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[Yu Yu Hakusho] Recomeço, escrita por Madam Spooky

Capítulos: único
Autor: Madam Spooky
Fandom: Yu Yu Hakusho
Gênero: Romance
Status: concluída
Classificação: livre
Resumo: Kurama e Botan. Kurama oferece a Yusuke um conselho, mas as coisas não saem exatamente como o esperado.

Presente de Natal para AngelloreXx



- Acabou.

A palavra foi pronunciada entre um gole e outro de café enquanto os dois conversavam na cozinha do apartamento dela. Kurama encarou Botan como se não tivesse entendido, mas a mesma não se deu ao trabalho de repetir. Ela apenas concentrou-se em esvaziar a xícara lentamente, como fazia todas as manhãs, e se levantou olhando para o relógio de parede ao mesmo tempo em que tateava os bolsos a procura das chaves.

- Você quer dizer o café? – ele perguntou depois de um tempo, tentando faze-la explicar alguma coisa.

- Não, eu quero dizer nós.

Simples assim. Em um minuto ele estava falando sobre como um youkai pouco conhecido, cujo nome não tinha sido mencionado por Hiei, tinha as melhores chances de vencer o torneio do Makai daquele ano. No próximo, Botan lhe dispensava como se os seis meses em que estiveram juntos, desde que ela decidira desistir de sua imortalidade e ter uma vida humana comum, não tivessem significado absolutamente nada.

- Por quê? – foi tudo que conseguiu articular enquanto tentava sufocar uma sensação estranha no peito. – Nós nos divertimos juntos, não é?

Botan não se preocupou em se virar. Pegou as chaves da casa em um dos bolsos e lançou para Kurama, caminhando para a porta.

- Eu cansei da brincadeira, é só isso.

Ela respondeu e saiu, acrescentando qualquer coisa sobre ele trancar a porta e entregar a chave na portaria quando saísse. As palavras, porém, chegaram desconexas aos ouvidos do rapaz. Kurama continuou no mesmo lugar, sem saber se devia se sentir ofendido ou outra coisa. Era a primeira vez que uma garota o dispensava e não o contrário, mas era também a primeira vez que permanecia tanto tempo saindo com uma mesma. Ele balançou a cabeça, sem saber o que pensar, a testa franzida como se alguma coisa parecesse errada. Olhou para as chaves que ainda segurava e caminhou para a porta. Mais tarde, quando Botan se mostrasse um pouco mais disposta, conversariam sobre o assunto e ela poderia dar uma explicação para aquela cena logo pela manhã.

* * *


Mais uma vez ele tentara ligar sem obter resposta. Colocou o fone de volta no gancho quase com violência. Quem ela pensava que era fazendo-o se arrastar daquela maneira? Fazia uma semana agora, desde que tinham se visto pela última vez. Todos os dias, desde então, ao encostar a cabeça no travesseiro, ele decidia que a esqueceria de uma vez por todas. Na manhã seguinte, porém, pegava-se com a mão sobre o telefone, os dedos já tendo discado metade do número, e amaldiçoava-se por sua fraqueza.

Kurama levantou-se da cama, afastando as mechas de cabelo que insistiam em cair sobre seus olhos. O que estava acontecendo com ele? Botan era uma garota bonita, inteligente e uma companhia mais agradável do que qualquer outra que ele pudesse lembrar, mas não era como se tivesse sido sério. Ele lembrava-se do dia em que ela se tornara definitivamente uma humana. Yusuke e Keiko tinham dado uma festa que, na verdade, tinha sido apenas uma reunião regada a saquê e petiscos improvisados. A ex-guia espiritual o chamara para fora quando ninguém estava olhando e confessara seus sentimentos por ele. Sua resposta tinha sido fria, ele não sentia a mesma coisa, mas ela dissera que não se importava, desde que estivesse disposto a lhe dar uma chance.

