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[Saint Seiya] Alvorecer - Capítulo 5, escrita por Andréia Kennen

Capítulo Anterior - FIM
Autora: Andréia Kennen
Fandom: Saint Seiya
Classificação: 18 anos
Gêneros: Drama, Romance, Yaoi.
Resumo: Aioria de Leão x Mu de Áries. Mu de Áries é convocado para ir até o Santuário consertar as armaduras que serão entregues a nova geração de cavaleiros de bronze. Antes de partir, ele decide verificar as condições da armadura do Cavaleiro de Leão, a qual ele havia consertado há algum tempo, é então que surge um estranho desejo entre Aioria e ele.

Notas iniciais do capítulo

Capítulo Final da repostagem de Alvorecer!

Espero que gostem.


Alvorecer

Capítulo 5 (Final)

Aldebaran e Mu tiveram um jantar muito animado. Conversaram sobre seus gostos incomuns, sobre a infância e o treinamento.

Muito sorridente Mu contou ao amigo sobre o aprendiz que agora morava com ele e estava aprendendo a arte de consertar as armaduras. O taurino disse que o visitaria em breve a fim de conhecer o aprendiz do amigo e ficou contente por saber que Mu agora tinha companhia.

— Essa é uma boa notícia. Você ficava muito sozinho naquele lugar e...

Aldebaran se deteve ao notar que de repente estava falando sozinho. Os olhos de Mu estavam cerrados e ele ressonava. A tarde havia findado e o cansaço do dia árduo de serviço o tinha vencido.

— Você não anda dormindo muito bem e tem trabalhado bastante. Vou levá-lo para sua casa. — o Cavaleiro de Touro propôs.

Porém, mesmo estando sonolento, Mu se levantou e o impediu de se incomodar.

— Não se preocupe, meu amigo. Eu consigo ir sozinho.

— Você está em condições?

— Em perfeitas condições.

— Sonolento desse jeito? Não acho uma boa ideia você usar seu poder mental para se teleportar. E se for parar em outro lugar?

Mu sorriu, tocou o ombro do amigo e lhe agradeceu.

— Somos cavaleiros, Aldebaran. Não se preocupe tanto assim, eu sei me cuidar. Obrigado pela hospitalidade de sempre.

As bochechas do homem mais alto se avermelharam.

— É sempre uma honra tê-lo por perto, Mu. Eu...

— Sou eu quem fica feliz em revê-lo, Deba. — Mu disse após abrir a boca em um bocejo e sentir-se um pouco mais desperto. — Somos grandes amigos. Sinto que nossos laços de amizade se renovam e se fortalecem a cada novo reencontro. Obrigado por tudo. Agora preciso mesmo me retirar. Antes que eu durma no seu sofá. Boa noite.

— Bo- boa noite.

Mu desapareceu e Aldebaran se sentiu desolado por um instante. O amigo sequer havia notado que o interrompera, frustrando assim sua intenção de lhe confessar sobre seus verdadeiros sentimentos. Mas não iria se permitir abalar por aquilo. Mu era gentil e o tinha como verdadeiro amigo. Seria tolice da sua parte se chatear com a possibilidade de trocar o sentimento real de amizade que existia entre eles, por uma paixão que possivelmente não seria correspondida.

“É melhor que seja assim” ele concluiu, suspirando pesadamente.

...

O vento noturno soprava ameno entre as doze Casas do Santuário. Era o raro momento em que os únicos sons que se podiam ouvir eram os suspiros dos que dormem.

O Templo de Áries estava vazio. Mas quem o adentrasse àquela hora poderia ouvir os suspiros que ressonavam das armaduras recém-recuperadas. Aldebaran estava sentado na varanda da Segunda Casa, encostado em uma das pilastras. Não conseguiu pegar no sono por causa do calor e a brisa fria que corria entre os Doze Templos na madrugada ajudava-o a amenizar o ardor que sentia.

Na terceira Casa, Gêmeos, o ambiente sempre fora pouco convidativo devido a falta de claridade e o silêncio predominante. Mesmo assim, quem ousasse a caminhar por aqueles corredores as altas horas da madrugada juraria ouvir lamentos fantasmagóricos ecoarem dentro do recinto.

