque, por uma época, estive muito envolvido com os jogos. Cheguei a jogar com os grandes até, com grana alta.”

“Poderia falar mais sobre eles?”

“É claro.”

Por mais de uma hora, Fortunato relatou sobre cada um dos jogadores com surpreendente nível de detalhe. Sabia sobre tudo que se passava por trás dos organizadores dos jogos, as tramoias, as dívidas e a parte mais suja da diversão. Também distinguia aqueles jogadores mais honestos dos desonestos; dentre estes, Akakios. A certa altura da conversa, a esposa do carpinteiro veio, trazendo suco e pãezinhos para eles, que Sísifo educadamente aceitou.

“Obrigado, senhora.”

“Obrigado, Domenica.”

Depois de servi-los, ela permaneceu no canto da oficina, organizando as ferramentas do marido, talvez para não mostrar um espaço bagunçado a uma visita.

“O senhor consegue pensar em alguma ligação entre todas essas pessoas além dos jogos?”

“Para ser franco, não, senhor. São jogadores de perfis variados e alguns nem eram jogadores, como a doce Marzia. Ah, como ela era uma moça bonita. E o pobre Emilio? Tão simples, tão comedido pra jogar. Ele jogava mesmo sem apostar, só por diversão. É uma pena que ele não possa mais se divertir. Eu disse tudo o que sei sobre os jogos, senhor Sísifo. Não sei como poderia ser mais útil, pois não jogo mais.”

“Entendi. Muito obrigado por sua ajuda e por seu tempo. Este é um caso intrigante para mim. Eu também tenho o costume de jogar dados.”

“É mesmo? Desculpe, mas o senhor não pareceu para mim alguém desse mundo.”

“É verdade, eu garanto. Depois de ouvir tanto sobre vocês, fiquei curioso. O que acha de uma única rodada? Sem apostas, apenas por diversão.”

Sísifo tirou os dados de Akakios do bolso e mostrou-os a Fortunato, que imediatamente se afastou, temeroso.

“Não, não posso! Eu não jogo mais!”

“Ora, duvido que o assassino esteja vendo. Além disso, é só uma pequena rodada sem nem apostas. Só gostaria de te ver jogar, já que disseram que era muito sortudo.”

“Ah… Não, obrigado, senhor. Por favor, guarde os dados.”

“Nem mesmo uma rodada? Eu insisto.”

“Não, não… Isso é… Eu não posso. Houve uma época em que fiquei viciado… Não quero voltar, nem tocar nos dados. Tenho medo de voltar… Ainda mais agora.”

“Entendi… Certo, não vou insistir mais. Obrigado por sua contribuição, senhor Fortunato. Eu já vou.”

“Boa sorte em sua investigação.”

“Obrigado! Tenha uma boa tarde.”

Educadamente, Sísifo cumprimentou a esposa, antes de sair. Akakios esperava-o no lado de fora. Devolveu os dados, sorrindo.

“Obrigado pelos dados.”

“Jogou com ele?”

“Não… Como você disse, ele recusou e foi muito evasivo quando perguntei o motivo de por que parou. Achei suspeito.”

“Espere… Está achando que ele é o culpado?”

“Qualquer um pode ser culpado, mas é claro que uma pessoa ligada aos jogos é mais suspeita. Você é um suspeito, ele também é.”

“Eu?! Espera aí! Está achando que eu sou um suspeito? Lembre que ontem à noite, nós estávamos no quarto quando…”

“Quando…?”

“Quero dizer, você passou um tempo no meu quarto, então eu não posso ser o culpado, certo? Eu passo a noite protegendo a minha irmã, e…”

“Se você é o culpado, não há motivo para ficar protegendo a sua irmã de você mesmo.”

“Mas ela é minha testemunha!”

“Ela dorme enquanto você pode muito bem sair e matar alguém.”