O porquê de ter aceitado aquela situação, com uma garota que fazia parte do grupo de seus melhores amigos, ainda permanecia um mistério para ele. Talvez tivesse sido o brilho de determinação nos olhos dela, uma das coisas que mais admirava em Botan, talvez apenas ele estivesse sob o efeito de muito saquê. A relação deles tinha se resumido a saídas freqüentes, beijos entusiasmados e mais reuniões como a daquele dia, dessa vez apenas entre os dois. Ela nunca tinha pedido mais, apesar de sempre torcer o nariz diante de sua falta de sensibilidade, e aquele relacionamento indefinido tinha chegado a um ponto em que ele não se permitia mais pensar como acabaria. Um dia eles não estariam mais juntos, podia aceitar isso, mas que fosse um outro dia, distante o bastante para que não precisasse vislumbra-lo.

Ele nunca imaginou que ela acabaria tudo de repente e ele ficaria louco, sem conseguir pensar em outra coisa que não fosse recupera-la.

O telefone tocou. Kurama atendeu rapidamente, desejando que fosse Botan, mas na verdade era Yusuke perguntando por onde ele andava. Todas as semanas eles costumavam se encontrar em algum lugar para jogar conversa fora. Ele ficava sabendo o que se passava nos outros mundos, Yusuke e Kuwabara comiam de graça e todos ficavam felizes. Naquela semana, no entanto, tinha esquecido completamente.

- Onde anda a sua cabeça, Kurama? Eu tive que passar quase um dia inteiro lavando pratos naquela espelunca. Você acha que Kuwabara come pouco? – Yusuke resmungou do outro lado da linha.

- Você podia ter levado dinheiro, só para variar – Kurama respondeu entediadamente.

- De onde você tirou que eu tenho dinheiro? Está delirando? O papai aqui não esteve tão quebrado desde aquela luta com o Toguro... cinco anos atrás? – suspirou audivelmente. – Afinal, o que é que está acontecendo com você? Eu encontrei a sua mãe na rua dois dias atrás e ela perguntou se eu não tinha te visto.

Maravilha, agora ele teria que encontrar uma desculpa. Olhou para todos os lados antes de largar-se novamente deitado na cama e cobrir os olhos com a mão livre. Disse a primeira coisa que lhe ocorreu:

- Estava cansado, acabei esquecendo.

- Cansado, sei...

Yusuke deixou bem claro no tom que não tinha acreditado em uma palavra e o ruivo sentiu uma ponta de irritação, imaginando se Botan teria dito alguma coisa sobre o que acontecera.

- As pessoas que trabalham se cansam, Yusuke – disse mais rispidamente que o pretendido.

- Assim você me magoa – o amigo respondeu afetadamente, arrancando um pequeno sorriso do rosto de Kurama. – Se é assim você não vai se importar em saber que Botan está de mudança para Tokyo dentro de dois dias, não é?

- Mudança? – o rapaz ergueu-se novamente, os olhos abertos em choque. – Dois dias? Você só pode estar brincando.

- Você não achava realmente que ela ia querer trabalhar naquela loja para o resto da vida. Botan diz que quer estudar arte e que essa é sua grande oportunidade. Ela vai, meu amigo, não duvide.

- Ela pode estudar arte aqui...

Kurama disse, mas Yusuke já tinha desligado. Ele passou ainda um longo tempo com o telefone na mão, olhando para a parede branca do quarto sem saber exatamente o que fazer. Agora entendia que uma parte dele tinha alimentado as esperanças de que Botan batesse a sua porta a qualquer momento dizendo que foi tudo um grande mal entendido e que o queria de volta. A notícia que Yusuke dera fora como um soco no estômago, acordando-o finalmente para a realidade. Ela não viria até ele. Tinha terminado tudo e estava indo embora para longe, começar uma outra vida. Se ele a quisesse de volta, teria que correr atrás dela.

- Raios!

Jogou os lençóis de qualquer maneira para o lado e se levantou. Se ia fazer isso, então que fosse agora mesmo.