Subindo mais alguns lances de escadas, estava Câncer, a Quarta Casa. Quem atravessasse o local naquele exato instante, — e passasse mentalmente ileso depois de cruzar o salão decorado por cabeças de mortos —, encontrariam na suíte principal um Máscara da Morte que poucos conheciam. Desprovido do seu ar sádico e dormindo exaurido, de bruços sobre os lençóis de seda vermelha. Completamente inofensivo e com as costas estranhamente marcadas por unhas possessivas.

Os leões imponentes esculpidos em pedra da entrada da quinta casa não faziam jus ao jovem com feição angelical que dormia pesadamente, aninhado em meio as almofadas da cama de Aioria.

Subindo para a Sexta Casa, encontraremos Shaka em sua pose sempre séria de meditação.

A Sétima Casa, Libra, estava desabitada desde a última Guerra Santa. A noite, para o morador do Oitavo Templo, Escorpião, era uma criança e por isso encontrá-lo dormindo àquela hora seria raro. A Nona Casa, Sagitário, era mais uma casa abandonada. Não porque seu morador estivesse ausente, mas sim, porque ele havia sido julgado e exterminado por traição por atentar contra a deusa Athena há anos atrás. Os proprietários da Décima Casa, Capricórnio, e da Décima Primeira, Aquário, haviam saído juntos em missão.

Afrodite, o belo morador do Décimo Segundo Templo, Peixes, se encontrava na área de convivência da sua morada, aonde havia um lago de água cristalina no qual ele gostava de se banhar, principalmente, quando sentia seu corpo em brasa e tomado pela excitação como estava naquele momento. Sorriu maliciosamente ao limpar na água as unhas sujas de um sangue que não era o seu.

Por fim, chegamos a entrada do Salão do Grande Mestre. Onde Aioria, que não podia pegar no sono, observava entediado o facho de luz que ultrapassava a janela aberta e se refletia no chão, claridade provinda da lua cheia. O cansaço o havia abatido depois de quase uma semana de vigília, por isso não conseguia mais se manter de pé e se acomodou sentado no chão, com as pernas cruzadas. Na espera incessante de que a noite se findasse e o penúltimo dia do seu castigo chegasse.

“Queria ao menos me despedir de Mu” ele pensou, um tanto disperso.

Mas um farfalhar de tecidos o fez despertar e se erguer rapidamente. Curvou-se ao perceber que era o mestre acompanhado de sua guarda real. Os homens passaram na frente, abriram a porta para que o homem mais imponente do Santuário passasse. Este, sem dirigir-lhe sequer a atenção, adentrou seu grande salão, e, antes de a porta se fechar, pronunciou as palavras que o leonino mais ansiara ouvir naqueles últimos dias.

— Está dispensado, Aioria. — ele anunciou e acrescentou: — Mas ainda não pretendo ver ninguém, cuide para que eu não tenha visitas inoportunas. — completou; e a porta do salão se fechou.

Aioria ficou ereto e foi abatido por uma breve tontura, reflexo do cansaço e das noites mal-dormidas. Olhou os guardas lhe baterem continência e se prostrarem como estátuas vivas na frente da porta. Meneou a cabeça para os mesmos e em seguida saiu em silêncio.

Era preciso ter cuidado com o que desejava.

Logo, estava do lado de fora, descendo as escadas dos templos calmamente. Mas seus passos começaram a ganhar velocidade e quando deu por si, estava correndo em uma velocidade sobre-humana.

Em questão de segundos, passou por sua sala, desfazendo-se da armadura e adentrando o banheiro de visitas. Tomou um banho gelado e demorado, como ansiara desde o seu segundo dia de vigia. Ao terminar, saiu para a cozinha apenas com a toalha enrolada na cintura. Preparou algo rápido: três sanduíches com alface, tomate e ovos fritos. Engoliu tudo em bocadas grande, com uma jarra de suco de laranja. Limpou a boca, esperou o lanche “assentar” no estômago e então retornou ao banheiro, onde escovou os dentes, fez a barba e passou loção pelo rosto e o corpo. Ergueu os braços e se certificou de que o cheiro ruim das axilas havia mesmo desaparecido, então conseguiu sorrir, satisfeito por estar finalmente limpo e alimentado.

Fitou seu rosto no espelho da parede do banheiro e então aquele revirar de ansiedade lhe apertou o estômago ao pensar em uma dúvida cruel: dormia no chão do seu quarto ou no sofá?

Afinal, havia permitido que Mu ocupasse sua cama.