“Não, você pode perguntar para qualquer pessoa que eu sempre estou perto dela…”

“Nada é impossível, Akakios. Você é capaz de me provar que não foi você?”

“Tsc…”

Já fazia um tempo que Sísifo estava desconfiado daquele rapaz. Contudo, riu e deixou-o escapar pela tangente:

“Eu estou brincando! Achou mesmo que eu tinha te colocado na lista de suspeitos? Nós somos amigos, não? Venha, vamos continuar investigando. Eu sei que você está preocupado em descobrir a resolução de tudo isso.”

“Você… Você me deu um tremendo susto! Depois de colocarem o Romano atrás das grades, acha mesmo que eu não pensei que as pessoas desconfiariam de mim? Afinal, eu sou um mercenário!”

“Desculpe, desculpe… Ei, em compensação, eu pago o jantar da sua irmã de novo, que tal?”

“Devia pagar o meu também, quase que meu coração para aqui!”

“Você é um mercenário, o mínimo que se espera é que saiba ir atrás do próprio alimento.”

“Ei, não é tão fácil assim!”

Sísifo voltou a rir e sugeriu:

“Eu quero que você me leve a outros jogadores de dados vivos. Quero conversar com cada um de vocês.”

“Isso pode levar muito tempo.”

“Eu não me importo.”

Assim Akakios fez. Pelo resto do dia, Sísifo conversou com vários jogadores de dados, recolhendo depoimentos e jogando rápidas rodadas de dados com alguns deles.

——————————————————–

Chiara não acreditou que ganhara mais um prato de comida do gentil cavaleiro, que, por pena, também pagou a refeição de Akakios. Afinal, o mercenário passara o dia ajudando-o em sua investigação sem cobrar por nada.

“Senhor Sísifo, mas… isso é por causa de uma aposta?”

“Desta vez não, minha jovem. É uma forma de agradecimento, pois seu irmão me ajudou muito no trabalho de hoje. Por isso, fique tranquila e aproveite sua comida, sim?”

“Obrigada!”

“Mas você não chegou a nenhuma conclusão sobre o assassino, não é?”, comentou Akakios.

“Ainda não… São muitos os jogadores, e todos eles gostam dos demais… A investigação está sendo mais difícil do que eu imaginava… Mas eu gostaria de ouvir o que você pensa, Akakios… Tem alguma ideia?”

“Nenhuma por enquanto… Só estou pensando que talvez seja o momento de eu desistir.”

“Desistir?”

“Sim… Dos jogos, desta vila… Há pouco serviço e… admito, estou tendo problemas para colocar comida na mesa para Chiara. Com essa série de assassinatos, tudo ficou mais difícil. Acho que está na hora de sair daqui e tentar a sorte em outro lugar…”

“Já pensa em um local diferente?”

“Ainda não… Só estou cogitando…”

“Eu gosto daqui…”, reclamou a menina. “Mas… se não tiver outro jeito…”

Akakios fez um cafuné na irmã e colocou os dados sobre a mesa.

“Talvez eu deva perguntar para eles.”

“Acho que decisões assim precisam ser feitas com menos sorte e mais razão”, respondeu Sísifo.

“Um a seis, ficamos aqui… Sete a doze, saímos. Essa vou rodar pra valer.”

Os dados rodaram com um pouco mais de força do que o normal, de modo que um deles caiu. Sísifo chegou a ver o resultado — seis—, antes que um cliente passasse e chutasse o cubo para longe, que parou no número três. O da mesa indicava o dois.

“Ei, assim é difícil! Essa não valeu, o cara chutou! Você viu no que deu, Sísifo?”

“Não”, mentiu o cavaleiro. “Ainda acho que você deve decidir de outra forma.”

“Ah, que sem graça… Bem, é verdade que Chiara está acostumada com este lugar. Talvez, com o tempo, os jogos voltarão, assim como os trabalhos como mercenário… E olha que eu não sou ruim. Não chego aos pés do que meu pai foi, mas… Não sou tão ruim assim.”