* * *


Três horas depois, Kurama já estava parado a mais tempo do que gostaria de admitir atrás de uma árvore, de frente para o edifício onde Botan morava, os olhos fixos na janela do apartamento dela e sentindo-se o maior idiota sobre a face da Terra. O plano parecera fácil: ele bateria na porta da garota, olharia nos olhos dela e pediria para ela ficar. No instante em que se viu há apenas alguns passos do prédio foi que a coisa começou a parecer difícil. Ele não podia simplesmente ir até lá e se jogar aos pés dela. Ele era Youko Kurama, o ladrão lendário, e não deixaria de ser por estar no corpo de um humano. Jamais se mostraria fraco diante de uma mulher, jamais! Por outro lado, se não falasse com ela, Botan iria embora e ele ficaria remoendo o fato para o resto de seus dias.

- Mas que droga...

Definitivamente não podia ficar ali o dia inteiro. Pelo menos podia subir até o apartamento com alguma desculpa e conversar com Botan. Quem sabe ela acabava por dizer o verdadeiro motivo pelo qual tinha terminado tudo com ele? Sim, porque ela não podia ter simplesmente se cansado como dissera, afinal, ela o amava... Não amava?

Com os pensamentos confusos, Kurama atravessou a rua e entrou no prédio. Devolveu um aceno rápido ao vigia e correu direto para as escadas, continuando sem parar até estar de frente ao apartamento que já conhecia tão bem. Nada parecia diferente ali e ele hesitou só um instante antes de elevar o punho e bater na superfície de madeira branca. As batidas soaram fracas, aparentemente difíceis de ouvir, mas não precisou de mais de três delas para que Botan aparecesse. A garota entreabriu a porta e olhou para fora antes de abri-la completamente. Quando viu o rapaz ruivo parado, parecendo na defensiva, deixou escapar um sorriso e acenou para que ele entrasse.

Assim que se viu na sala, Kurama percebeu que o espaço estava abarrotado de caixas por todos os lados. A maioria delas estava vazia, mas era toda a indicação que precisava de que a garota ia mesmo se mudar.

- Eu sei por que está aqui – disse Botan, voltando para o sofá onde estivera embalando alguns livros antes da interrupção.

- Sabe? – Kurama perguntou, rapidamente, dando um passo para trás. – Não pense que eu vi porque...

- Está em cima da mesa da cozinha – ela o interrompeu.

- O que...?

- Algumas coisas que você esqueceu por aqui – Botan sorriu. – Coloquei tudo em uma caixa. Está em cima da mesa da cozinha, pode ir lá buscar.

Aquilo não estava acontecendo como ele tinha imaginado. Que tipo de jogo era aquele? Ela queria realmente vê-lo implorando? Kurama cerrou os punhos, estudando a face abaixada de Botan. Ela continuava o que estava fazendo como se a presença dele ali fosse tão banal quanto a das plantas que adornavam o recinto. Ele pensou uma série de coisas para dizer, a maioria pouco condizente com sua postura de Don Juan ofendido, mas tudo o que saiu foi uma pergunta:

- Você está de mudança?

- Sim – ela olhou para cima só pelo segundo que levou para responder.

O ruivo suspirou, um meio sorriso surgindo em seus lábios. Tudo bem, ele podia ser o orgulhoso ladrão lendário Youko Kurama, que jamais se curvaria diante de uma mulher, mas também sabia exatamente o que queria e como conseguir. Olhou para a garota sentada no sofá e esticou ainda mais os lábios. Ele não precisava se curvar, só precisava que ela se levantasse. Sem aviso, a puxou pelos braços estabelecendo contato visual.

Botan olhou para os livros que segurava e que deixou derrubar ao ser erguida e carranqueou.

- O que pensa que está fazendo?

- Conversando com você – Kurama disse com um dar de ombros, como se fosse obvio.