Resolveu pensar enquanto fazia o caminho até o seu quarto. Abriu a porta com cuidado e espiou o ambiente do lado de dentro. A mesma claridade que invadira o corredor onde estava há pouco clareava o cômodo, pois Mu dormira com a janela aberta, por onde também entrava a brisa fresca da madrugada.

Adentrou o local e fechou a porta atrás de si, então observou o seu leito onde Mu estava descansando. Admirou a cascata de fios lavandas que lhe cobriam as costas e escorriam para o chão. O Ariano dormia agarrado com um dos seus travesseiros, em posição fetal, como uma criança que se virava muito durante a noite.

Mu estava parcialmente descoberto e o Cavaleiro de Leão notou que ele vestia apenas uma bata branca para dormir; e a vestimenta era curta, tanto que suas pernas e parte do bumbum, — recoberto por uma fina cueca branca — estavam a vista.

Sentiu seus dedos formigarem e se aproximou, direcionando-os sobre a região mais volumosa daquele corpo. Mas não chegou a tocá-la. Apenas passeou seus dedos trêmulos no ar. Engoliu em seco. Então, recolheu as mãos, fechando-as em punho e tomou sua decisão: dormiria no sofá.

Virou-se rapidamente para sair do cômodo quando um murmúrio o fez parar.

— Aioria...

O Cavaleiro de Leão franziu o cenho e se voltou de vagar para o leito. Aguçou mais os ouvidos, procurando ter certeza de que não estava ouvindo coisas. Mas o que viu o fez crer que não. Mu se abraçou com mais força ao travesseiro e roçando seus lábios no tecido, sussurrou novamente:

— Aioria...

“Me beije...” foi o complemento que a mente do leonino criou e foi preciso que ele fechasse os olhos e contasse até dez, para tentar regularizar o caos que se instaurou em seu interior: o coração que disparara; a respiração que se desregulara. Mas a contagem foi em vão, se perdeu no número cinco. Então, arrancou a toalha da sua cintura e a jogou no chão. Depois disso, subiu com os joelhos na cama e retirou de Mu o travesseiro. Nesse momento, o cavaleiro de Áries despertou assustado. Ao fazer menção de se erguer foi segurado pelos ombros e empurrado de volta para cama.

Demorou alguns segundos, com os seus olhos esverdeados[1] fixos nos verdes claro de Aioria, até entender o que estava acontecendo e o questionar:

— O que pretende com isso, Aioria? E a vigília?

— Terminou — respondeu somente a segunda pergunta e então correu uma das mãos por cima da bata de Mu.

O cavaleiro de Áries, por sua vez, não se moveu. Apenas continuou encarando com os olhos arregalados a feição estranha do homem sobre ele e, principalmente, o fato dele está despido.

— Por que está sem roupas, Aioria?

— Eu acabei de tomar banho — ele rebateu rapidamente. — E porque eu durmo assim. — complementou.

— E por que está em cima de mim? Por que está me tocando?

Aioria respondeu essas perguntas com um gesto, ao se aproximar da boca de Mu. Mas o cavaleiro de Áries virou o rosto para o lado antes que a boca dele encontrasse a sua. Fez menção de empurrá-lo, mas Aioria o conteve, segurando as duas mãos de Mu e as prendendo rente ao rosto dele no colchão.

— De nada adianta usar sua força para me prender — Mu o informou. — Eu posso usar meu poder telecinético.

— Eu sei.

— Então, por que continua fazendo isso?

— Isso... eu não sei. Estou confuso desde que soube da sua vinda ao Santuário, que poderia revê-lo. Estou apenas me deixando levar por essa atração forte que estou sentindo.

— Mas... Isso não é certo, Aioria. Nós esta-...

O Ariano não conseguiu completar seu protesto, pois abaixou a guarda e o capitão das tropas do Santuário avançou sobre sua boca, conseguindo o que queria: calá-lo com um beijo.

Mu ainda relutou e se debateu. Mas seu fraco coração humano se desesperara quando no relutar para sair daquela posição acabou sentindo mais o corpo que sobrepunha ao seu e aquilo lhe provocou um imenso o calor. Parou de se debater e tentou mover apenas o rosto para os lados e assim se livrar do beijo, mas quanto mais tentava, mais Aioria o seguia e mais força ele empunha na pressão ao tomar sua boca novamente.