“A propósito, você comentou que seu pai era um ótimo mercenário. O que o tornava tão incrível assim?”

“Ele… Acho que podemos dizer que ele era um homem grande, ágil e muito profissional. Era dono da própria guilda… que infelizmente foi desfeita depois de sua morte. Sabia comandar os homens… E era muito forte. Aprendi a lutar com ele, sabe? Sei usar todas as armas. Ninguém me vence numa luta! E acho que é por isso que ainda não vieram atrás de mim.”

“É por isso que você me desafiou para o jogo de dados? Porque pode se defender?”

“É que eu quero acabar com isso. Quero enfrentar o desgraçado que está causando tudo isso… Quero que as coisas voltem ao normal… Mas… também não quero deixar de proteger Chiara em meio a tudo isso.”

“Entendo…”

“É bem frustrante, na verdade.”

“Eu não quero que você lute! Também não quero que roube em apostas!”, manifestou-se a menina.

“Está tudo bem, Chi, eu sou forte. E não, eu não roubo, sou só sortudo.”

Sísifo riu e comentou:

“Se eu conseguir resolver esse caso, vocês não precisarão se preocupar tanto. Espero resolver, de verdade. A rotina de todos foi abalada com isso, mesmo que seja a dos jogadores.”

“Afinal de contas, para quem você trabalha? O capitão parecia te conhecer.”

“Isso é confidencial… por enquanto. Para mim é interessante que não saiba.”

“Você pode ser um ajudante do assassino, indo atrás de quem o ameaça! Por isso grudou em mim!”

“Na prática, você é quem quis vir comigo. Além disso, se eu fosse um inimigo, não seria auxiliado pelo capitão.”

“Vai saber. Ele odeia apostadores como nós. Acha que somos um bando de desocupados! Todos trabalhamos, ok?”

“Bem, alguns ganham dinheiro com apostas.”

“É… Alguns.”

Sísifo riu e garantiu:

“Eu quero dar justiça para as vítimas, eu garanto. Só não soltei mais informações porque estou esperando uma coisa acontecer.”

“Que coisa?”

“Algo que vá me beneficiar no final. Não é certeza… É apenas uma possibilidade com a qual estou trabalhando. De qualquer forma, só o tempo dirá se estou certo… A propósito, Akakios… quer jogar? Sem dinheiro, é claro, apenas por diversão.”

“Heh… Por acaso também está tentando atrair a atenção do assassino?”

“Talvez…”, respondeu o cavaleiro, sorrindo. “Posso começar? Acho que passo longe do dois e do três hoje.”

“Muito bem… Você é que sabe!”

Desta vez, Akakios não roubou; provavelmente porque não tinha intenção de transformar aquele jogo numa aposta com dinheiro. Passaram boas horas jogando, até tarde da noite, quando Sísifo decidiu ir dormir. Retornaram para seus quartos, e o cavaleiro deitou-se ao lado da urna. Apesar do cansaço, decidiu que alteraria seu horário de sono, pelo bem da missão: ficaria a madrugada acordado e só dormiria de manhã, tal como o mercenário.

Havia, no entanto, uma condição a ser atingida para atrair o assassino, algo que o mercenário ainda não havia conseguido. Sísifo esperava obter um resultado diferente oferecendo os dados para todos os suspeitos interrogados, de modo a mostrar-se como um jogador interessado. Esse era um dos motivos para não levar o rapaz consigo, pois aquele cosmos era poderoso demais para um simples mercenário.

Esperou pacientemente por longas horas, lendo o livro, revendo suas anotações ou treinando o corpo para manter-se disperso. Nada aconteceu. Talvez o motivo era Akakios permanecer de guarda no telhado? Não sabia dizer. Enfim, conformou-se. Eventualmente chegaria ao assassino, se trilhasse os passos corretos. Ao ver o sol despontar no horizonte, voltou para a cama e dormiu, exausto.

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