- Não pode conversar enquanto eu...?

- Eu só quero esclarecer algumas coisas entre nós.

O olhar de Botan foi de quem não estava entendendo absolutamente nada do que ele estava falando. Kurama relaxou os ombros, sem conseguir acreditar. Tudo bem, não custaria nada ser sincero uma vez na vida. Se ela lhe desse um outro fora, não estaria na cidade para contar ao restante da população feminina local – não que ele tivesse algum interesse em qualquer outra mulher...

- Você terminou tudo comigo – ele pensou um instante, escolhendo as palavras – e há algo sobre isso que está me incomodando.

- Eu pensei que não fosse grande coisa – Botan ergueu uma sobrancelha, tentando livrar-se do aperto, mas Kurama a segurou com ainda mais força.

- Era grande coisa para você.

- E daí? – ela o empurrou, dessa vez claramente indignada. – Eu entendi mal ou o Senhor Perfeito está chateado porque pela primeira vez na vida não deu a palavra final na hora de terminar um relacionamento? Bom, se é que era isso que tínhamos, claro. Pois vou lhe dizer uma coisa: uma garota também tem o direito de dar um basta no que a incomoda.

- Eu senti uma alfinetada nas suas palavras?

Kurama sorriu, satisfeito por ela estar finalmente mostrando desagrado. Mas... Senhor Perfeito? De onde tinha vindo aquilo? Botan se virou de braços cruzados, sem querer encara-lo. O ruivo a conhecia bem o suficiente para saber que a tinha irritado. Respirou fundo, indeciso sobre continuar a falar e arriscar-se a ver a garota explodir ou ficar quieto e esperar que ela falasse primeiro.

- Botan? – arriscou. – Você ainda me ama?

A pergunta deveria soar desinteressada e ele sentiu-se quase envergonhado ao reconhecer um pouco de esperança no tom.

A garota girou devagar até novamente estarem olhando um para o outro.

- Faz alguma diferença?

Kurama olhou no fundo dos olhos dela e pode dizer que gostou do que viu. Botan estava irritada, um sentimento que não parecia ter surgido no calor do momento. As últimas palavras dela davam-lhe a impressão de que tudo não passara de uma forma de leva-lo exatamente aquele momento. Muito bem, se ela queria jogar, ele faria a vontade dela.

- Não, acho que não – respondeu, finalmente, mal contendo um sorriso quando um brilho de decepção passou pelos olhos da garota. – Então isso é um adeus, não é mesmo?

- É o que parece.

Os dois se encararam sem dizer nada, como se desafiassem um ao outro. Ela não queria ir, Kurama pensou ainda fitando a expressão impassível de Botan, era apenas um jogo para fazer-lo dizer coisas que não queria dizer. Ele se afastou lentamente, primeiro de costas, então se virando à medida que se aproximava da porta. Ela não o deixaria sair, tinha absoluta certeza disso. Só precisava continuar andando, um passo de cada vez. Um... Dois... Três...

- Kurama.

O ruivo virou-se rapidamente, surpreso pela rapidez do chamado. Botan balançou a cabeça e virou-se, começando a caminhar na direção oposta a cozinha.

- Você esqueceu a caixa.

Nos cinco minutos que se seguiram, Kurama permaneceu parado, os lábios contraídos em desagrado, sem saber exatamente o que fazer. Agora mesmo a idéia de que talvez Botan estivesse arriscando tudo por uma iniciativa dele começava a assusta-lo. O que ela estava querendo afinal? Que ele admitisse ter sido um idiota e prometesse que tudo seria diferente a partir de então?

Uma onda de indignação o tirou do choque, empurrando suas pernas pela mesma direção onde Botan desaparecera. Ela agora arrumava uma pilha de roupas dentro de uma mala, no quarto, e pareceu genuinamente surpresa ao vê-lo.

- Eu falei que a caixa estava na cozinha – disse, soando nervosa.