Acabou desistindo da luta e deixou seus lábios serem consumidos. Não tinha intenção de reagir, não porque estava se entregando, mas porque não queria ascender seu cosmo e chamar atenção dos outros cavaleiros. Mas quando o corpo maior sobreposto ao seu começou a se movimentar fazendo com que seus órgãos masculinos — o de Aioria nu e o seu ainda vestido — se resfolegassem um no outro, não conseguiu evitar aquelas sensações o invadirem e fazer com que seu coração disparasse.

Aquele atrito era bom. Tanto que seu membro passou a corresponder ao estimulo que recebia, sentia-o enrijecer e pulsar.

Aioria percebeu a excitação de Mu e moveu seus lábios da boca para o pescoço dele. Seguiu pela extensão depositando beijos e chupões, enquanto suas mãos corriam pela lateral do corpo dele e alcançava a bata que já havia se levantado um pouco com o atrito dos seus corpos. Então a ergueu completamente, fazendo questão de massagear a pele por debaixo da roupa.

Mu ergueu as costas e os braços e deixou sua roupa ser retirada por cima da cabeça. Ao terminar de passar pelos longos cabelos dele, Aioria depositou a peça no chão e se deteve no rosto do Ariano. Admirando sua face sempre tão pálida agora ruborizada. A respiração entrecortada e o peito que subia e descia em um ritmo acelerado.

— Mu...

— Cale-se — Mu ordenou. — E apenas termine o que começou.

Aioria assentiu e em seguida viu Mu fechar os olhos com força. Mas se ele havia lhe dado permissão, não iria voltar atrás. Desceu sua boca delicadamente pelo peito descoberto dele, tratou cada mamilo com atenção, beijando-os, sugando-os e mordicando-os até ficarem rosados, com as pontas ouriçadas e levemente inchados em volta. Aquela visão luxuriosa aumentava exponencialmente sua excitação.

A cada ação via e sentia as pernas de Mu se resfolegarem na cama e as mãos dele ao lado do corpo se agarrem com força ao lençol. Desceu os beijos para barriga e passou despi-lo da cueca, escorregando-a por suas pernas e depositando beijos pelo caminho: na virilha, nas coxas macias e brancas, nos tornozelos, até mesmo nas costas dos pés, na ponta dos dedos. Então subiu tratando a pele dele da mesma maneira delicada, até que parou diante do membro, admirando o quanto estava rijo.

Mu contorceu os dedos dos pés e prendeu a respiração dentro do peito quando sentiu a boca de Aioria engolir seu membro e começar sugá-lo com força e rapidez. Todo o equilíbrio de que um dia fora dono parecia esvair-se pelo suor que escorria dos seus poros.

O cavaleiro de Leão agia por mero instinto, apesar de já ter se masturbado diversas vezes, uma delas, pensando no próprio Mu, ainda era inexperiente na arte do sexo. Apenas previa com agir com cada resposta que o corpo abaixo do seu lhe dava. O tremor que fizera as coxas de Mu se retesarem naquele momento era um exemplo. E o motivara a apartar mais suas pernas e usar as mãos para ajudá-lo no sexo oral. Soltou do pênis dele e passou a lamber a base e as bolsas escrotais logo abaixo. Foi então que notou o pequeno orifício abaixo se contraindo. Algo que o fez umedecer um dos dedos e acariciar aquela região, até introduzi-lo. Assim que seu dedo entrou, o sentiu ser pressionado e aquela pressão só o fez ter mais vontade de continuar introduzindo-o, cada vez mais fundo e mais depressa.

Quando um dedo não parecia mais suficiente, adicionou outro. Aioria ergueu os olhos e percebeu que Mu havia levado um dos punhos a boca, para abafar os gemidos. Foi então que se ergueu. Retirou os dedos de dentro dele e segurou firme seu próprio sexo com o qual roçou a entrada que preparara. Mas o orifício ainda era muito pequeno e teve que forçar para que seu sexo se encaixasse ali e assim que o fez, o Ariano tentou resistir. Mas quando Mu se arqueou, Aioria usou de força e agilidade para ir de encontro a ele e em uma única estocada enterrar metade do seu membro dentro dele.

Mu voltou a deitar na cama, paralisado. A dor era lacinante, uma dor que nunca imaginara sentir nem em seus treinos e nem em batalhas. Apertava os braços de Aiolia e seus olhos assustados se paralisaram na face ofegante dele. Sentiu as lágrimas margearem seus olhos, mas segurou-as.

