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Destino de Lágrimas § Capítulo 6

Capítulo 6



A Torre de Tóquio estava igual ao que ela ainda lembrava, porém o ar estava gelado, como o da noite anterior e não era porque estava do lado de fora, pois até dentro do elevador o ar gelado continuava.

Ao chegar no último piso, seguiu para uma lanchonete, onde marcara com Marine, Anne e Natalie. E lá estava Natalie, tomando um café:

-Olá. Trouxe meus cadernos?

-Claro! Estão aqui.

-Funcionou por uma noite ou duas, mas algo me pediu para parar e deixar que as mensagens continuassem, hoje eu não deixei, estou exausta, um café ajuda!

-Foi você?

-Claro, algum sonho que queira me contar, mas poupe-me daqueles que a censura deveria cortar!

-Eu sonhei que estava numa sauna e...-contou até a parte que Lantis lhe deu uma espada.

-Estranho. A espada era a mesma?

-Era, mas desta vez eu pude ler-

-Lucy!-ouviu uma voz familiar atrás de si.

-Lucy, há quanto tempo.-disse Anne, logo em seguida.

-Natalie, estas são minhas amigas, Marine e Anne.

-É um prazer, mas pensei que não viria acompanhada.-disse Marine, que logicamente queria falar sobre Zefir.

-Ela está me ajudando...Tenho tido sonhos estranhos...Sobre Zefir.

M:-Sobre Zefir?

A:-Ela sabe de algo, Lucy?

L:-Tem me ajudado a interpreta-los e parece que algo estranho está chegando...

M:-Também está com este pressentimento?

N:-É que hoje é o dia do Sol!

L:-Do que está falando?

A:-A única explicação que existe é que alguns dias têm nomes diferentes, como em inglês, hoje seria Sunday, ou o dia do Sol.

N:- Sim, eu lembrei no caminho de casa, Lucy; o seu sonho tem haver com o Sol e a Lua, que significam hoje e amanhã!

L:-Isto quer dizer que tudo acontecerá hoje?

N:-Exato, tudo começará hoje, no dia do Sol, vocês, Guerreiras Mágicas, sentem um mal-pressentimento, uma espécie de frio na barriga. Uma grande quantidade de energia está se aproximando, mas eu não sei o que é, ou quem seria...

L:- E o que podemos fazer?

N:- Terão que escolher entre fugir e lutar...

M:- Isso a gente já tinha notado!(com uma bolha na cabeça)

N:- É...Eu imaginei.



Nisso uma espécie de eclipse começa a aparecer, mas dura apenas uns três segundos, logicamente as quatro garotas sabiam que tinha algo muito errado acontecendo, mas tinham medo de tentar descobrir...



N:- O que vão fazer? Já está começando...

M:- Nós lutamos duas vezes para proteger um planeta que nunca tínhamos ouvido falar antes, não tínhamos laço algum com ele. Quase morremos por uma causa falha e agora o nosso próprio é atacado por algo que nem sabemos o que é direito; é claro que lutaremos!

A:- Mas e os nossos poderes?

N:- Vocês ainda os têm, não é?

M:- Não sabemos.

L:- Talvez...Acho que sim!

A:- É, da primeira vez o presente de Ferio não veio, mas desta vez está comigo.

L:- É!

A:- Mas, Lucy, eu não tinha dito, como soube?

L:- Bem, eu...Eu imaginei.

N:- Quero ler a mão de vocês, vão deixar?

A:- Eu não sei se convém acreditar nestas coisas e-

Marine:- Aqui está a minha!

N:- Obrigada.(pega na mão) Vejo um homem, muito querido seu; baixo...Acho que é Clef.

M:- Nem todo homem baixo é Clef!

N:- Neste caso é. Ele...Bem, não tem importância! Seguindo em frente, você não tem a mesma aura que Lucy...Não irá servir. Agora, Anne, por favor!

M:- Como assim!? É claro que vou servir!!!

N:- Fique calma, mas infelizmente não encontrei nada!

A:- Bem, não faz diferença, eu não acredito! Aqui está...O que vê?

N:- Vejo um garoto de cabelos esverdeados, creio que seja Ferio, de quem falou...Você também tem uma proteção muito forte, ele zela muito por você. Mas não é tão perseguida quanto Lucy, não entendo porque...É melhor você terminar de contar o sonho Lucy.