- Eu entendi exatamente onde a caixa está. Diga-me o que está esperando de mim nesse momento e ela é toda sua.

- Nós já conversamos...

- Nós não conversamos coisa nenhuma! – Kurama disse em voz alta. – Vamos recapitular o que aconteceu. Você disse que se cansou de mim e me deixou remoendo o assunto uma semana inteira, até que eu vim até aqui perguntar o que tinha acontecido. Ao invés de uma resposta, eu ganho uma caixa. Botan, você tem idéia do inferno que tem sido a última semana? Eu fiquei preso em casa o tempo todo pensando no que deu em você e, claro, sendo ignorado pelo seu telefone. Deixei Yusuke e Kuwabara quase serem presos em um restaurante e, a essa altura, minha mãe já me colocou na lista de desaparecidos na delegacia de polícia... Não ria, você sabe que ela faria...

Botan balançou a cabeça afirmativamente, tentando conter o riso, mas falhando miseravelmente.

- Eu sei – ela disse, sorrindo. – Vamos ver quanto você refletiu essa semana, Kurama. Vai me dizer que ela foi um inferno porque você pensou que eu tinha maculado a sua imagem de conquistador perfeito?

Ele demorou em responder, o ladrão frio dentro dele relutando em proferir certas palavras em voz alta, mas, no final, seu lado humano falou mais alto, e o fez com o máximo de sinceridade que conseguiu tirar da lembrança dos últimos dias.

- Ela foi um inferno porque você não me amava mais.

A declaração foi uma surpresa para ele mesmo. Quando foi que Botan tinha se tornado tão importante? Ele olhou para ela como se nunca a tivesse visto antes e se aproximou com o cuidado que teria ao se aproximar de uma estranha. Admitir o que estava sentindo ainda era difícil, fazia com que se sentisse fraco, mas não podia esconder de si mesmo o fato de que queria novamente a certeza do amor da garota. Queria se sentir mais uma vez parte da vida dela. Que, por sua vez, ela se tornasse também uma parte fundamental da sua existência era algo que ele não tinha como evitar, ainda que quisesse isso.

- Você lembra quando eu disse que queria ficar junto de você para sempre? – Botan perguntou, segurando a mão dele. – Eu disse que te amava e que não importava o que você sentia, desde que me deixasse estar por perto.

Kurama cabeceou afirmativamente.

- Olhe em volta – ela continuou. – Eu não sabia quando era uma guia, mas a vida de um ser humano é muito mais do que ficar junto de alguém para sempre. Eu sinto agora que posso sair daqui e fazer qualquer coisa. – Botan suspirou, encarando Kurama com olhos que pediam uma decisão. – Você me perguntou se eu ainda te amo e eu digo que ainda me sinto da mesma forma. Eu não me cansei de você, mas cansei da vida que levávamos juntos. Se você quer ficar junto de mim, a minha resposta é sim, mas se você vai apenas me tolerar, então pegue aquela caixa e me livre de qualquer lembrança sua na vida que eu vou começar a partir de hoje.

Ela esperou que com isso o ruivo se afastasse para pensar no assunto, mas, ao contrário, ele aproximou-se ainda mais, envolvendo-a em um abraço sem perda de tempo. Botan enrijeceu por um momento, relaxando à medida que sentia a alegria e o alívio tomarem conta de seu corpo.

- Isso quer dizer que você me ama? – ela perguntou, sorrindo.

- Eu não preciso dizer – ele respondeu, mas também parecendo aliviado.

- Acho que seria pedir demais, não é mesmo?

Kurama abraçou-a ainda mais forte em resposta e tinha os lábios a meio caminho dos dela quando parou, a sobrancelha erguida em uma expressão irônica.

- Botan, há mesmo uma caixa em cima da mesa da cozinha?

Ela balançou a cabeça, um sorriso igualmente irônico nos lábios.

- Eu poderia ter ido ver.

- Hm... Eu decidi apostar em você.

FIM

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