— Eu imagino que esteja doendo. Não medi minhas consequências...

— Você é daqueles que costuma dar-se por vencido no meio da batalha?

Aioria negou com um balançar de cabeça. Mas não podia negar que o arrependimento estava fazendo-o vacilar.

— Eu já dei meu consentimento, não foi? O que quer mais?

Mu subiu suas mãos que havia trabalhado arduamente naqueles últimos dias e tocou o rosto de Aioria, fazendo-o uma breve carícia e então envolveu o pescoço dele e antes de encostar sua boca na dele, surrou.

— Eu também venho desejando esse encontro desde que cheguei. Então, continue...

Aioria não tinha um coração, mas sim uma manada de rinocerontes disparada dentro do peito. O beijo de Mu era dócil, gentil, cativante. O cavaleiro de Leão o abraçou e passou a se movimentar. Desta vez, mais comedidamente, devagar, fazendo seu sexo se enterrar dentro dele aos poucos. Até chegar ao limite e o embalo de entrada e saída retomar. A respiração e os batimentos cardíacos acompanhavam o ritmo dos seus corpos, que foi ficando cada vez mais rápido, tornando-se cada vez mais intenso, mais quente.

O leão arfava, enquanto Mu soltava breves gemidos. Em um movimento mais firme o sexo de Aioria atingiu com força o limite do cavaleiro de Áries e depois disso sentiu seu membro ser fortemente pressionado pelas contrações que se iniciaram no canal apertado em que estava alojado. Viu os espasmos se espalharem pelo corpo de Mu fazendo-o perder a compostura e gemer mais alto. As unhas do Ariano cravaram em suas costas e Aioria sentiu seu pênis pulsar, pulsar até explodir, expelindo com força seu sêmen para dentro do companheiro de tropas.

Os dois ficaram abraçados, enquanto as ondas de prazer provocadas pelo intenso orgasmo se amenizavam. Até que ambos os corpos relaxaram e caíram exaustos na cama, um do lado do outro.

Horas depois o Alvorecer irrompeu, invadindo o ambiente pela janela e banhando com a claridade do dia os dois corpos nus na cama. Aioria foi o primeiro a despertar, esfregando os olhos e se apavorando ao ver Mu deitado ao seu lado; a loucura que moveram suas ações na madrugada passada permeando sua mente aos poucos. Notou a pele branca do Ariano reluzir com a luz do dia e os fios lavandas que cobriam ‘seu’ lado da cama como se fossem um lençol. Engoliu em seco. Havia forçado uma situação e não conseguia imaginar o quanto Mu o repreenderia.

Mas supreendeu-se quando o cavaleiro despertou esfregando os olhos e se despreguiçando lentamente, olhando a janela e a claridade que o invadia e perguntando apenas:

— Já é de manhã?

— Deve ser mais de meio dia — Aioria falou, massageando o pescoço e mudando o rumo do seu olhar, não sabendo ao certo se encarava Mu ou não.

— Tenho que ir — foi a resposta simples que ele deu.

— Mu... e sobre...

— Estou com uma fome que não é normal. Poderia preparar o café antes de eu ir?

— Fome?

— É. — Mu deu de ombros e sorriu. — Uma fome de Leão. Eu acho.

— Mu, e quanto ao que...

— Não.

— Não o quê? Se você não me deixa fazer a pergunta!

— Tem certas coisas que não carecem de explicações. Ocorrem de forma Natural. Tal como... como o alvorecer — ele comparou, olhando novamente a claridade. — Não vamos estragar esse belo dia procurando explicações desnecessárias, não é?

O leonino ficou um tempo admirando o semblante sério e ao mesmo tempo pacífico de Mu. Apesar de aquela resposta não ser bem a que esperava, teve que concordar com um menear de cabeça. Eram homens, guerreiros santos que a qualquer momento entrariam em batalhas e arriscariam suas vidas em nome de Athena. Para quê iriam se preocupar buscando explicação para algo tão natural como o “alvorecer”?

— Acho que tem razão. Vou preparar nosso café — Aioria anunciou, sentando na cama e depositando um beijo no topo da cabeça de Mu antes de se levantar. — Vou fazer algo reforçado.

— Obrigado — Mu sorriu e se levantou da cama em seguida. — Vou usar seu banheiro.

— Fique a vontade. Gosta de ovos fritos?

— Prefiro os meus mexidos.

Fim.