L:- Mas...Bem, na espada estava escrito “Lantis”, achei estranho que ele nem tenha me reconhecido e além do mais, parecia que eu era a única que sentia o corpo queimando.

M:- Do que está falando, Lucy?

N:- Ela tem tido sonhos muito estranhos...

M:- E o que o Lantis tem haver?

A:- Deixe-as conversarem, talvez a gente vá entendendo.

M:- Certo...

L:- Era só isso...

N:- Se a espada era dele, mas que coisa confusa!

M:- Eu que o diga!

L:- Será que tem algo importante?

N:- Não sei, mas esta informação é fundamental...Apesar de eu não saber pra quê...(três garotas caem no chão)

M:- Essa sua amiga é maluquinha...

L:- Eu sei!

A:- Gente! Olha aquilo!!!(aponta para a janela)

N:- Mas o que são?

M:- Parecem os monstros de Zefir!

L:- Mas o que eles fazem aqui?

N:- Está começando...





Milhares de monstros voavam sobre Tóquio, cobrindo o céu, pessoas atacadas caíam em sono profundo, nem a polícia, nem as Forças Armadas conseguem resolver o problema, caindo, também. Todos estavam apavorados.



Forças de ajuda de outros países querendo cortar o mal pela raiz não podem controlar as feras tão singulares. Até a ONU se vê impotente e desistem. Formando um enorme comitê que resolve formar uma medida de emergência: o uso de bombas atômicas.



Os repórteres mais corajosos entram no meio da confusão e reportam os fatos, o mundo todo se preparava para notícias urgentes de última hora:



-Nesta manhã de domingo a cidade de Tóquio se viu invadida por estranhas criaturas, ao vivo está o correspondente...

-Ninguém sabe de onde vieram ou o porquê, mas...

-O papa, em depoimento emocionante, diz que o dia do Juízo final está próximo.

-A seita “Kajimilirraman” está reunida esperando as ordens maiores para começarem o suicídio coletivo.



Os japoneses de todas as regiões se viam também atacados, todos perdiam as esperanças; mas, no meio de tanta destruição, sombras estranhas chegam a este país, e olham em volta, na esperança de encontrar o que procuram.



-O que acha? Consegue sentir algo que possa ter causado tudo isto?- pergunta uma delas, a mais baixa, em direção a uma das mais altas.

-Não, mas o que iremos fazer, agora?

-Eu não sei, temos que combater estas bestas! Caudina, Rafaga e Priscilla sigam a leste! Ferio e Ascout, eu os quero a oeste! Eu vou em frente, mas antes, o que disseram os outros planetas?

-Autozam já deve ter chegado na região de Ise, Tizeta está a meio caminho e Fahren ainda está recrutando soldados. Ah e eu irei em direção àquela torre, tudo bem?

-Certo, temos que achar o escolhido.

-E quanto às guerreiras mágicas, Clef?

-Não quero perturbá-las por enquanto, mas é bem capaz que já estejam agindo. Lantis, lembre-se que elas não são nossa prioridade, até mais!(se retira)

-Sim, Mestre.(se retira com um leve sorriso) “Acasos ainda existem... Mas não vou ficar esperando!”.





De volta à Torre de Tóquio:



M:- Como vamos sair daqui com a segurança em cada lugar que olhamos?

N:- Eu não sei, talvez uma destas vespas venham em nossa direção... Não devem ser tão inteligentes...

A:- O que faremos se lançarem a bomba?

L:- É, olha que eles já o fizeram uma vez.

N:- Eu sei, mas não posso ir lá e pedir pro presidente dos Estados Unidos esquecer desta idéia!

L:- O que faremos?

N:- Torçamos que ele seja posto para dormir, também!

M:- Gente! Uma vespa entrou, é maior do parecia!!!

A:- Talvez seja melhor averiguar se nós podemos ou não usar estes poderes!

M:- Vamos pra janela!

L:- Mas vão nos ver!

M:- Acha que alguém vai querer olhar pra janela!?

N:- Ela tem razão, e além do mais, eu cubro! Fiquem tranqüilas.

M: (murmura)-Pelo o quê?

N:- Eu ouvi!

M: (com uma gota de suor na cabeça) –O quê?



Fim do Capítulo



Notas da autora:



Depois de uma longa folga eu voltei a escrever, o que estão achando?

Ana, aí está o Lantis! Rei Ruiva, eu sinto, mas a principal da história é só a Lucy mesmo!

Continuem escrevendo com idéias!



Anita, 16/08/01.


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