Notas finais:

Essa fanfic faz parte do Ciclo “Tempo” que comecei há alguns anos atrás, para ser mais exata foi em 2008. As fanfics desse ciclo contemplam momentos de romances, quase todos picantes (ou seja, com lemon) entre casais de dourados, antes do início da Guerra Santa, ou, antes da morte dos mesmos. Tem como base somente o Anime.

As combinações de casais para essas fics surgiram durante os bate-papos calorosos das integrantes da extinta Saint Seiya 4 Girls no Orkut. Eu não sou uma entusiasta dos Gold Saints por isso não tenho bem casais de dourados favoritos. Só tenho cavaleiros de ouro preferidos. São eles: Saga e o Máscara da Morte. Mas sou muito mais os Garotos de Bronze do que os de ouros. [se esquiva das pedradas].

Então, para mim, as fanfics com os rapazes dourados sempre nascem em uma tentativa de divertir ou presentear amigos, como foi o caso desta na época.

Alvorecer” é um presente de aniversário para o meu leitor e amigo o Victor e ela foi originalmente escrita e postada no FanfictionNet em 03.04.2009. Na época eu fiz a fic de acordo com pedido dele, por isso não pude fazer grandes alterações no enredo; visto que ainda é o presente dele. Apenas revisei e melhorei alguns trechos.

Em breve devo postar por aqui a revisão das outras duas fics desse ciclo, se alguém se interessar, segue uma breve sinopse:

Vendaval: Saga x Kanon (twincest). Essa fic fala um pouco do passado dos gêmeos, da forte ligação entre os dois, do plano maligno de um deles e o desfecho com a prisão de Kanon no Cabo Sunion.

Tempestade: Saga x Aioros. Trata do momento após a prisão de Kanon. Saga está quase indo a loucura e é salvo por Aioros, que tratou de consolá-lo. E o fez muito bem. Para algumas horas depois, colocar seu plano maligno em prática e acusar aquele que o ajudou de traição.

Sim. Todas essas fics tem alguma conexão umas com as outras, por se tratar dos dourados e do passado deles. Apesar de poderem ser lidas individualmente.

Se tenho alguma intenção de dar continuidade ao ciclo?

Sinceramente, eu não sei.

Eu travei completamente na quarta fic que tinha o nome provisório de “Estiagem” e seria Aioria x Shaka, para minha amiga Gra. Mas o Shaka é extremamente complicado de se trabalhar, tanto que ele acabou não concordando com nada na história, muito menos com o parceiro. Então, eu desisti. Não quero caçar confusão com um dos cavaleiros mais poderosos de Athena, né? Tenho dó do meu pescoço.

E, aproveitando agora a boa audiência da fic, vou vender meu peixe:

– Curtam a minha página no facebookaaaaa! Vocês ficarão sabendo de primeira mão sobre as minhas atualizações ou lançamentos (o link está no meu perfil no Nyah)!

– Quem prefere um passarinho azul, me sigam no Twitter! É @andreiakennen!

– Sigam o Blog! Por lá costumo postar novidades, fics exclusivas, falar sobre eventos de fanfics, além de uma vez ou outra fazer algum artigo sobre anime, yaoi e coisas do gênero.

­- Convido vocês também para conhecerem minha nova Original “Os Aventureiros de Aurora”, fantasia, romance Yaoi e aventura em mundo repleto de Dragões!

Agora chega.

Obrigada a todos que curtiram “Alvorecer”!

Beijos, me liguem! Até o próximo!



[1] Quanto a cor dos olhos do Mu– A verdade é que não sei exatamente qual é a cor dos olhos do Mu, tem hora que os olhos dele parecem azuis no anime. Outras violetas, outras cinza, outras verdes. Mas como no anime às aparece mais verde, resolvi manter essa cor “esverdeada”.

2 comentários:

  1. muito bom adorei mas quero ver a continuidade mesmo que não tenho muito a ver com este final.Mas algo que remete ao romatismo do meu casal favorito que é Mu e Aioria e se esse amor perdura.Bom otimo gostei de LER.

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  2. Olá, Vanicleia.
    Obrigada por ler minha fanfic e fico feliz que tenha gostado e deseje uma continuação.
    Estou com muitos outros projetos em andamento agora, mas quem sabe futuramente eu não lance uma side contando um futuro provável para esse casal, né?
    Obrigada mais uma vez pelo carinho e pela reaview!

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